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Planejamento resenha 1

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Resenha – Planejamento e Avaliação de Políticas Públicas, Capítulo 1: A reorganização do processo de planejamento do governo federal o PPA de 2000 – 2003. Ronaldo Coutinho Garcia.
Discente: Ewerton Uchôa Vieira Fiel
Em outubro de 1998, o governo altera a metodologia de elaboração do plano plurianual e dos orçamentos públicos. Os projetos de lei 2000 foram formulados de acordo com a nova orientação. Tais mudanças incidirão em processos de trabalho, os modelos gerenciais, as estruturas organizacionais, os sistemas de informação e processamento, e os mecanismos de contabilidade e controle da administração pública brasileira. Seria necessário que seja ao mesmo tempo implementado um esmerado monitoramento e avaliação das ações para que não se restrinjam ao mero caráter formal, mantendo os velhos costumes. O período se inicia a partir de 1988, quando a nova CF em seu artigo 165 institui o PPA e a LFO e unifica os orçamentos anuais (fiscal, seguridade social e de investimento das estatais) no Orçamento Geral da União (OGU).[1: Constituição Federal][2: Plano Plurianual][3: Lei de Diretrizes Orçamentárias]
O PPA é concebido para abranger o lapso de tempo que vai do segundo ano de um mandato presidencial ao primeiro ano do mandato subsequente A LDO é delineada para fazer a articulação e o ajustamento conjuntural do PPA com o orçamento. A LDO precisa ser compatível com o que dispõe o PPA, tendo um evidente caráter coordenador das ações governamentais. Fica evidente que a nova organização objetiva a melhor adequação das ações que tangem o orçamento público, sua legitimidade e controle, especialmente no que diz respeito às despesas. O artigo 74, I e II da CF determina que os três poderes manterão de forma integrada, sistemas de controle interno com a finalidade de avaliar o cumprimento das metas previstas no PPA e a execução dos programas de governo e do orçamento da União. Tudo isso fora feito para tentar inibir a condição de planejamento precária, o PPA veio para nortear as metas do governo com relação ao âmbito financeiro, em razão disso que toda despesa que ultrapasse um exercício deveria estar sob a égide do PPA. Mesmo assim, as dificuldades persistiram, o PPA não conseguiu cumprir ao que foi proposto, pelos menos em seus primeiros anos de implementação, muito em razão da baixa qualificação dos técnicos, mas também pela falta de maestria político-econômica de gestão.
O primeiro PPA foi desenhado para ser um OPI mais abrangente, contudo, sua elaboração se deu sob um ambiente de improvisação, o que fez com o plano não fosse eficiente de fato, faltou da parte governo o bom senso para designar pessoas verdadeiramente capacitadas para o atingimento dos objetivos e, sobretudo, maior transparência dos atos administrativos, por tudo isso a eficiência e eficácia no primeiro PPA não se fizera mostrar. Um novo governo assumi e propõe a revisão do PPA, todavia, fora rejeitado pelo congresso, isso levou a condição de adaptações no primeiro até o seu termino. Sua ineficiência ficara evidenciada pela obra “Retrato do desperdício no Brasil”, ao qual constata que várias obras obtiveram recursos públicos, no entanto, não foram concluídas. Foram cadastrados 2.214 obras onde houve aplicação de mais de 15 bilhões.
O segundo PPA sua vigência fora de 1996 à 1999, teve um presidente de alto calão de acadêmico com técnoburocratas que representavam o mais alto nível de conhecimento, além do próprio presidente ser um às das ciências políticas e ter vasta experiência parlamentar. Destarte, ainda permaneceu o ambiente onde o planejamento ficou em segundo plano, deu maior foco ao âmbito econômico fiscal e não conseguindo alcançar ou ultrapassar às linha de um OPI, quando se tenta fazê-lo, não se utiliza os instrumentos necessários ao seu pleito, peca em planejamento organizativo, uso de estratégias de coordenação e atualização, sistemas de direção e etc. O PPA de 1996 em relação aos seus antecessores, foi um avanço, conseguiu se consolidar como um plano econômico normativo de médio prazo, porém, se evidencia sua ineficiência, precariedade de institucional organizativa, seu foco no plano econômico em detrimento da base de prioridades, a falta de organização e planejamento deixou a desejar corroborando para o não atingimento das metas proposta pelo Presidente da época. Todavia, não se deve tirar o mérito dos planos anteriores, todos eles tiveram um papel importante para a consolidação do que se tem hoje em 2016. De certo modo, a vida política não devia ser tratada como um jogo de erros e acertos, haja vista, que o autor destaca que mesmo na década de 1980 já era possível constatar formas modernas de planejamento estratégico de governo, o porquê que essas formas não foram ou ainda não são utilizadas é o dilema que causa certa aflição na atualidade.

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