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1 CONCEITO DE MODELO Luz Amparo Palacio Santos / DOPI 2 Conteúdo � Conceito de Modelo � Transformada de Laplace � Sistemas de primeira ordem � Funções de transferência � Diagrama de blocos � Resposta a diferentes funções perturbadoras � Sistemas de segunda ordem e superiores 3 O que é Modelo em Engenharia Química? Exemplo: Comportamento de um destilador em batelada para uma mistura de três componentes que vai ser parcialmente separada Controle pressão h T r T V Q xi yi Equações para explicar o comportamento Conjunto de equações que permitem predizer o comportamento de processos químicos 4 Modelo do destilador 1A B Cy y y+ + = i vi i i Blog P A T C = − + i vi iy P x= A A B B C CM x M x M x M= + + i i i x M w M = 1 CA B A B C ww w ρ ρ ρ ρ = + + 2 4t D h m M pi ρ = V dt dmt +=0 ( ) AA Vymdt d +=0 ( ) BB Vymdt d +=0 ( )l vdQ H VHdt= + Conservação de massa: Conservação de energia: Equações constitutivas: AtA xmm = BtB xmm = 5 Modelo do destilador 2 3 i i i i iCp a bT c T d T= + + + ( ) 0 i ci i ci i k T T T T λ −= − ( )( )25vi i i iH y T Cp Tλ= + − v vA vB vCH H H H= + + ( )( )25li i iH x Cp T= − l l A lB lCH H H H= + + ( )0 rQ q T T= − Equações constitutivas: 6 Qual é a diferença entre modelagem e simulação? � Modelagem: Desenvolvimento de uma representação matemática de uma situação física � Simulação: Procedimento de solução das equações que resultaram do desenvolvimento do modelo 7 Simulação do destilador 0 5 10 15 20 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 Tiempo, min F r a c c i ó n m o l a r e n f a s e l í q u i d a Hexano R-K Heptano R-K Octano R-K dt = 15, 100s Tempo (min) F r a ç ã o m o l a r n a f a s e l í q u i d a 8 Modelagem em Engenharia Química � Principais objetos de estudo: � Pesquisa e desenvolvimento de processos � Projeto de processos � Operações de processos � Áreas envolvidas: � Fluidodinâmica � Transferência de massa � Transferência de calor � Cinética � Dinâmica e controle 9 Classificação Modelagem Estado Informação conhecida Número de variáveis independentes Rigorosidade Estacionário Transiente Fundamental ou teórico Semi-empírico Empírico Concentrado Distribuído Detalhado Simplificado 10 Exemplo Líquido incompressível é alimentado a um tanque com uma vazão constante e a descarga é por gravidade F0 F h Balanço de massa: ( ) ( ) ( ) ( )3 2 2 1 0 0 ghv avF A FF dt dh dt AhdFF = = − = =− ρρρ Fo, a, A e g são constantes Estado transiente Fundamental Concentrado Simplificado 11 Construção do modelo e da simulação Definição do problema Definição do problema TeoriaTeoria EquaçõesEquações Fluxo de informação Fluxo de informação Técnicas analíticas Técnicas analíticas Técnicas numéricas Técnicas numéricas SoluçãoSoluçãoValidaçãoValidação 12 Leis Fundamentais � Balanço de massa Vazão mássica entra ao sistema Vazão mássica sai do sistema Taxa de mudança da massa dentro do sistema - = � Balanço por componente Vazão molar de j entra ao sistema Vazão molar de j sai do sistema Taxa de mudança dos mols de j dentro do sistema - =+ taxa de j formada da reação E q u a ç õ e s d i f e r e n c i a i sTeoría - Equações 13 � Balanço energia Leis Fundamentais Equações diferenciais Taxa de energia entra ao sistema Taxa de mudança da energia do sistema - = + Trabalho feito pelo sistema Calor adicionado ao sistema