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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS COLÉGIO TÉCNICO SETOR DE PATOLOGIA CLÍNICA RELATÓRIO DE MICROBIOLOGIA CLÍNICA Nome: Esther Iolanda Silva Frois Turma: P3A Data: 05 Mai. 2014 ANTIBIOGRAMA Bactéria usada: E coli INTRODUÇÃO Quando uma amostra chega ao laboratório, ela deve passar por 3 etapas: isolamento, identificação e antibiograma; sendo que ao fim dessas etapas é liberado o laudo laboratorial. Por definição, antibiograma é a técnica destinada à determinação da sensibilidade bacteriana in vitro frente a agentes antimicrobianos, também conhecidos por Teste de Sensibilidade a Antimicrobianos (TSA). No antibiograma, a bactéria passa por testes que permitem o conhecimento de quais antibióticos ela é sensível (em testes qualitativos) e qual a quantidade mínima inibitória (CMI) do antibiótico mais adequado (em testes quantitativos). É possível também saber se a cepa da bactéria possui mecanismos de virulência, sendo resistente ao tratamento normalmente usado. O antibiograma é de grande importância para o médico, pois orienta a escolha do tratamento a ser feito no paciente. O teste de disco-difusão em Ágar, descrito por Bauer e Kirby, em 1966, é um dos métodos de sensibilidade mais simples e confiáveis. É um método que orienta a escolha do antimicrobiano mais adequado, verificando a resistência/sensibilidade do MMO à vários antimicrobianos simultaneamente e permitindo a identificação de bactérias multirresistentes, com cepas muito virulentas. Para sua realização, a bactéria, em uma suspensão de concentração pré-estabelecida, é inoculada no Ágar e são dispostos discos feitos de papel- filtro impregnados com o antimicrobiano na placa. Após 24 horas, aproximadamente, de incubação, são medidos os diâmetros dos halos formados em torno da droga, mensurados em milímetros, onde quanto maior o halo, menos a CMI necessária para o controle do MMO. A interpretação dos resultados é dada como antimicrobiano sensível, intermediário ou resistente, de acordo com os critérios estabelecidos pelo Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI) no documento de disco-difusão, que é revisado a cada três anos. OBJETIVO Aprender a realizar o método do disco-difusão em Ágar e conhecer alguns dos antimicrobianos que são usados no laboratório de microbiologia. METODOLOGIA Todo o procedimento foi realizado em área limpa com Álcool 70°, em torno do bico de Bunsen. 1. PREPARO DO INÓCULO BACTERIANO Por suspensão direta, diluir colônias da bactéria em solução salina até atingir turvação semelhante à do tubo com concentração padrão pré-estabelecida, que é correspondente a 0,5 da escala de McFarland, sendo equivalente a 1,5x10 8 unidades formadoras de colônia por microlitro de solução salina (UFC)/mL. a. Com uma alça bacteriológica, transferir, de 1 a 1, colônias com morfologia semelhante na solução salina, homogeneizando e comparando com o tubo padrão 2. INOCULAÇÃO DA PLACA Inserir um swab estéril no tubo com a suspensão bacteriana, comprimindo contra a parede interna do tubo para tirar o excesso do inoculo, e semear a superfície do Ágar em 3 direções diferentes, assim como na imagem abaixo, cobrindo toda a placa. 3. APLICAÇÃO DOS DISCOS DE ANTIBIÓTICO Aguardar 5 minutos após o plantio, para que o inoculo seja completamente absorvido pelo Ágar e aplicar, com o auxílio de uma pinça estéril (pinça metálica esterilizada na chama do bico de Bunsen) e colocar os discos, dispondo-os mantendo um espaço satisfatório entre eles (espaço este de ±3 centímetros), sem mudá-los de lugar evitando uma possível falsa leitura do teste. a. Dispor os discos a partir do centro. Colocar 1 disco no centro, 4 nas laterais 4. INCUBAÇÃO DAS PLACAS Incubar as placas invertidas no máximo 15 minutos após a colocação dos discos, em temperatura máxima de 35±2°C, por período de acordo com o antibiótico usado, com oxigenação de acordo com a necessidade da bactéria. RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram escolhidos e utilizados os seguintes antibióticos: Imipenem (IPM), Norfloxatina (NOR), Meropenem (ME), Gentamicins (GEN), Ceftriaxona (CEF), Iproflaxacina (CIP), Cefepime(CPM), Sulfazotem (SUT), Rifampicina (RIF), Piperacilina+Tazobactam (PPT), Trobamicina (TOB), Cefotaxima (CTX). Os discos de antibiótico foram dispostos na placa de Petri grande com Ágar Mueller-Hinton, de forma que houvesse uma distancia satisfatória entre eles. Após o período de incubação, foi visto que não houve o crescimento da bactéria, sendo assim, não foi possível visualizar a reação da E. coli aos antibióticos usados. Porém houve o crescimento de 4 pequenas colônias, de coloração acinzentada, na placa, o que é indicativo de contaminação. Os resultados encontrados podem ter ocorrido devido a possíveis erros técnicos durante o procedimento ou podem estar relacionados com a bactéria usada, pois, em discussão com outros colegas de turma, foi visto que os que usaram a E. coli também não observaram crescimento na placa. A contaminação pode ter sido resultado do manuseio da placa de disco-difusão fora da área da chama do bico de Bunsen. CONCLUSÃO Aprendi com a aula que existem antibióticos adequados para cada bactéria, de acordo com seu grupo (ex.: Gram-negativo e Enterobactérias), que a forma de realizar o plantio em Ágar disco-difusão exige um procedimento diferente do que é comumente usado para estriar e que deve-se manter a atenção e seguir todos os cuidados necessários para a realização correta do teste e obtenção de resultados confiáveis.
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