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APOSTILA DAS ANÁLISE DE BALANÇO

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Professor: Paulo Roberto Lopes
 
Curso: Administração de Empresas
Análise de Balanço
	
Sorocaba
UNIP - Universidade Paulista
2012
Parte I – Contabilidade, Instrumento de Gestão Empresarial
A Contabilidade integra, hoje, um setor muito importante do conhecimento e constitui parte do que se convencionou chamar “ciência da informática”. Ela não esgota, em si, todas as informações necessárias à tomada de decisões, mas dispõe de recursos que lhe permitem registrar dados, levantar posições e apresentar demonstrações do resultado de Gestão das Entidades.
O estudo da Contabilidade vem passando por uma transformação acentuada com o objetivo de transformá-la num instrumento eficiente de administração, sofrendo seus conceitos básicos uma evolução condizente com as atuais condições econômicas do mundo. A velha tendência da escola européia, de uma prolixidade teórica e monótona e cansativa, cedeu a vez a uma atitude mais pragmática, representada pela escola norte-americana, mais preocupada em apresentar essa disciplina como um poderoso instrumento de administração.
A contabilidade é o instrumento que auxilia a administração a tomar decisões. Na verdade, ela coleta todos os dados econômicos, mensurando-os monetariamente, registrando-os e resumindo-os em forma de relatórios, que contribuem para a tomada de decisões
A eficácia no processo de tomada de decisão, depende da correta análise e interpretação dos instrumentos de avaliação da situação econômico-financeira da empresa, considerando-se os seus aspectos estratégicos e operacionais.
1.3 - Campo de atuação da Contabilidade
A Contabilidade, na qualidade de ciência social aplicada, com metodologia especialmente concebida para captar, registrar, acumular, resumir e interpretar os fenômenos que afetam as situações patrimoniais, financeiras e econômicas de qualquer ente, seja este pessoa física, entidade de finalidades não lucrativas, empresa, seja mesmo pessoa de Direito Público, tais como Estado, Município, União, Autarquia etc., tem um campo de atuação muito amplo.
Na verdade, o desenvolvimento inicial do método contábil esteve intimamente associado ao surgimento do Capitalismo, como forma quantitativa de mensurar os acréscimos e decréscimos dos investimentos iniciais alocados a alguma exploração comercial ou industrial. Não é menos verdade, todavia, que a economia de mercado e seu florescer foram, por sua vez, fortemente amparados pelo surgimento e aperfeiçoamento das partidas dobradas, o que equivale a dizer que se verificou uma interação entre os dois fenômenos. No século passado, serviu por outro lado como forte instrumento de controle nos países que adotaram regimes políticos com economia controlada pelo governo de forma centralizada. Hoje, o método tem aplicação a qualquer tipo de pessoa, física ou jurídica, com finalidades lucrativas ou não, que tenha necessidade de exercer atividades econômicas para alcançar suas finalidades, mesmo que tais atividades econômicas não sejam atividades-fim.	
É necessário notar, entretanto, que este tópico da Ementa, embora tenha como finalidade a explicação do mecanismo de funcionamento da Contabilidade, que é universal, apóia-se, preferencialmente, em seus exemplos e aplicações, na experiência fornecida e vivida pelas empresas, isto é, em entidades de finalidades lucrativas.
1.4 - Grupos de pesquisa e de interesses que necessitam da informação contábil
Tendo em mente que as premissas traçadas no item anterior, é necessário delinear resumidamente o tipo e a qualidade da informação que a Contabilidade deve estar em condições de fornecer a vários grupos de pessoas cujos interesses nem sempre são coincidentes, embora não se chegue ao exagero de afirmar que sejam conflitantes.
(1.4.1) Sócios acionistas e proprietários de quotas societárias de maneira geral.
Essas pessoas, interessadas primariamente na rentabilidade e segurança de sues investimentos, que muitas vezes se mantêm afastadas da direção das empresas, necessitam de informações resumidas que dêem respostas claras e concisas as suas perguntas. Por exemplo: qual a taxa de lucratividade proporcional a seu investimento em ações ou quotas partes da sociedade? Normalmente, relatórios elaborados pela Contabilidade Geral (também é conhecida por Contabilidade Financeira) e esclarecimentos prestados pela Administração por ocasião das assembléias e realizadas por algum tempo após o encerramento dos exercícios são suficientes para responder a tais perguntas. Nas sociedades em que os sócios estão mais intimamente ligados à área administrativa, o nível, a quantidade e qualidade de informação necessária são os mesmos focalizados no próximo tópico.
(1.4.2.) Administradores, diretores e executivos dos mais variados escalões
Os interesses nos dados contábeis dessas pessoas atingem um grau de profundidade e análise, bem como de freqüência, muito maior do que para os demais grupos. De fato, são eles os agentes responsáveis pelas tomadas de decisões dentro de cada entidade as que pertencem. Tais decisões visam principalmente ao futuro, mas, para se preparar para agir no futuro, é necessário não apenas conhecer detalhadamente o que aconteceu no passado, como também o que está acontecendo no momento. Note-se que as informações fornecidas pela Contabilidade não se limitam, como julgam muitos, ao Balanço Patrimonial e à Demonstração de Resultados. Além dessas demonstrações básicas e finais de um período contábil, a Contabilidade fornece aos administradores um fluxo contínuo de informações sobre os mais variados aspectos da estão financeira e econômica das empresas. O administrador inteligente, que sabe usar a informação contábil e que conhece as suas limitações, te em suas mãos um poderoso instrumento de trabalho que lhe permite tomar decisões visando ao futuro com maior segurança, bem como conhecer a situação atual e o grau de acerto ou desacerto de suas decisões passadas.
(1.4.3.) Bancos, capitalistas, emprestadores de dinheiro
Para estas entidades e pessoas, as perguntas são mais ou menos parecidas às formuladas pelas pessoas citadas no item 2.1, com diferença de que os interesses dos sócios, quotistas e proprietários das empresas às vezes caem algo além do puro escopo de retorno, estando associadas também razões sentimentais, profissionais e de pioneirismo em sues investimentos.
Quando a empresa opera com prejuízo ou começa operar ineficientemente, é muito provável que os sócios continuem a investir nela seus capitais na esperança de uma melhora (isto é verídico à medida que existir maior ligação entre as figuras dos sócios e dos administradores, principalmente nas médias e pequenas empresas), ao passo que os emprestadores de dinheiro, cuja única finalidade é a rentabilidade e segurança de retorno de sues investimentos, serão os primeiros a abandonar o barco em perigo de naufrágio. Basicamente, todavia, o nível de quantidade e, principalmente, a qualidade da informação requerida são parecidos, com maior ênfase para os fluxos financeiros, no que se refere aos emprestadores em geral.
(1.4.4.) Governo e economistas governamentais
As repartições e os economistas governamentais têm duplo interesse nas informações contábeis. Em primeiro lugar, baseando-se freqüentemente em tais informações é que exerce o poder de tributar e arrecadar impostos, taxas e contribuições. Isto é especificamente verdadeiro no caso das empresas cujo imposto de renda é taxado a partir dos balanços, embora alguns ajustes tenham que ser feitos ao lucro contábil para se apurar o lucro tributável. Em segundo lugar, os economistas encarregados de análises globais ou setoriais de nossa economia interessam-se pelos dados contábeis das diversas unidades microeconômicas, os quais, convenientemente agregados e tratados estatisticamente, podem fornecer bases adequadas para as análises econômicas.
 
