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RESUMO - Ética - 2º Bimestre

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ÉTICA – 6º PERÍODO – 2º BIM – PROF. EDIMAR 
 Resumos elaborados por: Bruna Moreschi, Betina Akashi, Carolina Ritzman, Isabella Mombelli, João Guilherme Tulio e Victoria Slaviero. 
ÉTICA – 2o BIMESTRE 
 
BIOÉTICA 
  A Bioética é a ética que se preocupa com a vida, não apenas humana, mas em todas as formas existentes.  Ela nasce para responder à necessidade de avaliar eticamente o avanço das ciências biológicas e da saúde.  Para entender sua relevância, é necessário avaliar o impacto dessas ciências sobre a vida como um todo, e mais especificamente sobre a vida humana.  Uma das suas principais características é a interdisciplinaridade, uma vez que uma única disciplina não é capaz de responder de forma satisfatória aos questionamentos levantados pelas ciências. Tais questionamentos precisam ser compreendidos e analisados a partir de diversos aspectos.  Pode-se dizer que a Bioética lida com duas frentes diferentes de complexidade: a primeira referente ao debate interdisciplinar, e a segunda que deriva do pluralismo ético existente hoje. É por isso que o estudo da Bioética requer duas posturas básicas: a capacidade de alguém assumir e defender seu próprio ponto de vista, e a capacidade de entender que sua perspectiva é apenas uma entre muitas outras.  Alguns princípios, como a beneficência, a não-maleficência, a autonomia e a justiça são tidos como universais na Bioética. Essa chamada principiologia tem um lado positivo e outro negativo. Os princípios podem ser aplicados na solução dos conflitos, mas ao mesmo tempo levam a conclusões pretensamente universais, e diante de conflitos morais podem indicar soluções diferentes ou até mesmo opostas.  Na chamada “abordagem latina da Bioética”, a importância dos princípios é reconhecida, mas também são estabelecidos alguns limites para eles. Essa abordagem caracteriza-se por ser mais teórica, mais global, mais reflexiva e mais fundadora. Ela nos mostra que a Bioética deve ser acompanhada de uma reflexão antropológica, filosófica e cultural, e que, se a solução dos conflitos for buscada a partir de uma única ótica, ela passa a ser marcada pela ideologia.  As três grandes áreas da Bioética são a saúde, as ciências e a ecologia. A preocupação com a saúde é a mais antiga, e vem enfrentado cada vez mais 
ÉTICA – 6º PERÍODO – 2º BIM – PROF. EDIMAR 
 Resumos elaborados por: Bruna Moreschi, Betina Akashi, Carolina Ritzman, Isabella Mombelli, João Guilherme Tulio e Victoria Slaviero. 
conflitos. Muitas práticas nessa área sofreram mudanças radicais, como por exemplo a relação entre o médico e o paciente. Hoje, o que existe entre eles é uma relação horizontal, sem submissão de nenhuma das partes, mantendo a dignidade do profissional e ao mesmo tempo buscando o bem do paciente. Além disso, antigamente existia uma norma que pregava que “deve-se fazer tudo o que for possível para manter um paciente vivo”. Isso já não existe mais, pois a sociedade percebeu que nem tudo o que é possível tecnicamente é aceitável ética e culturalmente. Dessa maneira, muitas vezes negar e limitar tratamentos acaba sendo o recomendado eticamente.  Nas áreas de pesquisas e atividades acadêmicas, a Bioética tem ganhado visibilidade graças aos comitês, que ressaltam a característica já mencionada anteriormente: a interdisciplinaridade. Existem comitês em várias áreas, como os CEP (Comitê de Ética em Pesquisa) e os CEUA (Comitê de Ética no Uso de Animais). Em ambos os exemplos, o que se busca é um equilíbrio, um meio-termo entre pontos de vista absolutamente contrários.  Um dos principais questionamentos que surge na área da Bioética é referente às pesquisas com seres humanos. É aceitável realizar tais pesquisas? A resposta é positiva, desde que a pessoa envolvida na pesquisa consinta, e seja tratada como sujeito da pesquisa. Essa pessoa precisa ter informações que a ajudem a avaliar os riscos e benefícios da pesquisa, e ser tratada sempre com dignidade, tendo sua autonomia respeitada e sua vulnerabilidade defendida.  A pesquisa com animais, por sua vez, é admissível se forem respeitados alguns princípios. Os pesquisadores devem evitar ou diminuir a dor dos animais; não devem se propor a realizar procedimentos para os quais não estão preparados; devem buscar métodos alternativos; e devem reduzir ao máximo o número de animais utilizados nas pesquisas.  O debate da Bioética é extremamente relevante para a sociedade e não pode ficar refém de uma única categoria profissional. Não existe um guru, alguém que domine todos os aspectos da Bioética, é uma corrida à descoberta, e por isso ela está sempre aberta às múltiplas contribuições. 
