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Evolução Histórica do Direito Comercial

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FACULDADES INTEGRADAS BARROS MELO
CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL I 
WENDERSON GOLBERTO ARCANJO
FICHAMENTO 1 – EVOLUÇÃO HISTÓRIA DO DIREITO COMERCIAL.
1 – ORIGENS DO DIREITO COMERCIAL: O direito comercial não surge como um direito positivado e estritamente comercial, na verdade as civilizações mais antigas, não se preocupavam muito em regular as relações comerciais, isso é fruto do final da idade média, onde começaram a surgir os Estados Nacionais.
	Inicialmente o chamado direito comercial estava bastante relacionado a quem participava das corporações de ofício, ou seja, o direito comercial não estava relacionado a pratica do comercio em si, mas a um grupo de pessoas específicas.
	Nessa diapasão, surge no final da idade média o conceito da liberdade na forma de celebração dos contratos, uma vez que os contratos eram obrigados por lei a seguirem um certo ritual.
2 – DA DEFINIÇÃO DO REGIME JURÍDICO DOS ATOS DE COMÉRCIO: Com o estabelecimento dos Estados Nacionais, alguns passam a regular diretamente as relações comerciais de seus cidadãos, nesse momento surge na França a divisão entre Direito Privado e Direito Comercial, o primeiro objetivava agradar a aristocracia, ao passo que o segundo tinha como alvo os burgueses.
	2.1 Definição e descrição dos atos de comércio e sua justificação histórica: A definição do que seria considerado um ato comercial encontrava bastante divergência, fazendo com que surgisse a chamada teoria dos atos de comércio, ela objetivava através de conceitos jurídicos, definir quais atos seriam protegidos pelo Direito Privado ou pelo Direito Comercial, porém ela não obteve sucesso, uma vez que existiam uma séries de lacunas, deixando de mão alguns atos cruciais.
	2.2 Atos de comércio na legislação brasileira: Na legislação Brasileira, assim como na Francesa, os atos de comércio vinham definidos em forma de lei, assim qualquer ato que não fosse aquele previsto em lei, não era protegido pelo direito comercial.
	2.3 A teoria dos atos de comércio na doutrina brasileira: A influência Francesa foi muito grande em nossa legislação, porém alguns doutrinadores resolveram aperfeiçoar a teoria dos atos de comércio, como exemplo temos CARVALHO DE MENDONÇA, que reformulou a teoria proposta inicialmente por ROCCO.
3 – A TEORIA DA EMPRESA E O NOVO PARADIGMA DO DIREITO COMERCIAL: Em meados de 1942, na Itália, foi publicado o novo código civil italiano, que entre outras novidades, unificou formalmente o direito civil e o comercial, digo formal por que o direito comercial possui uma série de características que o distingue do direito civil, ao mesmo tempo trazia uma novidade a esse direito, a chamada teria da empresa.
	A teoria da empresa conseguia unir elementos puramente subjetivo (corporações de oficio), bem como elementos puramente objetivos (teoria dos atos de comércio), sendo assim, essa nova teoria busca levar em consideração não a pessoa ou seu grupo e sim se ela atua de forma empresarial, assim, “qualquer atividade econômica, desde que seja exercida empresarialmente, está submetida à disciplina das regras do direito empresarial”.[1: Ramos, André Luiz Santa Cruz. Direito empresarial esquematizado. p. 10, 4. Ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2014.]
	3.1 Surgimento da teoria da empresa e seus contornos: Com o surgimento da teoria da empresa, surge um outro dilema neste ramo do direito, a definição de empresa.
	Para tentar definir o que seria uma empresa, ALBERTO ASQUINI, lecionou que empresa é um fenômeno jurídico poliédrico, ou seja, ela teria quatro pontos. O primeiro aborda o perfil subjetivo, ou seja, a pessoa que exerce a atividade empresarial, neste caso o próprio empresário, no segundo momento aparece o perfil funcional, no qual a empresa seria a organização propriamente dita, aquele grupo que tem como função a articulação dos fatores de produção, temos ainda o perfil objetivo, no qual a empresa aparece como o estabelecimento comercial e por fim o perfil corporativo, onde seria um grupo de pessoas que trabalha em parceria com outro grupo, com a finalidade econômica. Este último perfil foi repudiado pela comunidade internacional, uma vez que ele representa uma visão fascista, vivida na Itália, nesse período.
	3.2 A teoria da empresa no Brasil antes do código civil de 2002: legislação e doutrina: Através de um processo lento e gradual, o modelo Francês de Atos de comércio começou a ser criticado e a doutrina almejava o modelo Italiano, teoria da empresa, que começou a ser implantado no Brasil por decisões judiciais.
	Até então, alguns seguimentos da sociedade, como a prestação de serviços, negociação imobiliária, a agricultura e a pecuária, eram deixados de lado e não ficavam protegidos pelo direito comercial, fato que começou a mudar com decisões dos tribunais superiores.
