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Sistema Único de Saúde (SUS)

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Sistema Único de Saúde (SUS): 
os mais de 20 anos... 
Universidade Nove de Julho – UNINOVE 
Curso Bacharel em Enfermagem 
Disciplina Temas Avançados em Saúde 
Profo. Roudom Moura 
 
 
SUS - Conceito 
 
 
• Nova formulação política e organizacional 
para o reordenamento dos serviços e ações 
de saúde estabelecida pela Constituição de 
1988. 
 
SUS – Sistema Único de Saúde 
• Segue a mesma doutrina e os mesmos princípios 
organizativos em todo o território nacional, sob a 
responsabilidade das três esferas autônomas de governo 
federal, estadual e municipal; 
 
• Sistema que significa um conjunto de unidades, de serviços e 
ações que interagem para um fim comum; 
 
• Os elementos integrantes do sistema, referem-se ao mesmo 
tempo, às atividades de promoção, proteção e recuperação 
da saúde. 
 
SUS – Realidades X Comparações
 
 
 População Total (2011) 
– Brasil = 196.655.014 (5º país mais populoso do planeta); 
– EUA = 313.085.380; 
– Inglaterra = 62.417.4131; 
– Canadá = 34.349.561. 
 
Extensão Territorial 
– Brasil = 8.502.728,269 km² (~47% da América do Sul); 
– EUA = 9.831.510 km²; 
– Inglaterra = 243.610 km²; 
– Canadá = 9.984.670 km². 
 
Fonte: Indicators on Population. In United Nations Statistics Division. Demographic and Social Statistics. Statistical Products and Databases. Social Indicators, 
2011. Acesso em Jan. 2012. 
 
SUS - Meta 
 
Brasil (2011): 
 Serviço de saúde 
universal, justo e 
sustentável, que 
atenda ao direito à 
saúde indelevelmente 
garantido em sua 
Constituição de 1988; 
 5.565 Municípios; 
 26 Estados e um 
Distrito Federal. 
 
SUS – Aspectos Gerais 
 
• Maior política de inclusão social do planeta; 
 
• Maior política de redistribuição de renda do Brasil; 
 
• Sistema generoso, solidário e democrático; 
 
• Noção de Unicidade  é único para todo o país 
(doutrinas e organização). 
 
 
1970 - 1980 Movimento Social 
Constituição - 1988 
Movimento 
Reforma 
Sanitária 
8ª CNS 
Lei 8080/90 
Lei 8142/90 - Hiperinflação contida 
- Estabilidade econômica 
- Implantação e expansão da ESF 
- Aumento do SM (U$ 50 para U$ 300) 
- Declínio coeficiente Gini (a partir 2000) 
DIAS ATUAIS 
SUS - Esquema da Evolução histórica até dias atuais 
 Gini (2008) 0,55 
SUS – 8ª Conferência Nacional de 
Saúde (17 a 21/03/86): 
 
 - Marco político e conceitual; 
 
 - Saúde como direito de todos e dever do Estado; 
 
 - Conceito ampliado de saúde  resultante das 
condições de vida; 
 
 - Intersetorialidade, determinantes sociais e 
condicionantes da saúde. 
 
SUS – Constituição Federal (1988) 
• O SUS na Carta Magna (CF 05/10/1988 – Título VIII – 
Da Ordem Social – Capítulo II – Da Seguridade Social – 
Seção II – Da Saúde - Artigos 196 a 200); 
 
• “O dever do Estado de garantir a saúde consiste na 
formulação e execução de políticas econômicas e 
sociais que visem à redução de riscos de doenças e de 
outros agravos e no estabelecimento de condições 
que assegurem acesso universal e igualitário às ações 
e aos serviços para a sua promoção, proteção e 
recuperação.” 
 
 
 
SUS – Lei Orgânica 8080 de 19/09/90 
• Dispõe sobre as condições para promoção, proteção e 
recuperação da saúde, a organização e o 
funcionamento dos serviços correspondentes e dá 
outras providências; 
 
• Art. 3º - A saúde tem como fatores determinantes e 
condicionantes, entre outros, a alimentação, a 
moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o 
trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e 
o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de 
saúde da população expressam a organização social e 
econômica do País. 
 
