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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE QUÍMICA Departamento Físico Química Termodinâmica Experimental para Engenharia Química Prof. Pedro Alijó Curva de Calibração para o Equilíbrio Líquido-Líquido Ternário Grupo 1: Gustavo Anciens Thaiane Nolasco Thainá Tussini Viviane Borges Realização do experimento: 10/09/2015 Entrega: Rio de Janeiro 2015 Sumário INTRODUÇÃO -------------------------------------------------------------------------- 3 OBJETIVO ------------------------------------------------------------------------------- 4 METODOLOGIA ------------------------------------------------------------------------ 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ---------------------------------------------------- 5 CONCLUSÃO --------------------------------------------------------------------------17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ----------------------------------------------18 ANEXOS --------------------------------------------------------------------------------18 Introdução teórica A calibração pode ser compreendida como o conjunto de operações que estabelece, sob condições especificadas, a relação entre os valores indicados por um instrumento/sistema de medição e uma medida materializada ou um material de referência de modo que estes correspondem às grandezas e são estabelecidos por padrões. A partir da calibração, pode-se conhecer o comportamento do instrumento ou equipamento, quantificando os erros sistemáticos que o mesmo apresenta, podendo assim diminuir e conseguir resultados mais confiáveis. Os erros cometidos podem ser sistemáticos ou aleatórios. Erro sistemático é a parcela previsível do erro, correspondente ao erro médio. Como exemplo de erros sistemáticos, temos os erros observacionais, instrumentais, ambientais e teóricos (erro de paralaxe, instrumentos mal calibrados, temperatura do ambiente, simplificações no modelo teórico do sistema). Já o erro aleatório é a parcela imprevisível do erro; é o agente que faz com que repetições levem a resultados diferentes. Os erros aleatórios podem ser observacionais ou ambientais (leitura em uma medida de menor divisão, variações elétricas no equipamento ou vibrações). Os erros aleatórios são aqueles que afetam a precisão e a reprodutibilidade dos dados, enquanto que os erros sistemáticos produzem distorções que alteram a acuracidade. Para os erros aleatórios é de esperar que os dados se dispersem em relação ao seu valor correto simetricamente, enquanto que para os erros sistemáticos, há um desvio em relação a valor exato. As incertezas podem estar diretamente relacionadas às medições, de modo que possam ser expressas com seus respectivos desvios padrões, podendo ser expandidas ou combinadas. A incerteza padrão combinada é aquela que combina em um único valor as incertezas das várias fontes de erro existentes no sistema. Esta é obtida por meio dos valores de várias outras grandezas, sendo igual a raiz quadrada positiva de uma soma de termos, que constituem as variâncias e covariâncias destas outras grandezas, ponderadas de acordo com quanto o resultado da medição varia com mudanças nas mesmas. Para que se possa obter curvas de calibração, um método muito utilizado é o da picnometria, que tem o intuito de prever a densidade de uma determinada massa de líquido a partir do uso do picnômetro, recipiente de vidro de forma cônica com baixo coeficiente de dilatação. A partir deste, tendo conhecimento da massa do picnômetro utilizado, podem-se determinar dados como, por exemplo, frações molares de soluções tendo dados da densidade de uma mistura. Convém ainda abordar um outro conceito que será utilizado neste relatório, o de volume de excesso. Soluções líquidas são tratadas frequentemente através de propriedades que medem seu afastamento do comportamento de solução ideal. Sendo V o volume molar, então