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Direito Empresarial - SINÓPSE

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OUTROS TÍTULOS DA 
COLEÇÃO E PRÓXIMOS 
LANÇAMENTOS 
v.1 - Direito Penal - Parte Geral 
v.2 - Direito Penal - Parte Especial - Dos crimes contra a pessoa 
aos crimes contra a familia 
v.3 - Direito Penal - Parte Especial - Dos crimes contra a 
incolumidade pública aos crimes contra a administração 
pública 
v.4 - Leis Especiais Penais -Tomo 1 
v.5 - Leis Especiais Penais -Tomo li 
v.6 - Lei de Execução Penal 
v.7 - Processo Penal - Parte Geral 
v.8- Processo Penal -Procedimentos, Nulidades e Recursos 
v.9 - Direito Administrativo 
v.10- Direito Civil- Parte Geral 
v.11 - Direito Civil - Direito das Obrigações e Responsabilidade 
Civil 
v.12 - Direito Civil - Direito das Coisas 
v.13 - Direito Civil - Contratos 
v.14- Direito Civil- Familias e Sucessões 
v.1 S - Direito Agrário 
v.16- Direito Constitucional- Tomo 1 
v.17- Direito Constitucional-Tomo li 
v.18 - Processo Civil -Teoria Geral do Processo Civil 
v.19- Processo Civil-Recursos 
v.20- Processo Civil - Processo de Execução e Cautelar 
v.21 - Processo Civil - Procedimentos Especiais 
v.22 - Leis Trabalhistas Especiais 
v.23 - Direito do Trabalho 
v.24- Processo do Trabalho 
v.25 - Direito Empresarial 
v.26 - Direito Penal Militar 
v.27 - Direito Previdenciário 
v.28- Direito Tributário -Volume Único 
v.29 - Direito Processual Militar 
v.30 - Direito Ambiental 
v.31 - Direito Econômico 
v.32 - Direitos Transindividuais em Espécie 
v.33 - Direito do Consumidor 
v.34 - Juizados Especiais 
v.35 - Direito Internacional 
v.36- Estatuto da Criança e do Adolescente 
v.37 - Direito Financeiro 
v.38- Etica Profissional 
v.39- Direitos Humanos 
v.40- Direito Eleitoral 
v.41- Súmulas STF e STJ para Concursos 
COLEÇÃO SINOPSES 
PARA CONCURSOS 
DIREITO 
EMPRESARIAL 
Leonardo de Medeiros Garcia 
Coordenador da Coleção 
Estefânia Rossignoli 
Formada em Direito pela UF]F 
Pós graduada em Direito Empresarial e Econômico pela UFJF 
Mestre em Direito Civil pela UERJ 
Professora de Direito Empresarial em cursos Graduação, 
pós-graduação e cursos preparatórios 
Advogada militante nas áreas de Direito Empresarial e Civil 
COLEÇÃO SINOPSES 
PARA CONCURSOS 
DIREITO 
EMPRESARIAL 
4ª edição 
Revista, ampliada e atualizada 
,,, 2015 EDITORA 
.JusPODIVM 
www.editorajuspodivm.com.br 
EDITORA 
fasPODIVM 
www.editorajuspodivm.com.br 
Rua Mato Grosso, 175 - Pituba, CEP: 41830-151 - Salvador- Bahia 
Tel: (71) 3363-8617 I Fax: (71) 3363-5050 •E-mail: fale@editorajuspodivrn.com.br 
Copyright: Edições JusPODIVM 
Conselho Editorial: Eduardo Viana Portela Neves, Dirley da Cunha Jr., Leonardo de 
Medeiros Garcia, Fredie Didier Jr., José Henrique Mouta, José Marcelo Vigliar, Mar-
cos Ehrhardt Júnior, Nestor Távora, Robrio Nunes Filho, Roberval Rocha Ferreira Filho, 
Rodolfo Pamplona Filho, Rodrigo Reis Mazzei e Rogério Sanches Cunha. 
Capa: Rene Bueno e Daniela Jardim (www.buenojardim.com.br) 
Diagramaçio: Maitê Coelho (maitescoelho@yahoo.com.br) 
Todos os direitos desta edição reservados à Edições JusPODIVM. 
É tenninantemente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou 
processo. sem a expressa autorização do autor e da Edições JusPODJVM. A violação dos direitos 
autorais caracteriza crime descrito na legislação em vigor, sem prejuízo das sanções civis cabíveis. 
li Sumário 
Coleção Sinopses para Concursos........................................................... 13 
Guia de leitura da Coleção...................................................................... 15 
Capítulo 1 
INTRODUÇÃO AO DIREITO EMPRESARIAL ....................................................... 17 
L Breve histórico do Direito Empresarial............................................ 17 
2. características do direito empresarial............................................. 22 
3. A Empresa......................................................................................... 23 
4. o Empresário.................................................................................... 27 
4.i. Requisitos para ser empresário............................................. 28 
4.2. Empresário individual............................................................. 30 
5. Empresa Individual de Responsabilidade Limitada - EIRELI ............ 34 
6. Microempresa e Empresa de Pequeno Porte.................................. 39 
7. Princípios do Direito Empresarial..................................................... 42 
p. Princípio da Livre Iniciativa..................................................... 42 
7.2. Princípio da Livre Concorrência.............................................. 44 
7.3. Princípio da Função Social da Empresa.................................. 45 
Capítulo 2 
ELEMENTOS E OBRIGAÇÕES EMPRESARIAIS ................................................... 49 
i. Estabelecimento empresarial........................................................... 50 
L L Conceito e natureza................................................................ 50 
i.2. Aviamento ............................................................................... 52 
i.3. Contrato de trespasse............................................................ 53 
i.4. Penhora do estabelecimento.................................................. 58 
2. Nome Empresarial............................................................................. 60 
2.i. Conceito e natureza jurídica................................................... 60 
2.2. Espécies ............................. :..................................................... 61 
2.3. Proteção ao nome empresarial.............................................. 64 
3. Registro Empresarial......................................................................... 66 
4. Escrituração Empresarial.................................................................. 70 
5. Propriedade Industrial..................................................................... 75 
5.1. Introdução............................................................................... 75 
5.2. Bens tutelados ........................................................................ 76 
5 
ESTEFÂNIA ROSSIGNOLI 
5.3. Condições de Patente............................................................. 77 
5.4. Condições de Registro............................................................ 80 
5.4.1. Registro do Desenho Industrial.................................. 80 
5.4.2. Registro de Marca....................................................... 81 
5.5. Procedimento Administrativo................................................. 83 
5.6. Proteção à propriedade industrial......................................... 86 
5.7. Extinção da propriedade industrial........................................ 89 
Capítulo 3 
DIREITO SOCIETÁRIO .................................................................................... 93 
1. Introdução......................................................................................... 94 
2. Classificação das sociedades ........................................................... 95 
2.i. Quanto à natureza do ato constitutivo................................... 95 
2.2. Quanto à natureza da atividade praticada............................ 95 
2.3. Quanto à importância dos sócios ou do capital investido.... 97 
2.4. Quanto à responsabilidade 
dos sócios pelas obrigações sociais....................................... 98 
2.5. Quanto à aquisição de personalidade jurídica...................... 98 
3. Sociedade em Comum...................................................................... lOO 
4. Sociedade em Conta de Participação............................................... 103 
5. Sociedade Simples............................................................................ 106 
5.1. Introdução............................................................................... 106 
5.2. Conceito................................................................................... 106 
5.3. Constituição.............................................................................108 
5.4. Sociedade entre cônjuges....................................................... 113 
5.5. Responsabilidade dos sócios pelas obrigações sociais......... 114 
5.6. Obrigações e direitos dos sócios............................................ 117 
5.7. Administração......................................................................... 120 
5.8. Dissolução ............................................................................... 123 
6. Sociedade Limitada........................................................................... 126 
6.1. Introdução............................................................................... 126 
6.2. Conceito................................................................................... i27 
6.3. Responsabilidade dos sócios pelas obrigações sociais......... 128 
6.4. Constituição............................................................................. 130 
6.5. Quotas ..................................................................................... 131 
6.6. Administração......................................................................... 139 
6.7. Exclusão extrajudicial de sócio............................................... 141 
6.8. Conselho Fiscal........................................................................ 146 
6.9. Deliberações sociais ............................................................... 147 
6.10. Aumento e redução do capital social..................................... 150 
6.1i. Falecimento de sócio.............................................................. 151 
6 
; 
SUMÁRIO 
6.12. Dissolução da sociedade... ................. ............... .... ................ . 153 
6.13. Liquidação das sociedades contratuais. ......... .. ............. ........ 155 
7. Sociedade Anônima.......................................................................... 156 
7.i. Introdução................................................................. .............. 156 
7.2. Conceito e responsabilidade dos sócios 
pelas obrigações da sociedade....................... ...... ................. 157 
7.3. Espécies de sociedade anônima .................... .... .................... 158 
7.3.1. Mercado de capitais ............ .. ............. ........................ 158 
7.3.i.i. Bolsa de Valores......... ... ... ... .................. ..................... 159 
7.3.i.2. Mercado de Balcão........ ............................................. 160 
7.4. Constituição....... ......................... ....... ....................... ............... 161 
7.4.l. Requisitos preliminares ...... ........ ... .... .. ....... ............ .... 161 
7 .4.2. Subscrição.... ...................................... ........... .............. 162 
7.4.2.i. Subscrição Pública .... ............... ........ .............. 162 
7 .4.2.2. Subscrição Particular....................... .............. 163 
7.4.3. Providências complementares............. ........ ... ........... 164 
7.5. Abertura e fechamento do capital ............. ........................... . 165 
7.6. As ações ..... .. ....... .. ... .... .......... ..... ....... ............. ..... ... .. ..... ........ . 167 
7.6.1. Conceito .. ... ....................... ...... ....................... ....... ...... 167 
7.6.2. Espécies e classes.......... ......................... .................... 167 
7.6.3. Formas..... .................... .......................... ...................... 170 
7.6.4. Valores......... .... ................................. ....... ............ ...... . 171 
7.6.5. Negociação com as próprias ações............. ............ ... 172 
7.7. Demais valores mobiliários .... ............. ............. .... .................. 174 
7.8. Obrigações e direitos dos acionistas................. ..................... 176 
7 .9. Órgãos societários................... ..... ...................... ... .................. 183 
7.9.i. Assembleia geral... ........ .......................... .......... .......... 184 
7.9.2. Conselho de Administração .. ............ ... ............. .......... 185 
7 .9.3. Diretoria ..... ... ........... ....... .... .... .......... ......... .. ... ... .... .... . 186 
7.9.4. Conselho Fiscal.. .......................................................... 189 
7.10. Poder de controle........................ ... ..................... ................... 190 
7.11. Proteção ao acionista minoritário............................ .............. 194 
7.12. Dissolução da companhia ......... ....... ............. ......... ............... .. 195 
7.12.1. Dissolução da companhia .... .......... .. .. .. .... ................. .. 196 
8. Tipos Societários Menores ................... .......... ............ .... ..... .............. 199 
8.1. Sociedade em nome coletivo.... ... ...................... .................... 199 
8.2. Sociedade em comandita simples ...................... ...... .............. 200 
8.3. Sociedade em comandita por ações .... ......... ......... ................ 200 
9. Desconsideração da Personalidade Jurídica ................... ... .... .......... 201 
