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Delegação do Serviço Público

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INTRODUÇÃO
O presente trabalho aborda o tema Delegação do Serviço Público buscando, um breve conceito do Serviço Público, para assim conseguirmos compreender o funcionamento da Delegação do Serviço Público
O principal objetivo deste trabalho é estudar e aprofundar o conhecimento neste tema, explicar um breve conceito da Delegação do Serviço Público, abrangendo suas peculiaridades, adquirindo assim, um maior conhecimento sobre e sua importante função na sociedade.
A Metodologia usada foi a pesquisa em livros de grandes nomes do Direito Administrativo como: Hely Lopes Meirelles, Celso Antônio Bandeira de Mello e Maria Sylvia Zanella di Pietro, e o auxílio de sites jurídicos.
Delegação do Serviço Público
- Serviço Público
Uma definição de Serviço Público nas palavras de Celso Antônio Bandeira de Mello, para melhor entendimento do assunto a ser abordado.
Serviço público é toda atividade de oferecimento de utilidade ou comodidade material destinada à satisfação da coletividade em geral, mas fruível singularmente pelos administrados, que o Estado assume como pertinente a seus deveres e presta por si mesmo ou por quem lhe faça as vezes, sob um regime de Direito Público – portanto, consagrador de prerrogativas de supremacia e de restrições especiais-, instituído em favor dos interesses definidos como públicos no sistema normativo. (Bandeira de Mello, 2011, p.679). 
Hely Lopes Meirelles define o serviço público como “todo aquele prestado pela Administração ou por seus delegados, sob normas e controles estatais, para satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da coletividade, ou simples conveniências do Estado”. De acordo com o artigo 175 da Constituição, “incumbe ao poder público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos”.
Conceito de Serviço Público de maneira sucinta: todo serviço prestado pela Administração ou por seus delegados, executadas de forma direta e indireta, que tem por objetivo maior o interesse público. Os serviços públicos devem atender a critérios: o da legitimidade, eficiência e economicidade.
O serviço público é composto por 3 elementos:
Substrato Material – se leva em conta o interesse da sociedade, de maneira que seja útil e cômodo para toda sociedade.
Trato Formal – exercido sob o regime de direito público, mesmo sob concessão ou permissão.
Elemento Subjetivo – prestado pelo Estado de forma direta ou indireta.
Os serviços prestados podem ser de maneira centralizada, que é quando o Estado presta através de seus próprios órgãos, em seu nome e sob sua responsabilidade, e, também pode ser de maneira descentralizada, que é quando o Estado transfere a titularidade ou a sua execução, por outorga ou delegação, as autarquias, fundações e empresas estatais, empresas privadas ou particulares.
OUTORGA: só pode ser realizada por lei e precisa de outra lei para ser mudada ou retirada. Na outorga há uma transferência, onde o Estado transfere a outra entidade a titularidade e a prestação do serviço, é, portanto, a transferência da própria titularidade do serviço da pessoa política para a pessoa administrativa, que o desenvolve em seu próprio nome e não no de quem a transferiu.
DELEGAÇÃO: pode ser realizada por lei, por contrato ou ato administrativo e é efetivada, normalmente, por prazo determinado. Na delegação o Estado mantém sua titularidade e transfere apenas o poder de prestar o serviço, onde o ente delegado o presta em seu próprio nome e por sua conta e risco, sob fiscalização do Estado. Há delegação, nos contratos de concessão ou nos atos de permissão, onde os Estados transferem aos concessionários e aos permissionários há execução temporária de determinado serviço, existe também, há delegação por atos, que é chamada de autorização, ato administrativo precário, discricionário e unilateral da administração pública.
Existem 3 modalidades de delegação de serviço público, cada uma com suas peculiaridades, as três são: Concessão, Permissão e Autorização, das quais, venho elencar e diferenciar cada uma delas.
Concessão:
Conforme o conceito de Bandeira de Mello, sobre concessão, temos:
Concessão de serviço público é o instituto através do qual o Estado atribui o exercício de um serviço público a alguém que aceita prestá-lo em nome próprio, por sua conta e risco, nas condições fixadas e alteráveis unilateralmente pelo Poder Público, mas sob garantia contratual de um equilíbrio econômico-financeiro, remunerando-se pela própria exploração do serviço, em geral e basicamente mediante tarifas cobradas diretamente dos usuários do serviço. (Bandeira de Mello, 2011, p.709-710).
