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Planejamento Resenha N 2 capítulo 1

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Profª Elizabeth Reymão
Aluno: Ewerton Uchôa Vieira Fiel 
Alessandro Candeas
Resenha – Capítulo Primeiro: 
Há Planejamento Estratégico para o Brasil?
De acordo com o texto, há evidencias de um pensamento de planejamento estratégico para o Brasil. Desde 1939 tenta-se institucionalizar planos e metas de governança política e administrativa com a finalidade de aprimoramento das ações do governo. De 1939 até 2015 houveram grandes avanços, no que tange o planejamento governamental, diversos elementos de cunho administrativo e social foram somados as prioridades governamentais, o papel do Estado ampliou-se de forma a atender a grande e crescente demanda populacional. Assuntos como educação e desequilíbrios regionais passaram a ter espaço na década de 60, com o Plano de metas do governo JK, e daí por diante, os planos posteriores abordavam cada vez um número maior de áreas. O texto deixa claro que, algumas áreas tais como, energia e transportes, tiveram melhor planejamento, o caso do setor energético, “Não seria exagero afirmar que a energia configura um paradigma de sucesso de planejamento no país”. Já no que concerne os transportes, “ Não se beneficiou do mesmo grau de atenção e investimento”. Um dos problemas que o autor cita é a falta de continuidade aos programas desenvolvidos, que por sua vez tornam-se “gargalos estruturais”. Temas como saneamento, educação, infraestrutura, desequilíbrios regionais, meio ambiente, pobreza e miséria, são constituídos como enclaves no planejamento público, um dos motivos é a dificuldades de continuidade dos investimentos e coordenação setorial. (Candeas, 2015, p.34). Até a década de 1930 não se via a necessidade de elaborar um planejamento governamental mais solido para o modelo econômico agroexportador que era preponderante no Brasil. Entretanto, com o advento do colapso de 1929 e a II Guerra Mundial. Havia oportunidades de investimento nas industriais de base, principalmente, quando o fornecimento de borracha asiática, fora cortado, para os EUA, o Gigante sul-americano tornou-se vendedor, mesmo que esse movimento econômico não tenha tido os efeitos esperados, teve sua relevância no plano econômico da regional Norte [Grifo do nosso]. Gozando de boas relações com o governo americano, ainda no contexto da II GM, “O Presidente Getúlio Vargas inaugura o que seria, de acordo com o autor, o primeiro planejamento estatal com o Plano Especial de Obras Públicas e Aparelhamento da Defesa Nacional (1939) e o Plano de obras e equipamentos (1943). [1: Ver Planejamento Brasil Século XXI: Inovação Institucional e Refundação Administrativa – elementos para o pensar e o agir. Pagina, 33. Quadro 2.][2: Fragmento do Texto de Alessandro Candeas. Há um planejamento estratégico para o Brasil?][3: II Guerra mundial.]
Nos governos que seguiram, 1949 a 1951, o plano Salte, fora implementado. Este consistia em “em uma reorganização orçamentaria dos gastos públicos”. Em 1956 – 1960 configurou -se o Plano de Metas de Juscelino Kubitschek, tinha um caráter estratégico e abrangente, primava a interiorização do desenvolvimento. Visava a superação dos pontos de estrangulamento e estimulo de setores estratégicos da economia. O famoso dilema, dos 50 anos em 5. Este plano prosseguiu na ampliação da capacidade instalada da economia, promovendo a substituição de importações e a produção de bens de consumo duráveis, que era ainda dependente do exterior, fomentando o consumo interno, um dos problemas que circundava a época era a elevação da dívida externa, falta de financiamento, e estrangulamento cambial, o que de certo modo, ajudou no desenvolvimento de um mercado consumidor dos bens produzidos nacionalmente [Grifo nosso]. Os pontos chaves desse plano para que se procedesse o crescimento do país, segundo o autor foi o “pico” de 16% em 1958, A articulação do BNDE e seus investimentos por parte do setor público, conjuntamente com o privado, a “abertura ao capital estrangeiro”. [4: Saúde, alimentação, transporte, e energia.][5: Alessandro Candeas.][6: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social.]
O Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico Social de 1962 – 64. Elaborado por Celso Furtado, tentou dar manter o crescimento semelhante ao Plano de Metas, contudo, diante do cenário econômico desfavorável o crescimento, alcançou, aproximadamente, 3,5 do PIB. E Fora interrompido pela ruptura institucional do Regime Militar em 1964. Sob a égide dos Militares, liderados por Castelo Branco (1964 – 1967). O Plano de Ação Econômica do Governo (Peag), com ênfase no combate à inflação e em políticas monetárias e fiscal, administração de linha centralizada, modelo de gestão gerencial, nesse período a indústria teve movimentos de alta que chegam a 14,2 em 1968. Seu desempenho não foi muito diferente do anterior, em razão do cenário de instabilidade de governança e governabilidade, teve uma variação positiva de 0,6% no PIB.[7: No Plano Trienal o PIB cresce 3,5%, com a ruptura institucional, Castelo Branco instaura o Paeg e o PIB brasileiro alcança 4,1%, resultando não muito diferente do anterior.]
O plano Decenal de Desenvolvimento Econômico e Social, (1967 – 1969), “foi a primeira tentativa de planejamento de mais longo prazo, para além dos ciclos governamentais”. Este plano não fora implementado, contudo, algumas de suas proposições vigoraram em um Programa Estratégico de Desenvolvimento, PED nos anos de 1968 a 1970. “Reconhecendo que o ciclo da substituição de importações ruíra, recomendava investimentos em áreas estratégicas e de infraestrutura”. O desenvolvimento regional voltou a ganhar espaço no cenário nacional, especialmente ao que se chamava de espaços vazios, Amazônia e Nordeste através do PIN – Programa Integração Nacional, tinha a preocupação de integrar as regiões do país, difusão de desenvolvimento infra estrutural e a ligação entre as regiões. Nesta época a ideia de que era necessário ocupar todos os lugares com baixa demografia com a finalidade de manter a soberania brasileira. No início da década de 70, governo Médici lança seu plano de metas com o preludio de ser o primeiro Plano Nacional de desenvolvimento. ”O programa de metas tinha como objetivo explícito o ingresso do brasil no grupo dos países desenvolvidos até o final do século XX”. Os planos mais ousados e abrangentes foram o I e II PNDs, que vislumbravam o Brasil como grande potência, alimentada pelas doutrinas militares. O primeiro PND voltou-se a projetos de integração nacional, transportes e infraestrutura, energia. Já o Segundo, “Priorizou as indústrias de base – siderurgia, petroquímica, infraestrutura energética, ciência e tecnologia passa a ter destaque”. Os planos Nacionais de desenvolvimento marcaram o ápice do planejamento estatal, houve certa retração da sua eficiência em razão do cenário desfavorável em 1980, estagflação, aumenta da dívida externa, além de fatores de caráter ideológicos, corroborando para uma recessão, que cunhou-se de “década perdida”, ficando em segundo plano a qualidade estratégica do planejamento governamental, substituídas por planos de estabilização macroeconômica. Em 1996 com o plano Real “e no contexto da elaboração dos planos plurianuais deste ano em diante princípios de planejamento voltaram a ocupar algum lugar de relevo”. Depois da constituição de 1988, os novos anseios sociais exigiram que fosse retomado o planejamento de futuro, o que deu lugar ao que se tem hoje, os PPAs, inseridos pelo Art. 165 – I “que passariam a estabelecer diretrizes, objetivos e metas para as despesas de capital e programas de duração continuada, de acordo com as especificidades regionais”. Visando torna a atividade de planejamento um processo continuo, “ os PPAs se tornaram o principal instrumento de planejamento de curto e médio prazo, com base em diretrizes para organização e execução dos orçamentos anuais”. O interessante neste novo paradigma do planejamento estatal é que outrora os planos submetidos a sociedade eram feitos de forma puramente formal, sob o autoritarismo político militar, essacaracterística sede lugar ao democrático com apreciação do Congresso Nacional e sujeito a vetos, caso não esteja condizente com a realidade, com essas medidas o novo pensar no planejamento estatal e os sucessivos PPAs deram maior enfoque a questões “socioeconômicos, políticos, culturais e ambientais”.
