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Aula 9 OrIental

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Aula 9: A chegada dos Franj
	
		Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1. Compreender de que maneira as Cruzadas afetaram a porção oriental do mundo; 
2. analisar a visão dos muçulmanos a respeito do movimento cruzadista; 
3. relacionar o início da Reconquista ao movimento cruzadista; 
4. determinar as principais consequências das Cruzadas. 
AS CRUZADAS VISTAS SOB A ÓTICA DO ISLÃO:
No estudo dirigido anterior, compreendemos a dinâmica das Cruzadas. Estudamos suas principais características e algumas consequências desse processo. No entanto, todo relato foi feito com base em fontes cristãs, ou seja, sob um prisma. Agora veremos o outro lado da moeda, a percepção dos muçulmanos acerca do ataque cristão.
O mundo islâmico nos séculos X e XI
O mundo islâmico nos séculos X e XI viveu seu auge cultural. Tornou-se, nesses séculos, o principal centro de difusão de saberes em várias áreas como: medicina, astronomia e cartografia. Suas escolas eram referência.
A literatura por eles produzida era admirada inclusive pelos bizantinos. Sua cultura era formada por uma mistura de elementos islâmicos, gregos, romanos, persas, hindus e até chineses.
Um dos maiores centros se encontrava na Casa da Ciência, em Bagdá.  Lá foram traduzidos documentos importantes da tradição grega. Portanto, se nós possuímos muitas dessas referências, devemos a esse momento especial do mundo islâmico.
No entanto, politicamente, viviam um quadro de fragmentação política, uma vez que era prática da política Abássida esta permissividade. Um dos mais famosos centros de resistência estava na organização do Egito.  
Um califado xiita, conhecido como Fatímida, desafiava a maioria sunita. 
Ainda nesse contexto, muitos grupos passaram por conversões. Em virtude disso, tornaram-se membros do universo islâmico. Um dos mais famosos é, sem dúvida, o grupo dos turcos.
Originários das estepes russas, estabeleceram os primeiros contatos com os muçulmanos no fim do século X.  Depois de uma série de batalhas, se converteram após a vitória sobre a cidade de Nixapur, e neste momento, se tornaram a guarda pessoal do sultão de Bagdá.
O GRUPO DOS TURCOS
Como braço militar de Bagdá, os turcos vencem os bizantinos na batalha de Manzikert, criando o Sultanato Rum (romana). Sua poderosa força aumentou o temor de bizantinos e principalmente de Fatímidas, uma vez que poderiam utilizar a religião como pretexto para atacar as férteis terras do Egito.
Boa parte dos cronistas árabes neste momento falam que bizantinos e fatímidas firmaram um acordo para conter o avanço dos turcos seldjúcidas. Eis que Alexis I Conmeno decide pedir auxílio de mercenários para combatê-los.
Turcos Seljucidas 1100 d.C
IMPÉRIO BIZANTINO
A visão mulçumana ao ataque empreendido pelos cristãos
O Islão não viu nada diferente no ataque aos turcos empreendido pelos cristãos. Para eles, não era um ataque à sua religião, à sua comunidade e, sim, mais um capítulo nas constantes disputas pelo território da Anatólia (conhecido como braço de São Jorge, atual região da Turquia Oriental).  
Não existia para os muçulmanos, nesse momento, a lógica de Cruzadas, nem de defesa do Islão. Alguns historiadores afirmam, inclusive, que nas vitórias em Jerusalém, ao longo da Primeira Cruzada, havia o apoio dos Fatímidas, ou seja, a dinastia xiita que comandava o Egito. Uma de suas cidades, Trípoli, havia recebido os cruzados para abastecê-los e alimentá-los.
Se os muçulmanos, independente da corrente que seguissem, enxergassem as Cruzadas como os cristãos a concebiam, desde o início, ou seja, como uma guerra ao Islão, certamente não teriam essa atitude.
A SEITA DOS ASSASSINOS
Muita gente, erradamente, apresenta a seita dos assassinos como os primórdios do terrorismo no Islão. Mais do que qualquer coisa, precisamos entendê-los como um grupo político. Ouçamos as palavras do especialista. Para saber mais sobre a seita dos assassinos, clique no link abaixo.
https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=D1ljfhmFF8QC&oi=fnd&pg=PA6&dq=seita+dos+assassinos&ots=mdA-T80V2V&sig=14HlO86D#v=onepage&q=seita%20dos%20assassinos&f=false
COM A MORTE DE ZINKI, ASSUME NUREDIN, SENHOR DE DAMASCO, CONHECIDO POR SUA FAMA DE INTELECTUAL.
Ele foi um dos principais responsáveis pelo fortalecimento do discurso de união, de reunião de forças contra os reinos cristãos. O discurso da Jihad passa a ser difundido. O seu atabeg tinha o nome de Saladino. Em seu objetivo de unir o mundo islâmico, Nuredin amplifica o poder do atabeg Saladino. A cidade do Cairo, cercada, pede apoio de Nuredin, que manda seus homens sob a liderança daquele que se tornaria um mito.
SURGE O MITO
Saladino ainda é um herói. Mesmo nos dias de hoje, a torcida do time turco Galatasaray tem faixa e um canto que exalta Salaha-din (essa é a pronúncia).
