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Resumo básico sobre AIDS

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AIDS 
Divulgado pelo Departamento de DST, AIDS e Hepatites virais. Disponível em:<http://www.aids.gov.br>. Atualizado em 2013. 
 
Sintomas e patologias 
associadas 
Um portador do vírus da Aids pode ficar 
até 10 anos sem desenvolver a doença e 
apresentar seus principais sintomas. Isso 
acontece, pois o HIV fica "adormecido" e 
controlado pelo sistema imunológico do 
indivíduo. Quando o sistema imunológico 
começa ser atacado pelo vírus de forma 
mais intensa, começam a surgir os 
primeiros sintomas. Os principais são: 
febre alta, diarréia constante, crescimento 
dos gânglios linfáticos, perda de peso e 
erupções na pele. Quando a resistência 
começa a cair ainda mais, várias doenças 
oportunistas começam a aparecer: 
pneumonia, alguns tipos de câncer, 
problemas neurológicos, perda de 
memória, dificuldades de coordenação 
motora, sarcoma de Kaposi (tipo de câncer 
que causa lesões na pele, intestino e 
 
 
estômago). Caso não tratadas de forma 
rápida e correta, estas doenças podem 
levar o soropositivo a morte rapidamente. 
Atuação de remédios 
Os medicamentos antirretrovirais surgiram 
na década de 1980, para impedir a 
multiplicação do vírus no organismo. Eles 
não matam o HIV , vírus causador da aids , 
mas ajudam a evitar o enfraquecimento do 
sistema imunológico . Por isso, seu uso é 
fundamental para aumentar o tempo e a 
qualidade de vida de quem tem aids. 
Desde 1996, o Brasil distribui 
gratuitamente o coquetel antiaids para 
todos que necessitam do tratamento. 
Segundo dados de dezembro de 2012, 313 
mil pessoas recebem regularmente os 
remédios para tratar a doença. 
Atualmente, existem 21 medicamentos 
divididos em cinco tipos.: 
CLASSES DE MEDICAMENTOS ANTIRRETROVIRAIS 
Inibidores nucleosídeos da transcriptase reversa - atuam na enzima transcriptase 
reversa, incorporando-se à cadeia de DNA que o vírus cria. Tornam essa cadeia 
defeituosa, impedindo que o vírus se reproduza. 
São eles: Abacavir, Didanosina, Estavudina, Lamivudina, Tenofovir, Zidovudina e a 
combinação Lamivudina/Zidovudina. 
Inibidores Não Nucleosídeos da Transcriptase Reversa - bloqueiam diretamente a 
ação da enzima e a multiplicação do vírus. 
São eles: Efavirenz, Nevirapina e Etravirina. 
Inibidores de Protease – atuam na enzima protease, bloqueando sua ação e 
impedindo a produção de novas cópias de células infectadas com HIV. 
São eles: Atazanavir, Darunavir, Fosamprenavir, Indinavir, Lopinavir/r, Nelfinavir, 
Ritonavir, Saquinavir e Tipranavir. 
Inibidores de fusão - impedem a entrada do vírus na célula e, por isso, ele não pode se 
reproduzir. 
É a Enfuvirtida. 
Inibidores da Integrase – bloqueiam a atividade da enzima integrase, responsável pela 
inserção do DNA do HIV ao DNA humano (código genético da célula). Assim, inibe a 
replicação do vírus e sua capacidade de infectar novas células. 
É o Raltegravir. 
 
Infelizmente a medicina ainda não 
encontrou a cura para a Aids. O que temos 
hoje são medicamentos que fazem o 
controle do vírus na pessoa com a doença. 
Estes medicamentos melhoram a qualidade 
de vida do paciente, aumentando a 
sobrevida. O medicamento mais utilizado 
atualmente é o AZT ( zidovudina ) que é um 
bloqueador de transcriptase reversa. A 
principal função do AZT é impedir a 
reprodução do vírus da Aids ainda em sua 
fase inicial. Outros medicamentos usados 
no tratamento da Aids são : DDI ( 
didanosina ), DDC ( zalcitabina ), 3TC ( 
lamividina ) e D4T ( estavudina ). Embora 
eficientes no controle do vírus, estes 
medicamentos provocam efeitos colaterais 
significativos nos rins, fígado e sistema 
imunológico dos pacientes. 
Cientistas do mundo todo estão 
trabalhando no desenvolvimento de uma 
vacina contra a Aids. Porém, existe uma 
grande dificuldade, pois o HIV possui uma 
capacidade de mutação muito grande, 
dificultando o trabalho dos cientistas no 
desenvolvimento de vacinas. 
 
Prevalência 
Desde o início da epidemia, em 1980, até 
junho de 2012, O Brasil tem 656.701 casos 
registrados de aids (condição em que a 
doença já se manifestou), de acordo com o 
último Boletim Epidemiológico emitido 
pelo Ministério da Saúde. 
 