Taxa de energia sai do sistema - � Balanço energia aplicado a um reator com uma reação simples: ( ) ( ) dt dTCpmWQHVrTTCpm n j jjs n j RXAiijj =−+∆+− ∑∑ == 11 � j : espécie n : número de espécies i : entrada do reator : vazão mássica de j mj : massa de j no reator (massa) Cpj: Capacidade calorífica de j (energia/massa.temperatura) ∆HRX: Entalpia de reação (energia/mol) jm� 14 Equações constitutivas � Lei dos gases RTVP =ˆ Gases Ideais ( ) RTbV V aP =− + ˆ ˆ Eq. van der Waals � Reações químicas A + 2B � C + 3D BAAD BAAC BAAB BAA CkCrr CkCrr CkCrr CkCr 33 22 =−= =−= −== −= ( ) − = RT EATk exp E q u a ç õ e s a l g é b r i c a s 15 � Relações de equilíbrio iii xKy = � Transferência de calor TUAQ ∆= � Escoamento através de válvulas hCF v= Bibliografia complementar � Luyben � Baquette � Snape Equações constitutivas E q u a ç õ e s a l g é b r i c a s 16 Procedimento para a construção de um modelo 1.Desenhe um esquema com as variáveis do processo e defina-as. 2.Faça uma lista de todas as suposições a serem usadas 3.Selecione as variáveis dependentes (resposta) 4.Selecione as variáveis independentes cuja mudança afeta as dependentes 5.Faça uma lista de parâmetros 6.Escreva os balanços dinâmicos apropriados ou leis de volocidade (balanço global, componente, energia, etc.) 7.Introduza as equações constitutivas 8.Simplifique as equações do modelo, se possível. 9.Determine se o número de equações é suficiente, senão, tem-se de voltar ao passo 2. 17 Representação esquemática do sistema Seleção das variáveis Lista de parâmetros Geração das equações (fundamentais e constitutivas) São suficientes as equações? Modelo matemático completo simnão Suposições Procedimento para a construção de um modelo 18 Exemplos de modelos Propósito: Comportamento dinâmico 19 Considere o processo de mistura no qual uma corrente de uma solução contendo sal dissolvido escoa com uma vazão volumétrica constante, q, em um tanque com volume de líquido V. A concentração de sal na corrente de alimentação do tanque, CAi (massa/volume), varia com o tempo. A concentração de sal na saída, CA(t), é igual à concentração de sal no interior do vaso, uma vez que o vaso é bem agitado. Deseja-se determinar a variação da concentração de saída CA com a variação na concentração de entrada CAi. Processo de mistura 20 Modelo do processo de mistura 1. Representação esquemática do sistema: q q CAi(t) CA(t)V CA(t) q q CAi(t) CA(t)V CA(t) q : vazão volumétrica (volume/tempo) V : volume de líquido (volume) CAi : concentração de sal na corrente de alimentação do tanque (massa/volume) CA(t) : concentração de sal na saída do tanque (massa/volume) 21 M o d e l o d o p r o c e s s o d e m i s t u r a 2. Suposições: � Mistura perfeitamente agitada 3. Variáveis dependentes: 4. Variáveis independentes: 5. Lista de parâmetros: 6. Balanços dinâmicos: Balanço por componente (sal): Vazão molar de j entra ao sistema Vazão molar de j sai do sistema Taxa de mudança dos mols de j dentro do sistema - =+ taxa de j formada da reação Não há reação química Balanço mássico CA CAi V, q 22 M o d e l o d o p r o c e s s o d e m i s t u r a i o dm m m dt− =� � Balanço mássico por componente (sal): Vazão mássica de j entra ao sistema Vazão mássica de j sai do sistema Taxa de mudança da massa de j dentro do sistema - = ( )A Ai A d VC C q C q dt − = 7. Equações