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Simulado ENEM 2017- DIA 01

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Leia atentamente as seguintes instruções:
1. Você deve receber do �scal o material abaixo:
 a) este CADERNO, com 90 questões objetivas (de n os 1 a 90)
 b) 01 (um) CARTÃO-RESPOSTA, destinado à marcação das respostas.
 c) Você deve assinalar apenas UMA ALTERNATIVA PARA CADA QUESTÃO. A marcação em mais de uma alternativa anula a 
questão.
 d) No CARTÃO-RESPOSTA, a marcação das letras, correspondentes às respostas de sua opção, deve ser feita preenchendo todo 
o espaço compreendido no retângulo, com caneta esferográ�ca de tinta preta ou azul, com um traço contínuo e denso, como no 
exemplo acima.
2. oãn seõtseuq ed onredac on sadalanissa seõçacram sa e sohnucsar sO .atsopser-oãtrac ues racram arap sianif sotunim )atnirt( 03 so evreseR
serão levados em conta.
3. O tempo disponível para a prova é de 5 horas e 30 minutos.
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES
1O DIA
CADERNO
1
AMARELO
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
SIMULADO ENEM 2017
1 Este CADERNO DE QUESTÕES contém uma prova de 
Redação e 90 questões numeradas de 1 a 90, dispostas da 
seguinte maneira:
a. prova de Redação;
b. as questões de número 1 a 45 são relativas à área de 
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
c. as questões de número 46 a 90 são relativas à área de 
Ciências Humanas e suas Tecnologias.
 ATENÇÃO: as questões de 1 a 5 são relativas à língua 
estrangeira. Você deverá responder apenas às questões 
relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida.
2 se o seu a 
quantidade de questões e se essas questões estão na 
ordem mencionada na instrução anterior. Caso o caderno 
esteja incompleto, tenha qualquer defeito ou apresente 
divergência, comunique ao aplicador da sala, para que ele 
tome as providências cabíveis.
3 Preencha corretamente os seus dados no CARTÃO- 
-RESPOSTA.
4 ATENÇÃO: após o preenchimento, escreva e assine seu 
nome nos espaços próprios do CARTÃO-RESPOSTA com 
caneta tinta 
5 Marque no CARTÃO-RESPOSTA, no espaço apropriado, o 
CÓDIGO DA PROVA abaixo.
CÓDIGO DA PROVA (INGLÊS): 31004
CÓDIGO DA PROVA (ESPANHOL): 31204
6 Não dobre, não amasse nem rasure o CARTÃO- 
-RESPOSTA, pois ele não poderá ser substituído.
7 Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 
 com as , , , e . 
Apenas uma responde corretamente à questão.
8 No CARTÃO-RESPOSTA, preencha todo o espaço 
compreendido no círculo correspondente à opção escolhida 
para a resposta. A marcação em mais de uma opção anula 
a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta.
9 O tempo disponível para esta prova é de cinco horas e 
trinta minutos.
10 Reserve os 30 minutos para marcar seu CARTÃO- 
-RESPOSTA. Os rascunhos e as anotações assinaladas 
no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na 
avaliação.
11 Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador 
e entregue o CARTÃO-RESPOSTA.
12 Você poderá deixar o local de prova somente após 
decorridas duas horas do início da aplicação.
13 Você será eliminado do Simulado, a qualquer tempo, no 
caso de:
a. prestar, em qualquer documento, declaração falsa ou 
inexata;
b. perturbar, de qualquer modo, a ordem no local de 
aplicação das provas, incorrendo em comportamento 
indevido durante a realização do Simulado;
c. comunicar-se, durante as provas, com outro participante 
verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma;
d. portar qualquer tipo de equipamento eletrônico e de 
comunicação após ingressar na sala de provas;
e. utilizar ou tentar utilizar meio fraudulento, em benefício 
próprio ou de terceiros, em qualquer etapa do 
Simulado;
f. utilizar livros, notas ou impressos durante a realização 
do Simulado;
g. ausentar-se da sala de provas levando consigo o 
CARTÃO-RESPOSTA a qualquer tempo.
LG – 2o dia | Caderno 1 - Amarelo - Página 3
REDAÇÃO
INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO
• O rascunho da redação deve ser feito no espaço 
apropriado. 
• A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta 
de Redação ou do Caderno de Questões terá o número 
de linhas copiadas desconsiderado para efeito de 
correção. 
Receberá nota zero, em qualquer das situações 
expressas a seguir, a redação que: 
• tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada 
 
• fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo- 
-argumentativo;
• apresentar proposta de intervenção que desrespeite os 
direitos humanos;
• apresentar parte do texto deliberadamente desconectada 
do tema proposto.
TEXTOS MOTIVADORES
TEXTO I
Sensacionalismo é o nome que se dá para uma certa 
postura na comunicação em massa, em que os eventos 
e assuntos das histórias são exibidos de maneiras muito 
exageradas, para aumentar a audiência dos telespectadores 
ou dos leitores. Pode incluir notícias sobre assuntos 
 e eventos a 
em geral, além de envolver apresentações tendenciosas 
de temas populares de uma maneira trivial, em formas de 
tabloide. Algumas táticas conhecidas incluem abordagens 
insensíveis, apelações emotivas, criação de polêmicas, 
notícias com fatos intencionalmente omitidos. Basicamente, 
quaisquer formas de se obter forte atenção popular.
Disponível em: www.infoescola.com.
TEXTO II
A cena é conhecida dos telespectadores brasileiros. 
Uma mulher está aos prantos por ter perdido alguém da 
 em um vem um um 
microfone na cara: Como é que a senhora está se sentindo?
Costumava-se achar que essa prática, por deselegante 
 era isso 
antes do advento da internet.(...)
O site Catraca Livre, um dos mais populares do Brasil, 
sentiu na pele. Logo pela manhã, quando a notícia da tragédia 
[da Chapecoense] ainda estava fresca, publicou uma série de 
fotos de pessoas que estavam prestes a morrer: vítimas de 
tiros, quedas, os mais diversos acidentes. A maioria sorrindo 
alegremente, sem ter ideia do que ia acontecer.
Entre as imagens, lá estavam alguns jogadores da 
Chapecoense, fazendo a bordo da aeronave que 
cairia pouco depois. 
Disponível em: f5.folha.uol.com.br.
TEXTO III
37% de share 
cada 100 TVs por 
assinatura ligadas, 
estão na Globo 
(por exemplo)
O QUE AS PESSOAS VEEM, NA TV PAGA
Os 10 canais mais vistos da TV paga das 7h à 0h, em agosto
Fonte: sados de Ibope em oito praças
Disponível em: f5.folha.uol.com.br.
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base 
nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, 
redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade 
escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Os limites 
para o no 
proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. 
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, 
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
LG – 2o dia | Caderno 1 - Amarelo - Página 4
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 1 a 45
Questões de 1 a 5 (opção Inglês)
QUESTÃO 01
Healthy choices
How do we reduce waistlines in a country where we 
traditionally do not like telling individuals what to do?
By Telegraph View
22 Aug 2014
Duncan Selbie, the Chief Executive of Public Health England, suggests 
that parents feed their children from smaller plates. Photo: Alamy
Every new piece of information about Britain’s weight 
problem makes for ever more depressing reading. Duncan 
Selbie, the Chief Executive of Public Health England, today 
tells us that by 2034 some six million Britons will suffer from 
diabetes. Of course, many people develop diabetes through 
no fault of their own. But Mr Selbie’s research concludes 
that if the levels of obesity returned to their 1994levels, 1.7 
million fewer people would suffer from the condition.
Given that diabetes already drains the National 
Health Service (NHS) by more than £1.5 million, or 10 
per cent of its budget for England, the impact upon the 
Treasury in 20 years’ time from unhealthy lifestyles could be 
catastrophic. 1Bad health not only impacts on the individual 
but also on the rest of the community.
Diagnosis of the challenge is straightforward. The 
tougher question is what to do about reducing waistlines in 
a country where we traditionally do not like telling individuals 
what to do.
It is interesting to note that Mr Selbie does not ascribe 
to the Big Brother approach of ceaseless legislation and 
nannying. 2Rather, he is keen to promote choices – making 
the case passionately that people should be encouraged to 
embrace good health. One of his suggestions is that parents 
feed their children from smaller plates. That way the child can 
clear his or her plate, as ordered, without actually consuming 
too much. Like all good ideas, this is rooted in common sense.
Disponível em: www.telegraph.co.uk (adaptado).
Segundo o texto, a diabetes
 deve ter suas causas divulgadas, para que as pessoas 
saibam como curá-la.
 esgotará os recursos para a saúde em 20 anos nos 
países desenvolvidos.
 consome 10% do orçamento do sistema público de 
saúde na Inglaterra, com tendência a aumentar.
 precisa ser diagnosticada e tratada rapidamente, para 
evitar danos futuros à saúde.
 será responsável por uma catástrofe nas comunidades 
onde a obesidade prevalece.
QUESTÃO 02
Disponível em: keepthemiddleclassalive.com (adaptado).
O trecho “What are you, greedy?” indica que o homem rico
 as reivindicações de 50% da população 
pobre.
 não está disposto a abrir mão de sua parte.
 convenceu os pobres de que 90% da renda é o 
 percebeu as necessidades dos pobres.
 está aberto a negociações.
LG – 2o dia | Caderno 1 - Amarelo - Página 5
QUESTÃO 03
control half of global wealth by 2016
By Patricia Cohen
January 19, 2015
The world’s business elite will meet this week at the annual World 
Economic Forum in Davos, Switzerland. 
Credit Jean-Christophe Bott/European Pressphoto Agency
The richest 1 percent is likely to control more than half of 
the globe’s total wealth by next year, the anti-poverty charity 
Oxfam reported in a study released on Monday. The warning 
about deepening global inequality comes just as the world’s 
business elite prepare to meet this week at the annual World 
Economic Forum in Davos, Switzerland.