a propriedade em excesso VE é definida como a diferença entre o valor real do volume de uma mistura e o valor que ela teria em uma solução ideal nas mesmas temperaturas, pressão e composição. Objetivo O objetivo deste experimento é construir uma curva de calibração para a previsão da fração molar dos componentes de uma mistura do equilíbrio líquido - líquido ternário de água, ciclohexano e etanol, a partir da densidade da mistura, obtida pelo método picnométrico. Também discutiremos sobre as incertezas envolvidas e a curva obtida será utilizada num posterior experimento de construção de linhas de amarração do sistema. Metodologia 3.1 Materiais Balança analítica de precisão; Pipetas de 1, 2, 5 e 10mL; Frascos de capacidade de 10 mL, com tampa ; Picnômetro de vidro. 3.2 Reagentes Etanol 95% (álcool comercial); Água destilada; Ciclohexano. 3.3 Procedimento Experimental Primeiramente foi realizada a pesagem de um picnômetro limpo e vazio em uma balança analítica digital. Em seguida preencheu-se o picnômetro com água destilada, com cuidado para evitar a formação de bolhas, medindo-se a massa do mesmo. Sendo assim, a massa de água total no picnômetro foi determinada por diferença entre as massas da primeira e segunda pesagem. Com base nas composições determinadas pela linha binodal do equilíbrio líquido-líquido ternário para a mistura água/etanol/ciclohexano, construída como consequência do último experimento realizado, prepararam-se sete soluções de 9mL cada, em duplicata, de modo que os volumes utilizados de cada substância estão representados na tabela 1. Ao obter turvação no preparo das soluções, foi adicionado volume de etanol até a solução se tornar límpida. A tabela apresenta o volume de etanol já considerando esta adição. Identificação Volume de Água (mL) Volume de Ciclohexano (mL) Volume de Etanol (mL) 1 0,00 5,15 3,9 2 0,05 4,30 5,8 3 0,15 3,40 6,65 4 0,50 2,00 7,2 5 6,00 0,45 11 6 1,90 0,45 6,7 7 1,20 1,00 6,9 Tabela 1: Volumes utilizados Massa do Picnômetro M1 Vazio - número 7 (g) Massa do Picnômetro - M1 - Com água (g) Massa da água - M2 (g) 18,4768 23,5506 5,0738 Também são apresentadas as massas relativas ao picnômetro, na tabela 2. Tabela 2: Massas inciais Após a produção das soluções com os volumes indicados na tabela 1, as massas de cada uma foram obtidas por meio do picnômetro. Resultados e discussões 4.1. Cálculo das densidades e frações molares Antes de iniciar os cálculos, faz-se necessário a definição de propriedades que serão utilizadas. Estas são apresentadas na tabela 3. ρ ciclohexano (25°C) 0,779 ρ água (25°C) g/cm³ 0,997 ρ etanol (25°C) g/cm³ 0,785 MM Água (g/mol) 18,01528 MM Ciclohexano 84,16128 MM Etanol (g/mol) 46,06844 Grau de Pureza Álcool (I.N.P.M) 0,9280 Tabela 3: Propriedades das substâncias As massas obtidas nas leituras estão representadas na tabela 4. A partir destas, calculamos as respectivas densidades. Identificação Massa Picnômetro + Amostra 1 (g) Massa Picnômetro + Duplicata (g) Massa Amostra 1 Massa amostra 2 Massa Média de Amostra Densidade 1 22,4482 22,4518 3,9714 3,975 3,9732 0,783081714 2 22,4942 22,5022 4,0174 4,0254 4,0214 0,792581497 3 22,5232 22,5176 4,0464 4,0408 4,0436 0,796956916 4 22,6203 22,6214 4,1435 4,1446 4,1441 0,816754701 5 23,0160 23,0183 4,5392 4,5415 4,5404 0,894861839 6 22,8580 22,8516 4,3812 4,3748 4,3780 0,862864126 7 22,7562 22,7619 4,2794 4,2851 4,2823 0,843992668 Tabela 4: Dados obtidos e cálculo da densidade das soluções preparadas Após, faz-se necessário o cálculo das quantidades de matéria de cada componente, e por consequência, das frações molares. É importante ressaltar que o grau do etanol utilizado foi levado em conta nos cálculos. Na tabela 5, apresentamos o cálculo do número de mols, obtidos pela simples expressão:Onde: ȵi é o número de mols de cada componente; Vi é o volume do componente i na mistura; ρi é a massa específica do componente i; Mi é a massa molar