constitutivas: 8. Simplificações: 9. Suficiência: ( )A Ai A d VC C q C q dt = − (1) Não há Não há Sim � Uma equação (1), uma incógnita (CA) 23 A um tanque de seção reta uniforme de área A é alimentado um líquido puro com uma vazão q. Na tubulação de saída é adaptada uma válvula. Considere que q0, a vazão volumétrica de saída, se relaciona com a altura do líquido, h, pela relação linear: R hq =0 Deseja-se desenvolver um modelo matemático que explique a variação do nível de líquido no tanque com a vazão de entrada. Tanque de nível 24 Considere o reservatório: Neste processo supõem-se vazões volumétricas de entrada e saída, massas específicas dos líquidos e capacidades caloríficas constantes e iguais. Admite-se que o reservatório seja bem isolado e que o líquido esteja bem misturado. Considera-se que a entrada de energia pelo misturador seja desprezível. Deseja-se desenvolver o modelo matemático que descreva como a temperatura de saída, T(t), corresponde às variações de temperatura de entrada, Ti(t). q q Ti(t) T(t) V q q Ti(t) T(t) V Processo térmico 25 Considere-se um reator tanque contínuo de mistura com volume de líquido V, e vazão volumétrica constante, q. A reação que ocorre no reator é: A � B, cuja expressão cinética é: rA = -kCA onde rA são mols de A que reagem/(volume. tempo), k: constante de velocidade de reação, tempo-1, CA: concentração de A no reator, mols/volume. Deseja-se conhecer o comportamento da concentração de saída, CA, com a concentração de entrada, CAi. Reator químico 26 Considere o processo mostrado na figura: Desenvolva um modelo que relacione a altura de líquido do segundo tanque (h2) com a vazão de entrada (q). Considere que o líquido tem massa específica constante, as seções retas dos tanques uniformes e as resistências ao fluxo, lineares. Nível de líquido de dois tanques em série (com interação) h1(t) q R1 h2(t) R2 q1 q2 A1 A2 h1(t) q R1 h2(t) R2 q1 q2 A1 A2 27 Modelo tanques em série (com interação) 1. Representação esquemática do sistema: q, q1 e q2 : vazões volumétricas dos tanques 1 e 2 (volume/tempo) A1 e A2 : área da seção reta nos tanques 1 e 2 (área) h1 e h2 : altura do líquido nos tanques 1 e 2 (comprimento) R1 e R2 : Resistências hidráulicas das válvulas 1 e 2 (tempo/área) h1(t) q R1 h2(t) R2 q1 q2 A1 A2 h1(t) q R1 h2(t) R2 q1 q2 A1 A2 28 M o d e l o t a n q u e s e m s é r i e ( c o m i n t e r a ç ã o ) 2. Suposições: � Massa específica constante � Seções retas dos tanques uniformes � Resistência linear ao fluxo 3. Variáveis dependentes: 4. Variáveis independentes: 5. Lista de parâmetros: 6. Balanços dinâmicos: h1 e h2 q A1, A2, R1, R2 Balanço de massa global: Vazão mássica entra ao sistema Vazão mássica sai do sistema Taxa de mudança da massa dentro do sistema- = i o dm m m dt − =� � 29 7. Equações constitutivas: Resistência linear ao fluxo: M o d e l o t a n q u e s e m s é r i e ( c o m i n t e r a ç ã o ) Tanque 1: ( )1 1 1 d A h q q dt ρρ ρ− = 1 1 1 dhq q A dt − = (1) Tanque 2: ( )2 2 1 2 d A h q q dt ρρ ρ− = 2 1 2 2 dhq q A dt − = (2) 1 2 1 1 h hq R − = (3) Com interação 30 9. Suficiência: Sim � duas equações (5) e (6), duas incógnitas (h1 e h2) M o d e l o t a n q u e s e m s é r i e ( c o m i n t e r a ç ã o ) 2 2 2 hq R = (4) 8. Simplificações: (3) em (1): 1 2 1 1 1 h h dhq A R dt − − = (5) (3) e (4) em (2): 1 2 2 2 2 1 2 h h h