Natureza dos serviços suscetíveis de serem concedidos
Só há concessão de serviço público quando o Estado considera o serviço em causa como próprio e como privativo do Poder Público.
 Em rigor, por ser público e privativo do Estado, o serviço é res extra commercium, inegociável, inamovivelmente sediado na esfera pública, razão por que não há transferência da titularidade do serviço para o particular. (Bandeira de Mello, 2011, p.718).
O Estado mantém, sempre e permanentemente, total disponibilidade sobre o serviço concedido. Daí se segue que o concessionário desempenhará se, quando, como e enquanto conveniente ao interesse público.
Natureza jurídica da concessão de serviço público e suas consequências 
Segundo Bandeira de Mello (2011, p. 719) a concessão é uma relação jurídica complexa, composta de um ato regulamentar do Estado que fixa unilateralmente condições de funcionamento, organização e modo de prestação do serviço, isto é, as condições em que será oferecido aos usuários: de um ato-condição, por meio do qual o concessionário voluntariamente se insere debaixo da situação jurídica objetiva estabelecida pelo Poder Público.
Forma e condições da outorga do serviço em concessão 
A outorga do serviço (ou obra) em concessão depende de lei que a autorize. Não pode o Executivo, por simples decisão sua, entender de transferir a terceiros o exercício de atividade havida como peculiar ao Estado. É que, se trata de um serviço próprio dele, quem deve, em princípio, prestá-lo é a Administração Pública, conforme Bandeira de Mello (2011, p. 721)
Licitação das concessões
A existência da pertinente autorização legislativa produzida nas distintas esferas competentes (federal, estadual, municipal e distrital), como é óbvio, não libera a Administração para escolher, a seu líbito, o concessionário que deseje. Por isso, deverá proceder uma licitação com a finalidade de que sejam apresentados os interessados, selecionando-se aquele que oferecer condições mais vantajosas. Menciona o art. 14 da Lei 8.987, que a licitação realizar-se-á conforme o regime próprio de tal instituto, isto é, previsto na Lei 8.666, de 21.6.93, atualizada pela Lei 8.883, de 8.6.94.
 Transferência da concessão – Transferência do controle acionário da concessionária e a sub concessão
Após ser feita a licitação, será conhecido o concessionário.  A Lei 8.987, no art. 27, inconstitucionalmente a acolheu, desde que precedida de anuência da Administração, se o pretendente atender às exigências de capacidade técnica, idoneidade financeira e regularidade jurídica e fiscal necessárias à assunção do serviço e comprometer-se a cumprir todas as cláusulas do contrato em vigor.
Não se confunde com a sub concessão a mera contratação de terceiros, nos termos dos §§ 1º, 2º e 3º do art. 25da Lei 8.987 para o desenvolvimento de atividades inerentes, acessórias ou complementares ao serviço concedido, bem como a implementação de projetos associados, sempre obedientes às normas regulamentares da modalidade do serviço concedido.
O prazo nas concessões e sua prorrogação
Conforme Bandeira de Mello (2011, p. 734) no edital de concorrência deverá constar para outorga de concessão o prazo previsto para sua duração, art. 18, I, da Lei 8.987. Nas cláusulas do contrato deve constar a previsão das condições para sua prorrogação, art. 23, XXII.  Pg.736.  Quando admitida tal situaçãono edital, mesmo que a lei não tenha anotado dita previsão entre as disposições que especialmente conter-se-ão no respectivo instrumento regulador do certame, pois se dele nada constar ao respeito, seria inviável qualquer dilatação do contrato, a menos que referida na minuta de contrato que integrar o edital.
Os poderes do concedente
Visto que o serviço público tem em vistas o atendimento ao bem social, nas situações em que o Estado delega por concessão tal serviço, o concedente dispõe de todas ferramentas necessárias para a adequação do referido instituto para bem servir a sociedade. O concedente não se priva, dos poderes requeridos para impor a realização mais conveniente do interesse coletivo. Disso provém, permanentemente, sobre o serviço prestado pelo concessionário plena disponibilidade, a qual se percebe na titularidade de um conjunto de poderes.
            Poderes do concedente:
Poder de inspeção e fiscalização;
Poder de alteração unilateral das cláusulas regulamentares;
Poder de extinguir a concessão antes de findo o prazo inicialmente estatuído;
Poder de intervenção;
Poder de aplicar sanções ao concessionário inadimplente.