ÉTICA – 6º PERÍODO – 2º BIM – PROF. EDIMAR 
 Resumos elaborados por: Bruna Moreschi, Betina Akashi, Carolina Ritzman, Isabella Mombelli, João Guilherme Tulio e Victoria Slaviero. 
 
ÉTICA LEGALISTA (KANT) 
  Também conhecida como “ética do dever”. Traz em si a exigência de adequar a ação a determinadas obrigações e proibições. É uma ética racional, a ética da reflexão, que desconsidera sentimentos e prega a legalidade, o “agir de acordo com um dever moral”. A ação só será moral se for correta, se levar em conta determinadas normas, princípios e regras. É um modelo deontológico.  Kant sistematiza a ética legalista. Sua ética se afasta da ética cristã, e seu pensamento pode ser resumido pela palavra “revolução”, uma vez que causou uma revolução na filosofia e ainda contribuiu para a Revolução Francesa. Não defende a obediência cega à lei positiva, e sim à lei moral.  Ele realiza um diagnóstico da sociedade do seu tempo (1724-1804), e conclui que a sociedade não é esclarecida (aufgeklärten), uma vez que as pessoas insistem em viver na menoridade – a incapacidade de fazer uso da própria razão; o estado de vontade que nos faz aceitar a autoridade de outrem. As pessoas preferem viver na menoridade pela simples comodidade, pois esta posição não requer o esforço de pensar, há alguém que faça isso por elas.  O esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado. A palavra “esclarecimento” é a melhor tradução para o termo Aufklärung, pois acentua o seu aspecto essencial, de ser um processo e não uma condição ou corrente filosófica ou literária. O lema do esclarecimento é ter coragem de fazer o uso de seu próprio entendimento.  A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa menoridade se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas na falta de decisão e coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem.  A maioridade (que seria pensar por si só, fazer suas próprias escolhas e assumir a responsabilidade por elas; fazer uso de sua razão particular) é muito difícil de ser alcançada, pois é preciso romper com as tutelas externas, como a religião, a política e a pedagogia, que preservam o homem na menoridade; e romper com os impedimentos internos, como a premissa, o medo, a covardia e o comodismo.  A preguiça e a covardia são as principais causas para que os homens continuem de bom grado menores durante toda a vida, e também explicam porque é tão fácil que os outros se constituam tutores deles. É cômodo ser 
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menor. A passagem à maioridade parece ser difícil e perigosa, porque os tutores assim fazem parecer. Mostram que é bom permanecer assim, a fim de que os homens não ousem agir de outra forma, e mostram o que as ameaça se tentarem continuar sozinhos.  É difícil desvencilhar-se da menoridade porque ela já se tornou praticamente a natureza do homem. Chegou a criar amor por ela, e é realmente incapaz de utilizar seu próprio entendimento, uma vez que ninguém nunca o deixou tentar. Não está acostumado com a liberdade, e continua cada vez mais preso à menoridade.  Não vivemosainda em uma época esclarecida (aufgeklärten), mas vivemos em uma época de esclarecimento (Aufklärung). Ainda falta muito para que os homens, na condição atual, em conjunto, estejam em uma situação (ou possam ser colocados nela) em que são capazes de fazer uso seguro e bom de seu próprio entendimento sem serem dirigidos por outrem. Porém, estamos trabalhando para tornar nossos obstáculos ao esclarecimento progressivamente menores.  A liberdade é limitada por toda parte. Resta saber quais limitações impedem o esclarecimento e quais favorecem-no. O uso público da razão deve ser sempre livre e só ele pode realizar o esclarecimento. É o uso que qualquer homem, na posição de sábio, faz de sua razão diante de um público. O uso privado da razão, por sua vez, pode ser limitado, sem que isso afete o processo do esclarecimento. É aquele que o sábio pode fazer de sua razão em um certo cargo público ou função a ele confiado, como professor, sacerdote, etc. O sacerdote, por exemplo, está obrigado a fazer seu sermão à comunidade em conformidade com o credo da Igreja a que serve, porém, ele tem total liberdade (e até o dever) de expor ao público suas ideias a respeito.  