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tdc aula 12 Kalecki PDE

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Teorias da Dinâmica Capitalista 
Kalecki: Demanda efetiva e distribuição de renda 
Ricardo Summa 
2023.1 
11 e 16 de maio.2023 
 
 
• Vimos que Keynes, vindo da tradição neoclássica, rompe parcialmente com essa tradição para sustentar com base 
no PDE que uma economia capitalista funcionaria normalmente abaixo do pleno emprego. 
• Também vimos que o caráter parcial do rompimento de Keynes com a tradição neoclássica abre espaço para que, 
em seu próprio sistema teórico, exista um caminho para levar automaticamente a economia ao pleno emprego. 
• Keynes mantém em seu arcabouço teórico elementos do mecanismo neoclássico que fundamentam a ideia de 
tendência automática ao pleno emprego. 
• Notadamente, as curvas de demanda por trabalho e de demanda por investimento negativamente relacionadas com 
a taxa de salário real e a taxa de juros, respectivamente. 
 
Um caminho alternativo para o PDE 
• Kalecki chegou ao PDE de maneira independente de Keynes e por um caminho diverso. 
• O Polonês tinha formação na área de engenharia mas desenvolveu interesse por economia. Nessa área foi um 
autodidata, tendo sido influenciado fortemente pela tradição marxista. 
• Seu interesse na literatura marxista estava concentrado: 
• na análise dos processos de concentração e centralização do capital (Marx e Hilferding); 
• na análise do problema da realização da mais-valia ou o problema dos mercados no processo de acumulação 
capitalista (Marx, Tugan-Baranovsky e Rosa Luxemburg). 
• O primeiro grupo de reflexões e a teoria da concorrência imperfeita desenvolvida entre a segunda metade dos anos 
1920 e a primeira metade dos anos 1930 foram importantes para a conformação de sua teoria dos preços e da 
distribuição 
• Kalecki se tornou um influente autor na literatura sobre o capitalismo monopolista 
• Já o segundo grupo de reflexões e, particularmente, a contribuição de Rosa Luxemburg, foram importantes 
 para o desenvolvimento da sua versão do PDE e a sua teoria da determinação do produto. 
 
Um caminho alternativo para o PDE 
• A existência de um caminho alternativo para o PDE não baseado na teoria neoclássica do valor e da distribuição 
(TNVD) torna evidente: 
• que o PDE é um princípio científico que independe TNVD; 
• que o PDE também não depende da teoria da preferência pela liquidez e/ou da ênfase no papel da incerteza 
na análise econômica => compatibilidade com uma abordagem estruturalista da economia; 
• Kalecki tem uma teoria da distribuição consistente com a estrutura da abordagem do excedente (desenvolvida 
pela Economia Política Clássica , Marx e Sraffa) que é compatível com o PDE, ao contrário da TNVD. 
 
Um caminho alternativo para o PDE 
• É importante enfatizar que Keynes e Kalecki compartilhavam uma mesma visão geral sobre o funcionamento das 
economias capitalistas. 
• Para ambos se tratava de um sistema que era caracterizado pelo fato de que, em condições normais, sem a 
intervenção Estatal, o nível de atividade da economia tenderia a flutuar em torno de uma tendência abaixo do 
pleno emprego e que mesmo em seu momento de expansão cíclica não alcançaria o pleno emprego. 
• Todavia, Kalecki, ao contrário de Keynes, queria construir um arcabouço teórico que desse conta não somente da 
determinação do produto e do emprego no curto prazo, mas também da explicação da trajetória cíclica e da 
tendência (de crescimento) gerada por esta trajetória. 
• Sua visão geral é a de que o capitalismo não seria uma máquina de crescimento. 
• Na verdade a tendência seria normalmente de estagnação econômica sendo apenas contrabalançada pelo processo 
de mudança tecnológica (em geral de maneira insuficiente) e pela intervenção do Estado no processo econômico. 
• Nessa visão, o PDE e o papel dos conflitos políticos e econômicos que permeiam a sociedade capitalista 
 seriam importantes para entender a dinâmica de longo prazo do sistema. 
 