Mundo: 
A OMS estima que 18 milhões de adultos e 
1,5 milhão de crianças já foram infectados 
pelo HIV, trazendo como conseqüência 4,5 
milhões de casos de AIDS em todo o 
mundo. 
 
Brasil: 
Quando: 2011 
Quantos: notificados 38.776 casos da 
doença 
Taxa de incidencia: 20,2 casos por 100 mil 
habitantes. 
 
Por região: 
(em um período de 10 anos, 2001 a 2011) 
Sudeste: a taxa de incidência caiu de 22,9 
para 21,0 casos por 100 mil habitantes. 
Sul: cresceu: 27,1 para 30,9 no Sul casos 
por 100 mil habitantes.; 
Norte: cresceu de 9,1 para 20,8 casos por 
100 mil habitantes.; 
Centro Oeste: 14,3 para 17,5 casos por 100 
mil habitantes.; 
Nordeste: 7,5 para 13,9 casos por 100 mil 
habitantes. 
 
O maior número de casos acumulados está 
concentrado na região Sudeste (56%). 
 
Há mais casos da doença entre os homens 
do que entre as mulheres, mas essa 
diferença vem diminuindo ao longo dos 
anos. Esse aumento proporcional do 
número de casos de aids entre mulheres 
pode ser observado pela razão de sexos 
(número de casos em homens dividido pelo 
número de casos em mulheres). Em 1989, a 
razão de sexos era de cerca de 6 casos de 
aids no sexo masculino para cada 1 caso no 
sexo feminino. Em 2011, último dado 
disponível, chegou a 1,7 caso em homens 
para cada 1 em mulheres. 
 
Faixa etária: a faixa etária em que a aids é 
mais incidente, em ambos os sexos, é a de 
25 a 49 anos de idade. Chama atenção a 
análise da razão de sexos em jovens de 13 a 
19 anos. Essa é a única faixa etária em que 
o número de casos de aids é maior entre as 
mulheres. A inversão apresenta-se desde 
1998. Em relação aos jovens, os dados 
apontam que, embora eles tenham elevado 
conhecimento sobre prevenção da aids e 
outras doenças sexualmente 
transmissíveis, há tendência de 
crescimento do HIV. 
 
Forma de transmissão: entre os maiores 
de 13 anos de idade, prevalece a sexual. 
Nas mulheres, 86,8% dos casos registrados 
em 2012 decorreram de relações 
heterossexuais com pessoas infectadas pelo 
HIV. Entre os homens, 43,5% dos casos se 
deram por relações heterossexuais, 24,5% 
por relações homossexuais e 7,7% por 
bissexuais. O restante ocorreu por 
transmissão sanguínea e vertical. 
 
Apesar de o número de casos no sexo 
masculino ainda ser maior entre 
heterossexuais, a epidemia no país é 
concentrada (em grupos populacionais 
com comportamentos que os expõem a um 
risco maior de infecção pelo HIV, como 
homossexuais, prostitutas e usuários de 
drogas). 
 
Em números absolutos, é possível redução 
de casos de aids em menores de cinco 
anos: passou de 846 casos, em 2001, para 
745, em 2011. O resultado confirma a 
eficácia da política de redução da 
transmissão vertical do HIV (da mãe para o 
bebê). Quando todas as medidas 
preventivas são adotadas, a chance de 
transmissão vertical cai para menos de 
1%. Às gestantes, o Ministério da Saúde 
recomenda o uso de medicamentos 
antirretrovirais durante o período de 
gravidez e no trabalho de parto, além de 
realização de cesárea para as mulheres que 
têm carga viral elevada ou desconhecida. 
Para o recém-nascido, a determinação é de 
substituição do aleitamento materno por 
fórmula infantil (leite em pó) e uso de 
antirretrovirais. 
 
Taxa de mortalidade: o Boletim do 
Ministério da saúde também sinaliza 
queda. Em 2002, era 6,3 por 100 mil 
habitantes, passando para 5,6 em 2011 – 
queda de aproximadamente 12%. Na 
comparação regional, verifica-se que o 
Sudeste apresenta comportamento similar, 
enquanto que as regiões Norte, Nordeste e 
Sul apresentam tendência de aumento. O 
coeficiente da região Centro-Oeste 
encontra-se estável. 
 
Questões de vulnerabilidade: 
O levantamentofeito entre jovens, 
realizado com mais de 35 mil meninos de 
17 a 20 anos de idade, indica que, em cinco 
anos, a prevalência do HIV nessa população 
passou de 0,09% para 0,12%. O estudo 
também revela que quanto menor a 
escolaridade, maior o percentual de 
infectados pelo vírus da aids (prevalência 
de 0,17% entre os meninos com ensino 
fundamental incompleto e 0,10% entre os 
que têm ensino fundamental completo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esther Iolanda 
301- P3A 
Profa. Carmen de Caro 
BIOLOGIA III 
Colégio técnico 
UFMG

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