do componente i. Volume de Etanol Puro n Etanol Volume de Água no etanol Volume de água Total n água n Ciclo n Total 3,68 0,063 0,212 0,212 0,012 0,048 0,122 5,47 0,093 0,315 0,365 0,020 0,040 0,153 6,27 0,107 0,361 0,511 0,028 0,031 0,167 6,79 0,116 0,391 0,891 0,049 0,019 0,183 10,37 0,177 0,597 6,597 0,365 0,004 0,546 6,31 0,108 0,364 2,264 0,125 0,004 0,237 6,50 0,111 0,374 1,574 0,087 0,009 0,207 Tabela 5: Cálculo do número de mols Em posse da tabela 5, prosseguimos ao cálculo das frações molares, apenas aplicando a razão ni/n. Os resultados constam na tabela 6. Fração Molar x etanol Fração Molar x água Fração Molar x ciclo 0,323593082 0,668776829 0,007630089 0,453932457 0,528494802 0,017572741 0,534801785 0,420524269 0,044673946 0,630355966 0,268720158 0,100923877 0,641270048 0,169753025 0,188976928 0,608270097 0,131805242 0,259924661 0,51332062 0,09598075 0,390698631 Tabela 6: Cálculo das frações molares 4.2. Cálculo da incerteza da densidade A incerteza nas diferenças de pares de medidas é uma alternativa para verificar o desvio das densidades na duplicata do método do picnômetro. Ela pode ser expressa como: Adotando-se a consideração de que ela é igual para todos os pontos experimentais, então , e portanto: O que prova que δ |1ª-2ª| é igual ao desvio padrão. Dessa forma, podemos calcular δ. Os valores encontrados apresentam-se na Tabela 7 Identificação Massa Amostra 1 Massa Amostra 2 ∆ 1 3,971 3,975 0,0036 2 4,017 4,025 0,0080 3 4,046 4,041 0,0056 4 4,144 4,145 0,0011 5 4,539 4,542 0,0023 6 4,381 4,375 0,0064 7 4,279 4,285 0,0057 Desvio Padrão = 0,0024 Tabela 7: Incerteza da densidade Como o valor do desvio padrão é bem pequeno podemos considerar que a pesagem das soluções no picnômetro não apresentou erros significativos. 4.3. Cálculo das incertezas combinadas das frações molares Para mensurar a incerteza combinada dos dados experimentais da fração molar usou-se o ISOGAM 2008 como referência. Nesta seção, foi calculada a incerteza da fração molar de cada componente. Para isso, foi necessário o cálculo da incerteza combinada do número de mols de cada componente i e do número total de mols. 4.3.1 Cálculo da Incerteza do Número de Mols (ni) O cálculo do número de mols foi feito a partir da equação abaixo: A próxima etapa envolveu a quantificação das incertezas da pipeta, da massa específica e da massa molar de cada componente. Os cálculos foram realizados com base na incerteza do tipo B, distribuição retangular. Pipeta A incerteza da pipeta está relacionada com a incerteza do volume de cada componente i. A resolução da pipeta é de 0,005, logo: Massa específica de cada componente i (ρi) A leitura da massa específica para cada componente da mistura é 10-³. Então a incerteza da massa específica é: Massa Molar de Cada Componente i (Mi) Foi calculada com a massa molar, por elemento, de cada componente, presente na solução. Foi utilizada a tabela IUPAC para leitura da incerteza da massa molar de cada elemento químico. Sendo assim para o cálculo da incerteza do componente utilizou-se da seguinte equação: Onde µ * MM é a incerteza associada à massa molar de cada elemento químico: Após isto, foi calculado o coeficiente de sensibilidade de cada uma dessas grandezas, pela derivada, com a equação abaixo: Onde ni é o número de mols de cada componente e vi é a grandeza. Com o coeficiente de sensibilidade das grandezas obtemos os componentes de incerteza das mesmas. Essas equações expressam, por exemplo, que a incerteza da massa específica é o produto do seu coeficiente de sensibilidade pela sua incerteza não combinada. Após o procedimento descrito acima, chegamos à incerteza combinada do número de mols para cada componente i: Onde: μ1 é a incerteza da pipeta; μ2 é a incerteza da massa específica do componente i; μ3 é a incerteza da massa molar do componente i. 4.3.2 Cálculo da Incerteza do Número Total de Mols (nt) Foi realizado de acordo