Entidades para as quais se usa informações contábeis
Embora tais finalidades possam ser catalogadasde várias formas, serão aqui agrupadas em duas básicas:
Finalidade de controle;
Finalidade de planejamento;
Controle pode ser conceituado como um processo pelo qual a alta administração se certifica, na medida do possível, de que a organização está agindo em conformidade com os planos e políticas traçados pelos donos de capital e pela própria alta administração. Esta como está vendo, em contraste com a definição restrita, que resumia o controle a uma função quase policial dentro da empresa única e exclusivamente. A informação contábil é útil ao processo de controle das seguintes formas:
Como meio de informação – Os relatórios contábeis podem ser de grande auxílio, ao informar a respeito dos planos e políticas da administração e, em geral, das formas de comportamento ou ação que a administração deseja atribuir a organização.
Como meio de motivação – A não ser que a empresa ou negócio seja do tipo individual, não compete à administração fazer ou executar o serviço. Isto quer dizer que a administração não fabrica e vende pessoalmente o produto. Pelo contrário, a responsabilidade da administração consiste em primeiro lugar se o trabalho está sendo executado pelos outros. Isto requer, em primeiro lugar, que o pessoal contratado e formado dentro da organização, e, em segundo lugar, que a organização seja motivada de forma que venha a fazer o que a administração quer que se faça. A informação contábil pode auxiliar (e também, desde que utilizada inadequadamente, prejudicar) este processo de motivação.
Como meio de verificação – Periodicamente, a administração necessita avaliar a qualidade dos serviços executados pelos empregados. A apreciação desse desempenho pode resultar em acréscimo de salários, promoções, readmissões, ações corretivas as mais variadas, ou, em casos extremos, demissões. A informação contábil pode auxiliar esse processo de avaliação, embora o desempenho humano não possa ser julgado apenas pela informação contida nos registros contábeis. 
Planejamento, por sua vez, é o processo de decidir que curso de ação deverá ser tomado para o futuro.
Normalmente, o processo de planejamento consiste em considerar vários cursos alternativos de ação e decidir qual o melhor. Planejamento (que deve ser diferenciado de simples previsão) pode abranger um segmento da empresa ou toda a empresa. A informação contábil, principalmente no que se refere ao estabelecimento de padrões ou Standards e ao inter-relacionamento da Contabilidade com os planos orçamentários, é de grande utilidade no planejamento empresarial. Mesmo em caso de decisões isoladas sobre várias alternativas possíveis, normalmente utiliza-se grande quantidade de informação contábil. 
1.5 – Princípios Fundamentais de Contabilidade
	Existem regras nos meios contábeis que orientam a atividade do contador, são os princípios fundamentais de contabilidade. Estes princípios são, normalmente, criados e aperfeiçoados em países mais desenvolvidos que empregam grandes montantes em pesquisas neste campo, por meio das entidades profissionais, órgãos do governo e universidades. A aceitação dessas regras é, com raras exceções, universal.
	Dentre as principais normas contábeis aceitas pelos profissionais, destacam-se aquelas que não requerem conhecimentos avançados na em contabilidade:
Entidade Contábil: A empresa, grupo de empresas ou individuo que mantiver contabilidade é uma entidade contábil, independente da regularização jurídica. Os registros contábeis deverão ser mantidos destacando a entidade contábil como pessoa distinta das pessoas dos sócios ou acionistas. O patrimônio dos sócios (pessoas físicas) não deve misturar com o patrimônio da empresa (pessoas jurídicas)
Continuidade: É algo em andamento, não se pressupondo interrupção. Como os bens de produção não se destinam a venda, mas a manutenção da atividade que a empresa se propõe, serão avaliados pelo valor de realização, mas pelos valores de entrada.
Denominador comum monetário: A contabilidade agrega diferentes itens suscetíveis de avaliação monetária em um denominador comum monetário.
Objetividade: O contador deve ser imparcial, neutro, junto aos usuários da contabilidade. Portanto, sempre os registros contábeis deverão ter suporte em documentação gerada na transação.
Custo Histórico com base de valor: Os eventos contábeis serão incorporados à empresa pelo seu valor de aquisição ou pelo preço de fabricação.
Consistência: A permanência dos mesmos critérios propicia ao usuário maior eficiência na comparação dos relatórios contábeis de diversos períodos. Isto não implica que, por motivo de força maior, esporadicamente não possa haver alterações nos critérios. Todavia, se houver tais alterações, deverão ser evidenciadas em notas explicativas. 
A padronização dos relatórios contábeis contribui para comparação entre diversas empresas, mesmo de atividades diferentes, porém do mesmo setor.
 Materialidade: o contador não deve dar um tratamento rígido para coisas insignificantes que trarão benefícios que não justifiquem o custo do seu trabalho. O bom senso deve prevalecer para estabelecer aquilo que é relevante e que trará utilidade para os usuários da contabilidade.
Conservadorismo: Ser conservador é não dar uma imagem de otimismo aos acionistas, administradores, em uma situação alternativa que, com o passar do tempo, possa reverter.
 Princípio da Entidade: 
A Contabilidade é executada e mantida para entidades como pessoas completamente distintas das pessoas físicas (ou jurídicas) dos sócios. Quando uma firma individual paga uma despesa, é o caixa da firma que está desembolsando o dinheiro, e não o dono da empresa, embora materialmente, muitas vezes, as duas coisas se confundam. Esse princípio é de profunda validade, pois consolida a antiga distinção entre pessoas físicas e jurídicas.
Com base nesse Princípio, a Contabilidade deve tratar a pessoa jurídica da empresa como distinta das pessoas físicas e/ou jurídicas de seus proprietários. A Contabilidade, nos exemplos a seguir, é feita para medir o desempenho da entidade; portanto, todo o estudo que faremos nesta matéria será voltado para os interesses da entidade distinta como de seus proprietários, muito embora o que for útil para a empresa usualmente seja útil para os proprietários.
1.6 - O Balanço Patrimonial é uma das mais importantes demonstrações contábeis, por meio do qual podemos apurar (atestar) a situação patrimonial e financeira de uma entidade em determinado momento. Nessa demonstração, estão claramente evidenciados o Ativo, o Passivo e o Patrimônio Líquido da entidade.
Balanço Patrimonial:
Tem por finalidade apresentar a posição financeira e patrimonial da empresa em determinada data (posição estática).
	
Lei das S.A. - Art. 178:
 “	no balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia”
�
PATRIMÔNIO LÍQUIDO = ATIVO - PASSIVO
O título ilustrativo transcreveu a seguir um balanço patrimonial, reduzido a uma expressão bem simplificada.
	Comercial Astro Ltda.
	Balanço Patrimonial em 31/12/2010
	Ativo
	Passivo 
	CIRCULANTE
	
	CIRCULANTE
	
	
	Caixa
	1.000,00
	Passivo
	
	
	Bancos
	800,00
	Títulos a pagar
	3.500,00
	
	Duplicatas a receber
	3.000,00
	Fornecedores
	1.800,00
	5.300,00
	Estoques
	3.000,00
	NÃO CIRCULANTE
	
	
	NÃO CIRCULANTE
	
	Patrimônio Líquido
	
	
	Terrenos
	1.700,00
	Capital
	4.000,00
	
	Veículos
	500,00
	Reservas de Lucros
	700,00
	4.700,00
	Total
	10.000,00
	Total
	
	10.000,00
a) - Ativo
O Ativo compreende, de forma simplificada, os bens e os direitos da entidade expressos em moeda: Caixa, Bancos, (ambos constituem disponibilidades financeiras imediatas), Imóveis, Veículos, Equipamentos, Mercadorias, Títulos a Receber, Clientes (estes últimas sendo quantias que terceiros devem à entidade em virtude de transaçõesde crédito, como empréstimos de dinheiro ou vendas a prazo) são alguns dos bens e direitos que uma empresa normalmente possui.
Todos os elementos componentes do Ativo acham-se discriminados no lado esquerdo do Balanço Patrimonial.
Circulante: Caixa+Contas a Receber+Estoques
Não Circulante = Realizável a Longo Prazo+ Diferido +Permanente: 
b) - Estoques
São bens adquiridos ou produzidos pela empresa com o objetivo de venda ou utilização própria no curso normal de suas atividades.
Itens que existem fisicamente em estoques (excluindo-se propriedade de terceiros - consignação, beneficiamento, armazenagem,etc).
Bens que estão em trânsito na data do balanço adquiridos sob condições FOB ponto de embarque (fábrica ou depósito do vendedor).
Itens remetidos para terceiros em consignação.
Itens da empresa que estão em poder de terceiros para armazenagem, beneficiamento, embarque, etc.
Ativo Permanente
 Investimentos
Títulos e valores mobiliários 
Depósitos para investimentos com incentivos fiscais 
Participações em outras empresas
Imobilizado
Terrenos			
Edifícios e instalações
Equip. de Informática 
Móveis e utensílios
Marcas e patentes
Veículos	
Máquinas e equipamentos 
(-) Depreciação		
c) - Passivo
O Passivo compreende basicamente as obrigações a pagar, isto é, as quantias que a empresa deve a terceiros: Contas a pagar, Fornecedores, Salários a pagar, Impostos a pagar, Financiamentos a pagar são algumas das obrigações assumidas normalmente por uma entidade. 
Todos os elementos componentes do Passivo estão discriminados no lado direito do Balanço Patrimonial.
Circulante: Contas a Pagar+Empréstimos+Provisionamentos
Não Circulante= Exigível Longo Prazo + Patrimônio Liquido
d) -Patrimônio Líquido
Definimos o Patrimônio Líquido como a diferença entre o valor do Ativo e do Passivo de uma entidade, em determinado momento.
Exemplificando:
Se uma entidade tem um ativo de 		R$ 15.300,00
e um Passivo de					R$ 11.200,00
o Patrimônio Líquido dessa entidade será de 	R$ 4.100,00
È representado pelas seguintes contas.:
e)	- CAPITAL SOCIAL: Representa valores recebidos pela empresa, ou por ela gerados e que estão formalmente incorporados ao capital. Investimento efetuado na empresa pêlos acionista.
		Capital subscrito
		Capital a integralizar (conta devedora)
- RESERVAS DE CAPITAL: Representam valores recebidos que não transitaram pelo resultado como receitas.
		Ágio na emissão de ações/quotas
		Alienação de partes beneficiárias
		Alienação de bônus de subscrição
		Prêmio na emissão de debêntures 
		Doações e subvenções para investimentos 
 g) - RESERVAS DE REAVALIAÇÃO: Representam acréscimo de valor atribuído a elementos do ativo.
		Reavaliações de ativos próprios
		Reavaliação de ativos de coligadas/controladas avaliadas ao método da equivalência patrimonial. 
h)- RESERVAS DE LUCROS: Representam lucros obtidos pela empresa, retidos com finalidade específica.
		Reserva legal
		Reservas estatutárias
		Reservas para contingências
		Reservas de lucros a realizar
Prejuízos Acumulados.
Fontes de Patrimônio Líquido
O Patrimônio Líquido de uma entidade pode ser proveniente das seguintes fontes:
Investimentos – Efetuados pelos proprietários em troca de ações, quotas ou outras participações;
Lucros – Acumulados na entidade como fonte (adicional) de financiamento.
1.7 - Equação fundamental do patrimônio
A representação quantitativa do patrimônio de uma entidade é conhecida entre nós pela expressão Balanço Patrimonial. Sabemos que, pela própria definição, Patrimônio é o conjunto de bens e direitos e obrigações de uma entidade. É por essa razão que o balanço costuma ser denominado de Balanço Patrimonial.
	PATRIMÔNIO LÍQUIDO = ATIVO - PASSIVO
Já que na maioria das entidades o Ativo (Bens e Direito) suplanta o Passivo (Obrigações), a representação mais comum de seu patrimônio, isto é, seu Balanço Patrimonial assume a forma:
	ATIVO
	=
	PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUDO
	(lado esquerdo)
	
