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PROJETO DE PESQUISA: O PERFIL DO ADMINISTRADOR HABILITADO EM 
COMÉRCIO EXTERIOR NA PERSPECTIVA DO MERCADO DE TRABALHO 
 
AUTOR 
 
Maria José Carvalho de Souza 
Pedro Guilherme Kraus 
 
INSTITUIÇÃO 
 
Universidade Regional de Blumenau – FURB 
 
RESUMO 
 
1. Introdução 
 
O tema que motivou a presente pesquisa tem como origem a reforma curricular do Curso de Administração 
da Universidade Regional de Blumenau – FURB, ocorrida em 1990. 
 
O processo de reforma curricular do Curso de Administração da Universidade Regional de Blumenau teve 
como marco inicial a preocupação e a determinação dos professores do Departamento de Administração em 
adequar o currículo do curso as expectativas e a realidade da região. Fato que resultou em junho de 1990 da 
aprovação por unanimidade da deflagração do processo de Reforma Curricular do Curso de Administração da 
FURB. Para tanto, foi constituído um grupo de trabalho composto por dois professores do departamento de 
administração, dois alunos do curso de administração. Um professor do departamento de economia e uma 
funcionária da assessoria técnica de ensino. As idéias centrais que guiaram a reforma curricular consistiam na 
possibilidade do curso de administração oferecer ao mesmo tempo, uma formação de duplo sentido, isto é, 
uma formação generalista e especialista, além de oferecer um atendimento a sua clientela: empresas e órgãos 
públicos. 
 
Após várias discussões e tendo ciência das necessidades e potencialidades da região, optou-se pela mudança 
do então regime de 8 semestres para um sistema de 10 semestres. Dessa forma conforme anexo 1 a 
composição da grade curricular ficou assim definida: a) 7 semestres comuns nos quais se atenderiam as 
exigências do currículo mínimo do curso de administração, bem como possibilitaria uma abordagem geral do 
campo de estudo, b) 3 semestres onde o aluno optaria por uma das seguintes habilitações: administração de 
empresas, administração pública e comércio exterior. 
 
A grade curricular atual corresponde a habilitação em administração de empresas. A habilitação em comércio 
exterior bem como a habilitação em administração estão em processo de estruturação. 
 
No caso da habilitação em comércio exterior este processo está sendo iniciado através desta pesquisa, 
objetivando a participação das empresas que mantém atividades de comércio exterior, afim de elaborar-se as 
disciplinas específicas para habilitação dentro de uma realidade unificada, e de acordo com as expectativas 
deste profissional pelas empresas. 
 
Salienta-se, no entanto, que o papel da universidade se restringe a adequar o ensino às exigências do mercado 
de trabalho, porém a própria literatura e a prática da administração o revela que um curso nesta área deve ser 
dinâmico e ajustado ao ambiente que se ensina, pois o administrador além de analisar as mudanças ambientais 
e de identificar novas tendências, deve atuar como agente de transformação. É necessário, portanto, que os 
cursos de Administração, constantemente interajam com o mercado de trabalho, procurando descobrir o que 
ocorre na sociedade, e tentando com isto uma maior adaptação. 
 
O novo cenário mundial com a atuação dos países em bloco (abertura das fronteiras dos países europeus 
1992), a concorrência internacional crescente, e a própria questão da integração econômica do cone sul, são 
tendências que afetam sobremaneira a estruturação dos cursos de administração do país e de forma específica 
o curso de administração da Universidade Regional de Blumenau. A vocação do médio vale do Itajaí (cuja 
sede é Blumenau) como pólo industrial/comercial nacional e a carência na formação e aperfeiçoamento de 
pessoal habilitado são razões suficientes para preocupação em se estruturar o curso de administração da 
Universidade Regional de Blumenau frente a esta nova conjuntura político-econômica. 
 
Dessa forma, levanta-se como problema de pesquisa: 
 
Quais qualificações deve possuir um administrador com habilitação em comércio exterior, do ponto de vista 
das empresas com atuação neste segmento, na região do médio vale do Itajaí. 
 
2.2 Objetivos Específicos 
 
Identificar o tipo de empresa com potencial para absorção do administrador com habilitação em comércio 
exterior. 
 
Verificar o tipo de administrador que estas empresas necessitam. 
 
Identificar o direcionamento a ser dado nos conteúdos e nas ementas das disciplinas do curso de 
administração habilitação em comércio exterior. 
 
3. Referencial Teórico 
 
A criação dos cursos de administração, bem como sua expansão diretamente relacionada com o 
desenvolvimento econômico voltado, para a instalação de grandes organizações no país, que envolvem 
tecnologia complexa e crescente grau de burocratização. Para Villa-Alvarez, apud Lima (1985) o ensino 
brasileiro calcado no modelo americano, só agora começa a enfrentar o problema essencial da relação ensino-
pesquisa-tecnologia, razão pela qual ainda não desenvolve mão-de-obra especializada com inventiva 
capacidade de criar tecnologia própria. 
 
Como ciência social aplicada, o ensino e a prática de administração deve ter como base a realidade social, 
econômica, política e cultural do país, sob pena de não responder adequadamente às exigências da sociedade a 
qual deve servir. 
 
