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IED RESUMO: DIREITO PÚBLICO E PRIVADO sandoval.rochacn@gmail.com Universidade Estadual de Alagoas DIREITO PÚBLICO E DIREITO PRIVADO- PAULO NADER- CAPÍTULO 10. Referência: NADER, P. Introdução ao Estudo do Direito. 36. ed. Rio de Janeiro: Editora Forense, 2014. A divisão parte do falso pressuposto de que o Direito é obra do Estado, quando, na realidade, este se limita a reconhecer o que se origina nas relações subjetivas dos indivíduos. A Teoria Monista de Hans Kelsen Todas as formas de produção jurídica se apoiam na vontade do Estado, inclusive os negócios jurídicos firmados entre particulares, que apenas realizam “a individualização de uma norma geral”. Deve-se entender, portanto, que todo Direito é público, não só em relação à sua origem, mas também quanto à validez. Bacon: Jus privatum sub tutela juris publici latet (o Direito Privado vive sob a tutela do Direito Público). Jellinek limitou-se também a declarar a dependência do Direito Privado ao Direito Público: “O Direito Privado só é possível porque existe o Direito Público.” Teorias Dualistas Baseiam-se ou no conteúdo ou na formadas normas jurídicas, como critério diferenciador. Dois grupos: teorias substancialistas e teorias formalistas 1.Teorias substancialistas 1.1 Teoria dos interesses em jogo: Ulpiano: Publicum ius est quod ad statum rei romanae spectat; privatum quod ad singulorum utilitatem pertinet (Direito Público é o que se liga ao interesse do Estado romano; Privado, o que corresponde à utilidade dos particulares). Críticas: Não se deve admitir um divórcio entre os interesses de ambos, de vez que tudo que interessa ao Estado há de interessar, com maior ou menor intensidade, aos seus cidadãos. Igualmente,os interesses dos particulares repercutem, de algum modo, na atividade do Estado. IED RESUMO: DIREITO PÚBLICO E PRIVADO sandoval.rochacn@gmail.com Universidade Estadual de Alagoas Aperfeiçoada por Dernburg: reconhece que no Direito Público predomina o interesse do Estado, enquanto no Direito Privado predomina o dos particulares. 1.2 Teoria do fim Quando o Direito tem o Estado como fim e os indivíduos ocupam lugar secundário, caracteriza-se o Direito Público. Se, ao contrário, as normas jurídicas têm por fim o indivíduo, e o Estado figura apenas como meio, o Direito será Privado. 2.Teorias formalistas 2.1 Teoria do titular da ação Para a hipótese de violação das normas. Se a iniciativa da ação compete aos órgãos do Estado, o Direito é Público; ao contrário, se a movimentação judicial for da competência dos particulares, o Direito é Privado. Essa teoria não se ocupa diretamente das normas a serem classificadas e se revela falha, de vez que há normas de Direito Público que, violadas, impõem uma espera aos órgãos judiciais, que ficam na dependência da iniciativa privada. 2.2 Teoria das normas distributivas e adaptativas A utilização dos objetos se faz por distribuição ou por adaptação. Os bens que não podem ser distribuídos, por exemplo, um rio navegável, impõem o seu aproveitamento mediante processos adaptativos. Segundo o autor russo, o Direito Privado tem por objeto a distribuição e o Direito Público, a adaptação. Crítica: inadequação ao Direito Penal. 2.3 Teoria da natureza da relação jurídica É, atualmente, a mais em voga. Segundo esta concepção, quando a relação jurídica for de coordenação, isto é, quando o vínculo se der entre particulares num mesmo plano de igualdade, a norma reguladora será de Direito Privado. Quando o poder público participa da relação jurídica, investido de seu imperium, impondo a sua vontade, a relação jurídica será de subordinação e, em consequência, a norma disciplinadora será de Direito Público. IED RESUMO: DIREITO PÚBLICO E PRIVADO sandoval.rochacn@gmail.com Universidade Estadual de Alagoas Saliente-se, finalmente, que o Estado pode participar de uma relação jurídica de coordenação, hipótese em que não se investe de seu poder soberano, submetendo-se às normas de Direito Privado em igualdade de condições com os particulares. “Nos contratos de compromisso de compra e venda celebrados entre a Administração e o particular, aquela não participa com supremacia de poder, devendo a dita relação jurídica reger-se pelas regras do Direito Privado”. Trialismo Alguns juristas conceberem a existência de um terceiro gênero, por uns denominado Direito Misto e por outros Direito Social. Direito Misto= 1. Direito Profissional e 2.Direito Regulador 1. Direito Comercial, Direito do Trabalho e Legislação Social. 