The 80 wealthiest people in the world altogether own 
$1.9 trillion, the report found, nearly the same amount shared 
by the 3.5 billion people who occupy the bottom half of the 
world’s income scale. (Last year, it took 85 billionaires to 
equal that And the richest 1 percent of the population 
controls nearly half of the world’s total wealth, a share that is 
also increasing.
The type of inequality that currently characterizes the 
world’s economies is unlike anything seen in recent years, 
the report explained. “Between 2002 and 2010 the total 
wealth of the poorest half of the world in current U.S. dollars 
had been increasing more or less at the same rate as that 
of billionaires,” it said. “However since 2010, it has been 
decreasing over that time.”
Winnie Byanyima, the charity’s executive director, noted in 
a statement that more than a billion people lived on less than 
$1.25 a day. “Do we really want to live in a world where the 1 
percent own more than the rest of us combined?” Ms. Byanyima 
said. “The scale of global inequality is quite simply staggering.”
Investors with interests in insurance and health 
saw the biggest windfalls, Oxfam said. Using data from 
Forbes magazine’s list of billionaires, it said those listed 
as having interests in the pharmaceutical and health care 
industries saw their net worth jump by 47 percent. The 
charity credited those individuals’ rapidly growing fortunes in 
part to multimillion-dollar lobbying campaigns to protect and 
enhance their interests.
Disponível em: www.nytimes.com (adaptado).
Segundo o texto, o relatório da Oxfam
 mostra que a pobreza diminuiu em 2014, mesmo que 
em pequena escala.
 foi apresentado no Fórum Econômico Mundial na Suíça.
 prenuncia o aprofundamento da concentração de 
riquezas no mundo.
 causou celeuma entre a elite de empresários em Davos.
 teve o apoio de investidores da área farmacêutica e de 
saúde.
QUESTÃO 04
Body worlds plans cadaver show dedicated to sex
German anatomists plan a new show dedicated solely to 
dead bodies having sex as part of the Body Worlds exhibitions.
Gunther von Hagens and his wife Angelina Whalley show 
corpses prepared using a technique invented by von Hagens 
called “plastination,” that removes water from specimens and 
preserves them with silicon rubber or epoxy resin. “It’s not my 
intention to show certain sexual poses. My goal is really to 
show the anatomy and the function,” Body Worlds creative 
director Whalley told Reuters in an interview, adding the sex 
exhibition may open next year. Body Worlds exhibitions, visited 
by 27 million people across the world, have been criticized 
for presenting entire corpses, stripped of skin to reveal the 
muscles and organs underneath, in lifelike and often the 
atrical positions. Von Hagens has already triggered uproar 
with a new exhibit which shows just two copulating corpses.
Disponível em: news.yahoo.com. Acesso em: 14 set. 2009 (adaptado).
A técnica de plastinação, inventada por Gunther von Hagens, 
consiste
 na remoção do líquido dos exemplares de cadáveres, 
preservando-os com borracha de silicone ou resina epóxi.
 na retirada de toda a água do cadáver, substituindo-a 
por uma substância química secreta.
 na retirada do líquido do cadáver e na remodelação de 
cada parte do corpo em silicone ou durepoxi.
 na dissecação do cadáver para a remoção da parte 
líquida e dos órgãos internos.
 nadivisão do cadáver em partes para serem 
e depois montadas para exposições públicas.
LG – 2o dia | Caderno 1 - Amarelo - Página 6
QUESTÃO 05
Disponível em: adbusters.org. Acesso em: 12 jun. 2014.
O cartaz acima critica, de forma irônica,
 a utilização excessiva de combustíveis que poluem o 
meio ambiente.
 as objeções dos ecologistas ao uso do plástico nas 
sociedades contemporâneas.
 o gasto de dinheiro público para projetos que 
poluem o meio ambiente.
 o uso irresponsável de materiais descartáveis nas 
sociedades contemporâneas.
 a utilização excessiva de combustíveis que contribui 
com o superaquecimento global.
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 1 a 45
Questões de 1 a 5 (opção Espanhol)
QUESTÃO 01
Marketing de la emoción
La vida tiene momentos increíbles: el primer cruce de 
miradas entre un hombre y una mujer que se enamoran, el 
ruido del biberón o del chupete succionados por un bebé, 
un abrazo fuerte de amigo, una caricia maternal. Pasar 
por la vida sin conmoverse es como haber nacido muerto. 
Llorar, reír, alegrarse y entristecerse son tan naturales e 
imprescindibles para el ser humano como respirar, comer 
y dormir. Nos conectan con lo más vital que hay dentro 
nuestro, nos develan el real de la vida.
Cuando una cámara de fotos o, mucho peor, una 
nos apunta, algo inevitablemente se trastoca: un rictus 
convierte en caricatura lo que hasta un segundo antes había 
sido fresco y espontáneo. El famoso “pónganse bien para 
la foto” consigue el efecto inverso: sonrisas acalambradas y 
poses cargadas de afectación que dentro de cientos de años, 
si esta actitud generalizada logra ser erradicada, será motivo 
de curiosidad y estudio. Son excepcionales las veces que 
actores y directores mancomunados en una pieza artística 
logran conmovernos profundamente. La maldita cámara,por lo general, suele sustraerle el alma a esos momentos 
sublimes y sencillos de la vida reduciéndolos a almibaradas 
 cursis o ridículas.
Y cuando la televisión entra en escena, la cosa empeora. 
El indisimulable hambre de rating, la incontinencia acelerada 
de animadores, la necesidad de impactar a cualquier precio 
echa a perder casi siempre hasta las mejores intenciones. 
La cultura del culebrón intenta ahora “abuenar” “talk-shows”, 
reorientando sus conocidas perversiones amarillas, que ya 
relajan, hacia costados más “humanos”. Pero lo emotivo 
manufacturado industrialmente por la TV, suena falso, 
demagógico, impúdico.
SIRVÉN, Paulo. Notícias, Buenos Aires, 2 maio 1998. p. 62.
A ideia principal comunicada pelo autor do texto é a de que 
as emoções
 encontram, na televisão, o veículo ideal para se 
propagarem.
 perdem espontaneidade diante das máquinas que as 
registram.
 preenchem os momentos mais da vida 
humana.
 são as mais importantes funções vitais básicas do 
homem.
 vão ser
 
sempre ao se expressarem publicamente.
LG – 2o dia | Caderno 1 - Amarelo - Página 7
QUESTÃO 02
De cómo la tecnología forma lectores más 
inteligentes y mejores
En un artículo publicado en TeleaRead, titulado How 
eReader technology has made me a smarter reader and 
learner [Cómo la tecnología aplicada a la lectura han hecho 
de mí una mejor lectora y una aprendiz más inteligente] y 
escrito por Joanna, una colaborada habitual de esta página, 
la redactora detalla cuáles son, en su opinión, los 
que a ella le ha aportado la lectura digital.
Aunque en un principio la periodista que 
los libros de texto no están tan disponibles en su formato 
electrónico como en el tradicional o que en ocasiones las 
versiones electrónicas son limitadas, apunta después cuatro 
razones que la llevan a declarar que la tecnología ha hecho 
de ella una persona más inteligente y mejor lectora:
1. Los diccionarios incorporados hacen que 
aprender un idioma sea una tarea muy sencilla. Joanna 
explica cómo antes de la aparición de dispositivos de lectura 
como Kindle o iPad, leer en otro idioma era algo de lo más 
tedioso. Gracias al desarrollo de ciertas aplicaciones, es 
posible traducir frases completas sobre la marcha y entender 
el sentido del texto.
2. La incorporación de Wikipedia en estos 
dispositivos hace que la lectura de textos de no-
 Esta periodista que 
últimamente lee muchos más libros de no ya que con 
la incorporación de Wikipedia en los lectores electrónicos 
y tabletas es posible hacer referencias cruzadas sin que 
esto suponga una molestia. Es posible buscar detalles o 
explicaciones no sólo dentro del mismo dispositivo, sino 
incluso sin siquiera salir de la aplicación.
3. La posibilidad de destacar parte del texto 
permite retener mejor y compartir pasajes importantes. 
Joanna explica cómo siempre tiene un archivo ePub en su 
ordenador de mesa, y, cuando acaba de leer un libro, recoge 
los pasajes que ha destacado y los copia en este archivo. 
Más adelante, puede convertirlo a formato movi y enviarlo 
por correo electrónico a su Kindle.
4. Crear recopilaciones mediante las herramientas 
de auto-creación de forma sencilla. Aunque comenta 
que le gustan las novelas, no son las únicas lecturas que 
emocionan a esta periodista. que también le 
atrae la poesía, pero las antologías que se ofrecen hasta el 
momento en formato digital le parecen un “totum revolutum” 
que no le acaba de satisfacer. Ella elegir aquellas 
cosas que más le han gustado o llamado la atención y crear 
sus propias colecciones.
Joanna, para opina que las limitaciones que 
tiene el actual sistema de libros de texto electrónico son 
parte de lo que ella denomina “ecuación de aprendizaje”. 
 aprender mucho de los libros que lee por diversión 
y declara que la lectura digital ha supuesto para ella un 
auténtico regalo.
Disponível em: www.queleer.com.ve. Acesso em: 29 jul. 2012 (adaptado).
A dos quatro aspectos listados pela colunista é
 a melhora na habilidade leitora manifestada 
pelos participantes da pesquisa em questão.
 fundamentar a declaração pessoal da autora do artigo 
acerca da relação tecnologia e leitura.
 informar sobre os aplicativos disponíveis para criação 
de textos digitais e divulgação no meio digital.
 organizar e sequenciar procedimentos para uma leitura 
eletrônica mais prazerosa e 
 a visão da autora sobre a superioridade de 
retenção de informações por meio da leitura digital.
QUESTÃO 03
La TV pública debe apostar por la ciencia
La televisión, nacida como un medio de comunicación 
y entretenimiento más, se ha convertido en el vehículo 
fundamental no solo de información y de distracción sino 
también en un poderoso medio de educación y formación 
cultural de la gran mayoría de la ciudadanía. No hay duda 
de que su omnipresencia en nuestras vidas determina 
unos valores por encima de otros y un modelo de 
sociedad muy concreto, en el que predomina el espectáculo 
y la búsqueda de emociones por encima de la y el 
debate de ideas. Los datos son elocuentes. 