com a equação abaixo: Onde: ni é o número de mols de cada componente; nt é o número total de mols. Obtemos então os componentes de incerteza. Logo a incerteza combinada será o somatório do quadrado da incerteza do número de mols de cada componente i: Sendo assim, com o cálculo das incertezas do número de mols dos componentes e do número total de mols, calculamos a incerteza da fração molar. A incerteza combinada da fração molar é dada por: O detalhamento dos cálculos para obtenção da incerteza é apresentado no anexo 2. Na Tabela 8 estão dispostos os resultados finais obtidos para as incertezas das frações molares. Identificação n total de mols Fração Molar X de Etanol Fração Molar X de Ciclohexano Fração Molar X de água 1 0,122008606 8,20E-03 5,86E-03 1,32E-02 2 0,153124998 7,47E-03 3,37E-03 1,05E-02 3 0,166531065 7,18E-03 2,51E-03 9,75E-03 4 0,183426128 6,43E-03 1,73E-03 9,06E-03 5 0,545893629 1,38E-03 4,90E-04 3,62E-03 6 0,237027172 3,87E-03 1,13E-03 7,73E-03 7 0,207190964 4,99E-03 1,34E-03 8,45E-03 Tabela 8: Incerteza das frações molares Estas incertezas serão utilizadas, mais adiante, na análise do resíduo do ajuste da curva de composição. 4.4. Composição dos componentes na curva binodal Para obter funções que relacionem as composições dos componentes no equilíbrio líquido-líquido, plotou-se a curva binodal com as composições obtidas no experimento anterior, realizando a aproximação das duas fases como puras. A composição da água e do etanol, relação escolhida, é apresentada na Tabela 9. Identificação Fração Molar x etanol Fração Molar x água 0 0 0 1 0,509291631 0,101044703 2 0,561218197 0,135522887 3 0,600605079 0,180294874 4 0,613240253 0,277890929 5 0,111698491 0,877571339 6 0,455434636 0,526335891 7 0,538554106 0,416177331 8 0 1 Tabela 9: Composições da curva binodal Com as composições, foi plotado o gráfico da binodal. A curva representou bem o sistema com o ajuste de 6ª ordem. Gráfico 1: Curva binodal Sendo assim, a seguinte função correlaciona as composições x1 (água) e x2 (etanol): y = -46,638x6 + 152,5x5 - 196,09x4 + 127,94x3 - 46,236x2 + 8,5268x + 0,0006 A composição do ciclohexano foi determinada por diferença. A partir da função descrita acima, foi possível estimar, por interpolação, a densidade nas regiões de composição não atendidas experimentalmente. Para elaboração da curva de calibração da composição versus densidade, com a interpolação dos dados experimentais, foi necessária a busca por um polinômio que melhor se ajustasse aos pontos experimentais, através do cálculo do volume de excesso. 4.5. Cálculo do Volume de excesso Primeiro foi calculado o volume de excesso dos pontos experimentais, já que, para esses pontos, já possuíamos a densidade da mistura. Onde: VE é o volume de excesso; V é o volume da mistura; Vi é o volume do componente; ni é o número de mols de cada componente; xi é a fração molar do componente. O volume da mistura (V) é calculado pela equação apresentada abaixo, em função da densidade da mistura. Onde: V é o volume da mistura; Vi é o volume do componente; nt é o número total de mols; d é a densidade da mistura; ρi é a massa específica do componente Identificação Fração Molar x etanol Fração Molar x água Fração Molar x ciclo VE1 0,51332062 0,09598075 0,390698631 0,51 2 0,608270097 0,131805242 0,259924661 0,12 3 0,641270048 0,169753025 0,188976928 -0,19 4 0,630355966 0,268720158 0,100923877 -0,70 5 0,323593082 0,668776829 0,007630089 -0,93 6 0,453932457 0,528494802 0,017572741 -1,05 7 0,534801785 0,420524269 0,044673946 -1,02 Tabela 10: Volume em excesso dos pontos experimentais Com o volume de excesso calculado, foi possível estimar os parâmetros do polinômio para ajustar a função do volume de excesso aos pontos experimentais (de composição de cada componente). + Através do método dos mínimos quadrados (calculado no excel), os parâmetros foram estimados. Minimizando a função em: Onde: VEcalc é o