Essa adequação à realidade deve considerar inclusive as diferenças regionais . Neste sentido, Riggs (1968) 
observa que um dos problemas dos países em desenvolvimento é idealizar modelos ou soluções que nem 
semp re encontram apoio na realidade sócio-econômica e política de seus países ou a aplicação de modelos e 
conceitos importados de países mais estruturados economicamente, administrativamente e politicamente, sem 
as referidas adaptações resultando no que denomina mimetismo. 
 
Com a demanda cada vez mais crescente de profis sionais para gerir os complexos organizacionais e a 
importância de modelos ocorre a expansão dos cursos de administração. 
 
Diante da proliferação dos cursos de administração, Castro (1974) questiona a fragilidade destes cursos 
ressaltando o binômio quantidade-qualidade. 
 
Num primeiro momento, o autor analisa o recrutamento dos universitários ao curso de administração. Com 
um número maior de vagas sendo oferecidas estas passam a ser preenchidas por estudantes cujo perfil 
acadêmico bão é adequado a um bom desempenho universitário. 
 
Em relação a qualidade do ensino de administração oferecido, Castro qualifica-o de ensino fraco. Para o autor, 
uma das problemáticas es tá justamente na formação dos cursos de pós-graduação, além disto, ressalta que 
muitos destes programas não estão voltados ao suprimento de docentes para atuação a nível de graduação. 
 
Por outro lado, o autor ressalta a desconexão entre os conteúdos modelos importados sofisticados fora da 
realidade da maioria das empresas onde o aluno possivelmente irá atuar. Desta forma, o administrador estará 
sendo formado para exercer somente suas funções somente nas grandes organizações e não nas de pequeno ou 
grande porte que comp õe a maioria do mercado brasileiro. 
 
Outro aspecto das disciplinas técnicas é sua hegemonia sobre as matérias teóricas. Os alunos condicionados 
ao tecnicismo vigente, preocupam-se em aprender a técnica e não em saber em que momento utlizar e em que 
situação. Tal fato, transforma-os de alunos pensantes em meros técnicos alheios aos problemas 
organizacionais e sociais da empresa e não em agentes provocadores de mu danças. 
 
No tocante às disciplinas teóricas estas correm o risco de se restringirem a memorização. Não proporcionando 
instrumentais de análise para atuação e compreensão da realidade organizacional. 
 
Verifica-se, portanto, que a formação do administrador é bastante complexa, envolvendo variáveis intrínsecas 
e a própria definição do profissional administrador. Ou seja, se o administrador é um técnico, um tomador de 
decis ão, um generalista,um especialista, um assalariado, um defensor do capital, ou um detetor de poder. 
 
4. Metodologia 
 
4.1 Perguntas de Pesquisa 
 
1. Qual é o tipo de empresa que necessita do administrador habilitado em comércio exterior? 
 
2. Quais as qualificações do administrador habilitado em comércio exterior esperado pelas empresas ? 
 
3. De que forma o curso de administração/ habilitação em comércio exterior pode ser estruturado em termos 
teóricos-prático para atender as empresas? 
 
4.2 População e Amostra 
 
A população é composta de empresas importadoras e/ou exportadoras inscritas na carteira de comércio 
exterior do Banco do Brasil da Região do Vale do Itajaí – Santa Catarina. A seleção da amostra será feita 
através de sorteio, pelo processo aleatório. 
 
4.3 Design e perspectiva da pesquisa 
 
De acordo com Kelinger apud Selltiz (1987) a pesquisa caracteriza-se como do tipo levantamento, pois 
pretende-se coletar dados de parte de uma população a fim de avaliar a incidência de determinado fenômeno. 
 
A perspectiva é do tipo sincrônica, já que se procura identificar as qualificações necessárias ao administrador 
habilitado em comércio exterior em um momento específico, sem considerar sua evolução no tempo. 
 
4.4 Colete e Análise de Dados 
 
Para obtenção das informações será utilizado um questionário composto de perguntas fechadas e abertas. Os 
dados serão tratados quatitativamente. Os dados quantitativos serão analisados mediante técnicas quantitativa 
média, distribuição de frequências e tabelas de contingência. 
 
5. Cronograma 
 
 PERÍODO 
ATIVIDADE SET OUT NOV DEZ JAN FEV 
Revis ão Bibliográfica X 
Elaboração de Instrumentos X 
Coleta de Dados X 
Análise e Tabulação de Dados X X 
Redação Final X 
 
6. Bibliografia 
 
BARBOSA, Jinnu D. e TEIXEIRA, Ricardo M. Formação de Administradores; uma análise sob a perspectiva 
do mercado de trabalho. In: Reunião Nacional da ANPAD 13., Águas de São Pedro, 1989. Anais... 
CASTRO, Cláudio de M. A profissionalização de administrador e o amadorismo dos cursos. Revista de 
Administração de Empresas. Rio de Janeiro, FGV, 14(2), 1974. 
LIMA, Zuleica A. Perfil do Administrador; a formação do graduado na UEL e as expectativas do mercado de 
trabalho. In: Reunião da ANPAD 9, Florianópolis, 1985. Anais... 
RIGGS, Fred. Administração nos países em desenvolvimento. Rio de Janeiro: FGV, 1968. 
Selltiz, R. e Cook, M. Métodos de Pesquisa nas Relações sociais. 2 ed. São Paulo: EPU, 1987.

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