Buscar

Farmacologia da Asma

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

*
*
Universidade Federal de Pernambuco
Recursos Ergogênicos e Ergolíticos aplicados a 
Educação Física
Fernanda Virginia Barreto Mota
Prof. Dra. Teresinha Gonçalves da Silva
EDF0095@gmail.com
*
*
III Consenso Brasileiro no Manejo da Asma (2002): 
	Asma é uma doença inflamatória crônica caracterizada por hiper-responsividade (HR) das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com tratamento. Resulta de uma interação entre genética, exposição ambiental e outros fatores específicos que levam ao desenvolvimento e manutenção dos sintomas.
*
*
A asma é tanto uma doença pulmonar obstrutiva quanto uma doença
Inflamatória.
 O componente obstrutivo caracteriza-se por broncoconstrição;
 O componente inflamatório caracteriza-se por:
 edema das vias respiratórias;
 hiperplasia das células caliciformes;
 secreção de muco;
 infiltração por uma ampla variedade de células imunes e inflamatórias, que
liberam diversas citocinas associadas. 
Embora a obstrução das vias respiratórias seja, na maioria dos casos, reversível, a asma, com o decorrer do tempo, pode causar remodelagem
das vias respiratórias e deterioração permanente da função pulmonar.
*
*
Linfócitos Th2:
Diferenciação e a ativação dos eosinófilos;
Produção e liberação de IgE;
 Expressão de receptores de IgE sobre os mastócitos e os eosinófilos.
Caracterizada por:
Limitação do fluxo aéreo;
Hiper-responsividade brônquica.
A asma é uma reação das vias aéreas à lesão causada por diversos agentes caracterizada por obstrução reversível das vias aéreas, infiltração de eosinófilos e Th2, hiper-responsividade e remodelação das vias aéreas.
*
*
É uma doença inflamatória crônica que afeta cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo, um total que se espera subir para cerca de 400 milhões nos próximos 15-20 anos. (ADCOCK; CARAMORI; CHUNG, 2008).
*
*
Doença é responsável por mais de 100 mil internações no SUS  - A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 300 milhões de pessoas no mundo, incluindo crianças, sofrem com a asma.
http://www.blog.saude.gov.br/570-perguntas-e-respostas/35040-asma-atinge-6-4-milhoes-de-brasileiros
Doença crônica que afeta as vias respiratórias e o pulmão, a asma atinge 6,4 milhões de brasileiros acima de 18 anos, segundo Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do Ministério da Saúde e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As mulheres são as mais acometidas pela doença: cerca de 3,9 milhões delas afirmaram ter diagnóstico da enfermidade contra 2,4 milhões de homens, ou seja, prevalência de 39% a mais entre o sexo feminino.
No Brasil, a asma é responsável por número representativo de internações hospitalares. Somente em 2014, período de janeiro a novembro, foram 105,5 mil internações pela doença originando um custo de R$ 57,2 milhões para a rede pública de saúde – segundo dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH).
*
*
Como a asma é uma doença heterogênea iniciada por uma variedade de agentes, não há um esquema de classificação universalmente aceito. 
Cerca de 70% dos casos são ditos como ‘’extrínsecos’’ ou ‘’atópicos’’ e são causados por respostas imunes mediadas pelo IgE (Imunoglobulina E) e Th2 (Linfócito T auxiliar) a antígenos ambientais. 
Nos 30% restantes dos pacientes, a asma é dita como ‘’intrínseca’’ ou ‘’não-atópica’’ e é iniciada por estímulos não-imunológicos como a aspirina; infecções pulmonares, especialmente aquelas causadas por vírus; resfriados; estresse psicológico; exercício; e irritantes inalatórios. 
Esta distinção é útil do ponto de vista fisiopatológico, na clínica prática nem sempre é possível classificar a asma (Robbins, 2008). 
*
*
Asma Intermitente: • Sintomas menos de uma vez por semana; • Crises de curta duração (leves); • Sintomas noturnos esporádicos (não mais do que duas vezes ao mês); • Provas de função pulmonar normal no período entre as crises.  Asma Persistente Leve: • Presença de sintomas pelo menos uma vez por semana, porém, menos de uma vez ao dia; • Presença de sintomas noturnos mais de duas vezes ao mês,porém, menos de uma vez por semana; • Provas de função pulmonar normal no período entre as crises. 