 
 
SUS – Lei Orgânica 8142 de 28/12/90 
• Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão 
do SUS e sobre as transferências intergovernamentais 
de recursos financeiros na área da saúde e dá outras 
providências; 
 
• Art. 1° O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a 
Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990, contará, em 
cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do 
Poder Legislativo, com as seguintes instâncias 
colegiadas: 
 - I - a Conferência de Saúde (caráter consultivo); e 
 - II - o Conselho de Saúde (caráter deliberativo e 
permanente). 
 
 
SUS – Princípios doutrinários 
 
• Universalidade; 
 
• Equidade; 
 
• Integralidade. 
SUS - Doutrinas 
 
• Universalidade – Todas as pessoas têm 
direito aos serviços do SUS (“a saúde é direito 
de todos e dever do Estado” – Art.196 da 
Constituição Federal de 1988). 
 
SUS - Doutrinas 
 
• Equidade – Garantia de acesso a qualquer 
pessoa, em igualdade de condições, aos 
diferentes níveis de complexidade do 
sistema. O que determina as ações são 
prioridades epidemiológicas, e não o 
privilégio ou o favorecimento. 
 
SUS - Doutrinas 
• Integralidade – É o reconhecimento na prática dos 
serviços de que: 
 
– Cada pessoa é um todo indivisível e integrante de 
uma comunidade; 
 
– As ações de promoção, proteção e recuperação da 
saúde não podem ser compartimentalizadas; 
 
– as unidades prestadoras de serviço, com seus 
diversos graus de complexidade, formam também 
um todo indivisível configurando um sistema capaz 
de prestar assistência integral. 
 
SUS – Princípios que regem a 
Organização 
 
• Regionalização e hierarquização; 
• Resolutividade / resolubilidade; 
• Descentralização; 
• Participação dos cidadãos; 
• Complementariedade do setor privado. 
 
SUS - Organização 
 
• Regionalização e hierarquização – Os serviços 
devem ser organizados em níveis de 
complexidade tecnológica crescente, 
dispostos numa área geográfica delimitada e 
com a definição da população a ser atendida. 
 
SUS – Organização - Regionalização e hierarquização 
 
Terciário/Quaternário
Secundário
PrimárioBÁSICO
ESPECIALIZADO
Esferas de Atendimento Locais de Atendimento
Hospitais Especializados
Hospitais de Distrito
Ambulatórios especializados
Centros de Saúde
Domicílios
Níveis de Atenção à Saúde
SUS - Organização 
 
• Resolutividade / resolubilidade – Os serviços 
devem resolver os problemas de saúde até o 
nível da sua competência. 
 
SUS - Organização 
• Descentralização – É entendida como uma 
redistribuição das responsabilidades quanto 
às ações e serviços de saúde entre os vários 
níveis de governo, a partir da ideia de que 
quanto mais perto do fato a decisão for 
tomada, mais chance haverá de acerto. 
 
– Aos municípios cabe a execução da maioria das 
ações, principalmente, a responsabilidade 
política pela saúde de seus cidadãos. 
 
SUS – Organização 
• Participação dos cidadãos – É a garantia 
constitucional de que a população, através de 
suas entidades representativas, participará 
do processo de formulação das políticas de 
saúde e do controle da sua execução, em 
todos os níveis, desde o federal até o local. 
 
– À população caberá o controle social, exercido 
nos Conselhos e Conferências de Saúde de forma 
paritária ao governo, profissionais de saúde e 
prestadores de serviços. 
 