Poder de inspeção e fiscalização: O concedente é permitido a manter-se permanentemente informado sobre todo comportamento do concessionário relacionado com o desempenho do serviço. Assim, verificar-se-á se o concessionário está atendendo satisfatoriamente e desejável às obrigações que assumiu.
Poder de alteração unilateral das cláusulas regulamentares: O respectivo poder confere a possibilidade de alteração das condições do funcionamento do serviço. As mudanças podem ser relativas à organização do serviço, funcionamento e desfrute pelos usuários, incluindo as tarifas a serem cobradas. Logo, o concessionário não pode se opor as mudanças exigidas, nem mesmo esquivar-se do cumprimento ou ainda reclamar a rescisão da concessão, desde que o objeto da mesma não tenha sido desnaturado ou desvirtuado pelas modificações pregadas.  Caberá apenas o ressarcimento pelo equilíbrio econômico dos termos da concessão, se este resultar da ação das novas medidas estabelecidas pelo concedente.
Poder de extinguir a concessão antes de findo o prazo inicialmente estatuído: Com vistas ao melhor atendimento do interesse dos administrados, a concessão é uma técnica do Poder público para atender os interesses dos administrados. Logo, o Poder Público compreende o poder de retomar serviços sempre que o interesse público aconselhar, ou seja, quando concorram ponderáveis razões de conveniência e oportunidade ou por inadimplência do concessionário. O serviço não é transferido, mas simplesmente se transfere seu exercício, responde a um elementar direito do concedente.
Poder de intervenção: Nas situações excepcionais, para preservar, defender, o interesse público investido no serviço prestado mediante concessão, o concedente poderá intervir na concessionária e assumir a gestão direta desse serviço. Tal ação justifica-se quando necessária para a continuidade do serviço, normalidade ou adequação ao cumprimento das obrigações assumidas pelo concessionário, por não haver meio hábil para salvaguardar os aludidos direitos. Cessadas as causas que a determinam, cessa a intervenção, podendo incorrer dela decretação de prematura extinção da concessão.
Poder de aplicar sanções ao concessionário inadimplente: A Lei 8.987 inclui entre os encargos do concedente o de “aplicar as penalidades regulamentares e contratuais” (art. 29, II), não indicando quais sejam. Tais penalidades podem ser estabelecidas em regulamento anterior à concessão ou no edital do certame, pois, em tal caso quem se candidate a disputa-lo terá antecipado conhecimento das sanções a que eventualmente será exposto.
Os direitos do concessionário
Diante do concedente, os direito dos concessionário resumem-se à parte contratual, ou seja, a manutenção do equilíbrio financeiro-econômico e também a que não lhe seja exigido, o desempenho de atividade estranha ao objeto da concessão, pois o objeto que define tal ou qual concessão. Assiste, ao concessionário, o direito a que obedeçam às limitações legais concernentes aos poderes do concedente ou na forma delas constituídas (sanções, intervenções, etc.).
Remuneração
Quando o serviço for prestado diretamente pelo Poder Público, o serviço será remunerado pelo usuário mediante taxa. Entretanto, quando prestado pelo concessionário, a remuneração provém do pagamento de preço público ou tarifa.
Taxa
A taxa define-se por ser um tributo devido “pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição” (CF, art.175, II).
Pagamento do preço público – Tarifa
É a retribuição pecuniária paga pelo usuário ao concessionário em razão da utilização de serviço público por ele prestado. As tarifas devem ser módicas, isto é, acessíveis aos usuários, de modo a não os onerar excessivamente, pois o serviço público corresponde à satisfação de uma necessidade ou conveniência básica dos membros da sociedade.
Se o contrato de concessão envolver a realização de contraprestação pelo Poder Público, deverá observar as regras estabelecidas para o regime denominado “parceria público-privada”.        
O equilíbrio econômico-financeiro na concessão de serviço público (ou obra pública)
Existe uma consistente relação entre os encargos fixados no ato concessivo e o lucro então ensejado ao concessionário. Devido à concessão de serviço, fixam-se os termos necessários em que irão estabelecer uma igualdade de equilíbrio. Tal equilíbrio o Estado não pode romper unilateralmente, bem como deve preservar o mesmo.