*
*
Asma Persistente Moderada: • Sintomas diários; • As crises podem afetar as atividades diárias e o sono;  • Presença de sintomas noturnos pelo menos uma vez por semana; • Provas de função pulmonar: pico do fluxo expiratório (PFE) ou volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF¹) estão alteradas
 Asma Persistente Grave: • Sintomas diários; • Crises frequentes; • Sintomas noturnos frequentes; • Provas de função pulmonar: pico do fluxo expiratório (PFE) ou volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF¹) estão alteradas
*
*
Para um paciente com asma, o medidor do pico de fluxo expiratório é como um termômetro para um paciente com febre. Ele ajuda a determinar o quanto as suas vias aéreas estão abertas, ao invés de apenas adivinhar como você se sente.
A espirometria é o exame complementar de maior importância na avaliação da asma, apresentando três utilidades principais: estabelecer o diagnóstico, documentar a gravidade da obstrução ao fluxo aéreo e monitorar o curso da doença e as modificações decorrentes do tratamento.
*
*
1. Verificar se o bocal está adequadamente acoplado ao aparelho (quando esse for removível); 2. Movimentar o indicador para a base da escala numerada; 3. Ficar em pé ou sentado com a cabeça reta e realizar uma inspiração profunda enchendo os pulmões de ar completamente; 4. Colocar o bocal na boca e fechar os lábios em volta dele. Cuidar para não colocar a língua dentro do orifício; e soprar o mais forte e rápido que puder de uma vez só; 5. Anotar o maior valor obtido após repetir as manobras 3 vezes. Se houver uma diferença maior que 40 L entre duas manobras consecutivas, é recomendado que sejam realizadas duas medidas adicionais.
As manobras exercidas para medidas do PFE utilizando um aparelho portátil são realizadas como mostra a sequência de instruções da Figura 5:
*
*
*
*
O indivíduo inspira até atingir a capacidade pulmonar total, mantém esse volume por um certo tempo (note os platôs subsequentes ao término das inspirações) e é instigado a soprar o mais forte e rápido que puder até serem atingidos 6 segundos de expiração. O volume total da expiração é a capacidade vital forçada (CVF). Determinando-se no traçado um segundo após o início bem marcado da expiração e nele medindo-se o volume de gás expirado, obtém-se o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF10)'
*
*
Os principais sinais de alerta são:  • Tosse seca persistente - principalmente à noite; • Sibilância (chiado no peito); • Respiração mais rápida do que o normal; • Falta de ar; • Cansaço físico; • Sensação de aperto ou dor no peito. 
Presença de sibilâncias na ausculta
História de:
Tosse, que piora à noite
Episódios recorrentes de dispnéia, sibilâncias ou opressão torácica
Limitação ao fluxo aéreo reversível medida por PEF (pico do fluxo expiratório)
*
*
FR, frequência respiratória; 
FC, frequência cardíaca; 
MV, murmúrio vesicular.
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
 Modificações na estrutura da via aérea que causam limitação irreversível do fluxo aéreo:
 hipertrofia do músculo liso
 fibrose da membrana basal
 interrupção do processo de apoptose
 Contribui para limitações na resposta terapêutica
*
*
*
*
 Baseia-se em condições clínicas e funcionais. 
 Diagnóstico clínico:
 Sintomas episódicos: dispneia, tosse crônica, sibilância, aperto no peito ou desconforto torácico, particularmente a noite ou nas primeiras horas da manhã
 Melhora espontânea ou com uso de medicamentos para asma (broncodilatadores e anti-inflamatórios esteroides) 
 
Diagnósticos alternativos excluídos
 Diagnóstico funcional:
 Espirometria
 Teste de broncoprovocação com broncoconstritores
*
*
*
*
Objetivos do tratamento da asma: 
 Sintomas ausentes ou mínimos (noturnos, ao acordar, com exposição a irritantes).