9.1. Aspectos Gerais .......... ........... ..... ..... .. .. ... ........ .... ... ......... .. ....... 201 
9.2. Desconsideração no Código Civil............................................ 202 
7 
ESTEFÂNIA ROSSIGNOLI 
9.3. Desconsideração no Código de Defesa do Consumidor ............... 205 
9.4. Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica............ 207 
10. Operações societárias ...................................................................... 2o8 
10.1. Transformação......................................................................... 209 
10.2. Fusão....................................................................................... 210 
10.3. Incorporação........................................................................... 211 
10.4. Cisão........................................................................................... 212 
Capítulo 4 
FAL~NCIA E RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS .................................................... 215 
1. Introdução......................................................................................... 215 
2. Aplicabilidade da Lei 11.101/05......................................................... 217 
3. Disposições comuns à Falência e à Recuperação............................ 220 
3-1. Obrigações não exigíveis......................................................... 220 
3.2. Suspensão da prescrição, 
ações e execuções contra o devedor.................................... 221 
3.2.1. Ações que não serão suspensas................................ 224 
3.3. Prevenção da jurisdição......................................................... 225 
3.4. Verificação e habilitação dos créditos................................... 226 
4. Administrador Judicial....................................................................... 228 
4.1. Conceito................................................................................... 228 
4.2. Nomeação ............................................................................... 228 
o. Atribuições do administrador ................................................. 229 
5. Comitê de credores.......................................................................... 232 
6. Assembleia Geral de credores ......................................................... 234 
7. Recuperação Judicial de Empresas.................................................. 237 
7.1. Introdução............................................................................... 237 
7.2. Requisitos para requerer a recuperação judicial.................. 238 
7.3. Pedido inicial da recuperação judicial................................... 238 
7.4. Plano de recuperação judicial................................................ 239 
7.4.1. Créditos sujeitos à recuperação................................ 240 
7.4.2. Meios de recuperação................................................242 
7.4.3. Plano especial das Microempresas ............................ 245 
7.5. Deliberação sobre o plano de recuperação.......................... 247 
7.6. Execução da recuperação ....................................................... 251 
7.7. Convolação da recuperação em falência ............................... 252 
7.8. Encerramento da recuperação ............................................... 253 
8. Recuperação Extrajudicial................................................................. 254 
9. Falência ............................................................................................. 256 
9.1. Introdução............................................................................... 256 
9.2. Processamento da falência..................................................... 257 
8 
Capítulo 5 
SUMÁRIO 
9.2.i. Fase pré-falimentar .................................................... 257 
9.2.LL Legitimados ativos......................................... 257 
9.2.i.2. Atos de falência ............................................. 258 
9.2.I.3. Procedimento................................................ 261 
9.2.I.4. Participação do Ministério Público................ 263 
9.2.2. Fase falimentar ........................................................... 264 
9.2.2.1. Sentença de falência..................................... 264 
9.2.2.2. Levantamento do ativo ................................. 266 
9.2.2.3. Ação Revocatória ........................................... 267 
9.2.2.4. Atos Ineficazes............................................... 269 
9.2.2.5. Pedidos de restituição .................................. 272 
9.2.2.6. Pagamento do passivo: 
concurso de credores ................................... 274 
9.2.3. Fase pós-falimentar .............................................. ...... 277 
TÍTULOS DE CRÉDITO.................................................................................... 281 
i. Conceito ............................................................................................ 281 
2. Legislação aplicável.......................................................................... 283 
3. Requisitos.......................................................................................... 284 
4. Características......................... ............. .... ............... .......................... 287 
5. Princípios........................................................................................... 289 
5.i. Princípio da Abstração ............................................................ 289 
5.2. Princípio da Autonomia........................................................... 292 
5.3. Princípio da Incorporação ou cartularidade .......................... 293 
5.4. Princípio da Literalidade......................................................... 294 
6. Classificação dos títulos............................ ........................................ 295 
6.1. Quanto ao conteúdo da declaração cartular ......................... 295 
6.2. Quanto à prova da causa de emissão................................ .... 296 
6.3. Quanto à circulação ................................................................ 297 
6.4. Quanto à pessoa do emitente................................................ 298 
6.5. Quanto ao prazo..................................................................... 298 
7. Endosso ..... ........................................................................................ 299 
7.1. Conceito................................................................................... 299 
7.2. Forma ...................................................................................... 300 
7 .3. Espécies......................... ...... ............ ... ............. ................... ..... 302 
7.4. Responsabilidade do endossante .......................................... 304 
7.5. Título não à ordem................................................................. 306 
7.6. Endosso tardio ou póstumo................................................... 308 
8. Aval. ................................................................................................... 309 
8.1. Conceito.............................................................................. ..... 309 
8.2. Forma...................................................................................... 310 
8.3. Direitos e obrigações do avalista........................................... 311 
9 
ESTEFÂNIA ROSSIGNOLI 
8.4. Espécies.............. ........................... ......... ........................... ...... 313 
8.5. Aval x Fiança................................. ........................................... 315 
9. Protesto....... ................. .... .................. .............. ............... ...... ......... ... 316 
9.i. Conceito e características ....................................... ................ 316 
9.2. Espécies............. ... ............................ ....................................... 317 
9.3. Procedimento...... ...... ................ ... ... ...... ............... .......... .. ....... 318 
9.4. Protestos necessários.......... ............................ ....... ................ 320 
9.5." Cancelamento do protesto........ ........................ ... .................. 323 
lo. Ações Cambiais.......... ........................ .......................... .......... .... ....... 324 
10.i. Ação de Execução de Título Extrajudicial................................ 325 
10.1.l. Utilização para os títulos de crédito ........... ... ............ 325 
l0.1.2. Requisitos ................... ....... ............................ .... ....... ... 325 
io.i.3. Prazos. ........................ .. .... ........... ........ .. .... ......... ... ...... 326 
l0.2. Ação de Anulação da Cambial. ... .......................... ... ...... .. ....... 327 
10.3. Ação contra o locupletamento................................ ................ 328 
10.4. Ação Monitória .................................. ........................ ... ........... 328 
11. Títulos em espécie .. ...... ... .......................... .................... ..... ..... .. ....... 331 
11.i. Letra de Câmbio .............. ........... .......... .. ..... ................... ........ . 331 
11.2. Cheque.. ......... ...... .......... .... ... ........ ......... .. ..... ............ .............. 332 
11.3. Nota promissória .... ................. .... ......................... .................. 337 
11.4. Duplicata.......... ... .. .......................... ......................................... 337 
11.5. Cédulas de crédito............................. ....................... .............. 342 
Capítulo 6 
CONTRATOS EMPRESARIAIS .................................. ..... ... .............. .................. 347 
i. Introdução....................... ............................................... ................... 347 
2. Princípios..................... ...... ......................... ....................................... 348 
2.i. Princípio da autonomia da vontade................. ..... ................. 348 
2.2. Princípio da relatividade dos pactos .............................. ....... 350 
2.3 . Princípio da função social....... ...... ....... ... ................ ......... ....... 350 
2.4. Princípio da força obrigatória ...... ... ....................................... 351 
2.5. Princípio da boa-fé......................... ....................... .... ............. 352 
3. Contratos Bancários ........ .......................... ......................... ............... 353 
70 
3.1. Conceito......... ... .... ....................... ... ................... .. ....... ......... .... 353 
3.2. Espécies........................ ......... ............. .. .... ...................... .. ....... 353 
3.2.i. Depósito........ ............. ....... ... ..... .... ............. ... ... .... .. ..... 353 
3.2.2. Abertura de crédito... .................................................356 
3.2.3. Desconto bancário...................................................... 357 
3.2.4. Contrato de financiamento ... .. .............. ......... ............. 357 
p.5. Custódia de valores... ........ ..... .... ......... ...... ................. 358 
3.2.6. Aluguel de cofre .... .. ... ...... .......... ...... ................ ..... ...... 358 
3.2.7. Cartão de crédito.................... ............... ...... ............... 358 
SUMÁRIO 
4. Arrendamento Mercantil ou "leasing"......... ... ........... .. .... ....... ........ . 360 
4.1. Conceito... .... .......... ..... ......... ..... ........ .............. .... ......... ............ 360 
4.2. Espécies... .. ............ ................. .. ........... ........................ .. .......... 362 
4.3. Aspectos processuais ............ ........................... ............ ........... 363 
5. Alienação Fiduciária em Garantia .. ............. ..... ...... ... ..... ..... ... .......... . 363 
6. Franquia ou "Franchising".... ......... ..... ..... .......... ... ... .. .. ....... ... ... ....... . 368 
6.1. Conceito.................... ....................................................... ........ 368 
6.2. Espécies. .......... ..... ... .......... ...... .. ...... .... ... .. .. ... .. ........ ........ ...... .. 370 
7. Faturização ou "Facttoring" .. ............. ......... ....... ... ...... ... ............. ...... 370 
7.1. Conceito .................. ... .......... ............. .............. ... .......... ............ 370 
7 .2. Espécies......................... ... .......... ..................... ........ ......... ..... .. 372 
8. Compra e Venda Mercantil ............... ............ .......... .... ............. ......... 372 
8.1. Conceito................. .... ........... .............. ........... ... .......... .... ......... 372 
8.2. Obrigações do comprador............ ... .. ..... ...... ...... ..... .. .. ..... ... .. . 373 
8.3. Obrigações do vendedor ........ .......... ... ......................... .......... 374 
8.4. Contrato de fornecimento ... .... .......... .... ........ .... ... .. .... ...... ..... . 375 
8.5. Contrato de compra e venda de empresas.. ... .. .. ....... ..... ...... 375 
17 
Coleção Sinopses 
para Concursos 
A Coleção Sinopses paro Concursos tem por finalidade a prepara-
ção para concursos públicos de modo prático, sistematizado e objetivo. 
