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Resolução do Exercício

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Resolução do Exercício – MACROECONOMIA
1 - Princípio da Demanda Efetiva.
	Segundo Keynes o nível da demanda efetiva da economia determina o nível de produto agregado e de renda, no que se convencionou chamar de princípio da demanda efetiva.
	O conceito utilizado de demanda efetiva por Keynes afetava apenas de forma global, os investimentos insuficientes resultarão em um declínio de emprego, de produção e de renda. Se permanecerem em níveis proporcionais permanecerá estável. 
	Keynes acentua o termo teoria geral para contrastar com a teoria econômica clássica que se limita ao pleno emprego. Keynes procura mesmo é explicar o volume de emprego em um dado momento, coloca que o desemprego é nítido em qualquer economia, sendo inevitável, assim como ele vê a inflação, onde ambas dependem do volume da procura efetiva, onde observa-se que quando a procura é deficiente gera desemprego, quando é excessiva resulta na chamada inflação. 
	Keynes desenvolve o tema de demanda efetiva dentro do modelo de oferta e demanda agregada. Para ele, o crescimento da renda leva a um excesso de poupança sobre o investimento, ou seja, quando aumenta a renda do consumidor ele aumenta o consumo menos que proporcionalmente, o que significa que o volume do dinheiro poupado aumenta. Assim o volume de poupança aumenta mais do que o volume de investimento para atender ao aumento de demanda de bens de consumo.
Para fins analíticos, a demanda agregada (DA) é repartida em quatro "consumidores": o comprador de bens de consumo (C), o empresário investidor que compra máquinas e equipamentos (I), o governo que compra bens de consumo e de investimento (G), e o exterior, que também compra bens de consumo e de investimento (X). A expressão contábil derivada das contas nacionais mostra esta composição da demanda agregada:
DA = C + I + G + X
	Demonstrado o papel central desempenhado pelo investimento na dinâmica econômica, cabe neste segundo item analisar a natureza instável na economia capitalista. Esta instabilidade tem origem no âmbito das decisões de investimentos realizadas individualmente, livres de qualquer regulação pública ou coletiva, baseadas exclusivamente nos cálculos capitalistas e percepções dos empresários em relação ao comportamento futuro das variáveis que afetam a estrutura de custos e os preços dos bens e serviços produzidos para fins de acumulação de riqueza sob a forma monetária. São os gastos dos empresários, especialmente sob a forma de investimento, que determinam a demanda efetiva e, ao cabo, os níveis de renda e emprego (KEYNES, 1936).
	A compreensão da instabilidade capitalista e do comportamento da renda ao longo do tempo exige a adoção de três eixos de análise, a saber: um primeiro que busque tratar do papel da demanda efetiva na dinâmica capitalista; um segundo que aborde a formulação do cálculo capitalista a partir da eficiência marginal do capital; e um terceiro que analise a dinâmica do crescimento econômico nas economias capitalistas.
	Em relação ao primeiro, cumpre registrar que o princípio da demanda efetiva constitui peça-chave para o entendimento da dinâmica capitalista. Este princípio representa uma contraposição à condição de equilíbrio geral, uma vez que permite a existência de diversas condições de equilíbrio. Não obstante, a situação de equilíbrio com pleno emprego não é garantida pelas livres forças de mercado. Não menos importante, nenhuma das diferentes situações possíveis de equilíbrio é permanente, estando em constante mutação.
No PDE, Keynes mostram que o nível de atividade econômica é determinado pelas decisões de gasto dos agentes.
	Keynes, sustenta que o equilíbrio macroeconômico ocorre quando da Intersecção das funções de demanda e oferta agregadas, condição que apenas casualmente se associa com a situação de pleno emprego de recursos. A função oferta agregada é dada pela expectativa de um rendimento mínimo necessário para que os capitalistas decidam aplicar determinado nível de investimento, indicando a quantidade ofertada para distintos níveis de rendimentos esperados. Já a função demanda agregada, por seu turno, representa a soma de receitas que os capitalistas esperam receber a partir da venda de um determinado volume de produção (KEYNES, 1936).
	Dessa forma, caso os capitalistas tenham expectativas de lucros futuros superiores ao mínimo necessário para o atual nível de investimento, ou seja, se os retornos esperados da demanda agregada superarem as expectativas mínimas sobre a oferta agregada, os capitalistas decidirão ampliar os seus investimentos até o ponto de equilíbrio entre as funções agregadas de demanda e oferta, denominado por Keynes (1936) de demanda efetiva. Cumpre destacar, contudo, que não raro o nível de produção concernente ao ponto de demanda efetiva se encontra aquém daquele que seria condizente com o nível de pleno emprego. No mais, mas não menos importante, esta condição de equilíbrio não pode ser concebida como determinante de um nível de investimento em que o sistema capitalista ganha estabilidade ao longo do tempo, pois esta visão não se apresenta compatível com uma compreensão dinâmica do capitalismo.
2- Reconhecendo o poder da incerteza sobre o mundo real e sua repercussão macroeconômica, é necessário recuperar em poucas linhas o modelo Keynesiano. 
Primeiro, os empresários e os demais agentes individuais travam uma relação com recíprocas influências. Cabe à classe empresarial determinar, a partir de certas técnicas de produção e insumos, o que ser produzido e em que quantidade. Duas decisões em relação ao assunto são colocadas: a de produzir e a de investir. Estas decisões estão condicionadas ao tempo, pois: 
 