 Atividades normais no trabalho e escola, incluindo exercícios e atividades de lazer.
 Função pulmonar normal ou próxima do máximo individual.
 Ausência de crises, idas à emergência e hospitalizações.
 Uso desnecessário ou ocasional de broncodilatadores para alívio (≤ 2 vezes/semana).
Efeitos adversos da medicação mínimos ou ausentes.
*
*
*
*
Vias de distribuição para os pulmões: 
① Via inalatória: 
 Melhor modo de distribuir fármacos como corticosteroides e β₂agonistas
 Distribuição eficaz dos fármacos para vias respiratórias com risco menor de efeitos colaterais sistêmicos
 Broncodilatadores: Início de ação mais rápido do que por VO = controle mais rápido dos sintomas.
 Dispositivos de liberação: 
 Inaladores dosimetrados pressurizados (pMDI)
 Câmaras espaçadoras (associadas com pMDI) 
 Inaladores de pó seco
 Nebulizadores (doses mais elevadas)
*
*
 Dispositivos de liberação: 
 Inaladores dosimetrados pressurizados (pMDI)
 Câmaras espaçadoras (acoplada ao pMDI) 
*
*
 Dispositivos de liberação: 
 Inaladores de pó seco
*
*
 Dispositivos de liberação: 
 
Nebulizadores (doses mais elevadas)
*
*
*
*
Vias de distribuição para os pulmões: 
② Via oral: 
 Dose muito maior do que a inalada para obter o mesmo efeito no aparelho respiratório (em proporção de 20:1)
 Efeitos colaterais sistêmicos mais comuns que na administração inalatória
 Reservado para pacientes impossibilitados de usar via inalatória.
③ Via parenteral:
 Reservada para pacientes gravemente doentes
 Efeitos colaterais frequentes pelas altas concentrações plasmáticas. 
*
*
 Relaxam o músculo liso das vias respiratórias, causando reversão imediata da obstrução das vias respiratórias na asma e prevenindo a broncocostrição. 
 Três classes principais: 
Agonistas β₂adrenérgicos (simpaticomiméticos)
Teofilina (Metilxantina)
Agentes anticolinérgicos (antagonistas muscarínicos) 
*
*
 Inalação = Tratamento broncodilatador de escolha para asma:
 Broncodilatadores mais eficazes
 Efeitos colaterais mínimos
 De ação curta: Albuterol, Fenoterol, Salbutamol, Terbutalina, Levalbuterol, Metaproterenol, Pirbuterol. 
 De ação longa: Salmeterol e Formoterol.
*
*
 Mecanismo de ação: 
No músculo liso brônquico: 
 Atuam nos receptores β₂acoplado a PTN Gs, estimulando a adenililcilase a formar AMPc, resultando em diminuição do tônus muscular
 Aumentam condutância do K+, levando a hiperpolarização e relaxamento
*
*
 Mecanismo de ação: 
Em mastócitos, basófilos, eosinófilos, neutrófilos e linfócitos:
 Pelo aumento da produção de AMPc, reduzem a liberação de citocinas–Efeito rapidamente dessensibilizado: Modificam apenas a inflamação aguda, sem ter efeito na inflamação crônica.
*
*
De curta ação:
 Terbutalina(Sulfato de terbutalina; Bricanyl®)
 Fenoterol(Bromidratode fenoterol; Berotec®)
 Salbutamol(Sulfato de salbutamol; Aerolin®)
 São os broncodilatadores mais eficazes e mais utilizados na asma 
 pMDI ou IPS: Convenientes, uso fácil, início rápido e sem muitos efeitos colaterais sistêmicos. 
 Eficazes na proteção contra desafios como exercício físico, ar frio e alergênios. 
 Escolha na asma aguda grave –Nebulização:mais fácil e segura que a parenteral e com mesma eficácia. 
 Início de ação em 1 a 5 min, com duração de 3 a 4h.