Foram separadas as principais matérias constantes nos editais e 
chamados professores especializados em preparação de concursos a 
fim de elaborarem, de forma didática, o material necessário para a 
aprovação em concursos. 
Diferentemente de outras sinopses/resumos, preocupamos em 
apresentar ao leitor o entendimento do STF e do STJ sobre os principais 
pontos, além de abordar temas tratados em manuais e livros mais 
densos. Assim, ao mesmo tempo em que o leitor encontrará um livro 
sistematizado e objetivo, também terá acesso a temas atuais e enten-
dimentos jurisprudenciais. 
Dentro da metodologia que entendemos ser a mais apropriada 
para a preparação nas provas, demos destaques (em outra cor) às 
palavras-chaves, de modo a facilitar não somente a visualização, 
mas, sobretudo, à compreensão do que é mais importante dentro 
de cada matéria. 
Quadros sinóticos, tabelas comparativas, esquemas e gráficos são 
uma constante da coleção, aumentando a compreensão e a memori-
zação do leitor. 
Contemplamos também questões das principais organizadoras de 
concursos do país, como forma de mostrar ao leitor como o assunto 
foi cobrado em provas. Atualmente, essa "casadinha" é fundamental: 
conhecimento sistematizado da matéria e como foi a sua abordagem 
nos concursos. 
Esperamos que goste de mais esta inovação que a Editora Juspodivm 
apresenta. 
13 
ESTEFÂNIA ROSSIGNOLI 
Nosso objetivo é sempre o mesmo: otimizar o estudo para que você 
consiga a aprovação desejada. 
Bons estudos! 
74 
Leonardo de Medeiros Garcia 
leonardo@leonardogarcia.com.br 
www.leonardogarcia.com.br 
Guia de leitura 
da Coleção 
A Coleção foi elaborada com a metodologia que entendemos ser a 
mais apropriada para a preparação de concursos. 
Neste contexto, a Coleção contempla: 
DOUlRINA OTIMIZADA PARA CONCURSOS 
Além de cada autor abordar, de maneira sistematizada, os assun-
tos triviais sobre cada matéria, são contemplados temas atuais, de 
suma importância para uma boa preparação para as provas. 
~ Importante! 
Empresário individual não é pessoa jurídica e não tem pe~onalidade jurí-
dica distinta. Sendo assim as obrigações contraídas para a prática da ati-
vidade poderão atingir o patrimônio que não está a ela relacionado e as 
dívidas particulares do empresário também poderão atingir o patrimônio 
usado na empresa. 
• ENTENDIMENTOS DO STF E STJ SOBRE OS PRINCIPAIS PONTOS 
~ Qual o entendimento do STJ sobre o assunto? 
A súmula i43 trata de uma questão importante que é o prazo para reivin-
dicar os prejuízos decorrentes de uso indevido de marca. Diz o texto da 
súmula: MPrescreve em cinco anos a ação de perdas e danos pelo uso de 
marca comercial.w 
PALAVRAS-CHAVES EM OUlRA COR 
As palavras mais importantes (palavras-chaves) são colocadas em 
outra cor para que o leitor consiga visualizá-las e memorizá-las mais 
facilmente. 
15 
ESTEFÂNIA ROSSIGNOLI 
Neste diapasão é importante que se corrija uma visão coloquial da ex-
pressão empresário que cotidianamente é usada como sinônimo de empre-
endedor; ou seja, qualquer pessoa que possua ou realize investimentos. Sen-
do assim, nem todo s6cio ou acionista de uma sociedade será empresário. 
• QUADROS, TABELAS COMPARATIVAS, ESQUEMAS E DESENHOS 
Com esta técnica, o leitor sintetiza e memoriza mais facilmente os 
principais assuntos tratados no livro. 
~ferimento 
do~ido 
1 
L 
"'º~~~-·· 1 
Plano jJ 
desrumprido 
l_ 
lndeferimen10 
do pT dº 
Encerramento 
do processo 
1 
Convola ção 
em falência 
QUESTÕES DE CONCURSOS NO DECORRER DO TEXTO 
Através da seção "Como esse assunto foi cobrado em concurso?" 
é apresentado ao leitor como as principais organizadoras de concurso 
do país cobram o assunto nas provas. 
16 
~ Como esse assunto foi cobrado em concurso? 
No Concurso da Magistratura/MG/2012, organizado pela EJEF, o tema foi 
abordado com o seguinte enunciado: #Com a vigência do Novo Código Civil, 
à luz do artigo 966. é correto afirmar que o Oireito brasileiro concluiu a 
transição para aN. A afirmativa correta era a que tinha o texto: "teoria da 
empresa•, de matriz Italiana• 
Capítulo i 
Introdução 
ao Direito 
Empresarial 
Sumário • 1. Breve histórico do Direito Empresarial 
- 2. Características do Direito Empresarial - 3. A 
Empresa - 4. O Empresário: 4.1. Requisitos para ser 
empresário; 4.2. Empresário individual - 5. Empresa 
Individual de Responsabilidade Limitada - EIRELI - 6. 
Microempresa e Empresa de Pequeno Porte - 7. Prin-
cípios do Direito Empresarial: 7.1. Princípio da Livre 
Iniciativa; 7.2. Princípio da Livre Concorrência; 7.3. 
Princípio da Função Social da Empresa. 
1. BREVE HISTÓRICO DO DIREITO EMPRESARIAL 
Este ramo que hoje é conhecido por Direito Empresarial surgiu ini-
cialmente para regular o comércio e, portanto, era chamado de Direito 
Comercial. 
Para compreender como surgiu o Direito Comercial, é preciso per-
passar por uma breve história e adentrarmos um pouco no conceito 
econômico do comércio. 
Quando se perquiri a origem do comércio, em um passado bas-
tante remoto, percebe-se que os homens, por não conseguirem su-
prir suas próprias necessidades, foram levados a se aproximarem uns 
dos outros, praticando a troca do que lhes excediam por artigos que 
necessitavam. 
É o que se chama de economia de troca, ou escambo, em que se 
realizavam permutas de produtos diretamente entre aqueles que os 
fabricavam, de acordo com as sobras e com as utilidades. Ainda não se 
fala aqui em um modelo econômico de comércio. 
Porém, tal prática começa a se tornar inviável com o desenvolvi-
mento da civilização, principalmente pela falta de paridade econômicaentre os produtos permutados. Começam a surgir mercadorias-padrão 
17 
ESTEFÂNIA ROSSIGNOLI 
que servem de intermediação no processo. o mais utilizado no início 
era o boi e, posteriormente, metais e pedras preciosas, surgindo, en-
tão a moeda. Passa-se a falar em economia de mercado. 
Não há mais a troca direta. O produtor vende seu produto para 
receber moeda e poder comprar aquilo de que necessita, criando um 
ciclo. Com isso cada um pode se especializar naquilo que deseja fa-
bricar. Somente a partir desse momento é que se pode mencionar a 
existência de um conceito econômico de comércio. 
Mais tarde, com o prosseguimento da evolução da civilização, mais 
precisamente na Idade Média, com o surgimento das feiras mercantis, 
o mundo viu crescer uma nova atividade profissional: a do comercian-
te. Com o passar do tempo, tais profissionais começaram a sentir a ne-
cessidade de se organizarem e o fizeram através de corporações dos 
mercadores. Foi então que se falou pela primeira vez em um Direito Co-
mercial cuja preocupação era regulamentar o direito dos comerciantes. 