O primeiro PPA 1991 – 1995 Gestão de Collor de Melo, pensado com inclinações liberais, maior ênfase na economia de mercado, diminuição do aparelho do Estado por meios de privatizações de empresas públicas, concessões, nesse momento o setor privado começa a aumentar em tamanho, mas também, nas mentes das autoridades políticas, abertura econômica, o que promoveu a falência de firmas nacionais, por não estarem em condições de competitividade, frente as estrangeiras. “O estado manteria a função de regulação dos setores privatizados, investimentos em infraestrutura, políticas compensatórias de desequilíbrios sócias e regionais” (CANDEAS, 2015). O mercado passou a ser referência para o planejamento estatal. 
O PPA de 1996 – a 1999, o Brasil em Ação; FHC teve como base três eixos “ i) construção de um estado moderno e eficiente; ii) a redução dos equilíbrios espaciais e sociais; e iii) a modernização produtiva da economia”, este plano é uma continuação do anterior, aprofunda alguns elementos, e enfatiza temas como, descentralização de políticas públicas, eficiência do estado no que concerne os gastos públicos, desestatização, e assim por diante. O crescimento na vigência deste plano foi muito aquém do que se previa, contudo, nesta década o cenário internacional era desfavorável, e a economia nacional estava se empenhando na estabilização monetária com o plano real. A questão é que neste período o planejamento governamental fora primordial para a articulação dos entes políticos em meio a uma recessão e, sobretudo, sair dela. As prioridades deste PPA visavam: melhorias nos setores de infraestrutura e capacitação de recursos humanos, transportes, energéticos, produção agraria e industrial, comercio internacional, ciência e tecnologia, meio ambiente, maior participação privada. A primeira administração de FHC, marcada por reformas no aparelho do Estado, também é de se destacar a elaboração de possíveis futuros. O Brasil 2020, se tratava de um documento de referência da economia, foram feitos três cenários mundiais e três nacionais. Os possíveis cenários mundiais determinam como as economias mundiais se ordenariam, se: i) O EUA seriam o país modelo como potência hegemônica, ii) ordem poliárquica, sistema protagonizado por grandes blocos econômicos regionais, iii) recrudescimento de protecionismos e rivalidades. Os três “Brasis” para 2020 seguiriam um padrão de desenvolvimento, no primeiro, o cenário é positivo, País desenvolvido me técnica, economicamente competitivo, PIB elevado, com elevado protagonismo internacional. O segundo, redução dos desequilíbrios sociais, desempenho econômico menos pujante. E o terceiro, mais pessimista, estagnação, inflação, desemprego altos, e etc. Haja vista que em 2016, mesmo diante de adversidades no campo econômico e político, tem-se o mais perto do cenário otimista, (Candeas,2015, p.43). [8: Fernando Henrique Cardoso.][9: Autor do texto “Há um planejamento estratégico para o Brasil?”.]
O Brasil apensar de estar em “crise” como se ouve por aí, goza de benefícios, tanto no mercado como em programas sociais que outros países, Bolívia, Venezuela e Estados Unidos, não possuem, de certo modo, poderia estar melhor, se a coisa estatal funcionasse de forma eficiente e menos burocráticas, mas certamente, com bons arranjos feitos pela sociedade e as classes políticas e empresariais o progresso social e econômico virá. [10: Sistema único de saúde, atenção básica, atendimento domiciliar (médicos e enfermeiros) promovido por agentes de saúde, programas como a saúde da família, com mais fiscalização melhor seriam esses programas. Na educação, programas de acesso ao ensino superior. Para o mercado, incentivos ao empreendedorismo, financiamento mais barato, prazos maiores de carência, pode-se citar o programa Estadual (Pará) de crédito aos microempreendedores.]