Según el eurobarómetro dado a conocer en diciembre por la 
Comisión Europea sobre “Europeos, ciencia y tecnología”, no 
hay duda alguna de que la mayoría de la población se informa 
y forma sobre temas por la vía de la televisión (más 
de 60 por 100 de los europeos), quedando muy lejos de esta 
cifra cualquier otro medio difusor del conocimiento 
Aunque no existe por ahora un estudio cuantitativo 
y cualitativo de cuánta y qué ciencia ofrecen los canales 
de televisión en los diferentes estados europeos, parece 
bastante evidente que la divulgación es el patito feo 
en casi todos los países – quizás con una ligera excepción en 
Francia, Alemania y Gran Bretaña. Por ello el recientemente 
promulgado programa de “Ciencia y Sociedad” de la Comisión 
Europea recomienda que los diferentes gobiernos se tomen en 
serio la adopción de decisiones políticas destinadas a paliar 
este grave cultural, como mínimo allí donde tienen una 
clara responsabilidad: las televisiones públicas.
Hemos de pensar que no solo está en juego el reequilibrio 
cultural de nuestra sociedad en época en la que el desarrollo 
 es crucial para el futuro, sino también 
el promover una ciudadanía capaz de tomar decisiones 
ante los retos éticos que nos plantea el avance 
además de corregir graves como la clara disminución 
de vocaciones entre la juventud europea.
Muy Interesante, n. 254, jul. 2002.
O texto tem como objetivo apresentar
 um novo projeto de televisão pública.
 uma crítica à televisão pública espanhola.
 uma defesa do programa “Ciencia y Sociedad”.
 um confronto entre diferentes tipos de televisão.
 uma proposta de mudança para a TV pública europeia.
LG – 2o dia | Caderno 1 - Amarelo - Página 8
QUESTÃO 04
Año Internacional de la Astronomía: 
“El Universo para que lo descubras”
Este año ha sido elegido el Año Internacional de la 
Astronomía, al conmemorarse el IV centenario del primer 
uso de un telescopio para observar el cielo realizado por 
Galileo Galilei y que marcó el inicio de la era moderna. 
Esta celebración representa una oportunidad única para 
transmitir a los ciudadanos la emoción del descubrimiento, 
el placer de compartir el conocimiento básico del Universo y 
la importancia de la cultura 
Los organizadores se proponen, entre otros objetivos, 
fomentar el crecimiento de comunidades astronómicas en 
países en vías de desarrollo; apoyar y mejorar la educación 
en Ciencias tanto en las escuelas como a través de los 
centros de investigación, planetarios y museos.
Esta efeméride pretende también ofrecer una imagen 
moderna de la ciencia y los con el de despertar 
el interés del cosmos en los niños, y estimular la presencia de 
jóvenes en carreras y tecnológicas. “La Astronomía 
es una ciencia que todo el mundo puedeentender”, asegura 
el Premio Nobel de Física, Robert W. Wilson.
Por todo ello, el lema escogido para este Año 
Internacional de la Astronomía ha sido: “El Universo para 
que lo descubras”. Vivimos todos bajo un mismo cielo. Pero 
lo cierto es que, a lo largo de miles y miles de años, ha 
habido gente que miró ese mismo cielo y aprendió a contar 
el tiempo, a ordenar los días, meses y años, a medir las 
horas, a seguir el curso de los astros o a imaginar cómo 
era todo aquello. Es un paisaje común, parte de nuestra 
herencia y de nuestro futuro. Enigmas por resolver. Ese es 
el sino de la Astronomía.
Disponível em: www.radiovaticana.org. Acesso em: 20 jan. 2009 (adaptado).
O autor do texto se propõe a
 informar e destacar a importância da Astronomia.
 comparar a Astronomia com outras ciências exatas.
 analisar novas tecnologias para o conhecimento do 
Universo.
 recomendar o estudo da Astronomia nos países menos 
desenvolvidos.
 explicar as tarefas que desempenham os cientistas no 
âmbito da Astronomia.
QUESTÃO 05
Conciencia ambiental
A medida que avanza el tiempo vemos cómo se acelera 
la destrucción de nuestro medio ambiente. Tenemos menos 
selvas, menos bosques con madera preciosa, más montañas 
despaladas, más ríos secándose, mayor erosión de las 
capas de tierra y nutrientes; aire y mares más contaminados, 
fuentes de agua subterránea y disminuyendo 
su capacidad de abastecimiento y vida útil.
El deterioro de los recursos naturales es alarmante, 
constituyéndose una consecuencia de la arrasadora acción 
humana que sobreexplota sin misericordia y sin visión 
de futuro, dejando su huella degradante en su falta de 
conciencia ambiental. Aunque se hacen muchas actividades 
para revertir esta situación, es aún para detener 
el daño; si no veamos que el patrón de invierno en Nicaragua 
ha cambiado, con inviernos poco copiosos y lluvia irregular. 
Abunda la sequía o lo contrario, la inundación.
Todo se resume en una despreocupada y cómoda 
cultura de inconsciencia y falta de higiene colectiva, por eso 
es que nos atacan más feroces enfermedades, las que son 
cada vez más resistentes a los medicamentos. Tomemos 
conciencia ambiental ya que si destruimos nuestro medio 
estamos destruyendo a la larga nuestra vida y condenamos 
a desaparecer las maravillas que hoy contemplamos de 
nuestra tierra y que a su vez ayudan a satisfacer nuestras 
necesidades de sobrevivencia.
ESPINOZA, M. J. N. Disponível em: www.laprensa.com.ni. Acesso em: 18 jan. 2017.
O texto de Marlon José Navarrete, publicado em um jornal 
eletrônico, tem caráter expositivo-argumentativo. O tema da 
consciência ambiental, tal como está enfocado, cumpre o 
papel de
 condenar a humanidade imprudente.
 descrever os fenômenos naturais.
 cobrar medidas por parte dos governos.
 listar as consequências da contaminação.
 discursar para o povo nicaraguense.
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Questões de 6 a 45
QUESTÃO 06
Leia o texto a seguir de um reconhecido grande poeta da 
nossa literatura:
A rosa de Hiroxima
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroxima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada.
MORAES, Vinícius de. Poesia completa e prosa, 2a ed. 
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1981, p. 265.
Esse poema, assim como alguns outros do mesmo autor, 
revela a preocupação do escritor com seu momento histórico, 
evidenciando seu comprometimento social.
A mensagem do texto está preponderantemente construída 
a partir da função da linguagem denominada
 emotiva, pela tentativa de despertar a emoção alheia 
com a menção às consequências da bomba atômica.
 poética, pela valorização expressiva que confere à 
bomba atômica, em inusitada visão contrária ao senso 
comum.
 apelativa, pelos reiterados elementos de persuasão dos 
leitores, presentes na exortação à sobre os 
efeitos da bomba.
 metalinguística, pela inusitada adjetivação conferida 
à bomba atômica, conferindo-lhe surpreendente 
 referencial, pelo caráter didático que o poema assume, 
ao explicar, com exemplos, os efeitos nocivos da bomba.
QUESTÃO 07
 
de cabelo, que crescem aproximadamente 
1 centímetro por mês. Quando a perda 
 
o organismo não consegue repor a queda 
 
um homem sem problema de calvície 
perde por dia
Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia
Veja, out. 2003.
Textos não se escrevem “no vazio”. De forma implícita ou 
bem direta, eles possuem uma motivação, uma intenção.
No caso do texto acima transcrito, pode-se reconhecer que
 está voltado para objetivos de prevenção, instruindo os 
homens sobre as providências a tomar quanto à calvície.
 busca elencar informações sobre o processo da 
calvície dos homens, valendo-se de dados de natureza 
estatística.
 procura a calvície como um fenômeno natural 
e, como tal, de natureza irreversível.
 padece de credibilidade uma vez que se 
insere tão somente no âmbito jornalístico.
 tenta, com uso de linguagem de caráter conotativo, 
abrandar as consequências do processo de calvície 
masculina.
LG – 2o dia | Caderno 1 - Amarelo - Página 10
QUESTÃO 08
(...)
Toda mata tem caipora para a mata vigiar
veio caipora de fora para a mata 
e trouxe dragão-de-ferro, prá comer muita madeira
e trouxe em estilo gigante, prá acabar com a capoeira
Fizeram logo o projeto sem ninguém testemunhar
pra o dragão cortar madeira e toda mata derrubar:
se a meu amigo, tivesse pé pra andar
eu garanto, meu amigo, com o perigo não tinha lá
O que se corta em segundos gasta tempo prá vingar
e o fruto que dá no cacho prá gente se alimentar?
depois tem o passarinho, tem o ninho, tem o ar
igarapé, rio abaixo, tem riacho e esse rio que é um mar
Mas o dragão continua a devorar
e quem habita essa mata, pra onde vai se mudar?
corre índio, seringueiro, preguiça, tamanduá
tartaruga, pé ligeiro, corre-corre tribo dos Kamaiura
No lugar que havia mata, hoje há perseguição
grileiro mata posseiro só prá lhe roubar seu chão
castanheiro, seringueiro já viraram até peão
afora os que já morreram como ave-de-arribação
Zé de Mata tá de prova, naquele lugar tem cova
gente enterrada no chão
Pois mataram índio que matou grileiro que matou 
posseiro
disse um castanheiro para um seringueiro que um 
estrangeiro
roubou seu lugar
(...)
Saga da Amazônia, música de Vital Farias.
Esse é um trecho de música do cantor e compositor 
paraibano Vital Farias, que tem como pano de fundo, em 
especial, o problema agrário na nossa região amazônica.
A leitura do fragmento permite a percepção de que, para o 
seu autor,
 o “caipora de fora” que chega à Amazônia dá 
continuidade às ações originais predatórias do “caipora 
da mata”.
 a imagem do “dragão-de-ferro” retrata a força e a 
pujança do progresso que chega à região amazônica.
 a a fauna, a natureza em geral e os nativos da 
região estão seriamente ameaçados, em função da 
devastação promovida por grileiros e madeireiros.