	(lado direito)
Se o Passivo suplantar o Ativo, teremos o chamado Patrimônio Líquido Negativo, melhor denominado Passivo a Descoberto.
	ATIVO + PASSIVO A DESCOBERTO = PASSIVO ou 
	ATIVO = PASSIVO + PASSIVO A DESCOBERTO (PATRIMÔNIO LÍQUIDO NEGATIVO)
Configurações do estado patrimonial
Como ilustração, suponhamos uma balança de dois pratos: colocaremos no da esquerda o Ativo e no da direita o Passivo. Se ambos tiverem valores iguais, o equilíbrio estará conseguido. Mas, como normalmente o Ativo e Passivo apresentam valores diferentes, a balança penderá, finalmente, para um dos lados. O peso (valor) que colocaremos apenas para a obtenção do equilíbrio é o que chamamos Patrimônio Líquido e, é lógico, está no lado de menor valor.
�
Passaremos a considerar certo número de operações de uma empresa, preparando um Balanço Patrimonial após cada operação e observando a contínua igualdade entre os dois lados do Balanço.
1ª Operação – Subscrição do capital social
Diversas pessoas resolvem fundar uma sociedade anônima, denominada Alfa S/A. Fazendo uma análise do que pretendem fazer, concluem que precisam investir R$ 4.000,00 para começar o investimento. Esse é, então, definido como capital inicial do empreendimento. Com isso, subscrevem (assinam o compromisso de entregar o dinheiro) e integralizam (entregam efetivamente o dinheiro), deliberando que esse capital será constituído de 40 ações de R$ 100,00 cada uma. A entidade inicia suas atividades em 15/01/2009, dedicando-se ao ramo de comércio varejista de aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos.
Após a subscrição e integralização em dinheiro do capital social, o Balanço toma a forma apresentada a seguir:
 
	ALFA S/A.
	Balanço Patrimonial em 15/01/2009
	Ativo
	Passivo 
	CIRCULANTE
	
	NÃO CIRCULANTE
	
	
	
	Patrimônio Líquido
	
	Caixa
	4.000,00
	Capital
	4.000,00
	Total
	4.000,00
	Total
	4.000,00
A entidade recebe um Ativo (Caixa) no valor de R$ 4.000,00 e, em contrapartida forma o Patrimônio Líquido inicial.
2ª Operação – Aquisição de edifício
A empresa resolve adquirir em 10/02/2009, mediante pagamento a vista, um edifício de dois pavimentos para abrigar suas instalações, pela importância de R$ 1.200,00.
Com a transação, a empresa adquire um novo Ativo (Imóveis), mas vê seu dinheiro (Caixa) diminuído do mesmo valor.
Realizada a transação imobiliária, o Balanço Patrimonial passa a ter a seguinte disposição:
	ALFA S/A.
	Balanço Patrimonial em 15/01/2009
	Ativo
	Passivo 
	CIRCULANTE
	
	NÃO CIRCULANTE
	
	Caixa
	2.800,00
	Patrimônio Líquido
	
	NÃO CIRCULANTE
	
	
	
	Imóveis
	1.200,00
	Capital
	4.000,00
	Total
	4.000,00
	Total
	4.000,00
3ª Operação – Compra de materiais
Para iniciar as suas atividades mercantis, a empresa necessita adquirir produtos, que serão estocados, para uma posterior utilização, quando da prestação dos serviços a seus clientes.
Existe um princípio contábil, segundo as aquisições devem ser registradas pelo custo real da compra, não importando se, nesse período, há considerável diferença entre o custo e o valor desse bem no mercado. O raciocínio da contabilidade é o seguinte: vamos registrar os estoques por quanto eles nos custaram para que, quando forem vendidos, possamos medir o lucro pela diferença entre o dinheiro da venda e o dinheiro da compra.
Os produtos eletrônicos adquiridos figurará no Balanço Patrimonial, então, pelo preço de custo (compra) de R$ 2.000,00. Nenhum pagamento em dinheiro é feito a empresa que vendeu os materiais nessa data, já que concordou com um certo prazo para essa liquidação financeira.
Por essa transação, a empresa adquire um novo Ativo (Materiais) e assume um Passivo, uma obrigação a pagar (Fornecedores).Após essa transação, o Balanço da Alfa S/A. passa a ter a seguinte forma:
	ALFA S/A.
	Balanço Patrimonial em 13/02/2009
	Ativo
	Passivo 
	CIRCULANTE
	
	 CIRCULANTE
	
	Caixa
	2.800,00
	Fornecedores
	2.000,00
	Estoque de materiais
	2.000,00
	
	
	NÃO CIRCULANTE
	
	NÃO CIRCULANTE
	
	
	
	Patrimônio Líquido
	
	Imóveis
	1.200,00
	Capital
	4.000,00
	Total
	6.000,00
	Total
	6.000,00
4ª Operação – Compra de veículo
A Alfa S/A., necessita de um utilitário para efetuar aos clientes a entregas dos aparelhos eletrônicos vendidos.
Adquire, então, em 20/02/2009, da Beta Automóveis S/A., um veículo, a vista, por R$ 200,00. Efetuada essa nova transação, a empresa adquire um novo Ativo (Veículos) e seu dinheiro (Caixa) diminui no mesmo valor. O Balanço da empresa estará assim configurado:
	ALFA S/A.
	Balanço Patrimonial em 20/02/2009
	Ativo
	Passivo 
	CIRCULANTE
	
	CIRCULANTE
	
	Caixa
	2.600,00
	Fornecedores
	2.000,00
	Estoque de materiais
	2.000,00
	
	
	NÃO CIRCULANTE
	
	NÃO CIRCULANTE
	
	Imóveis
	1.200,00
	Patrimônio Líquido
	
	Veículos
	200,00
	Capital
	4.000,00
	Total
	6.000,00
	Total
	6.000,00
5ª Operação – Venda de parte do edifício
Os diretores, verificando que o edifício adquirido excede às necessidades previstas, resolvem vender o pavimento superior em 23/02/2009, por R$ 600,00, ao preço de custo.
Nenhum dinheiro foi recebido do comprador, nessa data, porém a empresa adquire um novo Ativo – um direito de receber os R$ 600,00, representado por uma Nota Promissória emitida pelo comprador.
Tais direitos serão denominados por Títulos a Receber. A venda do pavimento ocasiona redução do Ativo Imóveis. Vejamos a nova situação do Balanço Patrimonial da Alfa S/A.
	ALFA S/A.
	Balanço Patrimonial em 23/02/2009
	Ativo
	Passivo 
	CIRCULANTE
	
	CIRCULANTE
	
	Caixa
	2.600,00
	Fornecedores
	2.000,00
	Títulos a receber
	600,00
	
	
	Estoque de materiais
	2.000,00
	
	
	NÃO CIRCULANTE
	
	NÃO CIRCULANTE
	
	Imóveis
	600,00
	Patrimônio Líquido
	
	Veículos
	200,00
	Capital
	4.000,00
	Total
	6.000,00
	Total
	6.000,00
6ª Operação – Pagamento de obrigação
Em 05/03/2009, a Alfa S/A, paga ao fornecedor dos materiais, o valor de R$ 1.300,00, correspondente à parte da dívida assumida com o mesmo em 13/02/2009, quando da aquisição dos produtos eletrônicos. Esta operação diminui o Passivo (Fornecedor) e também a disponibilidade de dinheiro Caixa (Ativo). Eis o novo Balanço Patrimonial da entidade, após a ocorrência dessa operação.
 