A teoria ética de Kant é voltada para quem está na maioridade, e aponta para um princípio universal, que são as condutas exigíveis de qualquer ser racional em qualquer circunstância. A conduta deve ser a mesma para todos, desde que com o uso da razão. A cultura não pode ser desculpa para deixar de agir conforme o princípio universal. Portanto, o fundamento da moral para Kant não é mais a natureza (como era para os gregos) e nem Deus (como era para os cristãos), e sim uma razão autônoma. O fundamento da moral não são os interesses, sentimentos, a busca pela felicidade. Quem age guiado por esses ideais acaba escravo deles. Agir moralmente não significa atingir o resultado correto. O que importa é o meio de atingir o objetivo, e este meio é a razão e somente ela. Uma ação só terá valor moral quando sua motivação for racional.  Só um ente racional tem a faculdade de agir segundo a representação de leis, ou seja, segundo princípios, segundo uma vontade. A vontade nada mais é do que uma razão prática, a possibilidade de escolher somente aquilo que a 
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razão reconhece como bom. E a vontade tem como pressuposto de sua existência a representação de um princípio objetivo, chamado de mandamento da razão. A fórmula deste mandamento chama-se imperativo.  Todos os imperativos são expressos por um dever-ser, e relacionam uma lei objetiva da razão com uma vontade, que nem sempre é determinada pela razão. São fórmulas para expressar a relação de leis objetivas do querer em geral com a imperfeição subjetiva da vontade humana. Eles ordenam, de modo hipotético ou categórico.  Os imperativos hipotéticos representam a necessidade prática de conseguir uma ação possível como meio para algo diverso que se quer. Se a ação for boa apenas como meio para alguma outra coisa, então o imperativo é hipotético. A ação é boa para algum objetivo qualquer, possível ou efetivo.  Os imperativos categóricos representam ações objetivamente necessárias por si mesmas, sem relação com um outro fim. Se a ação for boa em si, necessária em uma vontade em si conforme à razão, como princípio da vontade, então o imperativo é categórico. Esse imperativo não admite exceções, ele ordena imediatamente a conduta, sem estabelecer como condição qualquer outro objetivo a ser alcançado mediante esta conduta.  A garantia de que a razão está nos guiando corretamente é o imperativo categórico. Para saber se não estamos sendo induzidos ao erro pela razão, deve-se fazer esse teste: “age apenas segundo uma máxima tal qual possas ao mesmo tempo querer que se torne lei universal”. Consiste em saber se uma máxima subjetiva pode se tornar uma lei moral objetiva, válida universalmente. Toda ação requer antes uma reflexão ética. É uma ética que requer do sujeito uma responsabilidade.  Kant formula o imperativo categórico para universalizar a ação. Como o fundamento da moral para ele é a razão, e cada sujeito tem sua própria razão, é possível que, diante de uma mesma situação, a razão de uma pessoa leve a uma ação diferente da razão de outra pessoa. Por isso, o teste do imperativo categórico consiste em avaliar se uma máxima subjetiva (um pensamento, uma ação) pode se transformar numa lei universal, que aplica-se para todos.  O resultado do imperativo categórico é um dever moral, o homem passa a obedecer àquilo que a sua razão impõe. Os deveres morais podem ser perfeitos ou imperfeitos. Os deveres perfeitos são aqueles enunciados de forma negativa, como “não roubar” ou “não mentir”. Estes são obrigatórios, universais, válidos para todos. Já os deveres imperfeitos são aqueles enunciados de forma afirmativa, como “faça caridade” ou “plante uma árvore”. São apenas boas-ações, não são obrigatórios. Os deveres perfeitos representam o que é justo, enquanto os deveres imperfeitos representam o 
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que é bom. Deve-se primeiro fazer o que é justo para depois fazer, se a circunstância permitir, uma boa-ação (invertendo a lógica dos gregos e dos cristãos). 