Um caminho alternativo para o PDE 
• Kalecki acreditava que existiam dois processos de formação de preços na economia: 
• Nos setores em que a velocidade de resposta da produção à demanda é mais lenta, a formação de preços é 
caracterizada por preços flexíveis que respondem às flutuações das condições de demanda (setores produtores de 
produtos primários - alimentos e matérias primas básicas – em geral organizados de maneira competitiva com 
baixa concentração); 
• Nos setores em que a velocidade de resposta da produção à demanda é mais rápida, a formação de preços é 
caracterizada por preços administrados pelas firmas que, em geral, são relativamente independentes das flutuações 
das condições de demanda (setores industriais em geral organizados em oligopólios com grau de concentração 
mais alto e setores de serviços). 
• A análise de Kalecki se direciona para o segundo tipo de formação de preços, onde o autor vai desenvolver uma 
teoria da determinação de preços com base na fixação por parte das firmas de um “mark-up” sobre os custos 
unitários variáveis (ou diretos). 
Distribuição de renda em Kalecki 
 
• Nesse tipo de análise Kalecki supõe: 
 
“[...] Consideremos uma firma com um dado capital fixo. Supõe-se que a oferta seja elástica, isto é, que a firma 
opere com capacidade ociosa e que os custos diretos (custos de materiais e salários — os ordenados se incluem 
nos custos indiretos) por unidade produzida sejam estáveis para a amplitude relevante da produção. Diante das 
incertezas com que se defronta o processo de fixação de preços, não iremos supor que a firma recorra a alguma 
medida em particular na procura de maximizar seus lucros.” (TDE, p. 34) 
Distribuição de renda em Kalecki 
 
• As firmas procuram trabalhar com capacidade ociosa. 
• Na sua faixa relevante de atuação os custos variáveis são constantes. 
• Os custos unitários variáveis só seriam crescentes a partir da utilização máxima. 
• Kalecki supõe que as firmas fixam preços aplicando uma margem sobre o custo unitário variável. 
• Segundo o princípio do custo total os preços seriam fixados pela aplicação de uma margem sobre os custo unitário 
normal. 
Distribuição de renda em Kalecki 
 
• Para Kalecki, a regra de fixação de preços por uma firma seria representada por um “mark-up” sobre o custo 
variável. 
• A partir desses conceitos é possível se obter a margem de lucro bruto (MLB) que é a medida do grau de 
monopólio usada em sua teoria da distribuição. 
• Portanto, a margem de lucro bruto e o grau de monopólio estão positivamente relacionados com a taxa de “mark-
up” e, dessa forma, com o próprio “mark-up”. 
Distribuição de renda em Kalecki 
 
• O valor adicionado de cada empresa é igual à soma de salários e lucros. 
• A parcela dos salários para cada empresa depende do grau de monopólio e da estrutura dos custos variáveis. 
• Passando para um nível agregado de análise teríamos que o valor médio da parcela salarial no valor adicionado 
bruto do setor privado da economia seria dado pelo grau de monopólio médio, da estrutura dos custos variáveis 
média e também da composição da atividade econômica. 
“Conclui-se que a parcela relativa dos salários no valor agregado é determinada pelo grau de monopólio e pela 
razão entre os custos de matérias-primas e os custos de mão-de-obra.” (TDE, p.49) 
 
Distribuição de renda em Kalecki 
 
• Kalecki considera que o grau de monopólio depende: 
• do grau de concentração nos setores produtivos; 
• dos custos com promoções de vendas que afetam o poder de mercado e os custos fixos; 
• dos custos fixos e quase-fixos que devem ser cobertos pela margem sobre os custos variáveis para evitar 
quedas na lucratividade das empresas quando os custos unitários fixos aumentam; 
• do poder de barganha dos trabalhadores que, se for alto, pode impedir repasses de aumentos dos custos 
unitários variáveis para os preços (esse é o canal pelo qual o conflito entre capitalistas e trabalhadores pode 
afetar a distribuição segundo Kalecki). 
Distribuição de renda em Kalecki• Os determinantes da parcela salarial têm o seguinte comportamento ao longo dos ciclos econômicos: 
• o grau de monopólio tende a ter um comportamento anti-cíclico (por conta do comportamento anti-
cíclico dos custos unitários fixos e quase-fixos), 
• j teria um comportamento pró-cíclico (porque o preços das matérias primas são pró-cíclicos e variam 
mais do que o salário nominal) 
• a mudança na composição setorial ao longo do ciclo contribuía para dar um caráter pró-cíclico à parcela 
salarial (porque o investimento flutua mais do que o produto e a renda, o que faz com que a parcela do 
setor manufatureiro com maiores parcelas de salário caia na recessão e aumente na expansão cíclica). 
• Para Kalecki, essas tendências se anulavam de modo que a parcela salarial tendia a ser estável ao longo ciclo 
econômico. 
• Enquanto isso, no longo prazo, o comportamento da parcela salarial seria incerto não se presumindo 
nenhuma tendência, ainda que ele acreditasse na ideia de uma tendência à concentração do capital. 
Distribuição de renda em Kalecki 
 