	ALFA S/A.
	Balanço Patrimonial em 05/03/2009
	Ativo
	Passivo 
	CIRCULANTE
	
	CIRCULANTE
	
	Caixa
	1.300,00
	Fornecedores
	700,00
	Títulos a receber
	600,00
	
	
	Estoque de materiais
	2.000,00
	
	
	NÃO CIRCULANTE
	
	NÃO CIRCULANTE
	
	Veículos
	200,00
	Patrimônio Líquido
	
	Imóveis
	600,00
	Capital
	4.000,00
	Total
	4.700,00
	Total
	4.700,00
7ª Operação – Recebimento de direito
Em 10/03/2009, são recebidos R$ 400,00 como pagamento inicial da venda de parte do imóvel. Esse fato contribui para aumentar o dinheiro em Caixa (Ativo) e diminuir os Títulos a Receber (Ativo). Veremos a seguir o Balanço Patrimonial da Alfa S/A.
	ALFA S/A.
	Balanço Patrimonial em 10/03/2009
	Ativo
	Passivo 
	CIRCULANTE
	
	CIRCULANTE
	
	Caixa
	1.700,00
	Fornecedores
	700,00
	Estoque de materiais
	2.000,00
	
	
	NÃO CIRCULANTE
	
	NÃO CIRCULANTE
	
	Imóveis
	600,00
	Patrimônio Líquido
	
	Veículos
	200,00
	Capital
	4.000,00
	Total
	4.700,00
	Total
	4.700,00
1.9 - Demonstrações do Resultado do Exercício
É a apresentação resumida das operações realizadas pela empresa, durante o exercício social, demonstradas de forma a destacar o resultado líquido do período.
Lei das S.A. disciplina a apresentação, devendo constar as receitas, custos e despesas decorrentes das operações da empresa – Art. 186.
Constitui-se no relatório sucinto das operações realizadas pela empresa durante determinado período de tempo
Nele sobressai um dos valores mais importantes à pessoas nela interessadas, o resultado do período, Lucro ou Prejuízo
Estruturação da Demonstração do Resultado do Exercício
Receita Operacional Bruta
(-) Impostos Incidentes sobre Receitas/Vendas
(-) Devoluções e Abatimentos
(=) Receita Operacional Líquida
(-) Custo dos Produtos/Serviços Vendidos
(=) Lucro Bruto
(-) Despesas Operacionais: Comerciais, Administrativas e Financeiras 
(=) Lucro Operacional
(+/-) Resultados Não Operacionais
(=) Resultado do Exercício antes do Imposto de Renda
(-) Provisão para IR e Provisão para Participações
(=) Lucro Líquido do Exercício
Demonstração dos Resultados. Gerdau S/A - Consolidado
1.10 - Demonstração do Fluxo de Caixa.
Evidencia as modificações ocorridas no saldo de disponibilidades (caixa e equivalentes de caixa) em um determinado período através de fluxos de recebimentos e pagamentos.
Lei das Sociedades Anônimas: Anteprojeto da reforma da Lei 6404 – Art. 188. 
“ I - a demonstração dos fluxos de caixa - as alterações ocorridas no exercício no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregadas em fluxos das operações, dos financiamentos e dos investimentos;”
A crescente complexidade do processo administrativo leva os gestores a buscarem incansavelmente alternativas para superar os desafios encontrados no seu dia-a-dia. A escassez de recursos financeiros e o elevado custo para sua captação, juntamente com a falta de planejamento e controle, têm contribuído para que muitas empresas encerrem suas atividades. Em épocas de crise o gestor precisa de informações contábeis precisas e oportunas para apoiar o seu processo decisório.
O objetivo do presente trabalho não é apresentar algo novo, mas sim, evidenciar a existência de ferramentas eficazes na gestão empresarial. Como exemplo disso temos o planejamento e o controle financeiro, que quando implantados com seriedade na gestão de uma empresa contribuem para o acompanhamento das diretrizes e para o alcance das metas estabelecidas.
Assim, o trabalho está dividido em duas partes. A primeira mostra o fluxo de caixa como peça fundamental do planejamento e controle financeiro, apresentando-se como instrumento imprescindível na gestão empresarial. A segunda parte evidencia o valor informativo do fluxo de caixa em forma de demonstração contábil, visando atender às necessidades dos usuários externos.
Planejamento e controle financeiro
Planejar é uma das tarefas mais importantes do gestor. Através do planejamento é que se realiza uma gestão eficaz. Administrar uma empresa sem planejar suas atividades é como pilotar uma aeronave sem fazer o plano de vôo: fica-se sujeito a um pouso forçado a qualquer momento e lugar, podendo sofrer apenas um grande susto, como também ter destruição total. Se não planejar suas atividades, o gestor corre o risco de ser surpreendido por imprevistos e colocar a empresa em grandes dificuldades, ou até mesmo levá-la à falência. O planejamento se faz necessário em todas as atividades da empresa, mas principalmente nas atividades da área financeira. Ross et al. (1995:522) afirmam:
“O planejamento financeiro determina as diretrizes de mudança numa empresa. É necessário porque (1) faz com que sejam estabelecidas as metas da empresa para motivar a organização e gerar marcos de referência para a avaliação de desempenho, (2) as decisões de investimento e financiamento da empresa não são independentes, sendo necessário identificar sua interação, e (3) num mundo incerto a empresa deve esperar mudanças de condições, bem como surpresas.”
Nesse contexto, planejamento financeiro é o processo formal que conduz a administração da empresa a acompanhar as diretrizes de mudançase a rever, quando necessário, as metas já estabelecidas. Assim, poderá a administração visualizar com antecedência as possibilidades de investimento, o grau de endividamento e o montante de dinheiro que considere necessário manter em caixa, visando seu crescimento e sua rentabilidade.
Gitman (1987:250) afirma: 
“Os planos financeiros e orçamentos fornecem roteiros para atingir os objetivos da empresa. Além disso, esses veículos oferecem uma estrutura para coordenar as diversas atividades da empresa e atuam como mecanismo de controle estabelecendo um padrão de desempenho contra o qual é possível avaliar os eventos reais.”
Nota-se que o planejamento financeiro, além de indicar caminhos que levam a alcançar os objetivos da empresa, tanto a curto como a longo prazo, cria mecanismos de controle que envolvem todas as suas atividades operacionais e não-operacionais. O planejamento e o controle orçamentário, quando realizado juntamente com o controle financeiro, possibilitam mudanças táticas rápidas para tratar de eventos estranhos ao processo administrativo, os quais colocam em risco o alcance das metas estabelecidas. Aumentos inesperados no índice de inadimplência no recebimento de créditos ou dificuldades na obtenção de recursos de terceiros são rapidamente identificados. Com um controle financeiro eficaz, a empresa poderá sempre adotar uma postura proativa em relação a tais eventos. 
Na visão de Welsch (1996:255-256), o planejamento e o controle de disponibilidades normalmente devem estar relacionados a três dimensões temporais diferentes:
Planejamento a longo prazo quando a ocorrência de fluxos corresponde às dimensões dos projetos de investimento e à dimensão temporal do plano de resultados a longo prazo (geralmente de cinco anos).Planejamento a curto prazo quando a ocorrência de fluxos está enquadrada no plano anual de resultados.Planejamento operacional, em que as entradas e saídas de caixa são projetadas para o mês, a semana ou o dia seguinte.
O planejamento financeiro a longo prazo busca conhecer antecipadamente o impacto da implementação de ações projetadas sobre a situação financeira da empresa, indicando ao gestor se haverá excesso ou insuficiência de recursos financeiros. O planejamento financeiro a curto prazo reflete a preocupação de estimar detalhadamente as entradas e saídas de dinheiro geradas pela própria atividade da empresa. E o planejamento operacional destina-se ao controle preciso das disponibilidades, a fim de minimizar os encargos financeiros dos empréstimos e maximizar os rendimentos das aplicações dos excessos.
Afirmam Gropelli e Nikbakht (1998:365):
“O sucesso e a solvência de uma empresa não podem ser garantidos meramente por projetos rentáveis e pelo aumento das vendas. “A crise de liquidez”, isto é, a falta de caixa para pagar as obrigações financeiras sempre põe em perigo uma companhia.”
A gestão financeira, para ser eficaz, precisa estar sustentada e orientada por um planejamento de suas disponibilidades. Para isso o gestor precisa de instrumentos confiáveis que o auxiliem a otimizar os rendimentos dos excessos de caixa ou a estimar as necessidades futuras de financiamentos, para que possa tomar decisões certas e oportunas. A sobrevivência e o crescimento da empresa são conseqüências de um planejamento que envolve volume de vendas com margens de lucros que remunerem de forma satisfatória o capital investido e um plano de recebimentos e pagamentos intercalados com boa margem de segurança do primeiro para o segundo, garantindo assim a viabilidade e a permanência da empresa no mercado. Neste contexto, o fluxo de caixa tem-se apresentado como uma das ferramentas mais eficazes na gestão financeira das empresas, como afirma Zdanowicz (1998:19): “O fluxo de caixa é o instrumento que permite ao administrador financeiro planejar, organizar, coordenar, dirigir e controlar os recursos financeiros de sua empresa para um determinado período.”
O fluxo de caixa possibilita ao gestor programar e acompanhar as entradas (recebimentos) e as saídas (pagamentos) de recursos financeiros, de forma que a empresa possa operar de acordo com os objetivos e as metas determinadas, a curto e a longo prazos. A curto prazo para gerenciar o capital de giro e a longo prazo para fins de investimentos.
Gerenciamento do fluxo de caixa
Os relatórios provenientes do sistema contábil são os principais instrumentos de gestão empresarial, tendo como objetivo fornecer informações relevantes para que cada usuário possa tomar suas decisões com segurança. No entanto, com a crescente complexidade das organizações empresariais, somente com as informações clássicas da contabilidade, ou seja, Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultado do Exercício - DRE e Demonstração de Origem e Aplicação dos Recursos - DOAR, dificilmente o gestor terá conhecimento imediato e oportuno da verdadeira liquidez da sua empresa. Não basta a empresa apresentar lucro contábil.
É preciso que a equação “Ativo Circulante vs. Passivo Circulante” esteja compatível com sua necessidade de capital de giro. Isto faz com que o gestor se utilize de todos os instrumentos disponíveis que, juntamente com os demais demonstrativos contábeis, ajude-o a interpretar a realidade financeira da empresa, conhecendo e coibindo eventos estranhos que possam afetar o seu desempenho financeiro.
Assim, o fluxo de caixa apresenta-se como uma ferramenta de aferição e interpretação das variações dos saldos do Disponível da empresa. É o produto final da integração do Contas a Receber com o Contas a Pagar, de tal forma que, quando se comparam as contas recebidas com as contas pagas tem-se o fluxo de caixa realizado, e quando se comparam as contas a receber com as contas a pagar, tem-se o fluxo de caixa projetado. (Sá, 1998:03)
Figura 1- O fluxo de caixa é o produto final da integração do Contas a
Receber com o Contas a Pagar.
Fonte: (Sá, 1998:10)
O fluxo de caixa é um retrato fiel da composição da situação financeira da empresa. É imediato e pode ser atualizado diariamente, proporcionando ao gestor uma radiografia permanente das entradas e saídas de recursos financeiros da empresa. O fluxo de caixa evidencia tanto o passado como o futuro, o que permite projetar, dia a dia, a evolução do disponível, de forma que se possam tomar com a devida antecedência, as medidas cabíveis para enfrentar a escassez ou o excesso de recursos.