	3.3 A teoria da empresa do Brasil com o advento do código civil de 2002: legislação e doutrina: Com o advento da teoria da empresa no código civil brasileiro, inicialmente tivermos a unificação do direito civil e do direito empresarial, porém essa unificação é meramente formal, ou seja, as características do direito empresarial se mantem intacta, bem como princípios.
	Outra novidade do direito empresarial é a adoção deste nome, ele deixa de ser comercial e passa a ser empresarial, nesse momento o código não define o que seria empresa, porém ele define o que vem a ser empresário, que pode ser qualquer um que exerça profissionalmente uma atividade econômica organizada.
	O empresário pode ser qualquer um, desde pessoas físicas (empresário individual) até pessoas jurídicas (sociedade empresária), já o conceito de empresa, está mais relacionado a atividade, é algo bastante abstrato.
4 – O PROBLEMA DA NOMECLATURA: DIREITO COMERCIAL OU DIREITO EMPRESARIAL? O direito comercial já não engloba mais todas as características que definem as relações empresariais, nesse sentido é melhor denominar o direito como sendo empresarial, tendo em vista que ele possui um sentido mais amplo.
5 – AUTONOMIA DO DIREITO EMPRESARIAL: A discursão aborda sobre a autonomia do direito empresarial frente ao direito civil, se essa autonomia existe de fato ou não. Alguns autores são contrários a tese de autonomia, uma vez que para eles o direito empresarial nada mais seria que parte do direito privado, porém alguns doutrinadores defendem que essa ideia atenta contra a autonomia do direito empresarial, uma vez que este possui uma série de características que o diferencia do direito civil, apesar que ao mesmo tempo eles se ajudam mutuamente.
	Como característica distinta do direito empresarial, podemos destacar: o fato de ser cosmopolita, oneroso, informal e fragmentário.
	5.1 Os princípios do direito empresarial: Vejamos agora alguns princípios que norteiam o direito empresarial, direito que traz consigo uma base solida do capitalismo, destacando: livre-iniciativa, propriedade privada, autonomia da vontade e valorização do trabalho humano.
		5.1.1 Liberdade de iniciativa: O princípio da livre iniciativa é defendido por nossa Constituição Federal e presa pela liberdade empresarial, dessa forma ele se baseia na imprescritibilidade da empresa privada, busca do lucro com principal motivação, necessidade jurídica de proteção e reconhecimento da empresa privada como polo gerador de empregos.
		Porém acontece que este princípio vem sendo comumente violado, por uma crescente onda de partidários do intervencionismo estatal, exemplo temos a questão das mensalidade, meia entrada, entre outros. Acontece que no Brasil existe uma grande difusão da ideia do empresário do mal, onde o Estado deve cuidar de intervir sempre que for necessário, isso até é verdade, mas existem momento que o Estado atrapalha a livre iniciativa.
		Os empresários olham desconfiados as atitudes do Estado, alegando um domínio excessivo, na verdade o que ocorre é um jogo de interesses.
		5.1.2 Liberdade de concorrência: Um princípio importantíssimo ao direito empresarial, é o da liberdade de concorrência, que em muitos casos é desrespeitadoe afrontado, exemplo disso são as diversas agências reguladoras, que deveriam ajudar na livre concorrência, mas ao contrário disso, criam regras que só servem para dificultar a criação de empresas e por conseguinte a própria livre concorrência.
		Temos ainda que as privatizações recentes, ajudaram uma grande parcela dos empresário, principalmente em termo de concorrência, livrando alguns setores da pode corrupção do estado.[2: Ramos, André Luiz Santa Cruz. Op. cit. p. 26.]
		5.1.3 Garantia e defesa da propriedade privada: Outro princípio de extrema importância, que formam junto com a livre concorrência e livre iniciativa, o tripé do direito empresarial. Porém assim como os outros, este princípio vem sofrendo grande interferência, principalmente pelos programas sociais, que acabam por não cumprirem sua função.
		 5.1.4 Princípio da preservação da empresa: O princípio da preservação da empresa, visa proteger a empresa contra liquidações, penhoras, etc, facilitando sua recuperação judicial. Porém este princípio deve ser usado com cautela, por que o empresário assume os risco e ganha dinheiro de forma privada, mas acontece que os “pacotes de socorro” do governo tem origem em dinheiro público, assim quando o empresário quebra, ele repassa seu prejuízo pra população, isso ocorre por que eles se acham “grande demais para quebrar”.
		O que o autor defende, é que existem momento que se faz necessária a quebra até mesmo de um grande empresário, isso para que o mercado possa se auto regular.
6 – FONTES DO DIREITO EMPRESARIAL: A principal fonte do direito empresarial, são as normas empresariais. As normas do direito civil não são usadas como fonte, somente alicerce em alguns casos.
	Outra fonte do direito são os costumes, visto que o direito empresário nasce do direito consuetudinário, onde a prática de determinados atos leva a materializar a aplicação de tal norma. Para que seja aferida uma regra costumeira e aplicada, é preciso que seja constatada a prática uniforme, constante, observada por certo período, exercida de boa-fé e não contraria a lei, exemplo disso são os contratos, que são firmados diariamente.

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