Em 2000 a 2003, o próximo PPA de FHC e Lula da silva, visava a gestão por resultados, integrando planejamento, orçamento e gestão. “O documento busca avançar a reorganização do setor público e as reformas estruturais; aprofundar a reestruturação do setor produtivo, com as privatizações e a redução do custo Brasil; reconstruir o sistema de crédito, orientando as instituições financeiras federais para áreas produtivas e programas sociais, e os bancos privados para o comércio; fortalecer a abertura comercial e a integração no Mercosul” (CANDEAS, 2015, p.43). De certo modo os objetivos deste plano convergem ao que propiciava os dois anteriores, a busca da eficiência e eficácias nas ações do governo, que corroborassem para a estabilização e pujança da economia. Ao que se pensa, este modelo de organização estatal, segue o padrão liberal, reduzindo a participação produtiva do Estado e este agindo como ente regulador por meios de agencias, a exemplo, A Anac. Entretanto, o impulso dos planos anteriores foi capaz de promover cada vez mais a amplitude das dimensões abordadas nos planejamentos, ganhando destaque os setores sociais, como a ideia era a diminuição da participação do Estado no mercado, em tese, este voltaria sua atenção para a resolubilidade dos enclaves sócias, programas de distribuição de renda, minar os desequilíbrios regionais, e sobretudo melhorar na qualidade educacional dos trabalhadores e sociedade. No texto de Alessandro Candeas cita mais de uma vez, que os PPAs trazem como destaque os temas sobre educação e ciência e tecnologia. “No início deste século, uma vez assegurada a estabilidade econômica, no período Fernando Henrique Cardoso, o governo Lula da Silva retoma a possibilidade de planejamento de médio e longo prazo” (CANDEAS, 2015, p.45). A finalidade de definir os objetivos estratégicos era conseguir elaborar um plano que melhor se aproximasse dos anseios sócias, um “pacto entre o Estado e a sociedade” que fosse assegurado o pleno desenvolvimento nas áreas socioculturais, diminuição das desigualdades, do aprimoramento de políticas públicas de fortalecimento da democracia, direitos humanos e gestão participativa. Agora claro, que não adianta a sociedade cobrar sem fiscalizar, sem participar dos processos decisórios. Hoje existem vários meios de participação e cobrança do poder público, no entanto, ainda é possível ver que a informação, nem sempre, é corretamente dita ou há meios de entretenimento populacional, que muda o foco dos descontentamentos, festas regionais fazem isso, método do “pão e circo” ainda é visto e bem efetivo. [11: Agencia Nacional de Aviação Civil.]
O PPA de 2004 a 2007 Plano Brasil de todos – Gestão de Lula da Silva, com o crescimento de 4,7%, foi o maior desde o primeiro PPA, neste sentido, o planejamento plurianual foi elaborado sob três pilares, “i) Inclusão social e redução das desigualdades	sociais, ii) crescimento com geração de trabalho, emprego e renda, ambientalmente sustentável, iii) Promoção e expansão da cidadania e fortalecimento da democracia” (CANDEAS, 2015). Esses pilares possibilitaram o aprofundamento dos programas sócias, maior amplitude e impacto social. Neste ínterim, o Brasil se tornou uma nação majoritariamente de classe média. “A elaboração do documento foi feita a partir de um amplo debate com a sociedade civil em busca de um novo padrão de relacionamento entre está e o Estado, marcado pela transparência, solidariedade e corresponsabilidade, ” ( CANDEAS, 2015). Como se pode constatar a gestão de 2004 – 2007 teve maior preocupação com o social, buscou o desenvolvimento social, o que levaria ao crescimento econômico. Buscou de uma nação mais igualitária e justa, um Estado que regule e fiscalize a contento, pacto federativo visando contribuir para a redução das desigualdades geográficas, não apenas, UFs , mas sobretudo, as microrregionais e locais, e manejo maisadequado aos recursos tanto naturais como estruturais. Maior transparência dos entes políticos e agilidade nos processos, de ordem jurídica ou administrativa, diminuição da burocracia e o custo Brasil. [12: Unidade da Federação.]