Por outro lado é importante ressaltar que o fluxo de caixa também apresenta suas limitações. Uma delas é a incapacidade de fornecer informações precisas sobre o lucro e sobre os custos dos produtos da empresa. Isto porque as apurações e demonstrações são realizadas pelo regime de caixa e não pelo regime de competência. Todavia, pode-se afirmar que o fluxo de caixa é um instrumento de controle e análise financeira que juntamente com as demais demonstrações contábeis torna-se efetivamente um instrumento de apoio à tomada de decisões de caráter financeiro.
Fluxo de caixa realizado
A finalidade do fluxo de caixa realizado é mostrar como se comportaram as entradas e as saídas de recursos financeiros da empresa em determinado período. O estudo cuidadoso do fluxo de caixa realizado, além de propiciar análise de tendência, serve de base para o planejamento do fluxo projetado.
Outro aspecto que deve ser considerado é a comparabilidade que existe entre os fluxo de caixa realizado e o projetado. Isto possibilita identificar os motivos das variações ocorridas, se ocorreram por falha de projeções ou por falhas de gestão. A análise das variações ocorridas no fluxo de caixa permite identificar as causas de eventuais divergências de valores; funciona como feedback, gerando informações para o processo decisório e para o planejamento financeiro futuro.
Fluxo de caixa projetado
O objetivo principal do fluxo de caixa projetado é informar como se comportará o fluxo de entradas e saídas de recursos financeiros em determinado período, podendo ser projetado a curto ou alongo prazo. 
A curto prazo busca-se identificar os excessos de caixa ou a escassez de recursos dentro do período projetado, para que através dessas informações se possa traçar uma adequada política financeira. 
A longo prazo, o fluxo de caixa projetado, além de identificar os possíveis excessos ou escassez de recursos, visa também obter outras informações importantes, tais como:verificar a capacidade da empresa de gerar os recursos necessários para custear suas operações;determinar o capital em giro no período; determinar o Índice de Eficiência Financeira da empresa. (IEF = capital em giro / capital de giro da empresa);determinar o grau de dependência de capitais de terceiros da empresa; etc.
É bom lembrar que as informações de que a empresa dispõe para elaborar o fluxo de caixa projetado a curto prazo diferem daquelas que estão disponíveis quando se projeta a longo prazo. Normalmente, quando se projeta a curto prazo, as principais operações que vão provocar entradas e saídas de dinheiro já foram realizadas e a empresa trabalha com relativo grau de certeza dos recebimentos e/ou pagamentos dentro do período. No entanto, quando se projeta a longo prazo, o que se conhece são apenas projeção das operações de ingressos e/ou desembolsos de recursos financeiros, ficando o fluxo de caixa projetado a longo prazo exposto a eventos estranhos ao conhecimento primário por parte da empresa, podendo comprometer as previsões consideradas.
Demonstração do fluxo de caixa realizado
Diante da abertura de mercado e da internacionalização de capitais, os investidores e financiadores de capitais buscam a cada dia mecanismos que permitam uma análise mais segura da situação financeira da empresa em que pretendam investir. As informações obtidas através das demonstrações contábeis clássicas não são suficientes para que os analistas de mercado avaliem os riscos e a capacidade de retorno do investimento que a empresa oferece. Segundo Yoshitake e Hoji (1997:149), os analistas de balanços com visão moderna dão mais importância ao fluxo de caixa:
“ ... não é muito importante saber se uma empresa teve lucro ou prejuízo em determinado exercício, pois o resultado pode ter sido maquilado por algum artifício contábil permitido pela lei e, portanto, sem conhecer o fluxo de caixa, não se pode saber que capacidade a empresa tem em gerar receita.”
Seguindo esse raciocínio, pode-se concluir que lucro não é sinônimo de caixa. De forma que a empresa pode apresentar lucro em suas demonstrações contábeis, no entanto, estar com dificuldade de geração de caixa. Ainda segundo os autores acima: “É sempre bom lembrar que as empresas quebram não por falta de lucro e sim por falta de caixa.” Cabe, porém, ressaltar, que as empresas também não sobrevivem sem lucros, pois sem remunerar o capital investido, a tendência é que as atividades operacionais consumam todo o capital de giro disponível e as levem ao processo de falência.
Para conhecer a capacidade de geração de caixa de uma empresa, é necessário obter, além das demonstrações contábeis clássicas, uma demonstração que evidencie os recebimentos e pagamentos de um determinado período. 
Buscando atender a essas necessidades dos usuários da informação contábil, países como Inglaterra, Japão, Estados Unidos e outros estão exigindo a publicação da demonstração do fluxo de caixa, por entenderem que somente as demonstrações contábeis clássicas não permitem uma análise segura da situação financeira da empresa.
Nos Estados Unidos, o Financial Accounting Standards Board – FASB (Comitê de Normas de Contabilidade Financeira), através do pronunciamento FASB 95 de novembro de 1987, passou a exigir a apresentação da demonstração do fluxo de caixa, em substituição à DOAR, por entender que essa demonstração facilita o entendimento por parte do usuário externo. De acordo com os §§ 4º e 5º do FASB 95, a demonstração do fluxo de caixa tem a finalidade de fornecer informações sobre os recebimentos e pagamentos da empresa em um determinado período, que utilizadas em conjunto com as informações das outras demonstrações contábeis, possibilitarão aos investidores, credores, acionistas e outros interessados conhecerem aspectos importantes da forma de condução do negócio e avaliarem a capacidade da empresa de geração de caixa futuro. Além desses aspectos, as informações sobre o fluxo de caixa poderão identificar a necessidade de financiamento a curto e a longo prazo.
Apresentação do fluxo de caixa realizado
A demonstração de fluxo de caixa não é um demonstrativo novo, pois há tempo é utilizado por muitas empresas para fins gerenciais. No entanto, com a crescente importância dada ao fluxo de caixa na avaliação de viabilidade econômica de projetos, na avaliação de riscos de investimentos, nas operações de fusão e aquisição de empresas, criou-se a necessidade de o usuário externo ter acesso a essas informações, para conhecer a real situação financeira da empresa. Assim, o fluxo de caixa realizado de um período passa a fazer parte das demonstrações contábeis dirigidas aos usuários externos, com o propósito de informá-los sobre o fluxo de ingressos e desembolsos de recursos financeiros resultantes das atividades da empresa.
No Brasil a demonstração do fluxo de caixa ainda não é obrigatória para efeito de publicação. Entretanto estudos em andamentos no Conselho Federal de Contabilidade e no Instituo Brasileiro de Contadores – Ibracon, vêm demonstrando tendência favorável à publicação, de forma que algumas empresas e os fundos de investimentos imobiliários já estão publicando-a junto com as demonstrações contábeis, pois a mesma evidencia as entradas e saídas de caixa no período, numa linguagem que facilita a interpretação para os usuários das demonstrações financeiras (Terco Auditoria e Consultoria S/C, 1998).
O fluxo de caixa realizado pode ser apresentado por meio de duas formas: o método direto e o método indireto. 
Veja a representação gráfica, a seguir:
Figura 2 - Método Direto vs. Método Indireto
Fonte: (Sá, 1998:36)
O método direto demonstra os recebimentos e pagamentos derivados das atividades operacionais da empresa em vez do lucro líquido ajustado. Mostra efetivamente as movimentações dos recursos financeiros ocorridos no período. Apresenta-se a seguir modelo adaptado de Yoshitake e Hoji (1997:153)
Análise Horizontal
A análise horizontal é obtida através de números-índices. Primeiramente é necessário estabelecer uma data-base. No exemplo utilizaremos o ano 20X1 como data-base que terá o valor índice 100. Para encontrarmos os valores dos próximos anos efetuamos a regra de três para cara ano, relacionado com a data-base. Para o ano 20X2 obtivemos o índice 173,0 (($397.900/$230.000)x100) e em 20X3 o índice 126,0 (($289.800/$230.000)x100).
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Em outras palavras, as vendas líquidas cresceram 1,73 ou 73% e 1,26 ou 26% em 20X2 e 20X3, respectivamente, tomando como base os valores do ano 20X1. Com uma rápida análise podemos verificar que o aumento do lucro bruto no ano 20X2 (69%) não acompanhou o aumento das vendas (73%), denotando-se maior consumo dessas receitas pelos custos de produção. Porém, no ano 20X3 ocorre a situaçao inversa, ocorrendo evolução proporcionalmente maior do lucro bruto em relação as receitas.
Importante ressaltar que os valores para análise horizontal devem estar convertidos em uma mesma moeda, de forma a apurar os resultados reais.
Há outra maneira mais simplificada de se calcular a análise horizontal, seria pegando o valor do último ano no caso dividindo pelo ano anterior a ele e do resultado subtrai-se 1 e depois multiplicaria por 100 tendo assim o valor desejado.
Análise Vertical
A análise vertical é um processo comparativo onde se extrai relacionamentos percentuais entre itens pertencentes a uma mesma demonstração financeira de um ano. A finalidade é dar uma idéia da representatividade de um item ou subgrupo de uma demonstração financeira relativamente a um determinado totalou subtotal tomado como base. Tomando como exemplo, obtemos os valores percentuais de cada item pelo ativo total que corresponde 100%:
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No exemplo acima podemos verificar, a partir do ativo total da empresa, um descréscimo da participação relativa dos investimentos de curto prazo (Ativo circulante), que passaram a representar de 50% para 46% do ativo total em 20X2. De maneira inversa verificamos que aplicações de longo prazo (realizável e permanente) aumentaram suas participações relativas de um ano para o outro.
A análise vertical, apesar de poder ser utilizada para todas as Demonstrações Financeiras, ganha mais importância na utilização de Demonstração de Resultados (DRE), onde podemos expressar os vários itens em relação às vendas, brutas ou líquidas, e, dentro das despesas, representar cada uma delas em relação ao total de despesas.
Parte II - Finanças, Gestão e Decisão Empresarial
Quando um consultor é chamado a socorrer uma empresa, ele encontra, dentre outros, problemas estruturais, organizacionais, de recursos humanos. O problema mais comum encontrado é na área financeira que nem sempre é gerenciada de forma correta, principalmente quando se trata de fluxo de caixa. As finanças não podem ser administradas de forma intuitiva nem empírica. Agindo assim o pequeno empresário perde dinheiro sem saber exatamente onde. 