*
*
De longa ação:
 Salmeterol(Serevent®; SeretideDiskus® e SeretideSpray® = salmeterol+ fluticasona)
 Formoterol(Foradil®; Foraseq® e Symbicortturbuhaler® = formoterol+ budesonida)
 Ação broncodilatadora e protetora contra broncoconstricção de 12h ou mais.
 Melhoram manutenção do tratamento da asma (2x ao dia) quando comparados ao tratamento regular com β₂agonista de curta duração (4x ao dia).
 Ação sinérgica com corticosteroides: inaladores combinados simplificam a terapia e melhora adesão ao tratamento com corticoide –terapia de escolha para asma persistente. 
*
*
Efeitos colaterais
 Tremor muscular: É o efeito colateral mais comum.
 Taquicardia e palpitações:Estimulação cardíaca reflexa secundária à vasodilatação periférica, e estimulação direta dos receptores β₂atriais. 
 Hipocalemia: Efeito direto sobre captação de K+ no músculo esquelético
 Desequilíbrio ventilação-perfusão (Hipoxemia): Vasodilatação pulmonar em áreas mal perfundidas(antes vasoconstritas) = desvio de sangue para espaço morto. 
 Estão relacionados à dose
 Causados por ação em receptores extrapulmonares
 Comuns nas administrações oral e parenteral, incomuns na inalatória
Quando administrados em altas doses, especialmente quando tomados por via oral, até mesmo esses fármacos podem causar estimulação cardíaca. Além disso, como os receptores β2-adrenérgicos são expressos no músculo esquelético periférico, a ativação desses receptores pode resultar em tremor.
*
*
Considerado substância dopante os agonista beta-2, como o salbutamol, os quais são utilizados no tratamento contra asma. Os efeitos do uso oral são aumento de resistência, diminuição de fadiga. O inalatório em atletas não asmáticos provoca um maior aumento da função pulmonar.
São utilizados pelos atletas para elevar o desempenho esportivo, pois em dosagens maiores que as terapêuticas têm efeito estimulante e anabolizante. Os efeitos colaterais causados pelo uso dessas substâncias são tremores musculares, diminuição da pressão sanguínea, nervosismo, sudorese, cefaléia, náuseas, vômitos, ansiedade entre outros (NETO, 2001). 
http://www.mundotri.com.br/guia-asma-induzida-por-exercicio-fisico/drogas-para-o-controle-da-asma/
*
*
Todos os beta-2 agonistas (incluindo seus dois isômeros onde relevante) são proibidos com exceção de salbutamol (máximo 1600 microgramas durante 24 horas) e salmeterol quando administrados por inalação conforme recomendação de uso terapêutico do fabricante. A presença de salbutamol na urina em concentração superior a 1.000 ng/ml é compreendida como não sendo uso terapêutico planejado e será considerada como um Resultado Analítico Adverso, a menos que o Atleta prove, através de um estudo farmacocinético controlado, que este resultado anormal seja conseqüência do uso da dose terapêutica (máximo 1600 microgramas durante 24 horas) de salbutamol inalado. 
 http://repositorio.unesc.net/bitstream/1/625/1/Tal%C3%A9ia%20Rosset.pdf
*
*
http://temas.folha.uol.com.br/doping/o-que-e-doping/substancias-proibidas-sao-usadas-para-trapacear-mas-tambem-por-desatencao.shtml
*
*
http://temas.folha.uol.com.br/doping/o-que-e-doping/substancias-proibidas-sao-usadas-para-trapacear-mas-tambem-por-desatencao.shtml
*
*
Apenas disponível em vias oral e parenteral!
 Mecanismo de ação
 Inibição não seletiva da fosfodiesterase: ↑do AMPC e do GMPC → relaxamento do músculo brônquico
 Inibição competitiva do receptor de adenosina= Ação antiinflamatória
 Adenosina: autacóide que tem como efeitos broncoconstrição e potencialização dos mediadores inflamatórios liberados pelos mastócitos.
 Menos eficaz que os corticóides e agonistas β2 inalatórios e com mais efeitos colaterais.
 Vantagem: baixo custo
*
*
*
*
Teofilina –Farmacocinética
 Redução da biodisponibilidade se ingerida com alimentos 
 Metabolismo hepático:
•Indutores: barbitúricos, rifampicina, tabagismo, etanol
•Inibidores: cimetidina, eritromicina.