Os termos da igualdade alteram-se necessariamente toda vez que o Poder Público agravar os encargos. Devido a isso, e a fim de manter a mesma proporcionalidade, correspondente à igualdade da equação, o Estado terá que recompor economicamente o concessionário quando modificar a grandeza dos seus ônus. 
Os direitos dos usuários
Os usuários figuram como ponto central da destinação do serviço público, sendo este promovido com vistas à utilidade e comodidade dos administrados. 
A Lei 8.987, de 13.2.1995, com o intuito a cumprir o art. 175 da CF dispõe sobre o regime de concessão e permissão de serviços públicos, no art. 7º encontramos:
Receber serviço adequado, o qual, a teor do art. 6º, § 1º, é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas;
Receber do poder concedente e da concessionária informações para a defesa de interesses individuais ou coletivos;
Obter e utilizar o serviço, com liberdade de escolha entre vários prestadores de serviço, quando for o caso, observadas as normas do poder concedente;
Levar ao conhecimento do Poder Público e da concessionária as irregularidades de que tenham conhecimento, referentes ao serviço prestado;
Comunicar às autoridades competentes os atos ilícitos praticados pela concessionária na prestação do serviço;
O direito de contribuir para a permanência das boas condições dos bens através dos quais são prestados serviços.
Além desses, ulteriormente foi acrescentado, por lei, o direito de o usuário escolher, entre pelo menos seis datas no mês, o dia de vencimento de seus débitos. Outros direitos existem e podem ser extraídos de dispositivos legais esparsos, ou de princípios vigentes na matéria ou ainda do regulamento específico do serviço.
Formas de extinção da concessão e seus efeitos:
Os casos de extinção da concessão: I- advento do termo contratual; II- encampação; III- caducidade; IV- rescisão; V- anulação e VI- falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou incapacidade do titular, no caso de empresa individual.
É pertinente elencar as distintas formas de extinção da concessão de serviço público:
Por expiração prazo fixado no ato da concessão: maneira mais comum de extinção da concessão. Vencida a dilatação estatuída no ato concessivo, finda-se a concessão e osbens do concessionário aplicados ao serviço integram-se no patrimônio do concedente, operando-se a chamada reversão. 
Por rescisão judicial: A pedido do concessionário, quando inadimplente o poder concedente, ou a pedido do concedente, quando inadimplente o concessionário, se o Poder Público optar pelo recurso às vias judiciais.
Por rescisão consensual: Acontece por mútuo acordo, concedente e concessionário resolvem antecipar a extinção da relação jurídica.
Por ato unilateral do Poder concedente: Quando o Poder Público, por ato próprio, antes da expiração do prazo inicialmente estatuído, resolve extinguir a concessão.
A extinção por ato unilateral do concedente compreende três modalidades: 
1°) Encampação ou resgate: o encerramento da concessão, por ato do concedente, durante o transcurso do prazo inicialmente fixado, por motivo de conveniência e oportunidade administrativa, sem que o concessionário tenha dado causa para o ato extintivo. Tal ato procede quando o Poder Público entende, por alguma razão administrativa ou política, de assumir diretamente o serviço concedido ou de substituí-lo por outro tipo de serviço mais capaz de satisfazer as necessidades públicas.
2°) Caducidade ou decadência: É a modalidade de encerramento da concessão, por ato do concedente, antes da conclusão do prazo inicialmente fixado, pelo motivo de inadimplência do concessionário, ou seja, por motivo de fato comissivo ou omissivo, doloso ou culposo, imputável ao concessionário e caracterizável como violação grave de suas obrigações.  A inexecução total ou parcial do contrato dará margem à aplicação de sanções ou declaração de caducidade. Tal declaração, tem que ser precedida de verificação da inadimplência em processo administrativo no qual se assegure ampla defesa ao concessionário (art. 38, § 2º). Além disso, tal processo terá sua vez depois de comunicadas ao concessionário as falhas e transgressões que lhe forem imputáveis, oferecendo prazo para saná-las e enquadrar-se nos termos contratuais (art.38 § 3º). Quando confirmada a caducidade, esta efetuar-se-á por decreto do poder concedente (art. 38, § 4º).