 à exceção dos elementos estrangeiros que atuam no 
processo descrito, todos os demais estão contribuindo 
para a destruição da 
 há uma sequência de elementos responsáveis pela 
processo de devastação tendo como primeiro 
deles o índio da Amazônia.
QUESTÃO 09
Em 1958, a Seleção Brasileira foi campeã mundial pelo 
primeira vez. O texto a seguir foi extraído da crônica “A 
alegria de ser brasileiro”, do dramaturgo Nelson Rodrigues, 
publicada naquele ano pelo jornal Última Hora.
“Agora, com a chegada da equipe imortal, as lágrimas 
rolam. Convenhamos que a Seleção as merece. Merece 
por tudo: nãosó pelo futebol, que foi o mais belo que os 
olhos mortais já contemplaram, como também pelo seu 
maravilhoso índice disciplinar. Até este Campeonato, o 
brasileiro julgava-se um cafajeste nato e hereditário. Olhava 
o inglês e tinha-lhe inveja. Achava o inglês o sujeito mais 
 mais sóbrio, de uma polidez e de uma cerimônia 
inenarráveis. E, súbito, há o Mundial. Todo mundo baixou 
o sarrafo no Brasil. Suecos, britânicos, alemães, franceses, 
checos, russos, davam botinadas em penca. Só o brasileiro 
se mantinha ferozmente dentro dos limites rígidos da 
esportividade. Então, se o seguinte: o inglês, 
tal como o concebíamos, não existe. O único inglês que 
apareceu no Mundial foi o brasileiro. Por tantos motivos, 
vamos perder a vergonha (...), vamos sentar no e 
chorar. Porque é uma alegria ser brasileiro, amigos.” 
Além de destacar a beleza do futebol brasileiro, Nelson 
Rodrigues quis dizer que o comportamento dos jogadores 
dentro do campo 
 foi prejudicial para a equipe e quase pôs a perder a 
conquista da Copa do Mundo. 
 mostrou que os brasileiros tinham as mesmas qualidades 
que admiravam nos europeus, principalmente nos 
ingleses. 
 ressaltou o sentimento de inferioridade dos jogadores 
brasileiros em relação aos europeus, o que os impediu 
de revidar as agressões sofridas. 
 mostrou que o choro poderia aliviar o sentimento de que 
os europeus eram superiores aos brasileiros. 
 mostrou que os brasileiros eram iguais aos europeus, 
podendo comportar-se como eles, que não respeitavam 
os limites da esportividade. 
LG – 2o dia | Caderno 1 - Amarelo - Página 11
QUESTÃO 10
Um jornalista publicou um texto do qual estão transcritos 
trechos do primeiro e do último parágrafos:
“Mamãezinha, minhas mãozinhas vão crescer de novo?” 
Jamais esquecerei a cena que vi, na TV francesa, de uma 
menina da Costa do falando com a enfermeira que 
trocava os curativos de seus dois cotos de braços. (...)
Como manter a paz num planeta onde boa parte da 
humanidade não tem acesso às necessidade básicas mais 
elementares? (...) Como reduzir o abismo entre o camponês 
afegão, a criança faminta do Sudão, o Severino da cesta 
básica e o corretor de Wall Street? Como explicar ao menino 
de Bagdá que morre por falta de remédios, bloqueados pelo 
Ocidente, que o mal se abateu sobre Manhattan? Como dizer 
aos chechenos que o que aconteceu nos Estados Unidos 
é um absurdo? Vejam Grozny, a capital da Chechênia, 
arrasada pelos russos. Alguém se incomodou com os 
sofrimentos e as milhares de vítimas civis, inocentes, desse 
massacre? Ou como explicar à menina da Costa do 
o sentido da palavra “civilização” quando ela descobrir que 
suas mãos não crescerão jamais?
UTZERI, Fritz. Jornal do Brasil, 17 set. 2001.
Apresentam-se, abaixo, algumas também 
retiradas do mesmo texto. Aquela que explicita uma resposta 
do autor para as perguntas feitas no trecho citado é
 “tristeza e indignação são grandes porque os atentados 
ocorreram em Nova Iorque”.
 “ao longo da história, o homem civilizado globalizou 
todas as suas mazelas”.
 “a Europa nos explorou vergonhosamente”.
 “o neoliberalismo institui o deus mercado que tudo 
resolve”.
 “os negócios das indústrias de armas continuam de 
vento em popa”.
QUESTÃO 11
Do pedacinho de papel ao livro impresso vai uma longa 
distância. Mas o que o escritor quer, mesmo, é isto: ver o 
seu texto em letra de forma. A gaveta é ótima para aplacar 
a fúria criativa; ela faz amadurecer o texto da mesma forma 
que a adega faz amadurecer o vinho. Em certos casos, a 
cesta de papel é melhor ainda. O período de maturação 
na gaveta é necessário, mas não deve se prolongar muito. 
Textos guardados acabam cheirando mal, disse Silvia Plath, 
(...) que, com essa frase, deu testemunho das dúvidas que 
atormentam o escritor: publicar ou não publicar? guardar ou 
jogar fora?
Moacyr Scliar. .
Nesse texto, o escritor Moacyr Scliar usa imagens para 
 sobre uma etapa da criação literária. A ideia de que 
o processo de maturação do texto nem sempre é o que 
garante bons resultados está sugerida na seguinte frase:
 “A gaveta é ótima para aplacar a fúria criativa.”
 “Em certos casos, a cesta de papel é melhor ainda.”
 “O período de maturação na gaveta é necessário, (...).”
 “Mas o que o escritor quer, mesmo, é isto: ver o seu 
texto em letra de forma.”
 “ela (a gaveta) faz amadurecer o texto da mesma forma 
que a adega faz amadurecer o vinho.”
QUESTÃO 12
Destes penhascos fez a natureza
o berço, em que nasci: oh quem cuidara,
que entre penhas tão duras se criara
uma alma terna, um peito sem dureza!
Amor, que vences os Tigres, por empresa
tomou logo render-me, ele declara
contra o meu coração guerra tão rara,
que não me foi bastante a fortaleza.
Por mais que eu mesma conhecesse o dano,
a que dava ocasião minha brandura,
nunca pude fugir ao cego engano;
Vós, que ostentais a condição mais dura,
temei, penhas, temei; que Amor tirano,
onde há mais resistência, mais se apura.
Cláudio Manuel da Costa
Os poetas árcades viveram numa época de conspirações e 
perseguições políticas. Entretanto, escreviam sobre a vida 
simples, os sentimentos dóceis, a tranquilidade, o que se 
 nos seguintes versos:
 “contra o meu coração guerra tão rara, / que não me foi 
bastante a fortaleza.”
 “que entre penhas tão duras se criara / uma alma terna, 
um peito sem dureza!”
 “a que dava ocasião minha brandura, / nunca pude fugir 
ao cego engano;”
 “Por mais que eu mesma conhecesse o dano, / a que 
dava ocasião minha brandura,”
 “vós, que ostentais a condição mais dura, / temei, 
penhas, temei; que Amor tirano,”
LG – 2o dia | Caderno 1 - Amarelo - Página 12
QUESTÃO 13
Vinte e seis letras, não mais 23. O “k”, o “w” e o “y” 
novamente fazem parte do alfabeto. Trema? Esqueça. Já 
o hífen aparece com novas particularidades. Apesar de 
as mudanças causarem um certo estranhamento, apenas 
0,43% das palavras do alfabeto do Brasil sofrerá alterações 
a partir de 2009 com o acordo E o decreto 
presidencial prevê quatro anos para adaptação.
O acordo é a da língua 
portuguesa no mundo. Dessa forma, todos os países 
lusófonos terão a mesma De acordo com o 
escritor e presidente da Comissão de Língua Portuguesa 
do Ministério da Educação (MEC), Godofredo de Oliveira 
Neto, os sotaques, a sintaxe e as características lexicais são 
mantidos. Os regionalismos são respeitados, por exemplo, 
“sandália”, no Nordeste, permanece como o termo para 
designar qualquer tipo de calçado. No Sul, namorar “com” 
alguém persiste, enquanto que cariocas, por exemplo, 
continuam namorando alguém. Paragem de ônibus em 
Portugal continua a ser parada de ônibus no Brasil. E o 
António português continuará convivendo com o Antônio 
brasileiro.
“Com o acordo, os países de língua portuguesa terão 
uma identidade mais forte e a língua portuguesa sai 
fortalecida. Haverá maior circulação de livros entre os países 
lusófonos. Com uma tiragem maior, a expectativa é que o 
livro saia mais barato, o que vai contribuir para a diminuição 
do analfabetismo”, analisa Godofredo.
A sétima língua mais falada do mundo ainda não 
conseguiu entrar para o rol das de órgãos 
internacionais, como a Organização das Nações Unidas 
(ONU). Todos os documentos publicados em português 
têm que ser disponibilizados em duas vias: português do 
Brasil e português de Portugal. De acordo com Godofredo, 
apesar de, em outras línguas, também não existir uma total 
combinação – como é o caso do inglês falado nos Estados 
Unidos e na Inglaterra, e do espanhol na Espanha e na 
Argentina –, essas diferenças são vistas como variações, 
e não como erros. “A vai reforçar a da 
língua portuguesa na comunidade internacional. A produção 
 dos países lusófonos vai poder ser veiculada mais 
facilmente e criará um bloco mais coeso na políticaglobal.”
Disponível em: opiniaoenoticia.com.br (fragmento).
Segundo depoimento transcrito no fragmento acima – texto 
que antecedia, há alguns anos, a então provável entrada em 
vigor das alterações na língua portuguesa –, a 
concretização do Acordo provocaria
 alteração substancial nas palavras que compõem o 
léxico português.
 mudanças de vocabulário, anulando peculiaridades 
regionais.
 posição da língua portuguesa junto aos 
órgãos internacionais.
 postura discriminatória, ao considerar erros as variações 
do português.
 redução do movimento editorial, com o consequente 
encarecimento dos livros.