 Atinge concentração plasmática máxima em 2h
 Preparações para intervalos de dose de 8, 12 ou 24h
 Uso: A teofilina de liberação lenta pode ser administrada como fármaco de controle, para evitar exacerbações: pode ser adicionado à terapia com agonista β2 em dose máxima que não alcançou broncodilatação adequada. 
*
*
Teofilina -Toxicidade
 Janela terapêutica pequena
 Estimulante SNC: tremor, nervosismo, alterações do sono, convulsões
 Taquiarritmias,
parada cardíaca.
 Efeitos gastrointestinais 
 Diurético fraco
Aminofilina 
→ É uma opção secundária de broncodilatador para alívio imediato dos sintomas da asma (1ª opção = agonistas β2). 
→ Seu uso como medicação de alívio é restrito a pacientes hospitalizados que não respondem ou são intolerantes a agonistas β2, de preferência em infusão contínua.
→ Aminofilina sandoz® e Genérico = VO; Minoton®= IV ou IM
Em níveis supraterapêuticos, a teofilina produz náusea, diarréia, vômitos, cefaléia, irritabilidade e insônia. Em doses ainda mais altas, podem ocorrer convulsões, encefalopatia tóxica, hipertermia, lesão cerebral, hiperglicemia, hipocalemia, hipotensão, arritmias cardíacas e morte.
*
*
*
*
 Ipratrópio (Atrovent®; Brometo de ipatrópio; Duovent®= brometo de ipratrópio + bromidratode fenoterol)
 Tiotrópio (Spiriva®;brometo de tiotrópio)
→ Mecanismo de ação: Bloqueiam os efeitos da Ach endógena em receptores muscarínicos. Nas vias aéreas: inibe efeito constritor direto sobre músculo brônquico liso e redução da secreção traqueobrônquica.
 
→ Usos clínicos: Baseiam-se em seu efeito sinérgico com agonistas β2 
 Broncodilatador adicional na terapia de manutenção para pacientes asmáticos não controlados com um LABA (agonistas beta de ação longa).
 Associado ao agonistas β2 de curta duração no controle da crise de asma. 
*
*
→ Efeitos colaterais: Raros no uso inalatório
 Precipitação de glaucoma
 Retenção urinária 
 Broncoconstrição paradoxal 
 Boca seca
→ Efeito indesejado: sabor amargo 
*
*
Corticosteróides inalatórios: terapia de primeira linha para asma crônica!
→ Mecanismos de ação: Entram nas células alvo e ligam-se aos receptores de glicocorticóides (RG) no citoplasma, movendo-se com eles para o núcleo onde atuam na transcrição gênica, levando a:
 Modulação da produção das citocinas, quimiocinas e eicosanóides
 Inibição do acúmulo de basófilos, eosinófilos e outros leucócitos no tecido pulmonar
 Redução da permeabilidade vascular 
 Inibição dos sintomas inflamatórios
 Controle da hiperreatividade brônquica
 Potencialização de efeitos de agonistas β2
 Redução da produção brônquica de muco
→Não tem ação sobre musculatura lisa!
*
*
→ Farmacocinética: 
Glicocorticóide inalado:
 Parte atua localmente na mucosa das vias respiratórias
 Parte é absorvida pelas vias respiratórias e superfície alveolar
 Parte é depositada na orofaringe, engolida e absorvida pelo intestino.
→ A fração absorvida no TGI pode sofrer metabolismo de primeira passagem no fígado antes de atingir a circulação sistêmica = redução dos efeitos colaterais 
→ Uso de câmara expansora: reduz deposição orofaríngea e absorção sistêmica! 
Crianças: SEMPRE usar o espaçador!
→ Enxaguar a boca e descartar o enxague: efeito semelhante à câmara expansora
*
*
→ Particularidades: 
•Diproprionato de beclometasona e ciclesonida: pró-fármacos–liberam corticosteróide ativo após clivagem por esterases no pulmão. 