volume de Excesso calculado, com o chute de parâmetros; VEexp é o volume de Excesso experimental. Após conseguir estimar os parâmetros, obtivemos a equação polinomial: - 4.6. Curva de calibração e interpolação Para interpolação da curva de calibração, foram estimados 21 pontos de composição de água. A composição do etanol foi calculada, para cada ponto de composição de água estimada, pela função obtida na curva binodal, e a composição do ciclohexano foi obtida por diferença. A densidade para esses pontos interpolados foi calculada em função do volume em excesso, conforme equação abaixo: Onde: VE é o volume de excesso; xi é a fração molar do componente; Mi é o massa molar do componente; d é a densidade da mistura; ρi é a massa específica do componente; ρágua é a massa específica da água. Os resultados de densidade estão representados na Tabela 11. Identificação Fração Molar x etanol Fração Molar x água Fração Molar x ciclo Densidade 8 0,081370394 0,01 0,908629606 0,779124474 9 0,153634231 0,02 0,826365769 0,777775447 10 0,218090819 0,03 0,751909181 0,777130547 11 0,275395995 0,04 0,684604005 0,777065677 12 0,326163865 0,05 0,623836135 0,777474319 13 0,370968522 0,06 0,569031478 0,778265279 14 0,410345719 0,07 0,519654281 0,779360857 15 0,44479452 0,08 0,47520548 0,780695299 16 0,500729362 0,1 0,399270638 0,783869536 17 0,612111168 0,2 0,187888832 0,802645286 18 0,613175488 0,25 0,136824512 0,811876572 19 0,600026898 0,3 0,099973102 0,820995778 20 0,579147499 0,35 0,070852501 0,830221658 21 0,552386752 0,4 0,047613248 0,839645918 22 0,519269823 0,45 0,030730177 0,849211275 23 0,375953472 0,6 0,024046528 0,876888484 24 0,317587748 0,65 0,032412252 0,885384514 25 0,282492739 0,68 0,037507261 0,890486593 26 0,259691938 0,7 0,040308062 0,894007291 27 0,20693877 0,75 0,04306123 0,903890089 28 0,179431304 0,78 0,040568696 0,911168212 Tabela 11: Densidade com os pontos interpolados Com esses resultados, foi possível construir a curva de calibração relacionando a composição de água e a densidade da mistura. Identificação Fração Molar x etanol Fração Molar x água Fração Molar x ciclo Densidade 1 0,513321 0,09598075 0,390698631 0,783081714 2 0,60827 0,131805242 0,259924661 0,792581497 3 0,64127 0,169753025 0,188976928 0,796956916 4 0,630356 0,268720158 0,100923877 0,816754701 5 0,323593 0,668776829 0,007630089 0,894861839 6 0,453932 0,528494802 0,017572741 0,862864126 7 0,534802 0,420524269 0,044673946 0,843992668 8 0,08137 0,01 0,908629606 0,779123635 9 0,153634 0,02 0,826365769 0,777774096 10 0,218091 0,03 0,751909181 0,77712893 11 0,275396 0,04 0,684604005 0,777063965 12 0,326164 0,05 0,623836135 0,777472627 13 0,370969 0,06 0,569031478 0,778263681 14 0,410346 0,07 0,519654281 0,779359394 15 0,444795 0,08 0,47520548 0,780693987 16 0,500729 0,1 0,399270638 0,783868516 17 0,612111 0,2 0,187888832 0,802644518 18 0,613175 0,25 0,136824512 0,811875459 19 0,600027 0,3 0,099973102 0,820994387 20 0,579147 0,35 0,070852501 0,830220281 21 0,552387 0,4 0,047613248 0,839644943 22 0,51927 0,45 0,030730177 0,849210956 23 0,375953 0,6 0,024046528 0,87688517 24 0,317588 0,65 0,032412252 0,885375706 25 0,282493 0,68 0,037507261 0,890473375 26 0,259692 0,7 0,040308062 0,893990912 27 0,206939 0,75 0,04306123 0,903866602 28 0,179431 0,78 0,040568696 0,911142476 Tabela 12: Pontos da curva de calibração Gráfico 2: Curva de calibração A partir de ajustes polinomiais realizados no Excel, desde 2ª até 6ª ordem, constatou-se que o ajuste de 5ª ordem se adequou melhor aos dados. Para se chegar a esta conclusão, foram analisados os coeficientes de determinação e os gráficos de resíduos, adicionados das barras de erros relacionadas à incerteza combinada da fração molar, e à incerteza da densidade para cada um dos pontos experimentais. Além disso, foi calculado o desvio padrão médio dos resíduos, para auxiliar na escolha do melhor ajuste polinomial. Diante destes