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Hobbes: o medo e a esperança Estado de Natureza – Hobbes é um contratualista e como tal compreende que a sociedade se organiza e funciona a partir do pacto social, firmado pelas pessoas, estabelecendo regras de convívio social e de subordinação política. • Generalização da guerra Para o autor o homem natural não é um ser selvagem, ele já é o homem capaz de viver em sociedade. Este homem natural é igual em mente e corpo. Exemplifica isso quando afirma que quanto ao corpo é apenas considerar de maneira geral que todos os homens são caracteristicamente similares, e que as diferenças não são suficientes a ponto de uma distinção significativa. Quanto as faculdades, Hobbes afirma que a forma de pensar do ser humano é tão similar quanto, visto os pontos mais centrais que envolvem o imaginário de todos. Todos possuem desejos, medos. E que a diferença na sabedoria é unicamente devido à prudência, que é experiência. Dessa forma, ele não afirma que todos são iguais, mas que também não são diferentes a ponto de um ter características justificáveis para subjugação do outro. A guerra começa desse ponto. O sentimento de que todos tem intrinsecamente os mesmos atributos (corpo e mente), torna-se razoável para o homem tomar medidas como a guerra quando está em risco seus desejos ou medo. A guerra se torna razoável quando há esperança de atingirmos nossos fins. Quanto a natureza humana, Hobbes também fala que as três causas de discórdia se encontram na: competição, desconfiança e glória. • Competição por lucro; • Desconfiança por segurança; • Glória por reputação; O que nos leva a … • Estado de natureza Para Hobbes, o homem é o indivíduo que não almeja tanto os bens, mas a honra. Ou seja, o homem hobbesiano vive basicamente de imaginação, e seu estado de natureza é uma condição de guerra. Guerra porque cada pessoa se imagina com certas expectativas (pessoa poderosa, perseguida, traída). • Direito de natureza Consiste então na capacidade do homem de preservar sua vida a qualquer custo, podendo descartar a razão nos seus julgamentos quando for necessário. — lei da natureza se enquadra nesse aspecto, visto que é um preceito que proíbe o homem de destruir sua vida. Estado e Soberano Para Hobbes então é preciso que haja um Estado munido de força para garantir o cumprimento das leis de natureza (piedade, modéstia…) que por sua vez são contrárias as nossas ambições e paixões (parcialidade, vingança...) O contrato surge daí, o Estado surge daí, a sociedade surge com a formação do Estado e o Soberano também surge desse contrato. Portanto ele não pode ter parte com o contrato, apenas a sociedade que o levantou. O poder então é absoluto do Soberano, assim como a obrigação de garantir a paz. Liberdade, igualdade e a relação Soberano x homem Hobbes desmonta os conceitos de liberdade e igualdade no seu nível mais abstrato. Dessa forma, Igualdade se torna o fator que leva à guerra de todos e liberdade, a ausência de oposição. A relação soberano e povo se institui com base nesses conceitos, sendo assim, com o contrato social o indivíduo sede seu direito de natureza em prol da ordem e legitimidade da lei de natureza regida pelo Soberano. Este por sua vez não assina o contrato e caso não garanta a paz ao súdito recupera sua liberdade natural (direito de natureza) este tem a liberdade de quebrar o contrato, no entanto, deixa está sujeito ao castigo do soberano. O Soberano é portanto o Estado, como tal governa pelo medo mostrando o terror de viver no estado de natureza, mantém os súditos temerosos e comportados, garantindo a esperança de vida melhor e paz. No entanto, é direito do Soberano controlar todas as terras e bens, assim como ditar como serão todas as formas de troca. Resumo: Hobbes entende que o ser humano vive em um estado que o capacita em viver em sociedade. Contanto isso só é possível caso o povo, em contrato social, crie um Estado onde o poder está nas mãos do Soberano. Poder esse onde os súditos entregam seu direito de liberdade ao Soberano em busca de paz através do findar das guerras, geradas pela noção de igualdade. Por esse poder cabe então ao Soberano decidir como funciona o comércio, as leis, e a propriedade.
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