3°) Anulação da concessão: Será estabelecida quando houver sido outorgada com vício jurídico. Trata-se de hipótese equivalente à de qualquer outro ato administrativo praticado com violação do Direito. Se não constar má-fé por parte do concessionário, cabe-lhe indenização pelas despesas efetuadas, e no caso de já se encontrar o serviço em funcionamento, revertidos os bens, terá de ser indenizado pelas parcelas não amortizadas.
Permissão
Existe, ainda, outra modalidade de prestação indireta dos serviços públicos, chamada de Permissão.
Permissão de serviço público, segundo conceito tradicionalmente acolhido na doutrina, é o ato unilateral e precário, intuitu personae, através do qual o Poder Público transfere a alguém o desempenho de um serviço de sua alçada, proporcionando, a moda do que faz na concessão, a possibilidade de cobrança de tarifas dos usuários.
Conforme Bandeira de Mello (20011, p.767) A permissão, por seu caráter precário, caberia utilizá-la normalmente quando: a) o permissionário não necessitasse alocar grandes capitais para o desempenho do serviço; b) poderia mobilizar, para diversa destinação e sem maiores transtornos, o equipamento utilizado ou, ainda, quando; c) o serviço não envolvesse implantação física de aparelhamento que adere ao solo, ou, finalmente, quando; d) os riscos da precariedade a serem assumidos pelo permissionário fossem compensáveis seja pela extrema rentabilidade do serviço, seja pelo curtíssimo prazo em que se realizaria a satisfação econômica almejada.
A precariedade, que envolve o respectivo instituto, significa que a Administração dispõe de poderes para, flexivelmente, estabelecer alterações ou encerrá-la, a qualquer tempo, desde que fundadas razões de interesse público o aconselhem, sem obrigação de indenizar o permissionário. A última característica é apontada como grande ponto de antagonismo entre a permissão e a concessão de serviço público, na qual o Poder Público também pode, por igual fundamento, alterar ou eliminar o vínculo que travava com o concessionário, ficando, todavia, sujeito a indenizá-lo pelos agravos econômicos que destarte lhe cause.
Pelo seu caráter precário, caberia utilizá-la normalmente, quando; a)o permissionário não necessitasse alocar grandes capitais para o desempenho do serviço; b) poderia mobilizar, para diversa destinação e sem maiores transtornos, o equipamento utilizado ou, ainda, quando; c) o serviço não envolvesse implantação física de aparelhamento que adere ao solo, ou, finalmente, quando; d) os riscos da precariedade a serem assumidos pelo permissionário fossem compensáveis seja pela extrema rentabilidade do serviço, seja elo curtíssimo prazo em que se realizaria a satisfação econômica almejada. 
Na jurisprudência reflete-se a tendência de aceitar que, em princípio, as permissões de serviço público hão de ser consideradas como um ato precário, sem embargo de existirem situações nas quais, in concreto, reputa-se que haverá de lhe ser recusado tal caráter, o que ocorrerá, desde logo, quando concedida a prazo certo e mesmo em outras situações nas quais o permissionário haja incorrido em pesador investimentos e/ou venha desenvolvendo a prestação do serviço há longo tempo, bem como nas que estejam reguladas de modo a impor cerceios á livre revogabilidade.
Permissão de serviço público, segundo Maria Sylvia Zanella di Pietro, “é, tradicionalmente, considerada ato unilateral, discricionário e precário, pelo qual o Poder Público transfere a outrem a execução de um serviço público, para que o exerça em seu próprio nome e por sua conta e risco, mediante tarifa paga pelo usuário”. São características marcantes da permissão: (1) depende sempre de licitação, de acordo com o artigo 175 da Constituição; (2) seu objeto é a execução de serviço público; (3) o serviço é executado em nome do permissionário, por sua conta e risco; (4) sujeição as condições estabelecidas pela Administração e a sua fiscalização; (5) pode ser alterado ou revogado a qualquer momento pela Administração, por motivo de interesse público; e (6) não possui prazo definido (embora a doutrina tenha admitido a possibilidade de fixação de prazo).