Esse período ficou conhecido como fase subjetiva do Direito Comercial. 
Porém, principalmente em virtude dos estudiosos franceses, come-
çou-se a perceber que o direito não poderia preocupar-se apenas com 
a figura do comerciante mas também com a atividade comercial. 
Surgiu então a Teoria dos Atos de Comércio na França, que dizia que 
o objeto de estudo do ainda chamado Direito Comercial era apenas os 
atos de comercializar, ou seja, comprar e vender. Com isso, a preocupa-
ção não era apenas com o comerciante, mas sim com a sua atividade. 
O Código de Napoleão de i8o7 foi um marco importante para se im-
plementar esta mudança de pensamento, dando início à era objetiva 
do Direito Comercial. 
Vivante ressalta que essa passagem da era subjetiva para a obje-
tiva se deu de maneira fictícia, ou seja, ao se estender o direito dos 
comerciantes a todos que praticavam atos de comércio. 
Passa-se a estar diante de um sistema que classifica o sujeito do 
Direito Comercial de acordo com sua atividade e não com o fato de 
ele estar ou não ligado a uma corporação. Para ser sujeito do Direito 
Comercial era preciso praticar um ato de comércio, mas o que são atos 
de comércio? 
18 
INTRODUÇÃO AO DIREITO EMPRESARIAL 
Esse foi o grande desafio da doutrina da época, pois não se con-
seguia precisar contornos bem definidos dessa atividade que servia 
de base para caracterizar o objeto de regulamentação do Direito Co-
mercial. Porém, não faltaram tentativas, como as listas elaboradas pe-
los tribunais de comércio e pelo próprio Código de Napoleão. Tendo 
em vista a superação atual deste sistema, não há necessidade de nos 
aprofundarmos no estudo da conceituação dessas atividades classifica-
das como atos de comércio. 
Isso porque, principalmente com a evolução dos meios de produ-
ção, essa regulamentação somente do comércio começou a ficar in-
suficiente e o Direito Comercial não conseguia mais abarcar todas as 
situações que necessitavam de regulamentação. Chega-se a afirmar 
que o ramo jurídico encontrava-se desacreditado muito em virtude 
da dificuldade conceituai dos atos de comércio. 
Surge então no direito italiano a teoria da empresa, que supriu as 
lacunas no direito comercial e ampliou significativamente o objeto de 
estudo desse ramo jurídico. Agora o estudo será focado em toda a 
atividade empresarial, toda a organização dos meios de produção, dos 
serviços e também do ato de comercializar. 
Percebe-se a evolução que ocorrera na organização do capital e 
do trabalho que não havia passado de tudo despercebida pelo legis-
lador francês, mas que não havia sido por ele tão bem trabalhada. 
Se pensarmos de maneira bem simples, conseguiremos vislumbrar 
que quando se pensa em atividade de comércio logo se lembra de lo-
jas, shoppings centers, mercados, etc.; ao passo que, quando se pensa 
em atividade empresária normalmente liga-se a indústrias, a fábricas, 
a grandes conglomerados e também às lojas e aos mercados. Isso de-
monstra que a ideia de empresa é mais abrangente e conseguiu se 
adaptar melhor às novas realidades mercadológicas. 
Percebe-se que a primeira noção de empresa possui um caráter 
econômico, ligado tão somente à complexidade da organização dos 
fatores de produção, mas a doutrina jurídica, principalmente através 
do autor italiano Alberto Asquini, criou contornos jurídicos a tal conceito 
e revolucionou o Direito Comercial, como ainda era conhecido. 
Alberto Asquini, no entendimento de que a empresa é um conceito 
poliédrico, criou quatro perfis em que ela pode se apresentar: a) o 
19 
ESTEFÃNIA ROSSIGNOLI 
perfil subjetivo; b) o perfil funcional; c) o perfil objetivo; d) o perfil 
corporativo. 
Perfis de Alberto Asquini 
Considera-se a organização econômica da empresa pelo 
subjetivo seu vértice, utilizando a expressão em sentido subjetivo, 
como sinônima de empresário. 
Funcional 
A empresa é considerada como a atividade empreende-
dora determinada a um certo objetivo. 
Utiliza-se o complexo patrimonial como o centro de aten-
Objetivo ção do conceito de empresa, sendo que poderá ser leva-
da em consideração todos os tipos de bens. 
Aqui a empresa é considerada como uma especial organi-
Corporativo zação de pessoas, formada pelo empresário e prestado-
res de trabalho, seus colaboradores. 
Afirmar-se que a primeira legislação que apresentou esboço do 
conceito de empresa foi o Código Comercial alemão de 1897, mas o 
fato de ter utilizado a terminologia uatos de comércio", faz com que 
tal ordenamento não seja considerado como marco na utilização da 
Teoria da Empresa. 
A primeira legislação de fato que se filiou a essa nova Teoria foi o 
Código Civil italiano de 1942, considerado o grande marco da transfor-
mação desse ramo do direito que, aliás, passa a receber uma nova 
denominação: Direito Empresarial. 
No Brasil, uma atividade comercial propriamente dita somente será 
delineada com a chegada da família real portuguesa e a abertura dos 
portos às nações amigas, época em que a legislação utilizada era as 
ordenações portuguesas. 
Clamando por uma legislação própria, em 1850 foi promulgado 
o Código Comercial brasileiro que filiava claramente à teoria dos atos 
de comércio, principalmente no que diz respeito às terminologias. 
A mudança começa com algumas legislações extravagantes como 
a Lei de Sociedades Anônimas (Lei n° 6404/76) e se concretizou com 
o Código Civil de 2002, que revogou quase todo o Código Comercial, 
20 
INTRODUÇÃO AO DIREITO EMPRESARIAL 
seguindo o modelo italiano, com a unificação da estrutura legislativa do 
Direito Civil e do Direito Empresarial. No decorrer deste nosso estudo, 
cada um dos novos conceitos introduzidos pelo atual Código Civil serão 
delineados. 
Importante ressaltar que no ano de 2011 foi apresentado um proje-
to (PL n° 1572/11) para que o Brasil volte a ter um Código Comercial au-
tônomo. Tal projeto foi elaborado pelo comercialista Fábio Ulhoa Coe-
lho e apresentado pelo Deputado Vicente Cândido. A ideia é de unificar 
algumas questões da legislação empresarial, retirando o tratamento do 
Código Civil e adaptando-se ainda mais à Teoria da Empresa. Entre as 
justificativas do projeto destaca-se: 
"A Constituição Federal considera o direito comercial como 
área distinta do direito civil (art. 22, 1). Revela-se, assim, mais 
compatível com a ordem constitucional a existência de um Có-
digo próprio para o direito comercial, e não a inclusão da 
matéria desta área jurídica no bojo do Código Civil. ( ... ) Três, 
assim, são os principais objetivos da propositura. Em primei-
ro lugar, reunir num único diploma legal, com sistematicidade 
e técnica, os princípios e regras próprios do direito comer-
cial. (. .. ) o segundo objetivo consiste em simplificar as normas 
sobre a atividade econômica, facilitando o cotidiano dos em-
presários brasileiros. (. .. ) o terceiro principal objetivo da pro-
positura diz respeito à superaçãode lamentáveis lacunas na 
ordem jurídica nacional, entre as quais avulta a inexistência de 
preceitos legais que confiram inquestionável validade, eficá-
cia e executividade à documentação eletrônica, possibilitando 
ao empresário brasileiro que elimine toneladas de papel. (. .. ) 
Com este projeto, pretende-se dotar o direito brasileiro de 
normas sistemáticas modernas e adequadas ao atual momen-
to, de extraordinária vitalidade, da economia brasileira, con-
tribuindo para a criação de um ambiente propício à segurança 
jurídica e previsibilidade das decisões judiciais, indispensáveis 
à atração de investimentos, desenvolvimento das micro e pe-
quenas empresas, aumento da competitividade dos negócios 
brasileiros e desenvolvimento nacional, em proveito de todos 
os brasileiros." ' 
i. Justificativas do PL i572/11 disponível em http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/ 
fichadetramitacao?idProposicao=5o8884. 
27 
ESTEFÂNIA ROSSIGNOLI 
Tal projeto encontra-se em tramitação na Câmara, mas certamente 
ainda terá um longo caminho a percorrer. Isso porque sua aprovação 
está sendo alvo de divisão de opiniões entre doutrinadores. Enquanto 
alguns acreditam que o novo Código trará mudanças importantes e 
modernização ao Direito Empresarial, outros entendem ser muito cedo 
para se implementar mais mudanças neste ramo jurídico que já foi tão 
alterado há menos de 10 anos. Algumas mudanças já vêm sendo imple-
mentadas, mas por legislações esparsas. 
Fases do Direito Empresarial 
ia 2• 3' 
Estudo focado ape- Surgimento da Teoria Surgimento da Teoria da 
nas na figura do dos Atos de Comércio Empresa. Muda-se comple-
comerciante. Co- que passa a focar o es- tamente a linha de pensa-
nhecida como era tudo nos atos que eram menta, ampliando o estu-
subjetiva. praticados pelos comer- do para a empresa e não 
dantes e não apenas apenas o comércio. Muda-
na sua figura. Conheci- -se inclusive a nomenclatu-
da como era objetiva. ra do ramo jurídico. 
~ Como esse assunto foi cobrado em concurso? 