SUS – Organização - Participação dos cidadãos 
Conselhos O1 Conselho Nacional 
27 Conselhos Estaduais 
5500 Conselhos Municipais de Saúde 
 
5565 
municípios 
 
Permanentes 
Deliberativo 
Formulação de estratégias de saúde 
Controle da prática de políticas 
 
co
m
p
o
si
çã
o
 
50% usuários 
25% gestores 
25% trabalhadores 
SUS – Organização - Participação dos cidadãos 
Conferências Nacional 
 EstadualMunicipal 
Avaliar a situação de saúde 
Propor diretrizes para as políticas 
 
Promover e integrar ações 
participação 
Ouvidoria 
Auditoria 
Monitoramento 
avaliação 
Pa
rt
ic
ip
aS
U
S 
(2
0
0
7
) 
14ª 12/2011 Alexandre Padilha Dilma Rousseff 
SUS - Organização 
 
• Complementariedade do setor privado – 
Quando necessário, existindo insuficiência do 
setor público, a Constituição prevê que é 
lícita a contratação de serviços privados. 
 
SUS – Complementariedade do setor privado 
Organizações Sociais de Saúde (OSS) 
 
• Lei no 9.637 de 15/05/98; 
 
• Dispõe sobre a qualificação de entidades como 
organizações sociais, a criação do Programa 
Nacional de Publicização, a extinção dos órgãos e 
entidades que menciona e a absorção de suas 
atividades por organizações sociais, e dá outras 
providências. 
 
 
 
SUS – Complementariedade do setor privado 
Organizações Sociais de Saúde (OSS) 
 
• Proposta governamental para a gestão dos setores 
da saúde, educação, pesquisa científica, 
desenvolvimento tecnológico, proteção e 
preservação do meio ambiente e cultura no Brasil; 
 
• Denominadas terceiro setor da economia, onde 
pessoas privadas com fins públicos e sem finalidade 
lucrativa, constituídas voluntariamente, 
desenvolvem atividades de relevante interesse 
coletivo. 
 
SUS - Gestores 
• No nível municipal: 
• os gestores são as secretarias municipais de saúde ou as 
prefeituras, sendo responsáveis pelas mesmas, os 
respectivos secretários municipais e prefeitos. 
Secretário Municipal de Saúde do Município de São Paulo -
Januário Montone (fev/2012) 
 
• No nível estadual: 
• os gestores são os secretários estaduais de saúde. 
Secretário de Saúde do Estado SP - Giovanni Guido Cerri 
(fev/2012) 
 
• No nível federal: 
• o Ministério da Saúde. 
Ministro da Saúde – Alexandre Padilha (fev/2012) 
 
 
SUS – Responsabilidades dos Gestores 
• No nível municipal, cabe aos gestores 
programar, executar e avaliar as ações de 
promoção, proteção e recuperação da saúde. 
Isto significa que o município deve ser o 
primeiro e o maior responsável pelas ações 
de saúde para a sua população. 
 
SUS – Responsabilidades dos Gestores 
• No nível estadual, o secretário estadual de 
saúde é o responsável pela coordenação das 
ações de saúde do seu estado. 
 
• Seu plano diretor será a consolidação das 
necessidades propostas de cada município, 
através de planos municipais, ajustados entre si. 
O estado deverá corrigir distorções existentes e 
induzir os municípios ao desenvolvimento das 
ações. Assim, cabe também aos estados, 
planejar e controlar o SUS em seu nível de 
responsabilidade e executar apenas as ações de 
saúde que os municípios não forem capazes 
e/ou que não lhes couber executar. 
 
SUS – Responsabilidades dos Gestores 
• No nível federal, o gestor é o Ministério da 
Saúde, e sua missão é liderar o conjunto de 
ações de promoção, proteção e recuperação da 
saúde, identificando riscos e necessidades nas 
diferentes regiões para a melhoria da qualidade 
de vida do povo brasileiro, contribuindo para o 
seu desenvolvimento. Ou seja, ele é o 
responsável pela formulação, coordenação e 
controle da política nacional de saúde. Tem 
importantes funções no planejamento, 
financiamento, cooperação técnica o controle do 
SUS. 
 