•Ciclesonida: disponível como IDM para asma e como spray nasal para rinite alérgica
•Budesonida e proprionato de fluticasona: maior metabolismo de primeira passagem = menor probabilidade de efeitos sistêmicos.
•Budesonida: é o corticóide inalatório de preferência para a gestação por apresentar mais dados referentes a sua segurança e eficácia. 
•Beclometasona: único corticóide inalatório disponibilizado na maioria dos postos de saúde e na farmácia popular. Também apresenta baixo risco fetal, podendo ser usada caso a budesonida não esteja disponível
*
*
*
*
→ Efeitos adversos:
Locais:
 Disfonia
 Candidíase orofaríngea
 Tosse
Sistêmicos: 
 Supressão e insuficiência adrenal
 Supressão do crescimento
 Hematomas
 Osteoporose
 Catarata
 Glaucoma
 Anormalidades metabólicas (glicose, insulina, triglicerídeos)
 Distúrbios psiquiátricos (euforia, depressão)
*
*
http://temas.folha.uol.com.br/doping/o-que-e-doping/substancias-proibidas-sao-usadas-para-trapacear-mas-tambem-por-desatencao.shtml
*
*
Mecanismos de ação: 
 Inibem a liberação de mediadores inflamatórios das células
 Inibição dos reflexos axonais locais dos bronquíolos
 Inibe tanto a asma induzida por antígenos quanto a induzida por exercício físico
 Uso crônico diminui nível global de reatividade brônquica
 Não têm efeito sobre o tônus da musculatura lisa
→ Efeitos colaterais: Em geral leves, restritos ao local de depósito
 Irritação da garganta
 Tosse
 Boca seca
 Sensação de contração do tórax
→ Seus usos clínicos eram voltados para prevenção, mas se reduziram muito com o crescente uso dos corticóides inalatórios.
*
*
O cromoglicato possui um melhor perfil de segurança do que qualquer outra medicação para a asma, devido, em grande parte, à sua baixa absorção sistêmica. O cromoglicato é administrado por inalação; menos de 10% do fármaco que alcança as vias respiratórias inferiores sofrem absorção sistêmica, e menos de 1% do fármaco que alcança o trato gastrintestinal é absorvido.
Em geral, o cromoglicato é menos efetivo do que os corticosteróides inalados, particularmente nos casos de asma moderada a grave. 
Deve ser tomado quatro vezes ao dia.
*
*
Mecanismos de ação: 
 Inibição da via dos cistenil-leucotrienos que são produzidos na asma → têm efeitos potentes sobre a função das vias respiratórias e induzem broncoconstrição, hiperresponsividade das vias respiratórias, exsudação do plasma, secreção de muco e inflamação eosinofílica. 
→Antagonistas dos receptores Cys-LT1
 Zafirlucaste–Accolate®
 Montelucaste–Singulair®
→Inibidor da síntese (inibidor competitivo da 5-LOX):
 Zileutona–Zyflo®
*
*
→ Farmacocinética:
 Boa absorção no TGI –Uso por VO! 
 ↑ Ligação a proteínas plasmáticas
 Sofrem metabolismo hepático
 ↓ Toxicidade (só atuam no local da inflamação)
→ Efeitos colaterais: São pouco frequentes
 Casos raros de disfunção hepática
 Síndrome de Churg-Strauss (Zafirlucaste e Montelucaste)
A síndrome de Churg-Strauss é uma vasculite granulomatosa grave que acomete as pequenas artérias e veias dos pulmões, coração, rins, pâncreas, baço e pele. Como a síndrome de Churg-Strauss está independentemente associada à asma e à eosinofilia, não se sabe ao certo se as reações relatadas representam um efeito distinto do fármaco ou uma manifestação da síndrome preexistente devido à redução do uso de corticosteróides em decorrência da adição de um antagonista dos receptores de leucotrienos ao esquema terapêutico.