O sonho da riqueza rápida é outro problema dos empresários das PME’s. As viagens internacionais, os carrões, apartamentos de cobertura virão ao seu tempo. Primeiro é preciso estruturar a empresa adequadamente e colocá-la lucrativa. 
1.11 - O QUE É FINANÇAS?
FINANÇAS - é a arte e a ciência de administrar fundos.
Finanças ocupam-se do processo, instituições, mercados e instrumentos envolvidos na transferência de fundos entre pessoas, empresas e governos.
PRINCIPAIS ÁREAS E OPORTUNIDADES EM FINANÇAS
• Serviços Financeiros - é a área de Finanças voltada à concepção e à prestação de assessoria, tanto quanto à entrega de produtos financeiros a indivíduos, empresas e governos. Áreas de Atuação: Bancos, Investimentos, Bens Imóveis, Seguro,
• Administração Financeira - diz respeito às finalidades do administrador financeiro na empresa.
Áreas de Atuação: Orçamentos, Administração do Caixa, Administração do Crédito, Análise de Investimentos, Captação de Fundos,
 FUNÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
A maioria das decisões empresariais são medidas em termos financeiros. Todas as áreas da empresa: contabilidade, produção, marketing, recursos humanos, pesquisas e outras necessitam interagir com a área de finanças para realizar o seu trabalho.
Exemplos: - acréscimo de funcionários;
- orçamentos operacionais
- avaliação de desempenho financeiro;
- etc...
O Administrador Financeiro deve compreender o arcabouço econômico e estar atento às conseqüências dos vários níveis de atividade econômica e das mudanças na política econômica.
O princípio econômico básico usado em Administração Financeira é a análise marginal, princípio segundo o qual devem ser tomadas decisões financeiras e realizadas ações, somente quando os benefícios adicionais superarem os custos adicionais.
1.12 - ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA X CONTABILIDADE
Contabilidade - a função principal do Contador é desenvolver e fornecer dados para medir o desempenho da empresa, avaliar sua posição financeira e pagar impostos. Usa o Regime de Competência:
- Receitas são reconhecidas no momento da venda
- Despesas quando incorridas.
Administração Financeira - enfatiza o fluxo de caixa, ou seja, entradas e saídas de caixa. Ele mantém a solvência da empresa, analisando e planejando o fluxo de caixa para satisfazer as obrigações e adquirir os Ativos necessários. Usa o Regime de Caixa, isto é, reconhece receitas e despesas quando ocorrem.
ATIVIDADES-CHAVES DO ADMINISTRADOR FINANCEIRO
Análise e Planejamento Financeiro.
Transformação dos dados financeiros para monitorar a situação financeira da empresa;
Avaliação da necessidade de aumentar (ou reduzir) a capacidade produtiva;
Aumentos (ou reduções) de financiamentos
Decisões de Investimento
Montante de recursos a aplicar em Ativos Circulantes e Ativos Permanentes
Para os ativos existentes quais modificar, substituir ou liquidar.
Decisões de Financiamento
Combinação mais apropriada entre financiamentos de curto e longo prazo e determinação das fontes de financiamento.
1.13 - OBJETIVO DO ADMINISTRADOR FINANCEIRO
Maximizar Lucros?
Alguns acreditam que o objetivo dos Administradores Financeiros é sempre a maximização de Lucros. Nas Sociedades Anônimas, os lucros são usualmente medidos em termos de lucro por ação (LPA) o qual representa o lucro total disponível aos acionistas ordinários da empresa no período dividido pelo número de ações ordinárias emitidas.
Falhas:
a - Ignora a Data de Ocorrência dos Retornos
b - Ignora o Fluxo de Caixa disponível para os proprietários (dividendo)
c - Ignora o Risco, isto é, resultados realizados diferentes daqueles esperados. Acionistas têm aversão a risco.
Maximização da Riqueza do Acionista
A riqueza dos proprietários de uma sociedade anônima é medida pelo preço da ação, o qual se baseia na data de ocorrência dos retornos (magnitude do fluxo de caixa), e em seu risco.
Risco e Retorno são as variáveis-chaves para a decisão, no processo de maximização da riqueza. Preservar a Riqueza do Stakeholders. 
Stakeholders grupos tais como empregados, fornecedores, credores e outros que possuem um vínculo econômico direto com a empresa.
O Ambiente Operacional da Empresa
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS E MERCADOS
Instituições Financeiras e Mercados - são importantes elementos do ambiente operacional da empresa.
Empresas que necessitam de fundos de fontes externas podem obtê-los de três formas:
– Instituições Financeiras
– Mercados Financeiros
– Colocação Privada
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
Instituições Financeiras - são intermediários que canalizam as poupanças de indivíduos, empresas e governos para empréstimos ou investimentos.
Estas instituições:
– pagam aos poupadores juros sobre fundos depositados;
– captam poupança e emprestam estes fundos aos clientes;
– investem poupanças dos clientes em Ativos Rentáveis, tais como: bens imóveis, ou ações e títulos de dívida.
• Participantes-Chaves nas Transações Financeiras
– Indivíduos - são fornecedores líquidos às instituições financeiras, como um grupo, poupam mais dinheiro do que toma emprestado;
– Empresas - são tomadores líquidos de fundos: toma emprestado mais dinheiro do que poupam;
– Governo - é como as empresas, tipicamente um tomador líquido de fundos.
• Principais Instituições Financeiras
– Bancos Comerciais
– Cooperativas de Crédito
– Companhias de Seguro de Vida
– Fundos de Pensão
1.14 - Os fundamentos de Finanças:
“Toda decisão tomada por uma empresa tem implicações financeiras e qualquer decisão que afete suas finanças é uma decisão sobre finanças corporativas” A. Damodaran.
DECISÃO SOBRE INVESTIMENTOS: alocação dos recursos.
DECISÃO SOBRE FINANCIAMENTOS: fontes dos recursos.
DECISÃO SOBRE DIVIDENDOS: retorno ao acionista.
A Decisão sobre Investimentos:
Taxas de risco e retorno.
A Decisão sobre Financiamentos:
Mix de financiamentos.
Tipo de financiamentos.
Estrutura de capital.
A Decisão sobre Dividendos:
Os valores disponibilizados pela empresa: FLUXO DE CAIXA.
Forma de distribuição: Dividendos, recompra de ações ou cisões parciais das operações.
ANÁLISE DOS INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS
Fluxo da atividade financeira compreende:
Estrutura da Obtenção e Utilização dos Recursos : Liquidez
Impacto sobre risco e retorno.
Retorno para os Acionistas: Rentabilidade 
Decisão de investimento
Comparabilidade com alternativas de mercado
Investimentos em negócios no mesmo segmentode atuação.
1.15 - ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Utilizar dados de mais de um exercício social.
Comparar com série histórica da mesma empresa.
Comparar com padrões previamente estabelecidos pela empresa.
Comparar com quocientes análogos de empresas pertencentes ao mesmo ramo de atividade, média do setor.
Comparar com certos parâmetros de interesse regional, nacional ou mesmo internacional.
INTERPRETAÇÃO DE ÍNDICES
Situação econômica
Situação financeira
Grau de imobilização 
Grau de endividamento
Rentabilidade: 
SITUAÇÃO ECONÔMICA - EVOLUÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
SÓLIDA POSIÇÃO - Expressivo crescimento do PL, resultante de reservas de lucros e lucros acumulados
SITUAÇÃO NORMAL - Evolução positiva do PL sempre decorrente de acumulação e capitalização de lucros
SITUAÇÃO DE MERA ESTABILIDADE - nos casos em que o crescimento ou a evolução foi insignificante.
PERDA DE CAPITAL PRÓPRIO - PL apresentando decréscimo em relação a exercícios anteriores.
PERDA INTEGRAL DE CAPITAL PRÓPRIO - quando inexiste PL (saldo negativo) caracterizando “passivo a descoberto”.
PRINCIPAIS INDICADORES ECONÔMICOS COM BASE DE RETORNO SOBRE INVESTIMENTO.
a) RENTABILIDADE: 
"Medida que permitem a quem analisa, avaliar os lucros da empresa em confronto com um dado nível de vendas, um certo nível de ativos, o investimento dos proprietários, ou o valor da ação." GITMAN (1997 p. 120).
MARGEM BRUTA Lucro Bruto
 	 Vendas Líquidas
Indicador usado na análise financeira de empresas, que expressa a relação entre o resultado bruto da empresa e sua receita líquida de vendas.A margem bruta indica a percentagem de cada R$1 de venda que restou após o pagamento do custo das mercadorias e pode ser calculada como sendo o quociente entre o resultado bruto e a receita líquida de vendas da empresa. 
MARGEM OPERACIONAL Lucro Operacional
 	Vendas Líquidas
Indicador usado na análise financeira de empresas. Como no Brasil o resultado operacional já desconta a despesa líquida com juros, a margem operacional determina a porcentagem de cada R$ 1 de venda que restou após a dedução de todas as despesas, menos o imposto de renda e as despesas não operacionais ou extraordinárias. Pode ser calculado como sendo o quociente entre o resultado operacional e a receita líquida de vendas da empresa.
MARGEM LÍQUIDA Lucro Líquido
 	 Vendas Líquidas
Indicador usado na análise financeira de empresas, que expressa a relação entre o lucro líquido da empresa e a sua receita líquida de vendas. A margem líquida determina a porcentagem de cada R$ 1 de venda que restou após a dedução de todas as despesas, inclusive o imposto de renda, e é calculada como sendo o quociente entre o lucro líquido e a receita líquida de vendas da empresa.
b) SITUAÇÃO FINANCEIRA: 
Liquidez é um conceito econômico que considera a facilidade com que um ativo pode ser convertido em meio de troca econômico, ou seja, em dinheiro. No caso da análise financeira, os indicadores de liquidez demonstram a capacidade da empresa de utilizar os seus ativos para honrar com suas obrigações na data de vencimento. 
A liquidez de uma empresa tem haver com as condições de pagamento das obrigações da empresa no curto prazo. Segundo GITMAN (1979): 
A liquidez, ainda segundo GITMAN, refere-se à solvência da situação financeira global da empresa ou seja, a facilidade com que ela pode pagar suas contas. 
FOSTER (1984), refere-se a liquidez como sendo a habilidade de uma empresa honrar seus compromissos de curto prazo quando estes vencem. 
As três medidas básicas de liquidez são: (1) o capital circulante líquido, (2) o índice de liquidez corrente e (3) o índice de liquidez seco. 
LIQUIDEZ IMEDIATA Disponibilidades
 Passivo Circulante
Representa a capacidade da empresa de pagar seus passivos circulantes de forma imediata, considerando apenas ativos líquidos (caixa, aplicações financeiras, etc ) 
LIQUIDEZ SECA Ativo Circul. (-) Estoques
 		 Passivo Circulante
Quociente que, de forma similar a Liquidez Corrente, representa a capacidade da empresa de quitar seus passivos circulantes, através de seus ativos circulantes, porem desconsiderando os estoques. Este indicador busca avaliar a capacidade da empresa de honrar seus compromissos de curto prazo, sem depender da venda de seus estoques. 
LIQUIDEZ CORRENTE Ativo Circulante
 Passivo Circulante
Um quociente que representa a capacidade da empresa em pagar os seus passivos circulantes, através da liquidação de seus ativos circulantes ( isto é, transformando-os em dinheiro). Isto indica a habilidade da empresa em evitar uma insolvência a curto prazo. 
LIQUIDEZ GERAL Ativo Circul. (+) Realiz.LP
 Passivo Circul. (+) Exigível LP
O índice de liquidez geral, demonstra a capacidade da empresa honrar seus compromissos de curto e longo prazo, utilizando igualmente os recursos de curto e longo prazos.
		