No Concurso da Magistratura/MG/2012, organizado pela EJEF, o tema foi 
abordado com o seguinte enunciado: "Com a vigência do Novo Código 
Civil, à luz do artigo 966, é correto afirmar que o Direito brasileiro concluiu 
a transição para a". A afirmativa correta era a que tinha o texto: "teoria 
da empresa de matriz italiana." 
2. CARACTERÍSTICAS DO DIREITO EMPRESARIAL 
A estrutura atual do Direito Empresarial faz com que a doutrina 
enumere determinadas características que lhes são peculiares e fazem 
com que ele se diferencie dos demais ramos jurídicos, principalmente 
do Direito Civil. 
As características mais importantes são: cosmopolitismo, individua-
lismo, informalismo e fragmentarismo. 
Por cosmopolitismo entende-se a característica de ser um direito uni-
versal, sem fronteiras. A atividade empresária é comum a diversos po-
vos e diversas economias mundiais, já que grande parte das economias 
22 
INTRODUÇÃO AO DIREITO EMPRESARIAL 
mundiais baseiam-se em um sistema capitalista. Assim, sendo, várias são 
as legislações derivadas de tratados internacionais que tratam de temas 
do Direito Empresarial, como no caso dos títulos de crédito (Lei Uniforme 
de Genebra) e da propriedade industrial (Convenção de Paris). 
O individualismo é um dos pontos que mais diferencia o Direito Em-
presarial do Direito Civil. Isso porque a atividade empresária está base-
ada na obtenção de lucro e este está ligado diretamente a interesses 
individuais. Porém, o atual Código Civil baseia-se em princípios de soli-
dariedade e função social, e o Direito Civil segue de forma bem mais pro-
funda esses pilares, reduzindo significativamente o individualismo. No Di-
reito Empresarial essa característica ainda é muito marcante, dado o fim 
lucrativo ser o objetivo principal da atividade, porém, nos dias atuais, 
esse individualismo é mitigado, principalmente frente ao princípio da 
função social da empresa que será melhor estudado mais a frente. 
Dada a necessidade de celeridade no trato negocial das atividades 
empresárias, urge abrir mão do formalismo das relações contratuais, 
seguindo a tendência explanada no art. io7 do Código Civil. Por isso 
menciona-se a característica do informalismo do Direito Empresarial. 
Por fim, diz-se que nosso ramos jurídico é fragmentário, pois como 
será percebido no decorrer do nosso estudo, várias são as legislações 
extravagantes que tratam do Direito Empresarial e que não se concen-
tram seu regulamento em uma ou poucas leis. 
~ Como esse assunto foi cobrado em concurso? 
No Concurso da Magistratura/MG/2009, organizado pela EJEF, o tema foi 
abordado requerendo que fosse apontado o que não era uma caracterís-
tica do Direito Empresarial. As alternativas eram: 
a) lnformalismo. 
b) Fragmentário. 
c) Cosmopolita. 
d) Sistema jurídico harmônico. 
A última alternativa é que era para ser marcada. 
3. A EMPRESA 
O principal conceito para se falar no Direito Empresarial moderno 
passou a ser, portanto, a empresa, cuja definição ainda necessita de 
certos contornos. 
23 
ESTEFÂNIA ROSSIGNOLI 
A partir do Código Civil de 2002, empresa passou a significar a ati-
vidade econômica, negocial, que ocorre de forma organizada voltada 
para a produção ou circulação de bens ou serviços. 
Diferencia-se, desta forma, o conceito de empresa do de empresá-
rio, do de sociedade empresária e do de estabelecimento empresa-
rial, que na linguagem coloquial são usados todos como significado de 
empresa. Porém, tecnicamente a expressão empresa somente pode 
ser utilizada para definir a atividade "econômica organizada para a 
produção ou circulação de bens ou serviços" 
O legislador brasileiro optou pelo pertil funcional de Alberto Asquini 
para definir a empresa, vendo-a como "aquela particular força em mo-
vimento que é a sua atividade dirigida diretamente a um determinado 
escopo produtivo." 
A doutrina moderna menciona a empresa como abstração, já que 
não se trata de uma entidade material e visível. Tal conclusão se dá 
pelo fato de o conceito ser o de atividade, não se confundindo com 
o de empresário (sujeito) e nem com o de estabelecimento (objeto). 
Empresa -+Atividade Organizada 
O Código Civil, no seu art. 966, trouxe o conceito de empresa dentro 
do conceito de empresário, mas essa não é uma definição muito pre-
cisa já que toda atividade negocial é organizada e busca colocar em 
circulação bens ou serviços. 
Desta forma, inicialmente, para diferenciar a atividade empresá-
ria das demais atividades econômicas, é preciso esclarecer o que 
seja o elemento organização que foi estipulado no conceito. Esta 
organização se refere à estrutura empresarial, com a existência de 
um complexo de bens organizados, em que as tarefas para desem-
penhar a atividade fim sejam separadas em funções específicas, 
criando uma atuação capaz de produzir e circular riquezas. Tal ele-
mento se opõe ao trabalho individualizado, meramente pessoal, 
ainda que se tenha o objetivo de circular bens ou serviços. Assim, 
por exemplo, um taxista que pratica o seu serviço de transporte 
apenas com seu táxi e somente ele organiza as contas, as receitas e 
as despesas, não se pode colocar tal atividade como empresa. Po-
rém se uma pessoa é dona de, digamos, 3 táxis, contrata motoristas 
24 
INTRODUÇÃO AO DIREITO EMPRESARIAL 
para prestar os serviços, organiza horários, contas, sua atividade 
entrará na organização que caracteriza a empresa. 
Não nos esqueçamos de que também há que se falar em atividade 
econômica, ou seja, a atividade é uma busca por lucratividade. Aquele 
que inicia a prática de uma atividade empresária, o faz para angariar 
lucros. 
~ Como esse assunto foi cobrado em concurso? 
No certame da Magistratura/Pl/2012, de responsabilidade do CESPE, o 
enunciado perguntava qual o significado de empresa, de acordo com o 
Código Civil de 2002 e alternativa correta era: "uma atividade organizada 
com o fito da obtenção de lucros." Apesar de ser uma conceituação sim-
plista, é a alternativa que melhorse enquadrou como empresa. 
Porém, não foi apenas do requisito da organização que o legisla-
dor brasileiro utilizou-se para conceituar a atividade empresária, pois, 
quando o elemento pessoal da atividade prevalece, também estará 
excluída a ideia de empresa. Diz-se isso de determinadas iniciativas 
onde o mais importante são as características do profissional que as 
realiza, o que acaba por descaracterizar a estrutura empresarial. 
Assim, para complementar o conceito de empresa, é preciso ob-
servar o parágrafo único do art. 966 do Código Civil que diz quais as 
atividades não são consideradas empresárias. 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce 
profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artísti-
ca, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo 
se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. 
Portanto, as atividades intelectuais, de natureza científica (médicos, 
cientistas), literária (escritores, advogados) ou artística (músicos, ato-
res) não são consideradas como empresárias. 
~ Importante! 
Mesmo existindo a atividade econômica e a organização, as atividades de 
natureza intelectual não são consideradas atividades empresárias. Segue-
-se o conceito que vai além da ideia econômica de empresa e adota-se 
uma teoria jurídica da empresa. 
25 
ESTEFÂNIA ROSSIGNOLI 
• Como esse assunto foi cobrado em concurso? 
Dentro do tema das atividades que não são consideradas como em-
presa e utilizando-se do exemplo mais comum, na prova para Titular 
de Serviços de Notas do TJ/RN/2012, organizado pelo IESES o enuncia-
do pedia para marcar a alternativa incorreta que era: "O médico que 
presta seus serviços é empresário, pois, mesmo que não exerça uma 
atividade organizada com a contratação de colaboradores, exerce tal 
atividade de forma profissional." A atividade médica pura e simples 
não é empresária e então ele não será empresário_ 
Existe apenas uma possibilidade de essas atividades serem con-
sideradas como empresárias que é a ressalva final do dispositivo, ou 
seja, quando a atividade constituir elemento de empresa. 
Mas o grande problema é definir o que seja esse elemento de em-
presa que fará com que as atividades intelectuais possam ser empre-
sárias. Alguns autores partem para o lado econômico e dizem que esse 
elemento empresarial está na complexidade da organização da ativida-
de intelectual, ou seja, a partir do porte do negócio. Assim, dois médicos 
que têm um consultório em conjunto não seriam empresários, mas se 
esse consultório começar a ganhar outro porte, com a participação de 
mais médicos, com um número maior de funcionários, passaria a ter 
o elemento de empresa. Entretanto o entendimento que vem preva-
lecendo é o de que esse elemento seria caracterizado pela existência 
de outras atividades sendo praticadas em complemento à atividade 
intelectual. Na clínica médica do exemplo anterior, a atividade seria em-
presária quando junto com a atividade dos médicos fossem oferecidos 
exames, serviços de enfermagem, estética, dentre outros. 
Filiando-se ao primeiro posicionamento temos autores como Fábio 
Ulhoa Coelho e Ricardo Fiúza, e sustentando o segundo encontram-se 
Sylvio Marcondes e Alfredo Assis de Gonçalves Neto. Cada um desses 
autores citados cria determinadas nuances para explicar o elemento de 
empresa. sempre seguindo as tendências explanadas anteriormente. 
Elemento de empresa 
i• corrente 2• corrente 
Baseia-se na estrutura organizado- Baseia-se na existência de outras ati-
nai. Se possuir complexidade, haverá vidades junto à atividade intelectual. 
elemento de empresa. Somente havendo outras atividades 
terá elemento de empresa. 