Percebe se que há certa continuidade nos planos até então, como se os anteriores tivesse sido o piso, para que se erguesse uma casa com fundamentos sólidos. Gradualmente o sistema de planejamento estatal fora evoluindo e tentando atender as demandas sociais e continua neste processo dinâmico de refinamento. Atualmente, um dos anseios da coletividade é um Brasil mais justos e de mais oportunidades, transparência nos atos dos parlamentares e menos corrupção, impunidade, e agressões morais contra os próprios brasileiros. Hoje dia 04 de dezembro está sendo um dia de protesto em mais de 40 cidades brasileiras, reivindicações de todas as ordens e estratos sociais, por um País melhor, por um planejamento público que se volte para o bem comum, uma nação só se tornará grande, quando o seu povo se torna grande [Grifo do autor]. [13: Pode se citar o exemplo do sus, no passado, na segunda metade do século 20, apenas trabalhadores de carteira assinada tinham direito à saúde.][14: Juros altos, criação de mais impostos, mal atendimento, este último recorrente nas repartições públicas.]
O PPA de 2008 – 2011, Desenvolvimento com inclusão social e educação de qualidade, sob a égide de Lula da silva e Dilma Rousseff, este documento tinha três agendas prioritárias: Social, Educativa e Aceleração do crescimento, sendo uma continuidade dos programas e metas do plano anterior, agora de forma mais aprofundada. Como é esperado de um processo de planejamento estatal, é necessário que haja continuidade dos programas que funcionam de forma a atender as demandas sociais, de certo, crescem ano após ano. Na vigência desta pasta, o crescimento se deu a ordem de 3,7% ano “tendo o consumo das famílias e a formação bruta de capital fixo, superado as taxas de crescimento do PIB” (Candeas, 2015). Nesse mesmo período houve grande avanço no combate às desigualdades sociais e culturais, maior acesso ao Ensino superior por meio da ampliação dos programas sociais concernentes a educação. As transferências de renda tiveram papel importante para esta redução e para a redução dos gargalos infraestruturais. E o I PAC lançado em 2007, foi um conjunto de investimentos públicos em áreas estratégicas, tais como, recursos hídricos, saneamento, habitação, desenvolvimento econômico social, e outros, proporcionado melhor reorganização dos investimentos estatais e no planejamento de longo prazo, principalmente, pela continuidade do projeto, com o II PAC em 2010 que teve 18,4% de investimentos em relação ao PIB daquele ano. Em 2010 foi elaborado um estudo prospectivo do país: Brasil 2022, que abordava, quatro eixos, i) Econômico; ii) Sociedade; iii) Infraestrutura; iv) Estado. Esses eixos tinham como foco o desenvolvimento sustentável, dinamicidade econômica, reduções da pobreza e pobreza estrema, eficiência estatal, e sobretudo direito à cidadania. [15: Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).][16: ProUni e o Fies. Com o acesso a várias instituições via Enem.][17: Ver o texto original: Há um planejamento estratégico para o o Brasil? Candeas, 2015, para uma leitura mais detalhada dos eixos. Pagina 52-53.]
O PPA 2012 – 2015, de Dilma Rousseff, prossegue em um modelo de desenvolvimento que busca conciliar crescimento econômico com geração de emprego, estabilidade macroeconômica e redução da desigualdade e da pobreza. Os últimos 3 PPAs seguem a tendência da eficiência estatal, direito à cidadania e estabilidade Micro e macroeconômica, como esperado o Plano de Dilma percorre veredas similares ao projeto de Estado de Lula da Silva e FHC, sendo a faceta social mais explorada nos dois últimos. A figura 1 mostra o cenário desejado desta gestão.[18: Ampliação dos direitos desta.]
Imagem retirada do Livro: Há um planejamento estratégico para o Brasil?