• Finalmente, para terminarmos a discussão da teoria da distribuição da renda de Kalecki vamos simplificar. 
• Vamos apresentar uma versão mais simples do modelo em que o único determinante da distribuição funcional 
da renda é o grau de monopólio e o único item de custo é o salário. 
• Nesse sentido, vamos supor que o único processo de produção em uso utiliza apenas trabalho e capital fixo (o 
único custo fixo) como insumos e que esse processo é o mesmo para todas as empresas e setores da 
economia. 
• Portanto, dado o “mark-up” 1 + τ é possível determinar-se a parcela salarial da renda. 
• Assim, podemos dizer que para Kalecki a distribuição funcional da renda é uma variável exógena. 
 
Distribuição de renda em Kalecki 
 
• Vamos começar com a versão de Kalecki para os esquemas de reprodução de Marx. Esse é o arcabouço conceitual 
que deu origem à sua versão do PDE. 
• Marx usava os esquemas de reprodução simples (sem crescimento) e ampliada (com crescimento) para explicar as 
condições para que não ocorram interrupções (crises) no processo de acumulação de capital. 
• Depois ele usava as violações dessas condições para estudar as causas das crises, em particular das crises de 
realização associadas à uma situação de superprodução generalizada (excesso de oferta agregado de mercadorias). 
• Kalecki, por outro lado, utiliza os esquemas de reprodução (particularmente o simples) para tratar da determinação 
da massa de lucros e dos níveis de produto e emprego numa economia capitalista. 
• Esse foi o caminho que levou Kalecki à elaboração do PDE no contexto da sua teoria dos ciclos econômicos. 
• Na literatura marxista, Kalecki segue mais de perto, ainda que de maneira crítica, a visão de Rosa Luxemburg para 
a análise dos limites à expansão do sistema capitalista. Nesse aspecto ele era um crítico da visão de Tugan-
Baranowsky e de Lenin (e, portanto, da visão marxista oficial). 
• Ele era não era nem de perto um marxista ortodoxo, apenas usava alguns elementos (não todos) da teoria 
 marxista para entender o funcionamento das economias capitalistas. 
O Determinação do produto 
• Assim como Marx, Kalecki tratava em seus esquemas de reprodução: 
• de uma economia fechada e sem governo; 
• em que os trabalhadores consomem toda a sua renda; 
• e na qual não existe acumulação involuntária de estoques (i.e., as expectativas de curto prazo são realizadas) 
=> PDE na sua versão gasto ou ex-post. 
• As principais mudanças introduzidas em relação à Marx são: 
• desdobrar o setor (departamento) produtor de bens de consumo em dois: os setores produtores de bens de 
consumo dos capitalistas (DII) e de bens de consumo dos trabalhadores (DIII); 
• retirar do setor produtor de bens de capital a produção do capital circulante e distribuí-la entre os setores 
verticalmente integrados que produzem capital fixo (DI), bens de consumo dos capitalistas (DII) e bens de 
consumo dos trabalhadores (DIII) 
• Nesse caso, o DI produz apenas bens de capital fixo. 
• Também vale, nesse caso, a igualdade entre o valor do produto (bens e serviços para uso final na economia) e o 
valor adicionado do setor. 
O Determinação do produto 
• Kalecki deriva a equação de lucros totais da análise setorial. 
• Lucros = Investimento + Consumo dos Capitalistas. 
• Massa de salário é o salário pago nos três setores. 
• Logo, consumo dos trabalhadores depende dos salários pagos nos três setores. 
• Kalecki deriva a relação entre produto e demanda agregada. 
• E mostra que a demanda agregada depende dos gastos capitalista e da distribuição de renda. 
 