SUS – estrutura de processos e de tomadas de 
decisão para formação de políticas no Brasil 
SUS – Ações desenvolvidas 
• Promoção à saúde (educação em saúde, bons padrões 
de alimentação e nutrição, etc.); 
 
• Proteção à saúde (vigilância epidemiológica, 
vacinações, saneamento básico, vigilância sanitária, 
exames médicos e odontológicos periódicos, entre 
outros); 
 
• Recuperação (consultas médicas e odontológicas, a 
vacinação, o atendimento de enfermagem, exames 
diagnósticos e o tratamento, inclusive em regime de 
internação, e em todos os níveis de complexidade); 
 
• Reabilitação (visa a reeducação e treinamento, ao 
reemprego do reabilitado ou à sua colocação seletiva, 
através de programas específicos junto às indústrias e 
ao comércio, para a absorção dessa mão-de-obra). 
 
SUS – Oferta de Serviços, equipamentos e 
recursos humanos 
 
F 
 
Fonte: Paim J., Travassos C., Almeida C., Bahia L., Macinko J. O sistema de saúde brasileiro: história, avanços e desafios. Lancet 2011; publicado on line em 9 de maio de 2011 DOI: 
10.1016/S0140-6736(11)60054-8. 
SUS – Tipos de Serviços de Saúde no 
Brasil, 1970-2010 
Fonte: Paim J., Travassos C., Almeida C., Bahia L., Macinko J. O sistema de saúde brasileiro: história, avanços e desafios. 
Lancet 2011; publicado on line em 9 de maio de 2011 DOI: 10.1016/S0140-6736(11)60054-8. 
. 
SUS – PRINCIPAIS MARCOS DA 
DÉCADA DE 1990 
 
• 1991- Programa Agentes Comunitários da Saúde; 
 - NOB: política de financiamento; 
 
• 1992 - 9ª Conferência Nacional de Saúde: “Municipalização é 
o caminho”; 
 
• 1993 – NOB: descentralização; 
 - Extinção do INAMPS; 
 
• 1994 - Programa Saúde da Família (PSF/atual Estratégia 
Saúde da Família - ESF); 
 
SUS – PRINCIPAIS MARCOS DA 
DÉCADA DE 1990 
• 1996 - 10ª Conferência Nacional de Saúde: ‘SUS, 
Construindo um Novo Modelo de Atenção à Saúde para a 
Qualidade de Vida’; 
 - NOB: disciplinando relações entre esferas de 
governo; 
 
• 1997- Disque Saúde; 
 
• 1998- Piso da Atenção Básica (PAB); 
 - Vacinação na 3a. Idade (Estado de São Paulo); 
 
• 1999- ANVISA; Genéricos; 
 - Vacinação na 3a. Idade (Brasil). 
 
 
SUS – PRINCIPAIS MARCOS NO 
SÉCULO XXI 
 
• 2000 - 11ª Conferência Nacional de Saúde: ‘Efetivando o SUS: 
Acesso, Qualidade e Humanização na Atenção à Saúde com 
Controle Social’; 
 
• 2001- NOAS, redefinindo descentralização e regionalização (R$); 
 
• 2002- Políticas Nacionais de Saúde da Pessoa Portadora de 
Deficiência; e dos Povos Indígenas; e de Promoção da Saúde; 
 
• 2003-SAMU; 
 - 12ª Conferência Nacional de Saúde: ‘Saúde: um Direito de 
todos e um Dever do Estado- a saúde que temos, o SUS que 
queremos’. 
SUS – PRINCIPAIS MARCOS NO 
SÉCULO XXI 
• 2004 – HumanizaSUS; Brasil Sorridente; Farmácia Popular; 
 
• 2006 - Pacto pela Saúde em três dimensões: Pela Vida, em Defesa do SUS e de 
Gestão; 
 - Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde; 
 
• 2007 - 13ª Conferência Nacional de Saúde: ‘Saúde e Qualidade de Vida: Política 
de Estado e Desenvolvimento’; Mais Saúde: PAC da Saúde; Telesaúde; Primeiro 
licenciamento compulsório de medicamento ARV; 
 
• 2009/2010 – Novas vacinas (influenza A H1N1, pneumococo e meningite C); 
 
• 2011 – 14ª Conferência Nacional de Saúde “Acesso e acolhimento com qualidade: 
um desafio do SUS” (14ª Conferencia – Datas: Etapa municipal: 1º de abril a 15 
de julho de 2011; Etapa estadual: 16 de julho a 31 de outubro de 2011; Etapa 
nacional: 30 de novembro a 4 de dezembro de 2011); 
 
• 2012/2013 – Novas vacinas (Pentavalente, varicela e Hepatite A). 
 
 
SUS – Normas Operacionais Básicas 
(NOB)/91, 93 e 96 
 
• Avança nas estratégias de implementação do 
SUS (municipalização). 
SUS – Emenda 
Constitucional/EC29 
 
• Assegura os recursos mínimos para o financiamento das 
ações e serviços públicos de saúde; 
 
• União: Estipulado com base nos recursos utilizados em 2000 
(7%), acrescidos da variação nominal, anual, do PIB; 
 
• Estado: 12% da receita; 
 
• Município: 15% da receita. 
 
 
 1970 1980 1990 2000 2010 
SUS - Indicadores demográficos, sociais e macroeconômicos 
do Brasil, 1970–2010 (recorte Gastos com Saúde)Fonte: Paim J, Travassos C, Almeida C, Bahia L, Macinko J. The Brazilian health system: history, advances and 
challenges. Lancet 2011; publicado online em 9 de maio. DOI:10.1016/S0140-6736(11)60054-8. 
SUS – Normas Operacionais de Assistência 
à Saúde (NOAS)/2001 e 2002 
 
• Avança nas estratégias de implementação do 
SUS (regionalização e integralidade  R$). 
SUS – Ato Médico 
 
• Projeto Lei (PL) no 25 de 27 de fevereiro de 
2002 (senador/médico Geraldo Althoff – PFL 
de Santa Catarina); 
 
• Regulamentação de atos médicos com 
“desrespeito” as demais profissões da área 
da saúde no Brasil; 
 
 
SUS – Ato Médico 
 
• Restringe apenas aos médicos: 
– diagnóstico de doenças; 
– prescrição terapêutica; 
– Hegemonia na coordenação de equipes de 
saúde. 
 
 
 
 
SUS – Ato Médico 
• Implicações: 
– Visão errônea que tratamento de saúde é 
sinônimo de terapêutica médica; 
– O processo de promoção da saúde envolve vários 
atores profissionais/sociais por meio do princípio 
da integralidade inserido no SUS; 
 
• Aprovado pela Câmara dos Deputados em 
2009 e encaminhado ao Senado como PL no 
7703/06 (PRECISAMOS ENTRAR NESTA LUTA). 
 
SUS – Pacto pela Saúde 
 
• Portaria N°. 399, de 22/2/2006 (divulga o 
Pacto pela Saúde – um acordo no qual os 
gestores de cada nível de governo assumem 
compromissos mútuos sobre as metas e 
responsabilidades em saúde): 
– Pacto pela vida; 
– Pacto em defesa do SUS; 
– Pacto de gestão. 
 
 
SUS – Pacto pela Saúde 
1. Pacto pela vida: compromisso dos gestores em torno de 
prioridades que apresentam impacto sobre a situação de 
saúde da população; 
 
2. Pacto em defesa do SUS: expressa os compromissos entre os 
gestores do SUS com a consolidação da Reforma Sanitária 
Brasileira, explicitada na defesa dos princípios do SUS e 
garantir o SUS como política pública; 
 
3. Pacto de Gestão: definição das responsabilidade sanitárias 
constituindo espaços de cogestão e resgatando o apoio entre 
os entes num processo compartilhado. 
 
SUS – Pacto pela Saúde: pacto pela 
vida 
• 1. Implantação da política nacional da pessoa idosa; 
 
• 2. Controle do câncer de colo de útero e de mama; 
 
• 3. Redução da mortalidade materna e infantil; 
 
• 4. Fortalecimento da capacidade de resposta às doenças 
emergentes e endemias (dengue, hanseníase, tuberculose, 
malária e influenza); 
 
• 5. Instituir a política nacional de promoção da saúde, com ênfase 
na adoção de hábitos saudáveis, de forma a internalizar a 
responsabilidade individual da prática de atividade física regular, 
alimentação saudável e combate ao tabagismo. Portaria no. 
687/2006; 
 
SUS – Pacto pela Saúde 
• 6. Fortalecimento da atenção primária à saúde - consolidar e 
qualificar a estratégia da saúde da família como modelo de 
atenção primária à saúde; 
 
• 7. Saúde do trabalhador; 
 
• 8. Saúde Mental; 
 
• 9. Fortalecimento da capacidade de resposta do sistema de saúde 
às pessoas com deficiência; 
 
• 10. Atenção integral às pessoas em situação ou risco de violência; 
 
• 11. Saúde do homem. 
 
 
SUS – Pacto pela Saúde: pacto em 
defesa do SUS 
• Implementar um projeto permanente de 
mobilização social com a finalidade de: 
 – mostrar a saúde como direito de cidadania; 
 – regulamentação da EC 29; 
 – incremento de recursos orçamentários; 
 – aprovação do orçamento do SUS (das três 
esferas de gestão, explicitando o compromisso 
de cada uma delas). 
 
• Divulgar a carta dos direitos dos usuários do 
SUS. 
A “Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde” 
traz informações para que você conheça seus 
direitos na hora de procurar atendimento de 
saúde. Ela reúne os seis princípios básicos de 
cidadania que asseguram ao brasileiro o 
ingresso digno nos sistemas de saúde, seja 
ele público ou privado. A Carta é uma 
importante ferramenta para que você 
conheça seus direitos e, assim, ajude o Brasil 
a ter um sistema de saúde ainda mais 
efetivo. 
 
Os princípios da Carta são: 
 
1.Todo cidadão tem direito ao acesso ordenado 
e organizado aos sistemas de saúde 
2.Todo cidadão tem direito a tratamento 
adequado e efetivo para seu problema 
3.Todo cidadão tem direito ao atendimento 
humanizado, acolhedor e livre de qualquer 
discriminação 
4.Todo cidadão tem direito a atendimento que 
respeite a sua pessoa, seus valores e seus 
direitos 
5.Todo cidadão também tem responsabilidades 
para que seu tratamento aconteça da forma 
adequada 
6.Todo cidadão tem direito ao 
comprometimento dos gestores da saúde 
para que os princípios anteriores sejam 
cumpridos 
SUS – Pacto pela Saúde: pacto de 
gestão - Diretrizes 
 
• Responsabilidade Sanitárias; 
• Descentralização; 
• Regionalização; 
• Financiamento; 
• Planejamento; 
• Programação Pactuada e Integrada da Atenção à Saúde – 
PPI; 
• Regulação; 
• Participação e Controle Social; 
• Gestão do Trabalho e 
• Educação na Saúde. 
SUS – Relevâncias/Números 
 
• Em 2007: 
– 2,7 bilhões de procedimentos ambulatoriais; 
– 610 milhões de consultas; 
– 10,8 milhões de internações; 
– 212 milhões de atendimentos odontológicos; 
– 403 milhões de exames laboratoriais; 
– 2,1 milhões de partos; 
– 13,4 milhões de ultrassonografias, tomografias 
computadorizadas e ressonâncias nucleares magnéticas. 
 
 
SUS – Relevâncias/Números 
• Em 2007: 
– 55 milhões de sessões de fisioterapia; 
– 23 milhões de ações de vigilância sanitária; 
– 150 milhões de vacinas; 
– Mais de 20 mil transplantes; 
– 3,1 milhões de cirurgias; 
– 215 mil cirurgias cardíacas; 
– 9 milhões de sessões de radio-quimioterapia; 
– 9,7 milhões de sessões de hemodiálise e controle 
mais avançado da Aids no terceiro mundo. 
 
SUS – Relevâncias/Números 
• Em 2009: 
– 367 mil leitos oferecidos; 
– 1,4 milhão de profissionais de saúde; 
– mais de 20 mil transplantes de órgãos; 
– 31 mil equipes na Estratégia Saúde da Família (beneficio 
para 99,8 milhões de pessoas); 
– 243 mil agentes comunitários de saúde (ACSs) (beneficio 
para 119 milhões de habitantes); 
– 20 mil equipes do programa Brasil Sorridente; 
– 19,4 milhões de consultas de pré-natal; 
– 1,5 mil Centros de Atenção Psicossocial (CAPs). 
 
SUS - Relevâncias 
• Cobertura vacinal - referência no controle e eliminação de 
doenças (sarampo, varíola e poliomielite); 
 
• AIDS – acesso universal e gratuito aos antirretrovirais (desde 
1996); 
 
• Pesquisa e desenvolvimento – nos laboratórios públicos, 
foco no cidadão, não no mercado (medicamentos, soros e 
vacinas); 
 
• Vigilância sanitária – controle de qualidade de produtos e 
serviços (ANVISA). 
 
SUS - Relevâncias 
• Alta complexidade – financiamento de 95% dos 
transplantes é do SUS (20.253 cirurgias – 2009); 
 
• Assistência farmacêutica – medicamentos ao 
alcance da população (Programa Aqui tem Farmácia 
Popular – 11 medicamentos para HAS e DM 
gratuitos); 
 
• Urgência e emergências – socorro para 110 milhões 
de pessoas na rede pública (SAMU – 1.461 
municípios). 
 
SUS – Problemas com 
consequências de grande alcance 
 
• Distribuição desigual de poder e recursos 
entre a população; 
• Insuficiência de investimentos, corrupção e 
má gestão; 
• Limitação de recursos humanos 
(principal/qualitativa). 
 
SUS – Problemas com 
consequências de grande alcance 
 
• Taxa de cesarianas (o Brasil tem a maior taxa 
no mundo); 
• Obesidade (aumentando em ritmo 
alarmante); 
• Alto consumo de álcool; 
• Alto índice de violência. 
 
SUS – Problemas de Saúde e doenças que 
requerem atenção especial 
SUS - Avanços• Significativa redução da mortalidade infantil (MI) – Nas últimas três 
décadas a MI diminuiu em cerca de 6,3% ao ano; 
 
• Aumento da expectativa de vida – Aumentou em 10,6 anos (em torno 
de 72,8 anos – 69,6: homens e 76,7: mulheres em 2008); 
 
• Distribuição de medicamentos para todos os pacientes com AIDS com 
redução da epidemia do HIV (coeficiente de mortalidade 37,6% em 
1996; 6,1 óbitos por 100 mil habitantes em 2009); 
 
• Maior financiamento público no mundo de transplante de órgãos. 
 
 
SUS - Avanços 
• A mortalidade por doenças infecciosas diminuiu de 
23% do total de óbitos em 1970 para menos de 4% 
em 2007; 
 
• Duas linhas principais de atuação: a Estratégia 
Saúde da Família, que presta cuidados primários de 
saúde em 5.295 municípios; e uma rede de clínicas 
e hospitais públicos ou contratados pelo SUS, que 
presta atendimento secundário e terciário em todo 
o país. 
 
SUS - Avanços 
• Vigilância sanitária de produtos e serviços 
beneficia a todos os brasileiros com segurança e 
qualidade; 
 
• Programa Nacional de Imunização aplica 130 
milhões de vacina por ano – uma referência 
internacional neste campo; 
 
• Regulação do setor privado; 
 
• Ampliação da Atenção Primária à Saúde. 
 
SUS - Desafios 
 
• Financiamento estável e adequado da receita 
pública EC 29; 
 
• Redução das iniquidades de acesso às ações e 
serviços; 
 
• Humanização no atendimento e diminuição 
das filas de espera. 
 
SUS - Desafios 
 
• Redução da vulnerabilidade e dependência do 
setor em insumos estratégicos; 
 
• Aperfeiçoamento da gestão e valorização dos 
trabalhadores; 
 
• Ressarcimento dos planos de saúde ao SUS, 
quando um assegurado utiliza o atendimento 
hospitalar. 
 
SUS - Desafios 
 
• Transparência pública e gestão mais eficiente; 
 
• Informação técnica científica para promoção, 
prevenção, atenção à saúde e vigilância à saúde; 
 
• Maior participação e controle social; 
 
• Tomada de decisão com base no conhecimento. 
SUS 
• O SUS não é apenas um sistema de assistência 
médica e hospitalar. “Articula promoção, proteção, 
recuperação, reabilitação e muito mais”. Ao tomar 
banho, estamos com o SUS, pois a água é 
monitorada pelo Sistema de Informação de 
Vigilância da Qualidade da Água para Consumo 
Humano, do âmbito na Secretaria de Vigilância em 
Saúde do Ministério da Saúde. “Quando vamos 
comprar o pão, compramos na padaria do SUS, pois 
a vigilância sanitária cuida da fiscalização daquele 
estabelecimento” (Odorico, 2011). 
Bibliografia 
• Associação Paulista de Medicina. SUS – O que você precisa saber sobre o Sistema 
Único de Saúde. São Paulo: Atheneu, 2002. 
• BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. SUS 20 anos. Brasília: CONASS, 2009. 
• _____. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios: síntese de indicadores 2008. 
Coordenação de Trabalho e Rendimento. Rio de Janeiro: IBGE, 2009. 
• _____. Ministério da Saúde. Gestão financeira do Sistema Único de Saúde: manual básico. 3 
ed. Brasília: Fundo Nacional de Saúde, 2003. 
• _____. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 
de outubro de 1988: atualizada até a Emenda Constitucional n. 30, de 2000. 15 ed. Brasília: 
Câmara dos Deputados, 2000. 
• _____. Ministério da Saúde. ABC do SUS – Doutrinas e Princípios. Brasília: Secretaria Nacional 
de Assistência à Saúde, 1990. 
• ______. Lei n.º 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a 
promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços 
correspondentes e dá outras providências. 
• _____. Lei n.º 8.142, de 28 de dezembro de 1990. Dispõe sobre a participação da 
comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde – SUS e sobre as transferências 
intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde, e dá outras providências. 
 
Bibliografia 
• Victora CG; Barreto ML; Leal MC; Monteiro CA; Schimidt MI; Paim J; Bastos FI; Almeida C; 
Bahia L; travassos C; Reichenheim M; Barros FC. Condições de saúde e inovações nas políticas 
de saúde no Brasil: o caminho a percorrer. Lancet 2011; publicado on line em 9 de maio de 
2011 DOI: 10.1016/S0140-6736(11)60055-X. 
• Conselho Nacional de Saúde. 8a Conferência Nacional de Saúde. Saúde como direito inerente 
à personalidade e à cidadania; reformulação do sistema nacional de saúde e financiamento 
setorial. Brasília: Ministério da Saúde; 1986. 
• Menicucci, TMG; O sistema único de saúde, 20 anos: balanço e perspectivas. Cad. Saúde 
Pública 2009; 25 (7): 1620-1625. 
• Paim J., Travassos C., Almeida C., Bahia L., Macinko J. O sistema de saúde brasileiro: história, 
avanços e desafios. Lancet 2011; publicado on line em 9 de maio de 2011 DOI: 
10.1016/S0140-6736(11)60054-8. 
• Rio de Janeiro (Estado). Radis comunicação em saúde. Lavor A., Domiguez B., Machado K. O 
SUS que não se vê. n. 104. Abr. 2011. 
• Rio de Janeiro (Estado). Radis comunicação em saúde. Lavor A. Um olhar baseado nos 
direitos humanos. n. 103. Mar. 2011. 
• São Paulo (Estado). Boletim do Instituto de Saúde. Santos, NR. “Onde dá SUS dá certo”. 2008. 
• Vasconcelos, CM; Pasche, DF. O sistema único de saúde. In: Campos, GWS (et al.). Tratado de 
saúde coletiva. São Paulo: Hucitec; Rio de Janeiro: Fiocruz, 2006.

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