*
*
→ Usos clínicos: Embora sejam medicamentos com eficácia inferior aos corticóides inalatórios, podem ser indicados em algumas situações para o tratamento de manutenção da asma:
 Alternativa ao corticóide inalatório no tratamento de pacientes com asma persistente leve ou asma induzida pelo exercício 
 Em pacientes com asma persistente grave, a adição de um antagonista dos leucotrienos permite a redução da dose do corticóide inalatório, sem perda do controle da doença;
 Em pacientes com rinite associada pode ajudar no controle dos sintomas nasais.
→ Por ser um medicamento eficaz e administrado por VO, pode melhorar a adesão ao tratamento! 
*
*
*
*
 Cinco etapas: Cada paciente deve ser alocado em uma dessas etapas de acordo com o tratamento atual e o seu nível de controle e deve ser ajustado conforme as mudanças. 
Etapa 1: Medicação de resgate para o alívio dos sintomas 
 Promover a educação do asmático e o controle ambiental
 Apenas medicação de alívio para pacientes que têm sintomas ocasionais (tosse, sibilos ou dispneia ocorrendo duas vezes ou menos por semana) de curta duração. 
 Escolha: β₂-agonista de rápido início de ação (salbutamol, fenoterol ou formoterol).
 Medidas serão mantidas em todas as outras etapas. 
*
*
Etapa 2: Medicação de alívio + 1 único medicamento de controle 
 Escolha: Corticoides inalatórios em doses baixas 
 Medicação alternativa: antileucotrienos
Etapa 3: Medicação de alívio + 1 ou 2 medicamentos
de controle 
 Escolha: Corticoide inalatório em doses baixas + β₂-agonista inalatório de ação prolongada
 Alternativa: aumentar a dose do corticóide inalatório, adição de um antileucotrieno ao corticóide inalatório em doses baixas ou a adição de teofilina, nesta ordem.
*
*
Etapa 4: Medicação de alívio + 2 ou mais medicamentos de controle 
 Escolha: Corticóide inalatório em doses médias ou altas + β₂-agonista inalatório de ação prolongada
 Alternativa: adicionar um antileucotrieno ou teofilina à associação acima. 
Etapa 5: Medicação de alívio + Medicação de controle adicional
 Adição de Glicocorticóide oral à etapa anterior
Somente para pacientes com asma não controlada na etapa 4, que tenham limitação de suas atividades diárias e frequentes exacerbações e que tenham sido exaustivamente questionados sobre a adesão ao tratamento.
 Anti-IgE:alternativa em indivíduos atópicos
*
*
Observações
① Em pacientes que irão iniciar o tratamento, deve-se fazê-lo na etapa 2 ou, se o paciente estiver muito sintomático, iniciar pela etapa 3.
② Independentemente da etapa de tratamento, uma medicação de resgate deve ser prescrita para o alívio dos sintomas conforme a necessidade.
③ Em crianças menores de cinco anos de idade, não é recomendado o uso de β₂-agonista de ação prolongada, porque os efeitos colaterais ainda não estão adequadamente estudados nessa faixa etária
*
*
*
*
*
*
Em uma das mais de 32 mil farmácias do programa, os pacientes encontram os três principais medicamentos para o tratamento da doença (brometo de ipratrópio, diproprionato de beclometasona e sulfato de salbutamol), em suas diferentes dosagens. Só em 2014, 1,4 milhão de pessoas foram atendidas com medicamentos para asma no Programa Farmácia Popular do Brasil.
Nos casos em que há evolução do quadro do paciente, se houver necessidade clínica, é possível ainda obter a complementação do tratamento com medicamentos do chamado componente especializado. Após diagnóstico e prescrição correta, a rede pública de saúde oferece de graça os remédios – budesonida, fenoterol, formoterol e salmorerol – os quais devem ser retirados nos serviços estaduais, responsáveis pela compra e distribuição dos mesmos. No ano passado, 240 mil pessoas fizeram uso desses medicamentos por meio do SUS.
http://www.blog.saude.gov.br/570-perguntas-e-respostas/35040-asma-atinge-6-4-milhoes-de-brasileiros
*
*
O exercício é um conhecido fator desencadeante da asma e diferente dos outros gatilhos, o exercício não deve ser afastado do paciente com asma!