Produções e decisões de investimento porque envolvem a passagem do tempo envolvem incerteza quanto ao custo, ao valor de mercado do produto final final e às datas futuras reais, quando o produto final será comercializado. (Davidson, 1978, p.18).
	Em relação aos indivíduos, as decisões tomadas são quanto ao consumo e à forma escolhida para poupar. A primeira decisão depende da propensão marginal a consumir. Quanto à segunda, a incerteza, também se faz presente, influenciando a forma como os agentes resolvem guardar a riqueza não consumida.
	
3 -
Na Teoria Geral Keynes focalizou dois tipos de expectativas: 1. de curto prazo; 2. de longo prazo. As de curto prazo têm sua função atrelada ao tempo que decorre a partir dos custos assumidos por um produtor ao iniciar a produção, até a venda do produto ao consumidor final. Relaciona-se particularmente, com o preço que um fabricante pode esperar obter pela sua produção acabada, no momento em que se compromete a iniciar o processo de o produzir, considerando os produtos acabados quando prontos para serem usados ou vendidos a outrem. (Keynes,1936, p.43).
	Essas expectativas não geram efeitos imediatos sobre o nível de atividade. Isto ocorre, pelo fato de as mudanças de expectativas não se verificarem, em geral, com suficiente violência ou rapidez, quando desfavoráveis, para ocasionar o abandono do trabalho em todos processos produtivos, cujo início à luz de uma nova expectativa tenha sido um erro; ao passo que, quando são favoráveis, torna-se necessário que decorra certo tempo de preparação antes que o emprego alcance o nível a que teria chegado, se as expectativas tivessem sido revistas antes. (Keynes, 1936, p.44).
Estas são mais estáveis do que as de longo prazo, e a razão é dada pelos resultados obtidos num passado recente, que são relativamente seguros para guiar o futuro próximo. (Dillard, 1971, p.206).
 A expectativa de longo prazo para Keynes refere - se ao que o empresário pode esperar ganhar sob a forma de rendimento futuro, no caso de comprar (ou talvez manufaturar) produtos acabados para adicionar a seu equipamento de capital. (Keynes, 1936, p.43).
	Esse tipo de expectativa, ao contrário das de curto prazo, é instável, exatamente pela distância temporal que existe entre a tomada de decisão pela classe empresarial, e a comprovação dos resultados esperados. A decisão da classeempresarial em fazer investimentos produtivos depende das expectativas de longo prazo quanto ao fluxo de renda prospectivo que os investimentos irão gerar em relação aos custos incorridos. Sendo as expectativas instáveis, provocam flutuações na demanda agregada e no emprego.
4 – 
	A decisão dos agentes depende das expectativas e do grau de confiança dos agentes sobre suas próprias previsões, o que não significa que o tão conhecido Animal Spirit seja um “impulso” injustificado que faz o investimento ser uma decisão meramente “irracional”, mais admite-se que as deliberações que afetam o futuro estão sujeitas ás questões de ordem política, econômica, subjetivas, aos diferentes interesses ou hábitos.
	Mesmo posta de lado a instabilidade devida à especulação, há instabilidade devida à característica da natureza humana de que uma grande proporção de nossas atividades positivas depende mais de otimismo espontâneo do que de expectativas matemáticas, sejam morais ou hedonísticas ou econômicas. A maioria, provavelmente, de nossas decisões de fazer algo positivo, as completas consequências das quais serão delineados vários dias que virão, só podem ser tomadas por resultado de Animal Spirit - um impulso espontâneo para a ação, ao invés da inação, e não como consequência de uma pensada média de benefícios multiplicada pelas probabilidades quantitativas.

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