QUESTÃO 14
Criança
Cabecinha boa de menino triste,
de menino triste que sofre sozinho,
que sozinho sofre, – e resiste.
Cabecinha boa de menino ausente,
que de sofrer tanto, se fez pensativo,
e não sabe mais o que sente...
Cabecinha boa de menino mudo,
que não teve nada, que não pediu nada,
pelo medo de perder tudo.
Cabecinha boa de menino santo,
que do alto se inclina sobre a água do mundo
para mirar seu desencanto
Para ver passar numa onda lenta e fria
a estrela perdida da felicidade
que soube que não possuiria.
Cecília Meireles
O poema acima tem como tema, a partir da de uma 
criança, a própria vida, suas angústias e infelicidades. Em 
sua construção, esse tema se organiza e se estrutura, entre 
outros recursos, com adjetivação expressiva em processo 
no qual se pode reconhecer
 o emprego pejorativo, porque irônico, do diminutivo 
“cabecinha” reforçado pelo adjetivo “boa”.
 o uso reiterado dos adjetivos “triste” e “sozinho”, na 
primeira estrofe, de sentido anulado, em seguida, pelo 
vocábulo “ausente”.
 o uso, no segundo verso, das palavras “não” e “nada”, 
que, junto ao adjetivo “mudo”, reforçam as carências de 
ordem emotiva e material da criança.
 o emprego do adjetivo “pensativo” como designativo 
de uma característica que é causa do sofrimento da 
criança.
 a gradação, na caracterização da do menino, do 
âmbito espiritual para o material, com o uso sucessivo 
dos adjetivos “triste”, “mudo”, “ausente” e “santo”.
LG – 2o dia | Caderno 1 - Amarelo - Página 13
QUESTÃO 15
Epígrafe1
Murmúrio de água na clepsidra2 gotejante, L
Lentas gotas de som no relógio da torre,
Fio de areia na ampulheta vigilante,
Leve sombra azulando a pedra do quadrante3
Assim se escoa a hora, assim se vive e morre...
Homem, que fazes tu? Para que tanta lida,
Tão doidas ambições, tanto ódio e tanta ameaça?
Procuremos somente a Beleza, que a vida
É um punhado infantil de areia ressequida,
Um som de água ou de bronze e uma sombra que 
passa...
Eugênio de Castro. Antologia pessoal da poesia portuguesa.
1 Epígrafe: inscrição colocada no ponto mais alto; tema.
2 Clepsidra: relógio de água.
3 Pedra do quadrante: parte superior de um relógio de sol.
A imagem contida em “lentas gotas de som” (verso 2) é 
retomada na segunda estrofe por meio da expressão
 “tanta ameaça”.
 “som de bronze”.
 “punhado de areia”.
 “sombra que passa”.
 “somente a Beleza”.
QUESTÃO 16
A escola precisa recuperar a liberdade de movimentos 
que a vida na cidade grande e seu respectivo modelo de 
funcionamento escolar restringiram, impedindo as mais 
simples e fundamentais manifestações, como correr, pular, 
saltar, etc.
“(...) Tudo isto traz também uma redução da 
no próprio corpo e uma certa sensação de impotência que 
é difícil de erradicar, apesar de muitas vezes tentar-se 
compensar a criança dando-lhe maior estimulação de sua 
fantasia ou de sua inteligência, através de tantos meios de 
que dispomos atualmente, conseguindo assim que o centro 
intelectual supra uma carência que na verdade não pode 
cumprir porque corresponde a outros níveis de existência” 
(Palcos, 1998, p. 2).
De acordo com Palcos (1998), a falta de liberdade de 
movimentos vai formando travas que impedem as crianças 
de fazer um crescimento harmônico. Como todo movimento 
se inicia ou deveria iniciar-se com um movimento 
aqueles se perdem na medida em que estes inibidos. 
As escolas, enquanto espaços de educação integral 
das crianças, devem constituir-se como ambientes que 
contribuam para evitar o surgimento de travas, ou mesmo 
eliminar as que já tiverem se instalado, contribuindo para 
construir ou mesmo recuperar a liberdade e a 
no corpo. Esta é uma das responsabilidades do educador 
que assume a educação integral das crianças, porque a 
 no próprio corpo está relacionada ao sentimento 
de na vida.
(...)
Para assumir esta tarefa – de abrir a escola para a 
expressão do corpo – é importante que o professor de sala 
de aula estimule as crianças a descobrirem os espaços 
que a escola proporciona, não restringindo seu uso aos 
momentos de recreio. O pátio, a própria sala e os demais 
espaços podem e devem ser explorados para brincadeiras, 
jogos e até mesmo para propostas de pesquisa e estudo, 
relacionando conteúdos das diversas disciplinas por meio 
das atividades corporais. Desta forma, o professor estará 
contribuindo para ultrapassar os obstáculos que a escola 
reproduz em seu meio e ensinar também pelos gestos, pelas 
músicas, pelo corpo. Conhecer os gestos e as expressões 
corporais de cada criança é uma forma de conhecê-la 
integralmente, estreitando nossos laços com ela e ampliando 
nossa possibilidade de comunicação e troca.
Ano XVIII boletim 04 Abr. 2008 – Secretaria de Educação a Distância – 
Ministério da Educação. Disponível em: www.tvbrasil.org.br.
A ideia central defendida no texto acima é a de que cumpre 
à escola
 fazer com que as crianças possam no próprio 
corpo, possibilitando-lhes espaços mais amplos para 
jogos e estudos que envolvam a expressão corporal.
 transformar as salas de aula em espaços lúdicos em que 
predominem atividades ligadas à expressão corporal, 
em detrimento das demais atividades escolares.
 possibilitar às crianças, como mecanismo de compensação, 
a ampliação de seu campo de fantasia, único capaz de 
suprir a sua falta de expressão corporal.
 estimular atividades ligadas à expressão corporal, como 
forma de compensar o baixo aproveitamento intelectual 
de algumas crianças.
 imprimir maior dinamismo às atividades desempenhadas 
no chamado “recreio”, tornando-o a fonte maior do 
conhecimento da expressão corporal das crianças.
LG – 2o dia | Caderno 1 - Amarelo - Página 14
QUESTÃO 17
Leia os versos a seguir, da composição “Construção”, de 
Chico Buarque de Holanda:
Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote 
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego.
Um dos aspectos que faz dessa composição uma 
“construção” requintada decorre da do tipo 
de rima escolhido pelo autor, formada com palavras de 
determinada tônica. Esse emprego particular, 
porque inusitado, também foi observado nos seguintes 
versos do mesmo compositor:
 
Levou os meus planos
Meus pobres enganos
Os meus vinte anos
O meu coração
E além de tudo
Me deixou mudo
Um violão” 
A Rita.
 
“Parece que dizes
Te amo, Maria
Na 
Estamos felizes
Te ligo afobada
E deixo 
No gravador
Vai ser engraçado
Se tens um novo amor” 
Anos Dourados.
 
“Quando olhaste bem nos olhos meus
E o teu olhar era de adeus
Juro que não acreditei,eu te estranhei
Me debrucei sobre teu corpo e duvidei
E me arrastei e te arranhei
E me agarrei nos teus cabelos
No teu peito, teu pijama
Nos teus pés ao pé da cama” 
Atrás da Porta.
 
“Quero no teu corpo
Feito tatuagem
Que é pra te dar coragem
Prá seguir viagem
Quando a noite vem...”
Tatuagem.
 
“E do amor gritou-se o escândalo
Do medo criou-se o trágico
No rosto pintou-se o pálido
E não rolou uma lágrima
Nem uma lástima
Pra socorrer” 
Rosa dos Ventos.
QUESTÃO 18
VERÍSSIMO, L. F. As cobras em: Se Deus existe que eu seja atingido por um raio. 
Porto Alegre: L&PM, 1997.
O humor da tira decorre da reação de uma das cobras com 
relação ao uso de pronome pessoal reto, em vez de pronome 
oblíquo. De acordo com a norma-padrão da língua, esse uso 
é inadequado, pois
 contraria o uso previsto para o registro oral da língua.
 contraria a marcação das funções sintáticas de sujeito e 
objeto.
 gera inadequação na concordância com o verbo.
 gera ambiguidade na leitura do texto.
 apresenta dupla marcação de sujeito.
LG – 2o dia | Caderno 1 - Amarelo - Página 15
QUESTÃO 19
Os doutores
Há muita gente especializada que, sem ser sábio, sabe 
alguma coisinha. O diabo é que, quanto mais aprofundam no 
saber do que sabem, mais ignorantes no resto.
Os advogados sabem como enrolar as leis para defender 
criminosos e ladrões. Vez por outra, defendem um inocente 
também. Os médicos sabem algumas das doenças, mas 
ignoram as outras todas. São muito sujeitos à moda. Quando 
dão de operar as amígdalas, arrancam as amígdalas de todo 
mundo. O mesmo fazem quando a moda é operar apêndice. 
Agora, acham que todo mundo está loucão e precisa de 
pílulas tranquilizantes ou psico-qualquer-coisa.
Para procurar médico, a gente precisa, primeiro, prestar 
atenção para ver que doença tem, senão gasta muito 
dinheiro à toa. Ir a um otorrinolaringologista com dor nos rins 
é perda de tempo: eles só sabem de otites, dor de garganta 
e espírito desenfreado. Os ortopedistas encanam perna 
quebrada direitinho, mas não sabem nada de quem sofre 
do coração. Os engenheiros também são especializados 
demais: o que sabe fazer pontes só faz pontes; o que sabe 
fazer casas só faz casas.
Às vezes, até penso que quem sabe mesmo é o povo, 
ou as pessoas que não sabem nada.
Mas cada um se vira com o pouco que sabe para ganhar 
a vida. Se todos os sábios do mundo desaparecessem 
amanhã, não faria muita falta. Se o povo acabasse, isso sim 
seria um desastre. Os sábios morreriam de fome e sede.
Trate de aprender tudo o que puder. Saber demais não 
ocupa lugar. Ignorância, sim. A sabedoria anda solta por aí, 
para a gente aprender o que quiser.