dhA R R dt − − = (6) 31 M o d e l o t a n q u e s e m s é r i e ( c o m i n t e r a ç ã o ) 8. Simplificações: 1 2 1 1 1 h h dhq A R dt − − = (5) 1 2 2 2 2 1 2 h h h dhA R R dt − − = (6) Outra abordagem 3. Variáveis dependentes: h2 De (6): 2 2 1 2 2 1 1 2 dh hh h A R R dt R = + + (7) derivando (7): 2 1 2 2 1 2 2 1 2 2 dh dh d h R dhA R dt dt R dtdt = + + (8) 32 M o d e l o t a n q u e s e m s é r i e ( c o m i n t e r a ç ã o ) 2 2 2 2 2 1 2 2 1 2 1 2 2 2 dh h dh d h R dhq A A A R dt R dt R dtdt − − == + + Outra abordagem (7) e (8) em (5): Re-organizando: ( ) 2 2 2 1 2 1 2 1 2 1 1 2 2 2 22 d h dhA A R R A R A R A R h qR dtdt + + + + = (9) 9. Suficiência: Sim � uma equação (9), uma incógnita (h2) 33 Considere o processo mostrado na figura: Desenvolva um modelo que relacione a altura de líquido do segundo tanque (h2) com a vazão de entrada (q). Considere que o líquido tem massa específica constante, as seções retas dos tanques uniformes e as resistências ao fluxo, lineares. Nível de líquido de dois tanques em série (sem interação) h1(t) q R1 h2(t) R2 q1 q2 A1 A2 h1(t) q R1 h2(t) R2 q1 q2 A1 A2 34 Neste processo supõem-se vazões volumétricas de entrada e saída, massas específicas dos líquidos e capacidades caloríficas constantes e iguais. Admite-se que o líquido esteja bem misturado. Considera-se que a entrada de energia pelo misturador seja desprezível. O reservatório não está isolado, portanto, as perdas de calor para o ambiente não são desprezíveis. Deseja-se desenvolver o modelo matemático que descreva como a temperatura de saída, T(t), corresponde às variações de temperatura de entrada, Ti(t) e a temperatura nas vizinhanças, Ts(t). Processo térmico (sem isolamento) 35 Considere-se um reator tanque contínuo de mistura com volume de líquido V e vazões volumétricas de entrada qi e saída q. A reação que ocorre no reator é: A � B, cuja expressão cinética é: rA = -kCA onde rA são mols de A que reagem/(volume. tempo), k: constante de velocidade de reação, tempo-1, CA: concentração de A no reator, mols/volume. Deseja-se conhecer o comportamento da concentração de saída, CA, com a concentração de entrada, CAi e a variação do volume com as vazões volumétricas de entrada e saída. Reator químico (Vazão variável) 36 Considere-se um reator de tanque contínuo de mistura com volume de líquido V e vazões volumétricas constantes. A reação que ocorre no reator é: A � B, cuja expressão cinética é: rA = -kCA onde rA são mols de A que reagem/(volume. tempo), k: constante de velocidade de reação, tempo-1, CA: concentração de A no reator, mols/volume. O reator é resfriado por meio de uma camisa em torno ao mesmo. Considere a vazão e temperatura de refrigerante constantes. Deseja-se conhecer o comportamento da concentração de saída, CA, com a concentração de entrada, CAi e a variação da temperatura de saída com a temperatura de entrada. Reator químico não isotérmico 37 Simulação do modelo? Modelos para Controle Automático Função de Transferência Transformada de LaplaceTransformada de Laplace38 Definição – Dependência Linear Dizemos que um conjunto de funções f1(x), f2(x), ..., fn(x) é linearmente dependente em um intervalo se existem constantes c1, c2, ..., cn não todas nulas, tais que: para todo x no intervalo. 0)(...)()( 2211 =+++ xfcxfcxfc nn
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