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Formação Pirambóia
A Formação Pirambóia apresenta um contato basal discordante, onde os arenitos grossos de lençóis de areia eólicos da Formação Pirambóia estão recobrindo abruptamente os estratos areno-pelíticos lacustres da Formação Rio do Rasto. O contato superior também é marcado por uma discordância com os depósitos de dunas eólicas da Formação Botucatu. 
A Formação Pirambóia é constituída por depósitos de lençóis de areia eólicos sucedidos por depósitos de dunas e interdunas, que podem ser subdivididos em dois intervalos distintos de valores médios das espessuras dos sets. O intervalo 1 apresenta, um conjunto de sets de estratos cruzados com espessura mínima 1,04 m, máxima de 6,82 m e média de 2,90 m. O intervalo 2 é composto por sets de estratos cruzados com espessura mínima de 0,92 m, máxima de 14 m e média em torno de 6,19 m. As variações nas espessuras médias dos sets entre os intervalos refletem mudanças significativas no tamanho original das dunas ou no ângulo de cavalgamento. Se considerarmos o tamanho das dunas constante, a baixa espessura dos sets no intervalo 1 indica um ângulo de climbing baixo, enquanto as maiores espessuras encontradas para o intervalo 2 refletem um aumento no ângulo de cavalgamento, associado a um aumento na taxa de subida do lençol freático ou uma diminuição na taxa de migração das dunas eólicas. Se admitirmos a hipótese do ângulo de cavalgamento constante ao longo do tempo, a baixa espessura dos sets no intervalo 1 estaria relacionada a dunas originalmente menores que aquelas do intervalo 2, refletindo um aumento na disponibilidade de areia seca ou uma diminuição na taxa de transporte de areia da base para o topo da Formação Pirambóia.
O reconhecimento de intervalos com espessuras distintas dos sets pode ser muito útil para o estabelecimento de um arcabouço estratigráfico de alta resolução de sucessões eólicas, principalmente quando se trabalha especificamente com dados de testemunhos de sondagem. A identificação destes intervalos permite a definição de horizontes de correlação dentro de sucessões eminentemente eólicas.
A Formação Pirambóia é constituída dominantemente por arenitos finos a grossos moderadamente selecionados, avermelhados, com estratificações cruzadas de grande porte, interpretados como depósitos de dunas eólicas com um sentido de mergulho dos foresets para Sistema Eólico que recobrem os depósitos lacustres da Formação Rio do Rasto. (Lavina et al, 1993; Lavina 1991).
Ref...
	Formação Serra Geral
	  
	A designação de Formação Serra Geral, refere-se à província magmática relacionada aos derrames e intrusivas que recobrem 1,2x106 km2 da Bacia do Paraná, abrangendo toda a região centro-sul do Brasil e estendendo-se ao longo das fronteiras do Paraguai, Uruguai e Argentina. Esta unidade está constituída dominantemente por basaltos e basalto-andesitos de filiação toleiítica, os quais contrastam com riolitos e riodacitos aflorantes na região dos Aparados da Serra, um dos enfoques desta excursão, e que caracterizam uma associação litológica bimodal (basalto - riolito).
O sistema de derrames em platô é alimentado através de uma intensa atividade intrusiva, normalmente representada por diques e sills que acompanham, grosseiramente, as principais descontinuidades estruturais da bacia. Esta estruturação tectônica esta diretamente conectada à junção tríplice gerada pela ação do hot spot de Tristão da Cunha, o qual estabelece um sistema do tipo rift-rift-rift (Morgans, 1971 e Rezende, 1972). Este sistema de fraturamentos, complementares ao rift Atlântico, é o responsável pela abertura, fragmentação e espalhamento dos “fragmentos” gondwanicos e separação das bacias do Paraná e Etendeka.
As variações composicionais, os dados geocronológicos, as características texturais e o arranjo entre derrames e intrusivas da bacia, possibilitaram a divisão deste magmatismo Serra Geral em oito fácies distintas, cinco relacionadas ao magmatismo máfico (fácies Gramado, Paranapanema, Pitanga, Esmeralda, Campo Erê e Lomba Grande) e quatro ao magmatismo intermediário a félsico (fácies Palmas, Chapecó, Várzea do Cedro e Alegrete). Deste conjunto, abordaremos as fácies Lomba Grande, Gramado, Palmas e Várzea do Cedro e assedimentação relacionada ao Serra Geral.
Formação Teresina
White (1908) denominou de "camadas Estrada Nova" uma sequência formada por folhelhos cinza e variegados e arenitos, na qual se encontram inclusos os sedimentos pertencentes à Formação Teresina.Moraes Rego (1930) foi quem empregou pela primeira vez o termo Teresina, sob a designação de Grupo Teresina, aos sedimentos encontrados na seção-tipo, expostos na margem direita do rio Ivaí, próximo à localidade de Teresa Cristina (antiga Teresina), no Paraná. Schneider et al. (1974), denominou esta sequência de Formação Teresina.
A Formação Teresina é constituída por argilitos, folhelhos e siltitos cinza-escuros e esverdeados, ritmicamente intercalados com arenitos muito finos, cinza-claros. Quando alterada, esta unidade mostra cores diversificadas em tons creme, violáceos, bordos e avermelhados. Comumente apresenta lentes e concreções carbonáticas, com formas elípticas e dimensões que podem atingir 2 m de comprimento por 80 cm de largura.
      As principais estruturas sedimentares encontradas nesta sequência são a laminação "flaser", plano-paralela, ondulada e convoluta, estratificação "hummocky", marcas onduladas e gretas de contração.
          As características litológicas e estruturas sedimentares exibidas por esta formação indicam uma deposição em ambiente marinho de águas rasas e agitadas, dominado por ondas e pela ação de marés (inframaré a supramaré).
Os contatos da Formação Teresina com a Formação Rio do Rasto, que lhe sobrepõe, e com a Formação Serra Alta, subjacente, são transicionais.
Seu conteúdo fossilífero é representado por restos de plantas, lamelibrânquios e palinomorfos, permitindo situá-la no Permiano Superior, no andar Tatariano.

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