26 
INTRODUÇÃO AO DIREITO EMPRESARIAL 
~ Importante! 
Na jurisprudência, a questão da definição do que seja elemento de empre-
sa ganha importância na questão tributária. Isso porque o art. 9". §§ 1° e 3•, 
do Decreto-Lei 4o6/68 dá tratamento diferenciado para pagamento do ISS 
às atividades não empresárias, ou seja, se ficar configurada a existência 
do elemento de empresa, não haverá o benefício. o STJ vem entendendo, 
como no REsp io28o86/RO, publicado em 15 de dezembro de 2011, que o 
elemento de empresa se caraderiza pela complexidade na organização. 
• Como esse assunto foi cobrado em concurso? 
No exame organizado pela FCC para Procurador do TCE/BA/2011, a alterna-
tiva correta a ser assinalada afirmava "Não se considera empresário quem 
exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, 
mesmo que com o concurso de auxiliares ou colaboradores, a não ser que 
o exercício da profissão constitua elemento de empresa." 
4- O EMPRESÁRIO 
De acordo com o já analisado art. 966 do Código Civil, será empre-
sário aquele que pratica atividade empresária. Essa é uma definição 
material do conceito de empresário, sendo ele o sujeito de direitos e 
obrigações que exerce a atividade econômica organizada para a circu-
lação de bens ou serviços, exceto a atividade intelectual. 
Essa atuação deve ocorrer de forma profissional, ou seja, o empre-
sário tem que exercer a atividade com habitualidade, não entrando 
neste conceito aquele que esporadicamente praticou uma atividade 
empresária, como por exemplo, uma pessoa que vende seu próprio 
carro, mas não tem como cotidiano a prática de venda de automóveis. 
Neste diapasão é importante que se corrija uma visão coloquial da 
expressão empresário que cotidianamente é usada como sinônimo de 
empreendedor, ou seja, qualquer pessoa que possua ou realize inves-
timentos. Sendo assim, nem todo sócio ou acionista de uma sociedade 
será empresário. Somente o será se possuir cargo de administração e 
efetivamente participar da organização da atividade. 
Quando se tem sociedade, os empresários serão os administrado-
res e a própria pessoa jurídica que é quem efetivamente organiza a 
atividade. 
27 
YURI FRANÇA
Realçar
YURI FRANÇA
Realçar
YURI FRANÇA
Realçar
YURI FRANÇA
Realçar
ESTEFÂNIA ROSSIGNOLI 
A empresa, portanto, pode ser exercida em sociedade (através das 
sociedades empresárias) ou individualmente (através do empresário 
individual e da empresa individual de responsabilidade limitada). 
~ Importante! 
Não se pode confundir mais o conceito de empresário com o de investi· 
dor, dessa forma, o fato de ser sócio de uma sociedade não faz com que 
a pessoa seja considerada empresária. Para sê-lo precisará participar 
efetivamente da organização da atividade empresária. 
O legislador brasileiro optou pelo conceito material de empresário, 
tendo em vista que o já analisado art. 966 não exige o registro para que 
alguém seja caracterizado como tal. 
O art. 967 do Código Civil exige que o empresário se registre na Jun-
ta Comercial antes do início da atividade, e em virtude dessa previsão 
há quem defenda que o conceito seria formal, já que todo empresário 
deve se registrar. 
Esse não é o entendimento correto, uma vez que alguém que or-
ganize atividade empresária será considerado empresário. Se não se 
registrar será um empresário irregular, mas não deixará de sê-lo. 
~ Como esse assunto foi cobrado em concurso? 
Esse é o entendimento seguido pelas bancas, como ocorreu no exame 
organizado pelo TRT da 24• região em 2012 em prova da magistratura do 
Trabalho. A questão pedia para marcar o que caraderiza o empresário e 
a resposta era: "Pelo exercício profissional de atividade econômica orga-
nizada para produção ou circulação de bens ou de serviços." Dentre as 
alternativas erradas tinha a que dizia: "Pelo registro na Junta Comercial." 
4.1. Requisitos para ser empresário 
Dois são os requisitos para que seja possível se inscrever como 
empresário individual: capacidade e ausência de impedimentos. 
Na interpretação conjunta do art. 972 com o art. 974, do Código Civil, 
conclui-se que para requerer a inscrição como empresário é necessá-
rio ter plena capacidade civil. Não é possível requerer a inscrição por 
representante ou assistente. 
28 
YURI FRANÇARealçar
YURI FRANÇA
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YURI FRANÇA
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YURI FRANÇA
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YURI FRANÇA
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YURI FRANÇA
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YURI FRANÇA
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YURI FRANÇA
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YURI FRANÇA
Realçar
INTRODUÇÃO AO DIREITO EMPRESARIAL 
A atividade empresarial poderá, entretanto, ser continuada, atra-
vés de representante ou assistente, quando ocorrer incapacidade su-
perveniente. Essa incapacidade superveniente poderá ocorrer quan-
do o próprio empresário passa por um processo de interdição e é 
declarado incapaz ou quando ele falece e seu(s) herdeiro(s) é(são) 
incapaz(es). Em qualquer dos casos, a continuação da atividade de-
penderá de autorização judicial e os bens que o incapaz possuía antes 
de interdição ou da sucessão não poderão ser penhorados para o 
pagamento de dívidas decorrentes da atividade. 
Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou de-
vidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por 
ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança. 
As duas hipóteses de continuação do empresário incapaz são taxa-
tivas, não comportando interpretações extensivas. Por exemplo, não 
pode, ao argumento da continuidade, o empresário capaz transferir 
em vida seu registro para seu filho menor de idade, pois tal hipótese 
não está prevista no art. 974. 
~ Importante! 
Não há possibilidade de o incapaz iniciar atividade empresária. Ele apenas 
pode continuar, nas hipóteses taxativas do art. 974 do Código Civil, quais 
sejam, em caso de incapacidade superveniente ou em caso de receber a 
atividade por herança. 
~ Como esse assunto foi cobrado em concurso? 
Na prova da Magistratura/Pl/2012 organizado pelo CESPE, pedia-se para 
marcar a alternativa correta e o enunciado começava dizendo #Pode 
exercer a atividade empresária#. A resposta correta era: #o incapaz, 
por meio de representante ou devidamente assistido, desde que se 
refira à continuação da empresa que antes exercia quando capaz, a 
depender de autorização judicial após exame das circunstâncias e dos 
riscos da empresa#. 
A lei cuidou de proteger o patrimônio do incapaz que prossegue na 
atividade empresária, por isso o §iodo art. 974 do Código Civil dispõe 
que: 
MNão ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o 
incapaz já possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, 
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ESTEFÂNIA ROSSIGNOLI 
desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos 
constar do alvará que conceder a autorização." 
Assim, se o incapaz continuar, seu patrimônio particular que não ti-
ver relacionado com a atividade empresária estará sempre protegido, 
não podendo ser atingido caso a atividade não venha a obter êxito. 
o segundo requisito é a ausência de impedimento. Determinadas 
pessoas, por causa do cargo ou função que ocupam ou em virtude 
de algumas circunstâncias pessoais, não podem exercer atividade de 
empresário, mas se o fizer, responderão pelas obrigações contraídas. 
Como se analisará no momento oportuno, estarão impedidos de 
exercê-la os falidos, porém, basta a declaração de extinção das obriga-
ções para que se consideram reabilitados. Se houve crime falimentar, 
deverá após o decurso do prazo legal, obter a declaração de extinção 
das obrigações e a sua reabilitação penal. 
Também são impedidos os funcionários públicos, pois a atividade 
que exercem é de tamanha importância que devem dedicar-se a elas 
sem ter que se preocupar em organizar uma atividade empresária. 
Os devedores do INSS também não poderão exercer atividade em-
presarial (Lei n° 8.212/91, art. 95, §2º, d). Deputados e Senadores tam-
bém não podem ser empresários, mas é uma restrição específica para 
as empresas que gozem de contrato com o governo. 
Aqueles que foram condenados pela prática de crime que vede o 
acesso à atividade empresarial (art. 35, li, da Lei 8934/94) também não 
poderão exercer a atividade empresarial, até que concedida a reabi-
litação penal. 
Esses impedimentos, como se pode perceber; podem ser temporá-
rios ou ter um caráter permanente. 
4.2. Empresário individual 
Muitas vezes determinada pessoa pode se interessar por, sozinha, 
constituir uma atividade empresária e organizá-la com seus próprios 
meios. Pelas regras atuais do direito brasileiro tal pessoa poderá optar 
por duas maneiras de exercer a atividade empresária sozinha, regis-
trando-se como empresário individual ou constituindo uma empresa 
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INTRODUÇÃO AO DIREITO EMPRESARIAL 
individual de responsabilidade limitada, essa última de criação recente 
pela Lei 12.441/11 que entrou em vigor em 12 de janeiro de 2012. 
Inicialmente vamos analisar a questão do empresário individual. 
Toda e qualquer pessoa física que atenda aos requisitos descritos 
no item anterior poderá praticar a atividade empresária, criando e or-
ganizando o negócio e para isso deverá se inscrever na Junta Comercial. 
o empresário individual tem que fazer sua inscrição na Junta Comer-
cial antes de iniciar sua atividade. Esta obrigação difere das sociedades 
empresárias, por exemplo, e da regra geral do prazo do registro que 
é de 30 dias a contar da realização do ato. Essa é a regra que se de-
preende do art. 967 do Código Civil, e a única exceção é a pessoa que 
desenvolve atividade rural que estará dispensada do registro, confor-
me analisaremos mais a frente. 