2. Direito Penal e Direito Processual. Paulo Dourado de Gusmão defende a existência do Direito Misto, “que tutela tanto o interesse público ou social como o interesse privado, como, por exemplo, no caso do direito de família, do direito do trabalho, do direito profissional... A admissão de um Direito Misto implicaria, praticamente, a supressão do Direito Público e Direito Privado, de vez que, em todos os ramos do Direito Positivo, há normas de um e de outro gênero. Conclusões Não há antítese entre o Direito Público e o Direito Privado. Quanto aos ramos tradicionais do Direito Positivo, se classificam: I) Direito Público: Direito Constitucional, Administrativo, Financeiro, Internacional Público, Internacional Privado, Processual; II) Direito Privado: Direito Civil, Comercial ou Empresarial e do Trabalho (v. capítulos 35 e 36). IED RESUMO: DIREITO PÚBLICO E PRIVADO sandoval.rochacn@gmail.com Universidade Estadual de Alagoas DIREITO PÚBLICO E PRIVADO- MIGUEL REALE- CAPÍTULO XXV Referência: REALE, M. LIÇÕES PRELIMINARES DE DIREITO. 25. ed. São Paulo: Saraiva, 2001. Divisão feita pelos romanos, entre: Direito Público e Privado, segundo o critério da utilidade pública ou particular da relação: o primeiro diria respeito às coisas do Estado (publicum jus est quod ad statum rei romanae spectat), enquanto que o segundo seria pertinente ao interesse de cada um (privatum, quod ad singulorum utilitatem spectat). Hans Kelsen: estabelece uma identidade essencial entre Estado e Direito, sendo o primeiro apenas a pessoa à qual deve ser referido o ordenamento jurídico considerado como um todo. Teoria romana levava em conta apenas o elemento do interesse da coletividade ou dos particulares. Relação típica de Direito Privado: Um indivíduo adquire algo, numa loja, e, contra o pagamento, recebe a cousa adquirida. Temos aí uma relação de compra e venda. Tanto o comprador como o vendedor se encontram na mesma situação, no mesmo plano, de maneira que a relação é de coordenação. Relação de Direito Público: Se amanhã o Tribunal Eleitoral convocar os eleitores para as urnas, é evidente que estaremos diante de uma relação de Direito Público. O leitor não se põe diante do Estado em pé de igualdade; existe uma prescrição por parte do Estado, e o cidadão lhe deve obediência, sob pena de serem aplicadas sanções penais. IED RESUMO: DIREITO PÚBLICO E PRIVADO sandoval.rochacn@gmail.com Universidade Estadual de Alagoas DIREITO PÚBLICO E PRIVADO- GUSTAVO FILIPE- CAPÍTULO IX Referência: GARCIA, G.F.B. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO: TEORIA GERAL DO DIREITO. 3. ed. São Paulo: Editora Método, 2015. É tradicional a divisão do Direito em Direito Público e Direito Privado, distinção esta que tem origem no Direito Romano. O Direito Público era aquele concernente às questões que envolviam o governo romano, e o Privado o que disciplinava os interesses particulares. No entanto, a doutrina mais atual aponta que esse “critério da utilidade ou do interesse visado pela normaé falho”, uma vez que não há como se afirmar, com segurança, se o interesse protegido é do Estado ou dos indivíduos, sabendo-se que nenhuma norma atinge “apenas” os interesses do Estado ou do indivíduo. Observa-se, ainda, a distinção conforme o sujeito. Nesse enfoque, o Direito Público abrange as normas que têm como destinatário o Estado. O Direito Privado, por sua vez, refere-se às normas que se destinam aos particulares. Esse critério, contudo, também é imperfeito, pois o Estado pode figurar em relações jurídicas em que exerça funções tipicamente privadas. Como mencionado, a doutrina tradicional define o Direito Público como o “destinado a disciplinar os interesses gerais da coletividade Nessa linha, Direito Privado é entendido como “o conjunto de preceitos reguladores das relações dos indivíduos entre si. Enquanto o Direito Público refere-se à organização do Estado, o Direito Privado disciplina os interesses dos particulares. Para outra corrente, no Direito Público a relação jurídica é de “subordinação”, visto que o Estado participa em posição superior, exercendo sua função de mando, havendo a proteção de interesses preponderantemente públicos. No Direito Privado, a relação jurídica é de “coordenação”, uma vez que as partes figuram em posição de igualdade, havendo a proteção de interesses preponderantemente particulares. IED RESUMO: DIREITO PÚBLICO E PRIVADO sandoval.rochacn@gmail.com Universidade Estadual de Alagoas Direito Público Relações com os particulares. Estado é considerado soberano (poder de império). Direito Privado Disciplina as relações entre particulares. Aqui incluídos os entes privados e também relações com o Estado, quando este não participa da relação jurídica na posição de poder soberano ou de império. Direito Público interno: Direito Constitucional, o Direito Administrativo, o Direito Tributário, o Direito Financeiro, o Direito Econômico, o Direito Processual, o Direito Penal, o Direito da Seguridade Social, o Direito Ambiental e o Direito Internacional Privado. Direito Público externo: Direito Internacional Público. Direito Privado: Direito Civil, o Direito Comercial, o Direito do Consumidor e o Direito do Trabalho Existência, na atualidade, de um terceiro grupo de direitos: Direitos Difusos: Direito do Trabalho, o Direito Econômico, o Direito da Seguridade Social, o Direito do Consumidor e o Direito Ambiental.
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