Darcy Ribeiro. Noções das Coisas.
Muitas vezes, como ocorre no texto acima, o uso de 
palavras ou expressões típicas de variante que predomina 
na oralidade do discurso concorre para a maior aproximação 
entre o autor e o público leitor.
Entre os inúmeros exemplos de registros informais 
constantes do texto, um deles está presente em
 “Vez por outra, defendem um inocente também”.
 “Os médicos sabem algumas das doenças, mas ignoram 
as outras todas”.
 “Ir a um otorrinolaringologista com dor nos rins é perda 
de tempo”.
 “Mas cada um se vira com o pouco que sabe para 
ganhar a vida”.
 “Os sábios morreriam de fome e sede”.
QUESTÃO 20
Consequências de uma brincadeira
[...] Seo Ornelas relatou à gente diversos casos. E o que 
em mente guardei, por esquipático mesmo no simples, foi o 
seguinte, conforme vou reproduzir para o senhor.
O qual se deu da parte da banda de fora da cidade da 
Januária.
Seo Ornelas, nessa ocasião, tinha amizade com 
o delegado dr. Hilário, rapaz instruído social, de muita 
civilidade, mas variado em sabedoria de inventiva, e capaz 
duma conversação tão singela, que era uma simpatia com 
ele se tratar. — “Me ensinou um meio-mil de coisas... A 
coragem dele era muito gentil e preguiçosa... Sempre só 
depois do acontecido era que a gente reconhecia como 
ele tinha sido homem no acontecer...”
Ao que, numa tarde, Seo Ornelas – segundo seu contar 
– proseava nas entradas da cidade, em roda com o dr. Hilário 
mais outros dois ou três senhores, e o soldado ordenança, 
que à paisana estava. De repente, veio vindo um homem, 
viajor. Um capiau a pé, sem assinalamento nenhum, e que 
tinha um pau comprido num ombro: com um saco quase 
vazio pendurado da ponta do pau. – “... Semelhasse que 
esse homem devia de estar chegando da Queimada 
Grande, ou da Sambaíba. Nele não se via fama de crime 
nem vontade de proezas. Sendo que mesmo a miseriazinha 
dele era trivial no bem-composta...” Seo Ornelas departia 
pouco em descrições: — “... Aí, pois, apareceu aquele 
homenzém, com o saco mal-cheio estabelecido na ponta do 
pau, do ombro, e se aproximou para os da roda, suplicou 
informação: — O qual é que é, aqui, mó que pergunte, por 
osséquio, o senhor doutor delegado? – ele extorquiu. Mas, 
antes que um outro desse resposta, o dr. Hilário mesmo 
indicou um Aduarte Antoniano, que estava lá – o sujeito mau, 
agarrado na ganância e falado de ser muito traiçoeiro. — O 
doutor é este, amigo... — o dr. Hilário, para se rir, 
Apre, ei – e nisso já o homem, com insensata rapidez, 
desempecilhou o pau do saco, e desceu o dito na cabeça do 
Aduarte Antoniano — que nem questão de aleijar ou 
matar... A trapalhada: o homenzinho logo sojigado preso, e 
o Aduarte Antoniano socorrido, com o melor e sangue num 
quebrado na cabeça, mas sem a gravidade maior. Ante o 
que, o dr. Hilário, apreciador dos exemplos, só me disse: — 
Pouco se vive, e muito se vê... Reperguntei qual era o mote. 
— Um outro pode ser a gente; mas a gente não pode ser um 
outro, nem convém... — o dr. Hilário completou. Acho que 
esta foi uma das passagens mais instrutivas e divertidas que 
em até hoje eu presenciei...”
ROSA, João Guimarães. Grande sertão: veredas. 9 ed. Rio de Janeiro, José Olympio, 
1974, p. 347-8.
Guimarães Rosa terá sido, talvez, o mais “revolucionário” 
de nossos escritores. Uma das marcas de sua linguagem, e 
que mais se evidencia no texto acima, é
 o apuro e a insistência no uso do discurso culto.
 a utilização de de estilo na descrição da cena e 
do cenário.
 a expressão coloquial e a regional em seu uso indiscriminado 
para caracterizar personagens.
 a metalinguagem do discurso como elemento facilitador 
do entendimento do percurso narrativo.
 a inovação e a alteração do código linguístico tradicional.
LG – 2o dia | Caderno 1 - Amarelo - Página 16
QUESTÃO 21
(As paráfrases) são extremamente úteis, por um 
lado, para trabalhar as diferentes nuances que uma ideia 
pode apresentar em função de suas múltiplas e possíveis 
formulações e, por outro lado, para ajudar a compreender 
bem determinadas noções complexas: se o aluno decora um 
conteúdo ou simplesmente copia um texto para “responder” 
a uma questão, não “reagiu” verdadeiramente ao conteúdo e 
não se pode dizer que o assimilou; no entanto, esforçando- 
-se para parafrasear o que estuda, ou seja, dizer com outras 
palavras o que lê ou ouve, converte o material percebido 
em estruturas pertencentes ao conhecimento armazenado 
– quando consegue explicar o que entendeu com suas 
palavras, o aluno mostra, também, que entendeu. E pode 
empregar esse conhecimento pré-construído, que agora é 
“seu”, para gerar novos conhecimentos.
RICHTER, Marcos Gustavo. Focalizando a gramática na pedagogia de projeto. 
BEVILAQUA, Ceres et al. Leitura e produção de textos. Santa Maria: Ed. da UFSM, 
1999. p.82.
O texto acima refere-se à construção de paráfrases como 
instrumentos pedagógicos. Sobre esse tipo de produção 
textual, é possível inferir que
 parte de um texto original para subvertê-lo, em face de 
uma nova ótica.
 transcreve um texto-base, com críticas.
 possibilita a intertextualidade entre ideias que se opõem.
 promoveuma espécie de “tradução” dentro da própria 
língua.
 recria um texto anterior, alterando-lhe o conteúdo 
essencial.
QUESTÃO 22
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65 × 70, IEB//USP.
O Modernismo brasileiro teve forte das 
vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, 
esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira 
 
Tomando como referência o quadro O mamoeiro, 
se que, nas artes plásticas, a
 imagem passa a valer mais que as formas vanguardistas.
 forma estética ganha linhas retas e valoriza o cotidiano.
 natureza passa a ser admirada como um espaço 
utópico.
 imagem privilegia uma ação moderna e industrializada.
 forma apresenta contornos e detalhes humanos.
QUESTÃO 23
Nel mezzo del camin...
Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada
E triste, e triste e fatigado eu vinha.
Tinhas a alma de sonhos povoada,
E a alma de sonhos povoada eu tinha...
E paramos de súbito na estrada
Da vida: longos anos, presa à minha
A tua mão, a vista deslumbrada
Tive da luz que teu olhar continha.
Hoje, segues de novo... Na partida
Nem o pranto os teus olhos umedece,
Nem te comove a dor da despedida.
E eu, solitário, volto a face, e tremo,
Vendo o teu vulto que desaparece
Na extrema curva do caminho extremo.
Poesias, Sarças de fogo, 1888
A respeito do poema de Olavo Bilac, pode-se inferir, com 
relação às funções de linguagem, que o texto apresenta
 apenas a função apelativa, marcada pelo destaque que 
se confere ao interlocutor, com a presença de verbos e 
pronomes de segunda pessoa.
 a função emotiva, centrada no eu lírico; a apelativa, 
presente na valorização do interlocutor; a poética, 
 no uso sugestivo de palavras e construções.
 a preponderância da função metalinguística, pela 
menção a um hipotético diálogo entre o eu lírico e sua 
interlocutora.
 o emprego exclusivo da função referencial, pois o 
que pretende o eu lírico é prestar esclarecimento ao 
interlocutor sobre determinadas manifestações.
 a presença mais marcante da função fática, já que, 
permanentemente, o eu lírico coloca em destaque a 
comunicação entre ele e uma interlocutora.
LG – 2o dia | Caderno 1 - Amarelo - Página 17
QUESTÃO 24
O texto abaixo é trecho de um comentário sobre conteúdo 
constante do livro Por uma vida melhor, da Coleção Viver, 
Aprender, 2o segmento do Ensino Fundamental, na seção 
de Língua Portuguesa, publicada pela Editora Global e 
aprovado pelo Ministério da Educação.
O livro provocou estranhamento, há alguns anos, entre 
professores e não professores. O fragmento corresponde ao 
capítulo 1, “Escrever é diferente de falar”. O comentário é 
feito pela autora do livro, Heloísa Cerri Ramos.
Na p. 15, continua: “Você pode estar se perguntando: 
“Mas eu posso falar ‘os livro’?”. Claro que pode. Mas 
atento porque, dependendo da situação, você corre o risco 
de ser vítima de preconceito linguístico. Muita gente diz o 
que se deve e o que não se deve falar e escrever, tomando 
as regras estabelecidas para a norma culta como padrão de 
correção de todas as formas linguísticas.” Aqui, o importante 
é chamar a atenção para o fato de que a ideia de correto e 
incorreto no uso da língua deve ser substituída pela ideia 
de uso da língua adequado e inadequado, dependendo da 
situação comunicativa. Como se aprende isso? Observando, 
analisando, e praticando a língua em diferentes 
situações de comunicação. Quando há conhecimento das 
muitas variedades da língua, é possível escolher a que 
melhor se encaixa a um contexto comunicativo.
Aprende-se a falar e a escrever a norma de prestígio 
praticando-a constante e intensamente. Decorar regras 
ou procurar palavras no dicionário têm importância para 
determinadas situações pontuais, mas não garantem que 
alguém aprenda a escrever com e adequação, 
em diferentes situações comunicativas. É dever da escola 
e direito do aluno aprender a escrever, a ler e a falar os 
diversos gêneros textuais que circulam na sociedade em 
que vivemos.
O mundo contemporâneo exige pessoas capazes de 
usar a língua para ler, escrever e falar tanto 
nas relações interpessoais, como no trabalho, nos estudos, 
nas redes sociais, na defesa de direitos, nas práticas 
culturais e até no lazer.