O crescimento médio sob a administração de Dilma foi de 1,6%, com expansão do mercado doméstico, ao qual os serviços fora o setor preponderante da economia. A renda dos mais ricos cresceu a taxas menores, em relação aos mais pobres. No que concerne as desigualdades regionais, houve aumento positivo na participação do Produto Interno bruto, por partes do Nordeste, Norte e Centro – Oeste, e quanto o Sudeste avança com uma pequena retração de 2,3% no interstício de 2000 a 2008. A população da região Sul e Sudeste teve pequeno recuo em detrimento das demais, -0,3 e -0,6 respectivamente. O gráfico 2ª e 2b, ilustra a evolução da remuneração média do Estado do Pará e de São Paulo.[19: Dados retirados do texto de Candeas,2015.]
Gráfico 2ª
Fonte: RAIS. Elaboração da autoria.
Gráfico 2b
Fonte: RAIS. Elaboração da autoria.
É perceptível que durante a gestão da Presidente Dilma há uma tendência crescentes das remunerações em todos os 5 grandes setores nesses dois Estados. O que está de acordo com o objetivo central do seu plano de governo, as políticas de estabilidade com geração de emprego e renda, políticas de transferências governamentais aos mais pobres via programas sócias e política de aumento do salário mínimo. O comércio e a agropecuária aumentam em taxas menores em comparação aos outros 3 setores. Contudo, é possível inferir que a desigualdade regional continua sendo um grande enclave na sociedade brasileira, embora, aos poucos esteja melhorando ao longo dos governos, mas ainda falta bastante para se chegar em um Brasil Desenvolvido.
Considerações Finais.
O objetivo de sucessivos planejamentos governamentais é sem dúvida a melhoria dos atos do governo, a melhoria do manejo de recursos, a qualidade de vida dos brasileiros, estabilidade econômico-financeira e política, imagem interna e externa. Contudo, obviamente, há um pequeno viés, em relação a qual estrato social ganharia mais ou deixaria de ganhar em cada governo, os governos possuem essa dificuldade em razão de que não se pode governar um país de proporções continentais como o Brasil sozinho; há muitos interesses envolvidos na disputa de poder e muitas vezes, acaba por deixar de fazer o correto planejado para atender a demanda de algum magnata ou grupos de poder regional, fazendo “o que dá”. Como não se tem meios de controle independentes dos poderes políticos e muito menos uma sociedade mais consciente de seus direitos e deveres a situação, literalmente, fica nas mãos dos aristocratas. Entretanto, de 1990 até os dias atuais, vê-se uma evolução no que concerne o planejamento estatal, há uma “certa preocupação” com o dinheiro público, mediante o aparecimento do Estado Burocrático, todavia o excesso desta, o que se pode chamar de disfunções burocráticas, que o torna pesado e ineficaz ao que se propõe. Com o intuito de romper essa imagem ruim da coisa estatal alguns modelos, no que tange o planejamento, foram formulados. O modelo de gestão estratégica junto aos instrumentos de planejamento: PPA, LDO, LOA e toda sua legislação pertinente, a exemplo das leis de orçamento, Lei 4.320 e LC 101/2000, ao que concerne o patrimônio, gestão de pessoal e transparência: 5.707, 5.832, 7.776, 12.527 dentre outras que ajudam na regulagem dos atos públicos. Os sucessivos planos de desenvolvimento e planejamento de 1930 a 2015 evidenciam que, obviamente, nenhum governo tem a capacidade de mudar, sozinho, um estado ruim, mas cada um deles são capazes de contribuir para o aprimoramento de sua nação, em todos os aspectos é possível melhorar, quando há vontade. No entanto, a sociedade precisa romper com seus paradigmas negativos para que se possa ver uma mudança vertical de baixo para cima, com uma não mais consciente, não serão eleitos autoridades incompetentes, e isso é um dos problemas crônicos da atualidade, porém, nunca se deve perder e fé e a esperança de viver em um país de justiça, menos desigual e mais transparente, de oportunidades a todos, se a coletividade fizer sua parte chegar-se-á, mesmo que demoreum pouco, ao Brasil do futuro! [20: Lei complementar.]

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