Maria Sylvia Zanella Di Pietro apresenta, ainda, as seguintes peculiaridades sobre a permissão:
Característica da permissão do Serviço Público:
É contrato de adesão, precário e revogável unilateralmente pelo poder concedente (em conformidade com o art. 175, parágrafo único, inciso I, da Constituição, e do art. 40 da Lei nº 8.987/95), embora tradicionalmente seja tratada pela doutrina como ato unilateral, discricionário e precário, gratuito ou oneroso, intuitu personae;
Depende sempre de licitação, conforme o art.175 da Constituição;
Seu objeto é a execução de serviço público, continuando a titularidade do serviço com o Poder Público;
O serviço é executado em nome do permissionário, por sua conta e risco; 
O permissionário sujeita-se às condições estabelecidas pela Administração e a sua fiscalização;
Como ato precário, pode ser alterado ou revogado a qualquer momento pela Administração, por motivo de interesse público.
Não obstante seja de sua natureza a outorga sem prazo, tem a doutrina admitido a possibilidade de fixação de prazo, hipótese em que a revogação antes do termo estabelecido dará ao permissionário direito à indenização; é a modalidade que Hely Lopes Meirelles (2003:382) denomina de permissão condicionada e Cretella Júnior (1972:112-113) de permissão qualificada.
Conforme a lei 8.987, a permissão está sujeita ao parágrafo único do art.40:
Art. 40. A permissão de serviço público será formalizada mediante contrato de adesão, que observará os termos desta Lei, das demais normas pertinentes e do edital de licitação, inclusive quanto à precariedade e à revogabilidade unilateral do contrato pelo poder concedente.
Parágrafo único. Aplica-se às permissões o disposto nesta Lei.
Concessão e Permissão de serviço públicona Constituição:
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I – O regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
II – Os direitos dos usuários;
III – política tarifária;
IV – A obrigação de manter serviço adequado.
Autorização
A autorização é um ato administrativo precário, unilateral, discricionário e que tem como função consentir com o uso de um bem público ou viabilizar a prática de uma atividade por um particular, caso em que é chamada de autorização de serviço público. Por ser ato discricionário, não gera direito subjetivo e por ser precário, pode ser revogado a qualquer tempo sem direito a indenização. Cabe ressaltar que nem sempre será discricionário, como por exemplo, na autorização de serviço de telecomunicação, no qual a Lei nº 9472/97 coloca como ato vinculado.
A autorização de serviço público gera polêmica na doutrina, pois alguns acham que não existe, já que o art. 175 da Constituição Federal não menciona autorização, mas apenas a concessão e permissão enquanto o art. 21 menciona a autorização. 
Art. 21. Os estudos, investigações, levantamentos, projetos, obras e despesas ou investimentos já efetuados, vinculados à concessão, de utilidade para a licitação, realizados pelo poder concedente ou com a sua autorização, estarão à disposição dos interessados, devendo o vencedor da licitação ressarcir os dispêndios correspondentes, especificados no edital.
Nas palavras de Maria Sylvia Zanella Di Pietro “autorização de serviço público constitui ato unilateral, discricionário e precário pelo qual o poder público delega a execução de um serviço público de sua titularidade, para que o particular execute predominantemente em seu próprio benefício. Exemplo típico é o da autorização dos serviços de energia elétrica previstos no artigo 7º da Lei nº 9.074, de 7-7-95.”
A autorização de serviço público não depende de licitação, devido ao fato de que sendo o serviço prestado no interesse exclusivo ou predominante do beneficiário, não há viabilidade de competição. O serviço é executado em nome do autoritário, por sua conta e risco, sujeitando-se à fiscalização pelo Poder Público. Sendo ato precário, pode ser revogado a qualquer momento, por motivo de interesse público, sem dar direito a indenização. Quanto ao estabelecimento de prazo, aplica-se o quanto foi dito em relação às permissões com prazo
Conclusão
Neste trabalho abordamos o tema Delegação do Serviço Público, em suas 3 modalidades, Concessão, Permissão e Autorização, analisando as peculiaridades de cada modalidade, bem como comparando suas diferenças, para melhor entender sobre os 3 institutos de delegação do serviço público.
Além disso, foi analisado o modo de operação das formas de delegação dos serviços públicos, ou seja, como funciona cada uma, os métodos utilizados, quais os reflexos em meio a sociedade e os direitos de quem se beneficia com esses institutos, na representação dos direitos dos usuários.
Referências Bibliográficas:
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Malheiros, 2011.  
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. São Paulo: Atlas, 2003. 
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. São Paulo: Malheiros, 1996
http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/2658/Sobre-a-concessao-e-permissao-de-servicos-publicos 
https://jus.com.br/artigos/52029/delegacao-do-servico-publico

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