Saladino foi descrito como um mito. Consegue vencer todas as adversidades no Egito e lá é oferecido a ele o título de Califa, prontamente recusado. (Lembremos, são cronistas árabes falando de Saladino, então, ele tem que ser um exemplo de humildade.)
Nuredin se sente traído e prepara um ataque a Saladino, mas antes que ocorresse, ele morre de maneira acidental. Saladino cerca Alepo e é aclamado. Cerca Damasco e novamente é enaltecido. Consegue realizar algo que, 50 anos antes, parecia impossível: o Islão estava unido, enquanto os reinos cristãos viviam uma crise de sucessão. A reconquista de Jerusalém, lance final de sua trajetória vitoriosa, ocorre após um ataque cristão contra uma caravana islâmica.
Saladino rompe os acordos existentes, sitia e retoma a cidade de Jerusalém. Pressões europeias voltaram a ocorrer, mas ele opta por se valer das muralhas da cidade e deixa o deserto vencer as novas tropas que insistiam em chegar.
RECONQUISTA
A expressão Reconquista já nos induz ao seu significado. Trata-se de um movimento de recuperação, no caso, das terras cristãs, “perdidas” para os muçulmanos no território da Península Ibérica.
Alguns estudiosos costumam chamá-la também de Cruzada Ocidental porque, tal qual a sua congênere no Oriente, trazia como justificativa uma ideologia de Guerra Santa – mundo cristão contra os infiéis islâmicos. Essa leitura é póstuma, pois em termos de cronologia podemos indicar a Reconquista como uma predecessora das Cruzadas. (Elas teriam se iniciado no século VIII e as Cruzadas, no século XI).
No século VIII, como vimos, o expansionismo muçulmano atingiu a região da Península Ibérica. Curiosamente, o povo que ali habitava, os visigodos, facilitou o acesso. Com a morte do rei Vitiza e a impossibilidade de seus herdeiros menores governarem, começa um problema de sucessão dinástica. Esse embate interno fragilizou a já combalida monarquia visigoda e viabilizou a empreitada islâmica.
Os muçulmanos, já balizados no noroeste africano, transpõem o Mediterrâneo e tomam, em 716, grandes extensões da Península.
Para facilitar o domínio na região, eles adotam uma política de tolerância em termos religiosos. Ninguém seria obrigado à conversão ao Islão, desde que pagassem tributos. E aqueles que se convertessem seriam tratados da mesma maneira  que os nascidos no berço da religião.  
Uma região, no entanto, não foi conquistada pelos muçulmanos, as Astúrias. Um nobre visigodo, povo germânico convertido ao catolicismo, iniciou uma série de razias contra os ocupantes, sem muito êxito.
A PARTIR DE 756, ALDEBARÃO VAI PARA A REGIÃO DA PENÍNSULA IBÉRICA E SE COLOCA COMO GOVERNANTE.
O domínio na região cabe a um Califado Omíada (756-1031), tomando como base a região de Córdova. Em termos administrativos, a área foi subdividida em províncias, chamadas de Kuwar e conselhos.
Depois de séculos de estabilidade e com poucas incursões cristãs, no século XI, os problemas internos se evidenciam. Rivalidades levam à fragmentação geográfica formando vários reinos independentes. 
Esse processo permite o reinício das investidas cristãs.
No ano de 1146, o Papa Eugênio III conclama a Segunda Cruzada, usando como ponto de pregação duas frentes de luta contra os muçulmanos,o Oriente e a Península Ibérica.   Aproveitando os já citados problemas do Califado, os cristãos empreendem uma série de ataques vitoriosos. Aos poucos a Península Ibérica vai sendo retomada.
Após as primeiras campanhas e êxitos, surgem alguns reinos cristãos: as Astúrias, Leão e Navarra. A Reconquista teve seu capítulo final no século XV, mais precisamente em 1492, quando os cristãos expulsaram os muçulmanos de Granada, seu último reduto na Europa.  
Para analisarmos os efeitos das Cruzadas, devemos ter como referência os dois lados da questão, ou seja, as consequências para o mundo Oriental e o mundo Ocidental.
Em relação ao Ocidente, há um consenso de que as Cruzadas incrementaram a economia europeia. Os saques realizados nas cidades permitiram grande afluxo de moedas alimentando o comércio então abastecido de produtos orientais.
Com o desenvolvimento de novas vias de comércio, algumas comunidades viraram entroncamentos importantes. As cidades cresceram e houve, inclusive, muitas trocas no âmbito cultural.
Ideologicamente falando, o movimento cruzadista evidenciou o sentimento de intolerância religiosa. Podemos mesmo afirmar que houve uma exacerbação das perseguições aos muçulmanos e judeus dentro da Europa.
A quarta Cruzada e a destruição de Constantinopla; 
a formação do Império Turco Otomano; 
as consequências da ascensão do Império Turco Otomano para o mundo ocidental. 
 
 
Nessa aula você:
Compreendeu de que maneira as Cruzadas abalaram as estruturas estabelecidas; 
aprendeu de que maneira os muçulmanos observaram o avanço cruzadista; 
analisou as principais características do movimento de Reconquista.

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