Essa inscrição do empresário individual existe, pois a Junta Comer-
cial é o órgão que controla as atividades empresárias, porém, é im-
portante lembrar que tal registro não fará com que ele ganhe uma 
personalidade jurídica que será diferente da pessoa física. Ele jamais 
será considerado pessoa jurídica, já que não se enquadra em nenhuma 
das espécies de pessoa jurídica previstas no art. 44 do Código Civil, 
nem mesmo na recém criada Empresa Individual de Responsabilidade 
Limitada que será analisada adiante. 
Desta forma, o empresário individual é uma pessoa física que para 
exercer sua atividade empresária precisa de um registro no órgão com-
petente. Assim como os advogados se registram na OAB, os médicos se 
registram no CRM, sem que com isso se tornem pessoa jurídica. 
Mas ao se registrar na Junta Comercial, será obrigatório que o em-
presário individual também faça sua inscrição na Receita Federal, ocu-
pando o Cadastro Nacional Pessoas Jurídicas - CNPJ. E é justamente por 
causa desse fato que muitos fazem uma ideia errônea, acreditando 
que o empresário individual é pessoa jurídica. É importante perceber 
que a existência deste número no CNPJ é apenas para fins tributários, 
pois para o recolhimento do Imposto de Renda o empresário individual 
será equiparado às pessoas jurídicas. Como se vê, é apenas uma ques-
tão de pagamento de tributo, uma equiparação. 
31 
ESTEFÂNIA ROSSIGNOLI 
~ Como esse assunto foi cobrado em concurso? 
Na prova da Magistratura/MG/2012, organizada pela banca da EJEF, foi pe-
dido para assinalar a alternativa correta a respeito do empresário indivi-
dual. A afirmativa a ser marcada era a que dizia: NNão é pessoa jurídica e 
pode ingressar em juízo em nome próprio.# 
Isso nos traz uma questão importante. Uma vez que o empresário 
individual não tem personalidade jurídica distinta da pessoa física, não 
há autonomia patrimonial, já que as obrigações pertencem a uma única 
pessoa. Sendo assim, caso o negócio não dê certo, ele irá responder 
pelas obrigações contraídas com todo o seu patrimônio, estando ele 
registrado no CPF ou no CNPJ. O inverso também poderá acontecer. Se 
o empresário possuir dívidas particulares e não conseguir quitá-las, 
poderá atingir o patrimônio que é utilizado pela atividade empresária. 
Esse fato faz com que muitos busquem a realização da atividade 
empresária em sociedade, justamente para terem a possibilidade de 
limitar os riscos inerentes a essa atividade. A recém-criada Empresa 
Individual de Responsabilidade Limitada tende a também ser uma al-ternativa para atender ao anseio dos empresários que querem atu-
ar individualmente, mas sem se expor integralmente aos riscos da 
atividade. 
32 
~ Qual o entendimento do STJ sobre o assunto? 
Como não poderia ser diferente. o Superior Tribuna de justiça possui julga-
dos em que reconhece que o empresário individual não é pessoa jurídica, 
como podemos observar no Resp REsp 594832/RO, de relatoria da Ministra 
Nancy Andrighi: 
Processual civil. Recurso especial. Ação rescisória. Agravo retido. Inviabi-
lidade. Embargos de dedarac;ão. Não demonstração da omissão, contra-
dição ou obscuridade. Patrimônio do empresário individual e da pessoa 
física. Doação. Invalidade. Ausência de outorga uxória. Erro de fato. Tema 
controvertido. Violação a literal disposição de lei. 
(. .. ) 
- Empresário individual é a própria pessoa física ou natural, respondendo 
os seus bens pelas obrigações que assumiu, quer civis quer comerciais. 
(. .. ) 
Recurso parcialmente conhecido e, nesta parte, provido. 
INTRODUÇÃO AO DIREITO EMPRESARIAL 
Mas há um detalhe importante: apesar de não haver a criação 
de um novo ente e termos apenas uma personalidade jurídica, há o 
entendimento de que deve ser observada a subsidiariedade previs-
ta no art. io24 do Código Civil. Isto quer dizer que se estiver sendo 
cobrada uma obrigação referente à atividade empresária, quando 
da execução, primeiro devem ser penhorados os bens ligados à 
empresa, isto é, que estão registrados no CNPJ para depois, caso 
não haja patrimônio suficiente, faça-se a constrição dos "bens par-
ticulares" do empresário. 
Esse entendimento foi objeto de enunciado na 1 Jornada de Direito 
Comercial do Conselho da Justiça Federal: 
• Enunciado n° 5: Quanto às obrigações decorrentes de sua ativida-
de, o empresário individual tipificado no art. 966 do Código Civil 
responderá primeiramente com os bens vinculados à exploração 
de sua atividade econômica, nos termos do art. i.024 do Código 
Civil. 
Como foi falado anteriormente, por ter tratamento diferenciado, 
o empreendedor rural só será considerado empresário se fizer sua 
inscrição na Junta Comercial. Importante ressaltar que se ele decidir 
fazê-lo, não terá mais nenhum tratamento diferente e passará a ter as 
mesmas obrigações de qualquer outro empresário. 
Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua 
principal profissão, pode, observadas as formalidades de 
que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição 
no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva 
sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, 
para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro. 
Uma grande novidade do CC de 2002 é o previsto no art. 978 que 
diz que o empresário casado sob qualquer regime, não irá preci-
sar da outorga conjugal para alienar bens imóveis que integrem o 
patrimônio da empresa. Para isso, é importante retomar o que foi 
dito anteriormente e dizer que os bens que podem ser alienados 
são os que estiverem em nome do empresário individual, ou seja, 
registrados no CNPJ. 
Esse assunto também foi alvo de enunciado na 1 Jornada de 
Direito Comercial: 
33 
ESTEFÂNIA ROSSIGNOLI 
• Enunciado n° 6: O empresário individual regularmente inscrito é 
o destinatário da norma do art. 978 do Código Civil, que permite 
alienar ou gravar de ônus real o imóvel incorporado à empresa, 
desde que exista, se for o caso, prévio registro de autorização 
conjugal no Cartório de Imóveis, devendo tais requisitos constar 
do instrumento de alienação ou de instituição do ônus real, com 
a consequente averbação do ato à margem de sua inscrição no 
Registro Público de Empresas Mercantis 
~ Como esse assunto foi cobrado em concurso? 
Tema bem recorrente em concursos como no da Magistratura/PE/2011, or-
ganizado pela FCC e no da Magistratura/PB/2011, organizado pelo CESPE em 
que pedia para marcar a alternativa correta e em ambas as provas tal alter-
nativa afirmava que o empresário casado pode, independente do regime 
de bens, alienar bens que integrem o patrimônio da empresa. 
O empresário individual responde com todos os seus bens (do em-
presário e particulares) nas dívidas que forem contraídas no exercício 
da atividade, já que não existe limitação de responsabilidade para ele. 
Aliás, esta ausência de limitação de responsabilidade se dá devido ao 
fato de o empresário individual não ter personalidade jurídica dife-
rente da pessoa física. É uma única personalidade jurídica, apesar de 
existir um CPF e um CNPJ. Como já foi observado, esta diferenciação é 
apenas para fins tributários. 
Por fim, é importante ressaltar que é possível a falência do empre-
sário individual, conforme art. 1° da Lei 11.101 de 2005. 
~ Importante! 
Empresário individual não é pessoa jurídica e não tem personalidade jurí-
dica distinta. Sendo assim, as obrigações contraídas para a prática da ati-
vidade poderão atingir o patrimônio que não está a ela relacionado e as 
dívidas particulares do empresário também poderão atingir o patrimônio 
usado na empresa. 
5. EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA - EIRELI 
Por fim, após diversas discussões doutrinárias e projetos de lei 
que não foram aprovados para se introduzir no ordenamento jurídico 
34 
INTRODUÇÃO AO DIREITO EMPRESARIAL 
brasileiro alguma hipótese de constituição de pessoa jurídica por uma 
única pessoa natural, a Lei 12.441/2011 foi publicada no Diário Oficial da 
União (DJU), de 12/07/2011, e trata da Empresa Individual de Responsa-
bilidade Limitada, "EIRELI". 
A possibilidade jurídica que autoriza determinada pessoa natural 
a constituir pessoa jurídica para a exploração de empresa, sem a ne-
cessidade de se juntar a algum sócio, é razoável e há muito tempo 
aguardada pelos empresarialistas e principalmente pelos empresários. 
Como foi mencionado no item anterior, antes da Lei 12.441/2011 o 
empresário individual não tinha escolha: se quisesse explorar determi-
nada empresa, sem a colaboração de sócios, estaria arriscando todo 
o seu patrimônio pessoal penhorável. Isso porque a sistemática do 
empresário individual não o possibilita limitar sua responsabilidade. 
Com a EIRELI haverá uma criação de um novo ente, que irá assumir 
os direitos e obrigações da atividade empresária. Importante ressaltar 
que a EIRELI não tem natureza jurídica de sociedade empresária, ao 
contrário do que muitos podem imaginar, mas trata-se de uma nova 
categoria de pessoa jurídica de direito privado, que também se des-
tina ao exercício da empresa. Tanto que a Lei 12.441/2011 incluiu "as 
empresas individuais de responsabilidade limitada" no rol de pessoas 
jurídicas de direito privado do art. 44 do Código Civil. 