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ÉTICA UTILITARISTA 
  Também chamada de ética dos prazeres, ética da ação. Seu objetivo principal consiste em abrir mão dos prazeres inferiores e imediatos, que nos aproximam dos animais, em virtude dos prazeres superiores e futuros, aqueles que exigem o uso da razão.  O utilitarismo prega o prazer coletivo, da maioria, ante o prazer individual. Não visa a eliminação nem a anulação dos prazeres inferiores, apenas que, diante de um conflito, o homem opte pelos prazeres superiores. É uma ética pragmática e teleológica.  Jeremy Bentham formulou um princípio de utilidade, que era um critério universal para avaliar o ato moral. Uma ação só é moral se ela for útil. Esse princípio consiste em maximizar a utilidade.  Útil é tudo aquilo que contribui com o bem estar social, e que gera a felicidade. O utilitarismo prega que a consequência do ato deve sempre gerar a felicidade, o prazer, e os utilitaristas acreditam que maximizar a utilidade é o mesmo que maximizar a felicidade, não num sentido individual, mas da coletividade, do todo social.  Bentham chega no princípio de utilidade através da análise de dois sentimentos que considera essenciais para a vida humana: o prazer e a dor – ao contrário de Kant, que defendia o uso da razão e acreditava que o prazer e a dor não podiam nos determinar. Para Bentham, toda ação humana tem como objetivo eliminar ou pelo menos minimizar a dor. Por isso, ele defendia que nenhum sistema ético seria eficaz se não levasse em consideração esses dois sentimentos.  John Stuart Mill tenta sistematizar e humanizar o utilitarismo. Sustenta que o fundamento da moral é o princípio da máxima felicidade. Elimina a natureza, Deus e a razão como fundamentos da moral, e coloca em seu lugar a felicidade e a máxima utilidade. Portanto, terá maior valor moral a ação que gerar mais felicidade e menos dor.  O credo que aceita a utilidade ou o princípio da maior felicidade como fundamentos da moral sustenta que as ações são corretas na medida em que tendem a promover a felicidade, e erradas conforme tendam a produzir o contrário da felicidade. Por felicidade se entende prazer e ausência de dor; por infelicidade, dor e privação do prazer. 
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 Resumos elaborados por: Bruna Moreschi, Betina Akashi, CarolinaRitzman, Isabella Mombelli, João Guilherme Tulio e Victoria Slaviero. 
 Uma coisa pode ser desejada como fim no utilitarismo seja pelo prazer inerente à ela mesma, ou como meio para alcançar o prazer e evitar a dor.  É errado, vil e abjeto dizer que, para os utilitaristas, a vida não tem nenhuma finalidade além do prazer.  Os prazeres inferiores e imediatos fazem o homem ser comparado com um animal porque são prazeres que não satisfazem as concepções humanas de felicidade. Os prazeres corpóreos também tem sua importância, mas a inferioridade deles frente aos prazeres mentais se dá, entre outros motivos, pela maior permanência e maior segurança dos prazeres superiores e futuros.  A regra de ouro do utilitarismo é “amar ao próximo como a mim mesmo” – uma regra que é possível de ser alcançada, mas somente no futuro e por meio da educação, que forma o caráter humano.  Para Aristóteles e para os cristãos, felicidade não é prazer. Os utilitaristas contrariam essa linha de pensamento e defendem que felicidade é sim prazer, é ausência de dor. Tudo aquilo que priva o homem do prazer ou que gera dor, para o utilitarismo, é imoral. O telos (fim) de toda ação deve ser sempre esse: o prazer, a felicidade e a ausência de dor.  A ética utilitarista é a posteriori, um método indutivo, enquanto a ética legalista é a priori, um método dedutivo.  Algumas espécies de prazer são mais desejáveis e mais valiosas do que outras. Mas não é a quantidade de prazer que determina o valor moral da ação, e sim a qualidade desse prazer. Diante de uma superioridade qualitativa, a quantidade é subestimada e passa a ter pequena importância.  É através do senso de dignidade que conseguimos definir qual prazer é mais valioso diante de outro. Só pode julgar qual prazer tem mais valor aquele que conhece ambos. Além disso, deve ser alguém provido de faculdades superiores, pois este ser exige mais para ser feliz. O ser cujas capacidades de deleite sejam de grau inferior tem maiores chances de vê-las plenamente satisfeitas, enquanto o ser dotado de capacidades superiores sempre sentirá como imperfeita a felicidade que lhe é possível buscar no mundo. Porém, esse ser superior é capaz de aprender a suportar essas imperfeições, à medida que ele enxerga, por exemplo, que é melhor ser uma criatura humana insatisfeita do que um porco satisfeito.  O modelo utilitarista não busca a felicidade maior do próprio agente, mas a maior soma de felicidade conjunta. Por isso a crítica que a considera uma ética egoísta não faz sentido. 