É um direito de todos os cidadãos ter essa formação 
linguística competente. É dever da escola a responsabilidade 
de promover tal formação, especialmente dos 
do ensino da alfabetização e da Língua Portuguesa.
Podemos concluir que, para a autora,
 são manifestações linguísticas da mesma natureza as 
construções “os livro ilustrado” e “livros os ilustrado”.
 a variedade popular da língua, pela sua simplicidade, 
acaba sendo mais efetiva, como instrumento de 
comunicação.
 deve ser estimulado o preconceito linguístico diante de 
construções provenientes de falantes não escolarizados.
 o contexto é que deve determinar, não a correção de 
uma ou outra construção, mas a sua adequabilidade.
 à escola cabe privilegiar os gêneros textuais em que o 
uso da norma culta esteja presente, sem preocupações 
com as demais variedades.
QUESTÃO 25
A leitura do poema “Descrição da guerra em Guernica” traz 
à lembrança o famoso quadro de Picasso.
Entra pela janela
o anjo camponês;
com a terceira luz na mão;
minucioso, habituado
aos interiores de cereal,
aos utensílios que dormem na fuligem;
os seus olhos rurais
não compreendem bem os símbolos
desta colheita: hélices,
motores furiosos;
e estende mais o braço; planta
no ar, como uma árvore
a chama do candeeiro.
(...)
OLIVEIRA, Carlos de. in ANDRADE, Eugénio. Antologia Pessoal da Poesia 
Portuguesa. Porto: Campo das Letras, 1999.
Uma análise cuidadosa do quadro permite que se 
 as cenas referidas nos trechos do poema.
Pablo Picasso, Guernica, 1937. Museu Nacional Centro de Arte Reina Madri.
Podem ser relacionadas ao texto lido as partes
 a1, a2 e a3.
 f1, e1 e d1.
 e1, d1 e c1.
 c1, c2 e c3.
 e1, e2 e e3.
LG – 2o dia | Caderno 1 - Amarelo - Página 18
QUESTÃO 26
Lisbon Revisited (1923)
(...)
Que mal eu aos deuses todos?
Se têm a verdade, guardem-na!
Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica.
Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo.
Com todo o direito a sê-lo, ouviram?
Não me macem, por amor de Deus!
Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?
Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!
Para que havemos de ir juntos?
Não me peguem no braço!
Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho.
Já disse que sou sozinho!
Ah, que maçada quererem que eu seja da companhia!
(...)
Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo…
E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!
Álvaro de Campos / Fernando Pessoa.
Nesse fragmento, percebe-se, por parte do eu lírico, um 
posicionamento voltado para
 a do sentimento coletivo.
 o repúdio a conduções de ordem ideológica.
 o respeito ao consenso geral.
 o destaque de valores de convivência.
 a demissão de valores de personalidade.
QUESTÃO 27
I – “Minha vida era um palco iluminado
Eu vivia vestido de doirado
Palhaço das perdidas ilusões
Cheio dos guisos falsos da alegria
Andei cantando a minha fantasia
Entre as palmas febris dos corações”
Orestes Barbosa
II – “O Arnesto nos convidô prum samba,
ele mora no Brás
Nós fumo e não encontremos ninguém
Nóis vortemo cuma baita de uma reiva
Da outra veiz nóis num vai mais
Nóis não semos tatu!”
Adoniram Barbosa
O confronto dos dois textos apresentados, do cancioneiro 
popular brasileiro, permite-nos inferir que
 o segundo deve ser totalmente desconsiderado como 
manifestação popular.são distintos os registros linguísticos em que as letras 
se produziram.
 ambos observam a informalidade do discurso e a 
inobservância à norma culta.
 só o segundo merece registro como produção vinculada 
à música popular.
 só o primeiro observa as construções típicas dos 
segmentos mais populares.
QUESTÃO 28
“E se tu queres, donzela,
Sentir minh’alma vibrar
Solta essa trança tão bela
Quero nela suspirar!
Descansa-me no teu seio
Ouvirás no devaneio
A minha lira cantar!”
Álvares de Azevedo
Os versos acima reproduzem um momento da nossa 
literatura marcado pelo ideário romântico.
 um aspecto formal que alicerça esse ideário, 
a utilização do verbo “descansar” como transitivo direto 
permite uma caracterização do eu lírico, nos versos acima, 
como alguém que, em postura típica do ultrarromantismo, se 
posiciona como
 o sujeito ativo na relação amorosa.
 objeto de uma ação carinhosa da amada.
 disposto a acolher em seus braços a mulher amada.
 emissor de uma mensagem de amor à interlocutora.
 refratário a uma mulher que aparentemente o despreza.
LG – 2o dia | Caderno 1 - Amarelo - Página 19
QUESTÃO 29
Charge de Amâncio. Disponível em: essaseoutras.xpg.uol.com.br.
As charges, em muitos momentos, cumprem missões de 
denúncia de posturas do cotidiano, que podem envolver 
âmbitos de cunho existencial, político, social, etc.
No texto acima, o autor se vale do recurso da intertextualidade, 
com alusão a conhecido quadro expressionista, como 
elemento a serviço de uma visão crítica voltada para
 a impunidade garantida por ações judiciais.
 a inutilidade do sistema eleitoral vigente.
 o entre as manifestações artísticas e as políticas.
 injustiças que caracterizam a rotulação de políticos.
 um atentado à liberdade de manifestação do pensamento.
QUESTÃO 30
Disponível em: www.diaadiaeducacao.pr.gov.br.
Na charge acima, pela interação dos seus elementos verbais 
e não verbais, pode-se inferir que o seu autor pretende
 mostrar como os meios tecnológicos têm melhorado a 
qualidade de vida das pessoas.
 valorizar a amplitude dos conhecimentos que a internet 
traz para facilitar as relações pessoais.
 provocar a sobre possíveis efeitos negativos 
da excessiva presença da internet no dia a dia das 
pessoas.
 criticar o crescente individualismo das pessoas, em 
decorrência da presença da tecnologia no mundo atual.
 apresentar a internet como um instrumento capaz de 
permitir a todos informação sobre todas as coisas e 
pessoas.
QUESTÃO 31
TEXTO I
O Brasil sempre deu respostas rápidas através da 
solidariedade do seu povo. Mas a mesma força que nos 
motiva a ajudar o próximo deveria também nos motivar a 
ter atitudes cidadãs. Não podemos mais transferir a culpa 
para quem é vítima ou até mesmo para a própria natureza, 
como se esta seguisse a lógica humana. Sobram desculpas 
esfarrapadas e falta competência da classe política.
Cartas. Isto É. 28 abr. 2010.
TEXTO II
Não podemos negar ao povo sofrido todas as 
hipóteses de previsão dos desastres. Demagogos culpam 
os moradores; o governo e a prefeitura apelam para as 
pessoas saírem das áreas de risco e agora dizem que 
será compulsória a realocação. Então, temos a realocar 
o Brasil inteiro! Criemos um serviço, similar ao SUS, com 
alocação obrigatória de recursos orçamentários com rede 
de atendimento preventivo, onde participariam arquitetos, 
engenheiros, geólogos. Bem ou mal, esse “SUS” organizaria 
brigadas nos locais. Nos casos da dengue, por exemplo, 
poderia as condições de acontecer epidemias. 
Seriam boas ações preventivas.
Carta do Leitor. Carta Capital. 28 abr. 2010 (adaptado).
Os textos apresentados expressam opiniões de leitores 
acerca de relevante assunto para a sociedade brasileira. Os 
autores dos dois textos apontam para a
 necessidade de trabalho voluntário contínuo para a 
resolução das mazelas sociais.
 importância de ações preventivas para evitar catástrofes, 
indevidamente atribuídas aos políticos.
 incapacidade política para agir de forma diligente na 
resolução das mazelas sociais.
 urgência de se criarem novos órgãos públicos com as 
mesmas características do SUS.
 impossibilidade de o homem agir de forma ou 
preventiva diante das ações da natureza.
LG – 2o dia | Caderno 1 - Amarelo - Página 20
QUESTÃO 32
No site TechTudo, vinculado ao portal Globo.com, em 13 de 
dezembro de 2016, lia-se a seguinte notícia:
Bully, o jogo polêmico, ganha versão para 
Android e iPhone
Bully, jogo polêmico conhecido como de “GTA na 
escola”, recebeu versão repaginada. Desta vez, a Rockstar 
lançou uma versão do game para celulares e tablets com 
Android e iOS em homenagem aos dez anos do jogo. 
Além de todo o conteúdo lançado para o título, incluindo 
as novas missões e itens da Scholarship Edition, lançados 
posteriormente, a versão de Bully para celulares traz, ainda, 
um modo multiplayer inédito. Bastante simples, ele consiste 
em uma série de minigames baseados em jogos clássicos 
de arcade, que contam com painéis de pontos para que os 
jogadores possam comparar sua performance.
Na história, controlamos Jimmy, um aluno problemático 
que acaba na Bullworth Academy, uma das escolas mais 
prestigiosas, mas também cheia de segredos, dos Estados 
Unidos. Ao longo do game, o jogador deve trabalhar para se 
enturmar com os diferentes grupos de alunos, participar de 
aulas, praticar esportes e, claro, pregar peças e agir como a 
rebeldia do protagonista exige.
A propósito dessa matéria – que vinha acompanhada de foto 
cuja legenda informava que o jogo “chegou a ser proibido 
no Brasil por causa de seu conteúdo abusivo e violento”, 
muitos internautas formularam comentários, entre os quais, 
mantidos incógnitos os seus autores, destacamos:
R : DICAS PRA JOGAR um jogo proibido? O jornalismo 
da Rede Globo não tem mais editoria?
RM: proibido kkkkkkk todo mundo jogou esse jogo, 
reportagem coco.
LS: eh pq pra eles a pirataria nao existe e a internet nao 
tem seu lado obscuro pra eles eh tudo respeitado por todos 
kkkkkkk
LA: O fato de vc achar maconha com relativa facilidade, 
não faz com que ela deixe de ser proibida. O fato da pirataria 
rolar solta, não tornava o jogo legal
V: Peguei meu jogando esse jogo, eu já tinha falado 
pra não jogar por causa da violência, eu avisei, bati tanto 
nele, tanto, que no outro dia as tias da escola perguntaram 
pq ele tinha tanto roxos na perna.