Em todas as idades, as atividades esportivas são instrumentos de convívio social, participação de grupos e formação de novas amizades.
O asmático pode e deve realizar qualquer atividade física que desejar. Para isso, a asma deve estar sob controle. Portanto, esportes mais comuns, como corrida, bicicleta, jogos de quadra ou campo, enfim, qualquer modalidade esportiva pode ser escolhida. A natação sempre foi apontada como a melhor escolha para o asmático e ganhou fama de “curar a bronquite”.
A  prática regular de esportes deve ser encorajada, mas nunca como forma isolada de tratar a asma. Algumas crianças podem até piorar ou desencadear a asma após a natação, seja pelo próprio exercício, inalação de cloro ou ainda pela alta frequência de rinite e sinusite em nadadores. Por outro lado, muitos campeões olímpicos de natação começaram suas carreiras tentando se curar da asma nas piscinas.
*
*
A mensagem é: Trate a asma para nadar bem! Ou, melhor ainda, trate a asma para viver bem e ser um campeão em qualquer esporte!
É extremamente importante ressaltar que todas as regras descritas acima são necessárias apenas para os atletas olímpicos ou sujeitos a exames de controle de doping.
As regras não devem ser encaradas como obstáculo para o tratamento adequado da asma. Nenhum atleta deve ser encorajado a suspender seus medicamentos.
Os remédios da asma não são proibidos, mas sim controlados. Os técnicos devem estar muito conscientes sobre as sérias consequências da suspensão da medicação para o controle da asma.
Existem muitos pequenos atletas potenciais que estão amedrontados pela asma. A asma não deve nunca ser um obstáculo para o desenvolvimento esportivo.
E lembre-se: A asma bem controlada, com certeza, vem acompanhada de muitas medalhas!
Dra. Priscilla Rocha
*
*
*
*
Universidade Federal de Pernambuco
Recursos Ergogênicos e Ergolíticos aplicados a 
Educação Física
Fernanda Virginia Barreto Mota
Prof. Dra. Teresinha Gonçalves da Silva
EDF0095@gmail.com
*
*
O indivíduo a ser estudado é ligado ao aparelho por meio de uma peça bucal e uma válvula, em conexão com dois tubos flexíveis: um traz o ar do interior do espirógrafo para o paciente e o outro retorna o gás expirado em sentido contrário. O gás expirado passa por um recipiente contendo cal sodada, que dele retira o gás carbônico. No circuito há geralmente uma ventoinha, que ajuda a manter o sentido do fluxo no interior do aparelho. Tendo em vista que parte do oxigênio inspirado é consumida a cada inspiração, a mistura gasosa no interior do espirógrafo ficaria cada vez mais pobre em O2, A fim de evitar tal inconveniente, adiciona-se esse gás ao circuito, à medida que for sendo consumido.
*
*
*
*
*
*
Asma é uma doença inflamatória crônica caracterizada por hiperresponsividade ( HR ) das vias aéreas inferiores e por limitação variável do fluxo aéreo reversível espontaneamente ou com tratamento, manisfestando-se clinicamente por episódios recorrentes de sibilância, dispnéia, aperto no peito e tosse, particularmente a noite e pela manhã ao despertar. Resulta de uma interação entre genética, exposição ambiental a alérgenos e irritantes e outros fatores específicos que levam ao desenvolvimento e manutenção dos sintomas
*
a asma é uma reação das vias aéreas à lesão causada por diversos agentes; caracterizada por obstrução reversível das vias aéreas, infiltração de eosinófilos e Th2, hiper-responsividade e remodelação das vias aéreas
*
*
*
*
*
*
*
Descrição dos componentes do remodelamento da via aérea.
Importante salientar que este componente pode limitar a resposta terapêutica da asma.
Janela terapêutica
- vai ser igual à diferença entre a concentração mínima eficaz e a concentração tóxica mínima
- quanto menor esta diferença, maior será o risco
*
Ach causa broncoconstrição e aumento do extravasamento de líquidos
*
http://www.mundotri.com.br/guia-asma-induzida-por-exercicio-fisico/drogas-para-o-controle-da-asma/
*

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais