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1 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS .SUS. Ais - 4 A saúde ocupa um setor da economia, para o qual se produzem bens e serviços: Estabelecimentos de saúde: hospitais, laboratórios, consultórios, postos. Serviços: exames, consultas, tratamentos. Industrias: farmacêuticas, de material médico cirúrgico, de diagnóstico, vacinas. Empresas que comercializam os chamados planos de saúde. Instituições públicas que são responsáveis pela gestão de saúde: Ministério da saúde, secretarias estaduais e municipais de saúde. Sus: sistema único de saúde. Um sistema de saúde é um conjunto de agencias e agentes que tem por objetivo assegurar a saúde das pessoas e de populações. AGÊNCIAS: Instituições e empresas. AGENTES: Profissionais e trabalhadores da saúde. TIPOS DE SISTEMA DE SAÚDE: Os sistemas de saúde seguem em geral o tipo de proteção social adotado pelo respectivo país. O SUS ESTÁ ENQUADARDO COM BASE NA SEGURIDADE SOCIAL. 2 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS O que é o sus? O SUS é um sistema complexo que busca tornar concreta a Política Nacional de Saúde do Estado brasileiro. As três esferas de governo, a união, os estados e os municípios se articulam em ações de promoção, prevenção, assistência e reabilitação. A clientela potencial representa toda a população brasileira. Responsabilidade de todos: de indivíduos, famílias, coletivos, governos e empresas. Porque denomina-se Sistema Único? Segue a mesma doutrina e os mesmos princípios organizativos em todo o território nacional. Assim, o SUS não é um serviço ou uma instituição, mas um sistema que significa um conjunto de unidades, de serviços e ações que interagem para um fim comum. É o mesmo para todo o território, a eficácia vai de acordo com o que cada municio aplica os recursos disponibilizados e como é administrado. Aspectos históricos que antecederam o sus: BRASIL COLONIA - BRASIL IMPÉRIO - REPUBLICA VELHA ▪ Médicos davam assistência aos militares e famílias abastadas. ▪ Os pobres, indigentes e viajantes eram atendidos pelas Santas Casas. ▪ Os governos se voltavam para ações de fiscalização dos portos, comércios de alimentos e ações pontuais de combate às epidemias. – No caso da saúde pública. ▪ Com o crescimento da urbanização da urbanização e da industrialização as ações de saúde pública começaram a ser organizadas no país, porém ainda de forma centralizada (só quando tivesse o problema). A saúde vai passar a ser considerada uma questão que envolvia respostas da sociedade e dos governos. VELHA REPÚBLICA (1889 -1930): Separação das ações de saúde pública da assistencial médico hospitalar. Concepção liberal do Estado, cabendo a intervenção apenas quando diante de problemas de saúde, o individuo sozinho ou a iniciativa privada não fossem capazes de solucionar. 3 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS 1930: CRIAÇÃO DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DA SAÚDE ▪ Instalam-se as instituições necessárias para a efetivação da PNS (política nacional de saúde); ▪ Afirma-se o modelo campanhista, contra as principais doenças epidemiológicas e endêmicas; ▪ Ação predominantemente preventiva. As curativas estavam a cargo da previdência social; ▪ População carente continuava dependente das Santas Casas de Misericórdia. SAÚDE E ESTADO: As responsabilidades do estado brasileiro em relação a saúde só começaram a ser explicitadas na constituição de 1934. Entretanto, observa-se nesta e nas que se seguiram (1937, 1946, 1967/69), o caráter limitado e restritivo com que é tratada a questão, garantindo assistência médica apenas para trabalhadores vinculados ao sistema previdenciário e dependentes, ações assistenciais dirigidas à maternidade e infância e controle de grandes endemias. EM 1975 CRIA O CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE: ▪ Ações de cunho reformista foram adotadas pelo estado ▪ Programa materno-infantil; ▪ Programa de interiorização das ações de saúde e saneamento básico (PIASS) (medicina simplificada) ▪ Medidas voltadas para à reorganização do sistema de saúde: Lei do Sistema Nacional de Saúde Sistema Nacional de Previdência Social (SINPAS) e dentro dele, em 1977 foi criado o INAPS (instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência social). ASPECTOS HISTÓRICOS: O processo político da formalização do projeto da RSB (reforma sanitária brasileira) foi marcado por disputas políticas entre grupos conservadores e reformistas, com distintos interesses: um defendendo a privatização dos serviços de saúde e outro buscando a institucionalização da saúde como bem público. Nesse cenário a saúde é institucionalizada como um direito social. A construção do projeto da reforma sanitária fundou-se na noção de crise: crise do conhecimento e da prática médica, crise do autoritarismo, crise do estado sanitário da população, crise do sistema de prestação de serviços de saúde. Quando se fala de programas, tem uma duração. Diferente de políticas. 4 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS NOVA REPUBLICA: VIII CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE, 1986: 5000 participantes – representantes dos movimentos sociais, intelectuais, sindicatos, profissionais de saúde. Elaborou um documento contendo o arcabouço para criação do SUS. Dela surgiu o documento para ser criado o sus na constituição federal de 1988. Definiu as estratégias a serem defendidas na constituinte de 1988 e consolidou a opção pela via institucional. DIRETRIZES DO SUS: ▪ Conceito ampliado de saúde; ▪ Saúde como direito e dever do estado; ▪ Participação popular (controle social); controlar o sus através de fiscalização ▪ Ampliação do orçamento social. A constituição de 1988 é chamada de constituição cidadã porque foi feita depois do período de ditadura militar e principalmente porque tem a possibilidade de participação popular e controle social. SISTEMA ÚNICO: Princípios organizativos e as diretrizes são iguais para TODOS. DESCENTRALIZADO: Cada município tem autonomia para gerir. PARTICIPAÇÃO POPULAR: Sociedade tem direito de participar da gestão do sus. Década de 70: Ditadura militar. Reforma sanitária não era especifica do brasil, mas fio forte no país. Envolveu trabalhadores da saúde, estudantes, CEBES (centro de estudos brasileiro de saúde, ABRASCO (associação brasileira de saúde coletiva – envolve grandes pesquisadores de saúde, todos que estudam saúde publica e coletiva. E as forças setoriais (EX: sindicatos de diversas categorias). 8° Conferencia de saúde é um marco na história do país PORQUE foi a partir daí que criou o sus. 5 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS CONSTITUIÇÃO DE 1988: FOI CRIADO O SUS. Art. 196 – A saúde é direito de todos e dever do Estado: acesso universal e igualitário as ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação da saúde. Amparado por um conceito ampliado de saúde, o SUS foi criado, para ser o sistema de saúde dos brasileiros. Art. 197 – São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao poder público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito. Criação do SUS: O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores sistemas públicos de saúde domundo. Abrange desde o simples atendimento ambulatorial até o transplante de órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda população do país. IMPLANTAÇÃO DO SUS: Foi realizada de forma gradual: ▪ Incorporação do INAMPS ao ministério da Saúde (Decreto n° 99.060, de 7 de março de 1990). ▪ Lei Orgânica da Saúde (Lei n° 8.080/ 1990), que fala sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e funcionamento dos serviços. (FALA SOBRE A ORGANIZAÇÃO E O FUNCIONAMENTO DOS SERVIÇOS). ▪ Lei n° 8.142/ 1990, que imprimiu ao SUS uma das suas principais características: o controle social, ou seja, a participação dos usuários (população) na gestão do serviço. (Fala da participação popular e do orçamento) ▪ O INAMPS foi extinto em 27 de junho de 1993 pela Lei n ° 8.689. PRINCIPIOS DOUTRINÁRIOS: Universalidade, Integralidade e equidade. PRINCIPIOR ORGANIZATIVOS: Descentralização, Regionalização e Hierarquização. 6 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS: UNIVERSALIDADE: Acesso para TODOS. INTEGRALIDADE: Atendimento em todos os níveis de atenção. EQUIDADE: Atendimento de acordo com a necessidade (quem precisa mais tem que ter mais acesso). UNIVERSALIDADE: A saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao estado assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independente de sexo, raça, ocupação, ou outras características sociais ou pessoais. INTEGRALIDADE: Considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades. É importante a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação. Pressupõe a articulação da saúde com outras politicas públicas, para assegurar uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e qualidade de vida dos indivíduos. MULTIPROFISSIONAIS: Médicos e fisioterapeutas (mesmo setor da saúde). Intrasetoriais INTERSETORIAS: Escola e presidio (setores diferentes). EQUIDADE: A equidade visa diminuir a desigualdade. Apesar de todas as pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais, e por isso, tem necessidades diferentes. Significa tratar de forma desigual, os desiguais, investindo mais onde a carência é maior. FUNCIONAMENTO DO SUS: O SUS é um sistema de saúde de abrangência nacional, porém, coexistindo em seu âmbito subsistemas em cada estado e em cada municípios. As ações e serviços de atenção à saúde devem ser desenvolvidos em um conjunto de estabelecimentos, organizados em níveis crescentes de complexidade, formando uma rede regionalizada e hierárquica. 7 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS Atendimento universalizado à população a partir de ações integradas entre os diferentes entes políticos da Federação. ORGANIZAÇÃO E DIREÇÃO DO SUS: A direção do SUS é única, de acordo com o Inciso I, do artigo 198 da CF, sendo exercida, em cada esfera de governo, pelos seguintes órgãos: I. No âmbito da UNIÃO, pelo Ministério da Saúde; II. No âmbito dos ESTADOS e do Distrito Federal, pela respectiva secretaria de saúde ou órgão equivalente; III. No âmbito dos MUNICÍPIOS, pela respectiva Secretaria de saúde ou órgão equivalente. PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES: ▪ MUNICÍPIOS: Planejamento e execução dos serviços de saúde no seu território. ▪ ESTADOS: Coordenar e apoiar os municípios na execução das ações de saúde. ▪ UNIÃO: Formulação da política nacional de saúde; coordenação das ações de saúde intergovernamentais; e financiamento. DESCENTRALIZAÇÃO: redistribuição das responsabilidades nas três esferas do governo. A municipalização da gestão dos serviços foi o elemento central da agenda de reformas do governo federal na área da saúde ao longo da década de 1990. OBJETIVOS: Universalizar o acesso aos serviços e descentralizar sua gestão da prestação de serviços e mantendo a participação federal no financiamento da política. TRANSFERENCIA FUNDO A FUNDO: O recurso federal é repassado diretamente para a conta do município (FUNDO – conta – federal para a municipal). Está escrito na norma operacional básica de 1996. PROBLEMAS ATUAIS: Embora sejam reconhecidas as dificuldades financeiras enfrentadas pelos municípios na gestão politica de saúde, não é POSSIVEL resumir o problema de uma crise no financiamento... ▪ É importante uma análise aprofundada sobre a qualidade dos gastos em saúde; ▪ Coibir desvios e fraudes; ▪ Qualificar e aprimorar a gestão do SUS; 8 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS ▪ Implantar mecanismos de controle interno; ▪ Fortalecer o Conselho de saúde; ▪ País imenso, populoso e heterogênico: acessibilidade; ▪ Alterações demográficas recentes: estrutura etária, urbanização acelerada; ▪ Acentuadas desigualdades econômicas e sociais (entre regiões e grupos populacionais). ▪ Baixa resolubilidade das demandas presentes na população.
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