dados, verificou-se que os ajustes de 3ª a 6ª ordem possuíam gráficos de resíduo bem similares (a barra de incerteza de 5 pontos cruzava o zero), porém a análise do R² mostrou que os ajustes de 5ª e 6ª ordem se adequavam melhor a curva (ambos com R² = 0,998); por último foi analisado o desvio padrão médio dos resíduos e constatamos que o resíduo de 5ª ordem possuía o menor valor (0,01179), logo sendo o de maior acurácia. Segue abaixo o gráfico do resíduo para o ajuste de 5ª ordem. Os demais gráficos serão apresentados como anexos. Gráfico 5: Resíduo do ajuste de 5ª ordem Conclusão Podemos concluir que os resultados obtidos para a elaboração da curva de calibração, relacionando a composição com a densidade, sob a curva binodal do equilíbrio líquido-líquido, foram atingidos satisfatoriamente. Foi utilizado um polinômio de quinta ordem, e se observou um alto coeficiente (R² = 0,998). Erros experimentais decorrentes podem estar associados ao fato de se trabalhar com volumes muito pequenos de solução na execução do experimento, havendo assim uma perda na precisão do operador. Ainda, podem ocorrer erros na tomada de dados na balança analítica. O método do picnômetro aparentemente apresenta uma metodologia satisfatória para a determinação das densidades de misturas, uma vez que o desvio padrão calculado é baixo. Referências Bibliográficas Damasceno, J. C.; Incerteza de medição; Divisão de Metrologia de Materiais Inmetro; R. D. LOSS.; ATOMIC WEIGHTS OF THE ELEMENTS 2001 (IUPAC Technical Report);Pure Appl. Chem., Vol. 75, No. 8, 2003 IUPAC Gallas M. R.; Incerteza de Medição; IF-UFRGS; 2010; Smith, J. M.; Van Ness, H. C.; Abott, M. M. Introdução à termodinâmica da engenharia química. 7 ed. Ltc, 2007. Franc, Samuel Mendes. Apostila de Incerteza de Medição. Sorocaba: Centro Paula Souza, 2008. Anexo 1 – Tabelas e gráficos do ajuste de resíduos Identificação Fração Molar x água Densidade Ajuste de 2a Ordem Ajuste de 3a Ordem Ajuste de 4a Ordem Ajuste de 5a Ordem Ajuste de 6ª ordem 1 0,095981 0,783081714 0,077393698 0,078522528 0,080150355 0,084097362 0,085381737 2 0,131805 0,792581497 0,133570785 0,137183496 0,141270961 0,14620566 0,146407219 3 0,169753 0,796956916 0,159212603 0,163471102 0,167593601 0,17116369 0,170153559 4 0,26872 0,816754701 0,273405025 0,277570645 0,277729785 0,27444532 0,272152515 5 0,668777 0,894861839 0,694664561 0,69458726 0,697304362 0,694417166 0,694980556 6 0,528495 0,862864126 0,527734393 0,524635843 0,52296905 0,529435301 0,52724474 7 0,420524 0,843992668 0,425610258 0,4253075290,421266915 0,422947395 0,424056407 R²=0,997 R²=0,997 R²=0,997 R²=0,998 R²=0,998 Identificação Resíduo de 2a Ordem Resíduo de 3a Ordem Resíduo de 4a Ordem Resíduo de 5a Ordem Resíduo de 6a Ordem 1 0,018587 0,017458 0,01583 0,011883 0,010599 2 -0,00177 -0,00538 -0,00947 -0,0144 -0,0146 3 0,01054 0,006282 0,002159 -0,00141 -0,0004 4 -0,00468 -0,00885 -0,00901 -0,00573 -0,00343 5 -0,02589 -0,02581 -0,02853 -0,02564 -0,0262 6 0,00076 0,003859 0,005526 -0,00094 0,00125 7 -0,00509 -0,00478 -0,00074 -0,00242 -0,00353 Desvio Padão 0,013965 0,01362 0,014066 0,01179 0,0119 Anexo 2 - Tabelas de cálculo das incertezas Incerteza do número de mols de etanol Incerteza do número de mols de ciclohexano Incerteza do número de mols de água Identificação Incerteza Comb 1 0,001693826 2 0,0016945 3 0,001694878 4 0,001695248 5 0,001710911 6 0,001696221 7 0,001695543 Incerteza do número total de mols Incerteza das frações molares Identificação Coeficiente de sensibilidade massa de água Coeficiente de sensibilidade massa da solução Incereteza combinada da densidade 1 0,197090938 0,000709527 1,15E-05 2 0,197090938 0,001576728 1,45E-05 3 0,197090938 0,001103709 1,22E-05 4 0,197090938 0,0002168 1,14E-05 5 0,197090938 0,000453309 1,14E-05 6 0,197090938 0,001261382 1,27E-05 7 0,197090938 0,001123418 1,22E-05 Incerteza da densidade
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