O Determinação do produto 
• Como existe uma relação entre gastos capitalistas e lucros, de um lado, e uma relação entre gastos capitalistas e 
produto, do outro, Kalecki questiona se existe uma relação de causalidade envolvida entre essas variáveis. 
• Ele sugere que tanto os lucros como o produto são determinados pelos gastos capitalistas, justificando tal posição 
da seguinte maneira: 
“O investimento e o consumo dos capitalistas , no curto período considerado, resultam de decisões tomadas no 
passado e devem, portanto, ser considerados como dados. No que se refere ao investimento, isso é consequência 
do lapso de tempo dependente do período de construção do equipamento de capital. Mas as alterações de 
consumo dos capitalistas também acompanham as mudanças nos lucros com algum atraso. Ora, as vendas e os 
lucros num dado período não podem ser um resultado direto de decisões passadas: os capitalistas podem decidir 
quanto investirão e consumirão no proximo ano, mas não podem decidir a respeito de quanto serão suas vendas e 
seus lucros. As variáveis independentes em um dado período são o investimento e o consumo dos capitalistas.” 
(Kalecki, 1977, p.3) 
O Determinação do produto 
• Kalecki está propondo que os gastos capitalista são autônomos do ponto de vista do fluxo circular da renda, pois 
não dependem das decisões de produção capitalistas correntes. 
• Estas últimas decisões afetariam a demanda agregada corrente apenas pelo introdução de poder de compra 
relacionada ao pagamento dos salários dos trabalhadores. 
• Como ele supõe adicionalmente que Cw = W então do fato de que: 
• Π + W = I + Ck + Cw 
• obtemos a equação para a determinação dos lucros em função dos gastos capitalistas: 
• Π = I + Ck = Gk 
• Portanto, nas condições específicas em tela, os capitalistas ganham o que gastam e os trabalhadores gastam o que 
ganham. A lucratividade da produção depende, dessa maneira, das decisões capitalistas de gastos. 
• Note, porém, que isso não significa que os capitalistas decidam o que eles ganham. Na verdade as decisões 
capitalistas de consumo e investimento são realizadas de forma descentralizada. 
O Determinação do produto 
• De fato, segundo Kalecki: 
 
“O que significa essa equação? Quer dizer que os lucros em um dado período determinam o consumo e o 
investimento dos capitalistas? Ou o contrário? A resposta depende de qual dos itens estiver diretamente sujeito 
às decisões dos capitalistas. Ora, é claro que os capitalistas podem decidir consumir e investir mais num dado 
período que no procedente, mas não podem decidir ganhar mais. Portanto, são suas decisões quanto a 
investimento e consumo que determinam os lucros e não vice-versa. Se tomarmos um período curto, podemos 
dizer que o investimento e o consumo dos capitalistas são determinados por decisões que tomaram forma no 
passado. É que leva um certo tempo para se pôr em prática um investimento e é somente com uma certa demora 
que o consumo dos capitalistas responde a mudanças nos fatores que o influenciam.”(TDE, p.66) 
O Determinação do produto 
• Como W = ωY então temos Cw = ωY e, portanto, D = ωY + I + Ck. 
• Assim, a demanda agregada tem um componente induzido pelas decisões correntes de produção capitalistas. Estas 
últimas decisões afetariam a demanda agregadacorrente apenas pela introdução de poder de compra relacionada 
ao pagamento dos salários dos trabalhadores. 
• Os gastos capitalistas formam o componente autônomo da demanda agregada e são financiados por poder de 
compra de origem independente das decisões de produção capitalistas. 
• Nesse sentido, é importante salientar que o poder de compra introduzido na economia por meio das decisões de 
produção não é suficiente para sustentar um nível produção positivo. 
• Para tanto, é necessária a existência de gastos autônomos. 
O Determinação do produto 
• Como vimos anteriormente, o nível de produto de equilíbrio depende dos gastos capitalistas e da distribuição de 
renda. 
• Em geral existe uma interpendência entre os gastos capitalistas e a parcela salarial média da economia por conta 
da composição da produção mesmo com uma parcela salarial dada para cada setor. 
• Observe também que a condição de existência e estabilidade do equilíbrio referente a propensão marginal à gastar 
é baseada em fatores mais objetivos do que a lei psicológica fundamental de Keynes. Depende basicamente de 
estarmos falando de uma economia capitalista (0 < ω < 1). 
O Determinação do produto 
• Note que Kalecki dá mais destaque do que Keynes para a distribuição de renda na determinação do produto. 
• Nesse sentido, um aumento da parcela salarial afeta positivamente o nível de produto (a demanda agregada é 
liderada pelos salários no curto prazo). 
• Na análise de Kalecki o grau de utilização da capacidade tende a ser menor do que o máximo (existe capacidade 
ociosa), porém pode haver equilibrio com diferentes níveis do grau de utilização. 
• Finalmente, a determinação do emprego também é simples, pois Kalecki trabalha em geral com condições 
técnicas de produção envolvendo coeficientes técnicos fixos (pelo menos no curto prazo). Assim, há uma relação 
direta entre produto e emprego. 
 
O Determinação do produto

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