c) 	GRAU DE IMOBILIZAÇÃO
IMOBILIZAÇÃO Ativo Permanente
 Patrimônio Líquido
O Indicador de Grau de Imobilizações apresenta o nível de endividamento dos Ativos Fixos da empresa que são financiados com recursos próprios. Ou seja, a parcela de Recursos Próprios investidos em material permanente
IMOBILIZAÇÃO APerman.Investimentos
 	 FINANCEIRA Patrimônio Líquido
Indicador representa o quanto de Patrimônio a empresa aplica em investimentos que não estão diretamente ligados ao objeto social Ex: participações em outras empresas, imóveis para locação, ações, etc.
IMOBILIZAÇÃO APerman.Imobilizado
 	 TÉCNICA Patrimônio Líquido
Indicador representa o quanto de Patrimônio a empresa aplica em imobilizados ligados diretamente ligados ao objeto social Ex: Máquinas e Equipamentos para aumento da capacidade produtiva.
d) - ENDIVIDAMENTO
Através dos Indicadores de Endividamento torna-se possível a empresa avaliar o montante de dívidas que possui, captada através de Recursos de Terceiros em relação ao seu Capital Próprio – seus Recursos Próprios.
Avalia os níveis da dívida da empresa em comparação com o patrimônio líquido.
EXIGÍVEL TOTAL
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Este indicador apresenta o total que a empresa captou junto a Terceiros, em relação ao total de seu Capital próprio. Ou seja, o total de dívidas que a empresa possui em relação ao seu Patrimônio Líquido.
e) OUTROS ÍNDICES
ROE = RETORNO SOBRE Lucro Líquido
 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Patrimônio Líquido
A taxa de retorno sobre o patrimônio líquido é relacionada diretamente com os interesses dos proprietários da empresa.
• Ele é responsável pela medida da rentabilidade dos recursos líquidos da empresa, em função dos recursos investidos pelos proprietários.
ROA = RETORNO SOBRE Lucro Líquido 
 ATIVOS 		 Ativo médio
É à medida que apresenta o retorno em função do Ativo da empresa.
• É o melhor indicador para medir a eficiência do Administrador Financeiro.
• Deverá ser relacionada com a temporalidade e com o setor
GIRO DOS ATIVOS 	 Receita Operacional 
 	 		 Ativo médio
Este índice determina quanto a empresa vendeu para cada real deativo investido
Exercício:
Praticando as ANÁLISES DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Com base nas Demonstrações Gerdau S/A – Consolidado 
	