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 Resumos elaborados por: Bruna Moreschi, Betina Akashi, Carolina Ritzman, Isabella Mombelli, João Guilherme Tulio e Victoria Slaviero. 
  Uma das doutrinas críticas prega que a felicidade não pode ser o desígnio racional da vida e da ação humana, porque ela é inalcançável. E se a felicidade for absolutamente impossível para todos os seres humanos, sua realização não pode constituir a finalidade da moral e nem de nenhuma conduta racional. John Stuart Mill responde que o utilitarismo não inclui somente a busca da felicidade, mas também a prevenção ou mitigação da infelicidade. E se a felicidade a que se referem os críticos for a continuidade de um prazer, sim, isso realmente é irrealizável. Mas a felicidade de que falam os utilitaristas não significa uma vida inteira de êxtase, e sim momentos de êxtase numa existência constituída de poucas dores transitórias.  É possível, e os homens de certa forma até tem a obrigação de aprender a viver sem felicidade. A consciência de poder viver sem felicidade nos dá a melhor perspectiva de concretizar a felicidade possível de ser alcançada. O herói escolhe voluntariamente viver assim, ele abdica da sua felicidade em nome de algo que preza mais do que a sua felicidade individual. Se ele for capaz de renunciar inteiramente à sua porção particular de felicidade, ou das oportunidades de alcançá-la, em nome da felicidade dos outros, então sua conduta é nobre. Mas se realiza por outro propósito, não merece mais admiração, e ao invés de ser um exemplo do que os homens deveriam fazer, passa a ser apenas um exemplo do que podem fazer.  A disposição para sacrificar a própria felicidade a fim de servir a felicidade dos outros é a maior virtude que se pode encontrar em um homem. A moralidade utilitarista efetivamente reconhece nos seres humanos o poder de sacrificar seus maiores bens pessoais pelo bem de outros. Mas um sacrifício que não aumenta nem tende a aumentar a soma total de felicidade é considerado como um desperdício.  O espírito da ética da utilidade é fazer aos outros o que gostaria que lhe fizessem e amar ao próximo como a si mesmo. Essa é a perfeição moral da ética utilitarista.  No utilitarismo, o motivo não tem relação nenhuma com a moralidade da ação, embora tenha com o valor do agente. Nenhum padrão ético conhecido decide que uma ação é boa ou má porque praticada por um homem bom ou mau. Assim como uma ação justa não indica necessariamente um caráter virtuoso. No longo prazo, a melhor prova do bom caráter são as boas ações, e grande maioria das boas ações visam não a beneficiar o mundo, mas os indivíduos, que compõem o bem do mundo.  A proposição segundo a qual a felicidade é o fim e o objetivo da moralidade não significa que não se deva traçar nenhuma rota até essa meta, ou que as pessoas que para lá se dirigem não devam ser aconselhadas a tomar uma 
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direção e não outra. Isso porque, seja qual for o princípio da moralidade que adotemos, necessitamos de princípios subordinados para aplicá-los.

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