Além disso, a Lei 12-441/2011, ao inserir no Código Civil o art. 980-A, 
teve o cuidado de também criar um novo título (Título 1-A: "Da Empresa 
Individual de Responsabilidade Limitada"), situado entre os Títulos 1 e 
li, que tratam, respectivamente, do empresário individual e das socie-
dades empresárias. 
Isso significa dizer que a criação da EIRELI não acabou com a figu-
ra do empresário individual que continuará a existir normalmente e 
as pessoas poderão, em alguns casos, fazer a escolha de um tipo ou 
outro. 
~ Importante! 
Aquele que quer explorar a empresa individualmente, a partir de janeiro 
de 2012 passou a ter duas opções: ou se registra como empresário indivi-
dual ou como empresa individual de responsabilidade limitada. 
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ESTEFÂNIA ROSSIGNOLI 
Outrossim, também não se afigura razoável atribuir à EIRELI a na-
tureza jurídica de "sociedade unipessoal", pois só há que se falar em 
sociedade se houver mais de um sócio. A criação de uma nova mo-
dalidade de pessoa jurídica de direito privado não impõe que seja 
classificada como "sociedade unipessoal". 
Nem toda pessoa poderá constituir uma EIRELI, haja vista que o 
caput do art. 98o-A do Código Civil exige que, no ato de constituição, no 
mínimo, seja estabelecido um capital não inferior a ioo (cem) saláriosmínimos. 
Com a fixação de um piso para o capital inicial, o dispositivo parece 
ter visado evitar que pequenos negócios gozassem da possibilidade de 
limitação de responsabilidade. 
Porém, a constitucionalidade da restrição já está sendo questio-
nada. o Partido Popular Socialista (PPS) ingressou com Ação Direta de 
Inconstitucionalidade (ADI n°4.637) do STF contra a parte final do art. 
98o-A. 
o principal argumento utilizado na ADI é que "o salário mínimo não 
pode ser utilizado como critério de indexação para a determinação do 
capital mínimo necessário para a abertura de empresas individuais de 
responsabilidade limitada". O partido questiona ainda que "tal exigên-
cia esbarra na notória vedação de vinculação do salário mínimo para 
qualquer fim, prevista no inciso IV do artigo 7° da Constituição Federal". 
o PPS lembra ainda que a Súmula Vinculante 4, do STF, impede a 
utilização do salário mínimo como indexador de base de cálculo de 
vantagem de servidor público ou de empregado, ou sua substituição 
por decisão judicial, salvo os casos previstos na Constituição. 
Há ainda outra inconstitucionalidade apontada na ação que seria 
a afronta ao princípio da livre iniciativa previsto no art. 170 da Cons-
tituição, já que o capital mínimo impede que pequenos investimentos 
possam ser abertos com a forma de EIRELI. 
A ADI ainda está sendo processada e está pendente de julgamento, 
já tendo recebido o parecer negativo do Ministério Público Federal. 
A justificativa mais plausível para a existência deste capital míni-
mo seria dificultar que a EIRELI seja utilizada para fraudar a legisla-
ção trabalhista, tal como vem sendo utilizado o regime jurídico do 
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YURI FRANÇA
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INTRODUÇÃO AO DIREITO EMPRESARIAL 
microempreendedor individual (MEi), previsto no art. 68 da Lei Com-
plementar 123/2oo6. É que, na prática, muitos empregadores, buscando 
diminuir custos com mão de obra, têm demitido seus empregados e, 
logo, em seguida, os têm recontratado, fraudulentamente, na condição 
de microempreendedores individuais. Com a fixação do piso inicial de 
100 (cem) salários mínimos, espera-se que a EIRELI seja desestimulada 
a servir de ferramenta para fraudes trabalhistas desse tipo. 
~ Como esse assunto foi cobrado em concurso? 
Na prova de Juiz do Trabalho do TRT 3• região/2013, o enunciado pedia 
para assinalar a alternativa incorreta que era: "A empresa individual de 
responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular 
da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será 
inferior a 50 (cinquenta) vezes o maior salário-mínimo vigente no País. " 
Outra crítica importante foi a própria nomenclatura do novo insti-
tuto que conflita com as mudanças implementadas pelo Código Civil 
de 2002. De acordo com esse o termo "empresa" deve ser usado para 
designar a atividade e na Lei 12.441/2011 o termo foi usado para desig-
nar aquele que exerce a atividade. Sendo assim, o nome mais correto 
para o novo instituto seria "empresário individual de responsabilidade 
limitada." 
A partir da vigência da Lei 12.441/2011, a empresa pode ser exerci-
da por empresário individual, EIRELI ou sociedade empresária. E quem 
já exerce empresa sob alguma das três estruturas jurídicas retro men-
cionadas pode, eventualmente, transformar-se em alguma das outras. 
Por outro lado, também haverá transformação se determinada socie-
dade altera o tipo societário, independentemente de dissolução ou 
liquidação. Nesse sentido, destaque-se que o parágrafo único do art. 
i.033 do Código Civil, com nova redação conferida pela Lei 12.441/2011, 
esclarece que não há que se falar em dissolução de sociedade quando 
houver concentração de todas as cotas sob a titularidade de uma úni-
ca pessoa, ainda que por prazo superior a 180 (cento e oitenta) dias, 
desde que o único titular requeira a transformação da sociedade em 
empresário individual ou EIRELI. 
Vejamos quais são as principais diferenças entre o empresário in-
dividual e a EIRELI: 
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YURI FRANÇA
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ESTEFÂNIA ROSSIGNOLI 
Empresário Individual EIREU 
Não forma pessoa jurídica, sendo 
Cria uma pessoa jurídica que terá 
personalidade jurídica distinta da-
que a personalidade jurídica é única. 
quele que a forma. 
Pode ter qualquer valor de investi- Precisa de um investimento mínimo 
mento. de 100 salários mínimos. 
Empresário assume os riscos do ne- Há separação das responsabilidades 
gócio e terá seu patrimônio particu- patrimoniais e o empresário, regra 
lar penhorado em caso de dívida da geral, não arrisca seu patrimônio 
atividade. particular. 
~ Como esse assunto foi cobrado em concurso? 
Apesar de ser assunto novo, a prova para Técnico da JUCEPE/2012, organiza-
da pela UPENET já abordou o assunto e o enunciado dizia que: "Conforme 
a IN n° 117/2011, do Departamento Nacional do Registro do Comércio, que 
aprovou o Manual de Atos de Registro de Empresa Individual de Responsa-
bilidade Limitada - EIRILI, é CORRETO afirmar que". E a resposta correta era: 
"podem ser utilizados para integralização de capital de uma EIRILI quais-
quer bens, desde que suscetíveis de avaliação em dinheiro." 
Em virtude das divergências de entendimentos sobre a Empresa 
Individual de Responsabilidade Limitada, na última Jornada de Estudos, 
o Conselho da Justiça Federal aprovou alguns enunciados sobre o tema, 
quais sejam: 
38 
• Enunciado n° 468 - A empresa individual de responsabilidade 
limitada só poderá ser constituída por pessoa natural. 
• Enunciado n° 469 - A empresa individual de responsabilida-
de limitada (EIRELI) não é sociedade, mas novo ente jurídico 
personificado. 
• Enunciado n° 470 - O patrimônio da empresa individual de res-
ponsabilidade limitada responderá pelas dívidas da pessoa ju-
rídica, não se confundindo com o patrimônio da pessoa natural 
que a constitui, sem prejuízo da aplicação do instituto da descon-
sideração da personalidade jurídica. 
• Enunciado n° 471 - Os atos constitutivos da EIRELI devem ser 
arquivados no registro competente, para fins de aquisição de 
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INTRODUÇÃO AO DIREITO EMPRESARIAL 
personalidade jurídica. A falta de arquivamento ou de registro 
de alterações dos atos constitutivos configura irregularidade 
superveniente. 
• Enunciado n° 472 - É inadequada a utilização da expressão "so-
cial" para as empresas individuais de responsabilidade limitada. 
• Enunciado n° 473 - A imagem, o nome ou a voz não podem ser 
utilizados para a integralização do capital da EIREU. 
• Enunciado n° 483 - Admite-se a transformação do registro da 
sociedade anônima, na hipótese do art. 2o6, 1, d, da Lei n. 
6.404/1976, em empresário individual ou empresa individual de 
responsabilidade limitada. 
6. MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE 
De acordo com o princípio constitucional da igualdade, visto da 
maneira formal, deve haver tratamento desigual para as pessoas que 
estão em condições de desigualdade, para que se busque o equilíbrio. 
Na atividade empresária percebeu-se essa necessidade de tratamento 
diferente para as atividades empresárias de menor porte, que por 
sua menor capacidade econômica, precisam de determinados incenti-
vos, para que possam competir no mercado. 
Com o advento da Lei Complementar n° 123 de 2oo6, as microem-
presas e empresas de pequeno porte passaram a ter tratamento di-
ferenciado e favorecido por parte da União, Estados, Distrito Federal 
e Municípios. 
As inovações referentes ao tratamento diferenciado e favorecido 
mencionadas no art. 1° da Lei são basicamente relacionadas a 
a) apuração e recolhimento de impostos e contribuições, median-
te regime único de arrecadação, incluídas aqui as obrigações 
acessórias; 
b) cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias, tam-
bém incluídas aqui as obrigações acessórias e; 
c) acesso ao crédito e ao mercado, bem como preferência nas 
aquisições de bens e serviços pelos poderes Públicos, à

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