P.L: Esquenta a cabeça não, V. Eu na idade do seu 
também apanhei muito da minha mãe por fazer diversas 
coisas erradas. Aprendi, cresci e hoje sou um homem 
decente e de caráter. Não ligue para as críticas da geração 
MI-MI-MI.
V: Eu sempre escrevo pra testar a capacidade dos 
leitores, obvio que eu não tenho Obvio que foi ironia. 
Com esse post podemos concluir que nessa geração de 
analfabetos funcionais, todo mundo quer ter opinião sobre 
tudo. Parabéns a todos que perderam tempo criticando, agora 
estou na praia comentando com os meus amigos sobre vcs 
todos que devem estar presos em escritórios. Fica a lição.
A respeito dos comentários formulados, é possível observar-
-se que
 na opinião de “L.S.”, a pirataria e as transgressões na 
internet um sadio desrespeito à proibição do 
jogo.
 “L.A.” tem posição e argumentação que fortalece 
os posicionamentos anteriores, que ridicularizam a 
propalada proibição do jogo.
 “V” intervém no debate para dar um exemplo claro de 
como os pais devem agir diante dos perigos que o 
contato com jogos violentos traz para os 
 “P.L.”, não percebendo o tom irônico da intervenção anterior 
de “V”, reforça-lhe as palavras com seu exemplo pessoal.
 “V”, em sua segunda intervenção, esclarece a ironia 
inicial e abandona esse tipo de discurso para congratular- 
-se com a participação de todos no debate.
QUESTÃO 33
[...] Por que quatro ou cinco? Rigorosamenteeram 
quatro os que falavam; mas, além deles, havia na sala 
um quinto personagem, calado, pensando, cochilando, 
cuja espórtula no debate não passava de um ou outro 
resmungo de aprovação. Esse homem tinha a mesma 
idade dos companheiros, entre quarenta e cinquenta anos, 
era provinciano, capitalista, inteligente, não sem instrução, 
e, ao que parece, astuto e cáustico. Não discutia nunca; e 
defendia-se da abstenção com um paradoxo, dizendo que 
a discussão é a forma polida do instinto batalhador, que jaz 
no homem, como uma herança bestial; e acrescentava que 
os e os querubins não controvertiam nada, e, aliás, 
eram a perfeição espiritual e eterna. Como desse esta mesma 
resposta naquela noite, contestou-lha um dos presentes, e 
 a demonstrar o que dizia, se era capaz. Jacobina 
(assim se chamava ele) um instante, e respondeu:
— Pensando bem, talvez o senhor tenha razão. [...]
Machado de Assis. O espelho.
Diversos elementos contribuem para a progressão de um 
texto, articulando-o e conferindo-lhe o sentido pretendido. 
Na passagem acima, podemos considerar que
 o pronome demonstrativo “esse”, nas linhas iniciais do 
texto, é usado indevidamente para recuperar elemento 
mencionado anteriormente.
 a forma de gerúndio “dizendo” acrescenta uma 
circunstância de oposição à ação de defender-se, 
mencionada antes.
 o termo “aliás”, na parte do texto, contribui para a 
introdução de elemento que reforça ideia anteriormente 
apresentada.
 a conjunção “como”, no penúltimo período, introduz 
oração que, em relação à que se lhe segue, traz a ideia 
de comparação.
 a forma “lha”, ainda no do texto, é elemento 
de natureza pronominal e anafórica, retomando tão 
somente o personagem Jacobina.
de adquirir consciência ambiental, expõe diversas 
consequências da contaminação ambiental, mecanismo que 
Na tentativa de convencer os interlocutores (os leitores), 
convidando-os a pensar, o autor dirige-se a eles de maneira 
incisiva, utilizando-se de verbos no imperativo, índice da 
Registre-se que, a despeito de se perceberem, no poema, 
as intenções apresentadas na opção A, elas não constituem 
marca da função emotiva, que privilegia o foco na primeira 
 
no texto, a expressividade típica da função poética , não 
 uma 
 que o 
posicionamento sobre os seus efeitos negativos reitera esse 
tangenciem o 
entendimento do poema, não constituem preponderância de 
O texto tem natureza jornalístico-informativa, apresentando, 
como elemento que fortalece a informação, dados estatísticos. 
Não apresenta mensagem voltada para a prevenção da 
calvície, não se refere à irreversibilidade do seu processo.
Com relação à forma como o texto se desenvolve, não se 
 (já que 
a fonte é a Sociedade Brasileira de dermatologia) nem em 
Muitos versos do fragmento comprovam o acerto dessa 
alternativa. Um exemplo: “O que se corta em segundos gasta 
tempo prá vingar / e o fruto que dá no cacho prá gente se 
alimentar? / depois tem o passarinho, tem o ninho, tem o ar / 
igarapé, rio abaixo, tem riacho e esse rio que é um mar / Mas 
continuidade ás 
 elemento 
do folclore nativo que não devasta, mas protege a mata. 
Também não se pode admitir que a visão do autor veja, na 
 Com 
relação às duas últimas opções, entre os atores da “saga 
 elementos 
 desse 
processo, como os nativos que veem sua terra destruída.
No texto, efetivamente, Nelson Rodrigues contrapõe 
duas posturas do brasileiro: a primeira diz respeito a um 
posicionamento, anterior a 1958 (primeira conquista do Brasil 
na Copa do Mundo de Futebol), segundo o qual havia um 
sentimento de inferioridade, por parte dos nossos cidadãos, 
em relação aos estrangeiros, particularmente os ingleses; a 
segunda, a ela oposta, surgida com a vitória na Copa, em 
que os brasileiros se perceberam iguais aos europeus, ou 
Todas as perguntas formuladas pelo autor dizem respeito a 
aspecto planetários, envolvendo diferentes povos de regiões 
bem distintas. Daí, a frase objeto da alternativa-resposta, 
atender perfeitamente ao que se solicitaa no comando da 
LG – 2o dia | Caderno 1 - Amarelo - Página 21
QUESTÃO 34
O sistema artístico de comunicação – e, dentro dele, as suas 
diversas manifestações na literatura – apresenta variados 
recursos expressivos como elementos caracterizadores. O 
texto abaixo aborda o tema do negro em sua problemática 
social e histórica.
Negro forro
minha carta de alforria
não me deu fazendas,
nem dinheiro no banco,
nem bigodes retorcidos.
minha carta de alforria
costurou meus passos
aos corredores da noite
de minha pele.
Adão Ventura. Os cem melhores poemas brasileiros do século, organizado por Italo Moriconi. 
Rio de Janeiro, Ed. Objetiva, 2001, p. 275.
Considerando o sentido dos versos que compõem o poema, 
podemos concluir que, na escolha do título, o autor se utilizou 
da linguagem por meio do recurso denominado
 ironia.
 metáfora.
 eufemismo.
 antítese.
QUESTÃO 35
I – “Ô, esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil brasileiro
Terra e samba e pandeiro.”
II – “Risque meu nome do seu caderno
Pois não suporto o inferno
Do nosso amor fracassado”
III – “O nego tá moiado de suó
Trabaia, trabaia nego
As mão do nego tá que é calo só”
Transcrevem-se, acima, três passagens que integram 
diferentes composições musicais, todas de autoria de Ari 
Barroso (1903/1964), expressão consagrada na história de 
nosso cancioneiro.
Sobre elas, podemos que
 ilustram a permanência da linha temática de diferentes 
escolas no movimento literário brasileiro, todas posteriores 
ao Realismo, embora tenham sido produzidas em pleno 
domínio do Modernismo.
 retomam a temática de uma escola do movimento literário 
brasileiro, o Realismo, por apresentar a pátria, o amor e o 
negro segundo ótica plenamente objetiva.
 são representativas da chamada poesia engajada, ou 
seja, aquela que se caracteriza pela denúncia crítica de 
realidades pessoais ou sociais marcadas pela injustiça.
 pela linha temática que apresentam, revelam a permanência, 
em produções poéticas do século XX, de diferentes aspectos 
temáticos do Romantismo e suas três gerações.
 privilegiam, quanto à forma, um tipo de linguagem 
inadequada, porque totalmente afastada do registro culto 
da língua.
QUESTÃO 36
Língua rica é a nossa!
Há quem pense que seria bom se todos os brasileiros 
dispusessem de apenas uma palavra ou expressão para 
designar determinado fato, pessoa ou circunstância. Mas 
não é bem assim; aliás, não é nada assim.
Imagine, por exemplo, as possibilidades que a nossa 
língua oferece quando se quer dizer que uma coisa é muito 
boa. Não precisamos apelar para o arcaico “supimpa” para 
engrossar o número de expressões capazes de traduzir essa 
ideia. Podemos, quando muito, elogiar a turma da melhor 
idade com “bacana”, reconhecendo, porém, que a palavra 
“legal” tem, hoje, uma amplitude tal de emprego que também 
atinge os mais velhos.
Quanto aos mais novos, não abandonaram o “legal”, 
mas vivem usando por aí o “barato”, o “maneiro”, o “irado”, o 
“máximo”, o “demais”... Os baianos gostam de usar “massa”, 
os gaúchos apelam para o “trilegal”, muita gente emprega o 
“da hora” e há até quem use o “animal”...
Mas isso é ruim? Claro que não. Situações como essa, 
pelo contrário, revelam a imensa versatilidade oferecida 
pela língua, a criatividade dos seus falantes e a 
do conceito da “diversidade na unidade” que a 
existência de variantes linguísticas, sejam elas de cunho 
histórico, regional ou social.
R.M. Lima
No texto acima, seu autor, a partir de um determinado 
exemplo, pretende, basicamente, que se reconheça a nossa 
língua como
 dinâmica, pela possibilidade de sepultar determinados 
vocábulos.
 organismo vivo, capaz de estimular a inventiva dos usuários.
 instável, propiciando substituições voca-

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