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Gianpaolo Poggio Smanio Primeiro Capítulo 1

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Docente: Elizabeth Reymão
Discente: Ewerton Uchôa Vieira Fiel		
Gianpaolo Poggio Smanio[1: Procurador de Justiça, Secretário do Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo, Mestre e Doutor em Direito pela PUC-SP, Professor do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu da Universidade Presbiteriana Mackenzie.]
LEGITIMIDADE JURÍDICA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS: EFETIVAÇÃO DA CIDADANIA.
O texto de Smanio busca elucidar, primeiramente, o conceito de políticas públicas sob a égide normativa do direito e sua legitimidade frente a relação entre Governo e Sociedade. Um breve histórico é apresentado para informar o leitor como e onde começaram-se a emergir o cuidado e o entendimento com esse tema. Basicamente, ele aborda que o surgimento de um pensar em políticas públicas deu-se nos EUA de 1930, separado de seu caráter normativo. Posteriormente, em 1980 começou-se a estudar em conjunto com a política que trata das ações do Estado e terão influência no cotidiano dos cidadãos. O Gianpaolo se auxilia para conceituar políticas públicas de outros autores, tais como, Fabio Comparato, Dworkin, entre outros. A ideia central destes autores era, que o Estado por meio de suas ações deveria promover o atendimento as demandas sociais e a redução das desigualdades mediantes políticas, em razão de que, tais exigências são direitos fundamentais comuns a comunidade. Deste modo, é preciso que o Estado tenha atitudes concretas em relação aos direitos sociais, justamente, trata-se no texto que a legitimidade de um estado social perpassa pela “relação entre Direito e política precisa ser firmada com clareza” (Gianpaolo et al, 2013, p.5). Conclui-se a partir das ideias do autor que o as políticas públicas são conceituadas como fenômeno jurídico. O Estado age sob forma normativa, tão logo não teria como dissociar as atitudes governamentais do ornamento jurídico, por consequência dos princípios constitucionais expressos na CF 1988 em seu Artigo 37, destacadamente o da legalidade. Eros Grau, citado no texto, afirma que é através de programas de ação que o Estado se legitima e, para este fim, sabe-se que essas ações devem estar circunscritas nos instrumentos de planejamento, PPA, LDO e LOA, obedecidas as disposições da administração financeira e orçamentaria e as leis de orçamentos, 4.320 de 1964 e Lei complementar 101 de 2000, dentre outras [grifo do autor]. O conceito de políticas públicas não pode ser algo fixo ou absoluto, pois, seus elementos são subjetivos com finalidades objetivas, por isso, além de se traduzirem em um complexo de normas jurídicas, sendo um fenômeno desta ordem, mas sobretudo, subordinada a ciência política, onde muito se origina. O cerne do texto até sua parte 5 é dizer: As políticas públicas conceituadas normas jurídicas devem assegurar os diretos fundamentais constitucionais estabelecidos [grifo do autor].[2: LEGITIMIDADE JURÍDICA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS: EFETIVAÇÃO DA CIDADANIA. ][3: Ibid., p. 4.][4: Entenderemos como políticas públicas para evitar repetições desnecessárias.][5: Ibid., p. 5.][6: Ibid., p. 12.][7: Ver página 7 e 8, Lima Lopes tem essa mesma visão.][8: Ao que tange as ações dos entes políticos e sua efetividade social.][9: Ibid., p. 10.]
Considerações finais
A política pública deve ser elaborada para atender as demandas sociais, haja vista a complexidade destas na atualidade. O Estado bem ou mal tem seu caráter legitimo e a coletividade entende, é ele quem deve promover a qualidade de vidas dos indivíduos, A solidariedade nos atos, o interesse geral é o lastro para a formulação de direitos. A relação Governo-Nação deve ser harmônica, haver maior participação popular e transparência das deliberações, instituir mecanismos de controle social frente a interesses estranhos ao bem comum. Um Estado democrático de direito social, que em tese, seria o Brasil deixa a deseja, além de não possuir prestigio nos quesitos transparência e participação, não consegue garantir o pleno gozo dos direitos fundamentais e humanos a sua nação, é clara a fragilidade desta democracia, corroborando, muitas vezes, ao insucesso das políticas públicas. Segundo o texto, um aprofundamento dos espaços democráticos, e plenitude do exercício da cidadania, somente ocorrerá quando houver maior participação da sociedade no Aparelho estatal, rompendo o caráter meramente informal e ineficiente atual. Para que ocorra, de fato, legitimidade das ações do governo, este deve priorizar as políticas que visam a promoção da cidadania, garantindo direitos e não os tirando. Uma sociedade livre, justa e, sobretudo, solidaria é alçada quando as diretrizes das políticas públicas estão em consonância com o desenvolvimento de cada indivíduo investido socialmente como cidadão [grifo do autor].[10: Ibid., p. 11.][11: Ibid., p. 5.]

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