Resolução:
Análise:
Mesmo usando todo caixa, bancos, aplicações Financeiras para pagar o passivo circulante ainda faltariam dinheiro. Para cada R$ 1,00 devido, a Gerdau teria apenas R$ 0,27 para pagar. Esse índice é inversamente proporcional aos investimentos na produção, estoque, volume de vendas. Para aumentar este índice teria que aumentas as vendas a vista e diminuir as vendas a prazo.
Análise:
É o quanto a empresa tem disponível em valores monetários (líquidos) para cada real do passivo circulante. Visa medir o grau de excelência da sua situação financeira, ou seja, representa a capacidade de saldar as dívidas sem se desfazer dos estoques. Representa quanto a empresa tem de ativo monetário para cada R$ 1,00 de dívida em curto prazo. Gerdau, ao contrário da Rontan, necessita ter estoque disponível (regulador) para vendas imediatas. Rontan é por encomenda, só compra quando vende. Para maximizar ILS teria que diminuir estoque e/ou vender por encomenda e/ou faturamento antecipado. 
OBS.: Quanto maior a diferença entre o ILC e o ILS de uma empresa, maior tende a ser a dependência da sua liquidez em relação à realização do valor dos estoques. 
Análise:
Liquidez Corrente: indica quanto a empresa possuiu no ativo circulante para cada R$ 1,00 de passivo circulante. Deve ser maior que R$ 1,00.
Isoladamente, os índices de liquidez corrente superiores a R$1,00 de maneira geral, são positivos. Conceituar o índice, todavia, sem outros parâmetros, é uma atitude bastante arriscada, por isso, desaconselhável. Em primeiro lugar, devem-se considerar outros aspectos implícitos no cálculo. Em segundo, deve-se ponderar sobre o ramo de atividade e as peculiaridades do negócio da empresa. 
Ex: supermercado.
Análise:
	Este índice mostra quanto a empresa tem de ativo realizável para cada 1,00 de passivo exigível. Índice menor que 1 indica, geralmente, tendência para situação de insolvência -> ex.: supermercado. Quando o índice for muito menor do que 1, por exemplo no caso de supermercado, existe a possibilidade de insolvência, pois está investindo + em imobilizado do que em AC, aparentemente deixa de ser competitivo.Entendemos também que esse índice por ser chamado de aplicações monetárias dividido por capital de terceiros. Indica um alto grau de imobilizações.
Pelo Balanço percebemos que a conta ELP (4.652), que não está aberta, o maior montante seja financiamentos. 
Análise:
É o inverso da liquidez geral, quanto menor LG, maior o índice de imobilização. Empresas em concordata é bom que esse índice seja maior que 1, pois mostra que tem bens para garantia de dívidas. 
O total do ativo permanente da Gerdau 89% é imobilizado.
Análise:
Maior parte dos gastos da Gerdau está focada em bens produtivos e não fora do seu segmento (objeto social).
AP Investimentos - exemplos: participações em outras empresas, imóveis para locação, ações, etc. 
Análise:
Gerdau demonstra índice bom, porque mostra que a empresa está investindo na sua capacidade produtiva.
Análise:
Este índice teoricamente quanto menor for melhor. Porém, percebemos que a Gerdau trabalha com alavancagem, mostra que ela tem crédito no mercado. Este índice indica quanto a empresa tomou de capital de terceiros para cada real de recursos próprios. Sob o aspecto financeiro, a participação de capital de terceiros a uma taxa maior do que da rentabilidade do negócio significa situação de tendência para prejuízo; o inverso é vantajoso. 
Análise:
A movimentação de todo o ativo gera somente 8% de retorno.
Resultado da operação dividido por todos os bens ou investimentos.
Análise:
A empresa levará 3 anos para render 100% de cada real investido.
Se investirmos na Gerdau R$ 1,00, daqui 3 anos teremos o dobro.
Lucro antes dos dividendos e da distribuição do lucro.
Análise:
Este índice determina quanto a empresa vendeu para cada real de ativo investido.
PARA 100% do ativo, a Gerdau gerou 75% das vendas.
A Gerdau tem um volume de vendas muito alto.
	
Análise:
10,50% de rentabilidade do negócio (operacional)
Análise:
Para análise de investimento ou tomada de decisões este é mais utilizado. Pode-se estimar os 2 índices (Margem operacional e Giro do Ativo) e decidir se vale a pena ou não o investimento. Ex. Mercado externo Rontan sinalização -> vendas: R$ 10 milhões e Investimento: R$ 8 milhões e Margem operacional de 15% então, 15% x 1,25 = 31,25%. Opções de decisão: 1- aceitar ou rejeitar o negócio / 2- comparar c/ ROI histórico da empresa e decidir se vale a pena ou não o investimento. Caso este índice 31,25% seja superior ao índice histórico, se aceita o negócio.
Análise:
Margem Bruta significa quanto a empresa obteve de lucro bruto para cada real de venda efetuada. 
Análise:
Significa quanto de lucro líquido obteve a empresa para cada real de venda efetuada. Geralmente a ML é uma meta fixada pelo Conselho de Administração para os Gestores. Para obtenção da ML os gestores tem que preestabelecer a Margem Bruta, definição das metas comerciais de tal forma que a MB seja suficiente para cobrir todos os gastos administrativos, financeiros e os não produtivos da empresa, de modo a atingir uma ML maior ou igual a definida pelo Conselho. 
ROI e ROE para efeito de análise, o mercado analisa a média dos últimos 05 exercícios desses 2 índices. 
ATIVO
 CIRCULANTE
 NÃO-CIRCULANTE
“REALIZAVEL À L.P”.
PERMANENTE
PASSIVO
 CIRCULANTE
 NÃO-CIRCULANTE
“EXIGIVEL L.P”
 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
(lado esquerdo)
A
(lado direito)
P
Obrrigações
Ativo = Passivo
Patrimônio Líquido = 0
(lado esquerdo)
A
(lado direito)
PL
Ativo > Passivo
Patrimônio Líquido > 0
(lado esquerdo)
A
Bens e Direitos
(lado direito)
P + PL
Ativo < Passivo
Patrimônio Líquido < 0
(situação de Passivo descoberto)
(lado esquerdo)
A + PL
(lado direito)
P
Ativo = Patrimônio Líquido
Passivo = 0
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