Buscar

ESTUDO PARA PROVA 4 DE MICROBIOLOGIA (fungos)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

RESUMO PARA A PROVA DE FUNGOS – MICROBIOLOGIA
BETINA M. KEIDANN, MEDICINA VETERINÁRIA – UFPEL
DEZEMBRO, 2014
CARACTERÍSTICAS:
 São eucariotos;
 Nutrição absortiva: heterotróficos
 Reprodução sexuada (visando a diferenciação) e assexuada (proliferação);
 Parede celular específica de fungos com Glucanas (β 1,6 e β 1,3);
 Podem ser unicelulares (leveduras) ou pluricelulares (mofos);
O REINO FUNGI:
 Amplamente distribuídos na natureza: detritos orgânicos, solo, ar, água...
 Importância ecológica (degradação da matéria orgânica) e econômica (indústrias);
OS MOCINHOS: Leveduras → Saccharomyces Cerviseae:
Fermento biológico:
 Panificação; 
 Cervejaria;
 Vinhos;
 Alimentação humana;
 Suplementação alimentar (probióticos); 
 Alimentação animal (parede celular);
 Produção de antibióticos (a penicilina foi descoberta devido a ela ter sido infectada por um fungo);
 Degradação de substâncias na natureza;
 Controle biológico (controle parasitário a nível gastrintestinal, carrapatos, entre outros. Eles têm a capacidade
de predar outros microrganismos);
OS VILÕES → Causam micoses em animais e humanos; → São as pragas de lavouras
Pessoas e animais podem morrer por doenças fúngicas, devido à imunossupressão que elas causam.
Metabólitos dos fungos que estão nos alimentos:
 Micotoxicoses: causada por micotoxina ingerida, causando câncer principalmente em humanos, já em animais
ela causa distúrbios de imunidade, ocasionando numa imunossupressão, onde o animal acaba vindo á óbito
por alguma doença oportunista. MILHO, AMENDOIM.
 Micetismos: ingestão de cogumelos, podem causar vários tipos de alterações. EXISTEM COGUMELOS
VENENOSOS E OS NÃO VENENOSOS.
A CÉLULA FUNGICA:
 Unicelulares → Leveduras
 Pluricelulares → Fungos filamentosos / Mofos
Hifas: Associação de células fúngicas que estão grudadinhas, formando um aspecto de cano.
 Membrana citoplasmática com ergoesterol: bicamada lipídica. Os ergo esteróis são o principal ponto de
antifúngicos no geral.
 Parede celular é formada 90% por polissacarídeos, destes, cita-se quitina (pouca quantidade) e Glucanas (muita
quantidade). Proteínas em torno de 10% e lipídeos 1%. 
Fungo tem glucana com carboidrato na parede, no lugar da celulose, diferentemente das plantas.
NUTRIÇÃO, CRESCIMENTO E METABOLISMO:
Podem viver na natureza como: 
 Sapróbios;
 Parasitas: fungos patogênicos;
 Simbiontes: mutualismo como no rúmen por exemplo;
 Predadores: controle biológico;
Nutrição: OBS.: produção de enzimas que degradam o substrato e o absorvem por transporte ativo ou passivo. Muitas
vezes, estas enzimas são o fator de virulência. São Heterotróficos: carbono de fonte orgânica;
Nutrientes essenciais: C, N, Fe, Na, Cl, Mg, Mn. Varia de fungo para fungo, e eles são pouco exigentes... mesmo em
ambientes muito pobres em nutrientes podem se criar. Precisam de NUTRIENTES + UMIDADE.
 Aeróbios obrigatórios: leveduras podem ser fermentadoras;
 T°: maioria mesófilo. DIMORFISMO FÚNGICO: característica apenas de fungos patogênicos, consta na mudança
da característica somática em relação à temperatura. De fungo filamentoso passa à levedura que é mais
termotolerante.
 pH: 5-7, porem podem tolerar de 1,5-11, o que constata a importância em alimentos.
 Umidade;
 Velocidade de crescimento in vitru: 7-15 dias.
FUNGOS FILAMENTOSOS:
 São multicelulares;
 Colônias de aspecto pulverulento ou algodonoso.
 Possuem hifas, que podem ser septadas (com septos que separam as células, que tem núcleos visíveis) ou não
septadas/cenocíticas (contínua sem núcleos visíveis).
LEVEDURAS UNICELULARES:
 Divisão por brotamento;
 São bem maiores que os fungos filamentosos;
 As colônias possuem um aspecto semelhante à de bactérias, mais seco e maciço. 
REPRODUÇÃO FÚNGICA:
Pode ser de forma sexuada ou assexuada:
→ Assexuada:
 Ocorre com mais frequência;
 ↑ número de indivíduos, porém com pouca ou nenhuma variabilidade;
 Conídios (tipo um esporo só que fúngico) assexuados → mitose; → fragmentação de hifas; → gemulação
(leveduras);
 Mantém a divisão dos fungos no ambiente, não somente quando está no organismo do portador.
 Esta reprodução também é chamada de anamórfica ou imperfeita.
 Hifas → Esporângio → Mitose → Ambiente → Micélio de novo (anotei por que foi o que ela falou mas está
diferente no slide).
→ Sexuada:
 Conídios formados por meiose → ↑ variabilidade genética, indivíduos diferentes doam seus núcleos;
 Formação de estruturas especializadas;
 Também conhecida como fase teleomórfica ou perfeita.
 Micélio + Micélio se fundem → fase heterocariótica (n+n) → Cariograma (fusão de núcleos) → Esporângio (2n)
→ Meiose → Germinação → Micélio de novo.
TIPOS DE CONÍDEOS ASSEXUADOS:
 Blastoconídeos: brotamento (leveduras);
 Artroconídeos: fragmentação de hifas;
 Clamidoconídeos: não assexuados, mas com características de resistência. São conídeos com parede dupla,
perfeitos para manter a umidade.
 Microconídeos externos: formados no lado externo. Saem facilmente;
 Microconídeos internos: formados no interior do esporo, necessitam do rompimento para saírem;
 Macroconídeos: de 2 à 16 células dentro de uma estrutura, possuem muitos formatos. Causadores de várias
doenças em animais.
TIPOS DE CONÍDEOS SEXUADOS:
 Ascosporos (ascomicetos): corpo de frutificação;
 Basidiosporos: basidiomicetos → cogumelos;
 Zigósporos (zigomicetos);
TAXONOMIA FÚNGICA:
 Filo Zygomycota: micélio cenocítico, reprodução sexuada por zigosporos e assexuada por esporângiosporos;
 Ascomycota: micélio septado, reprodução sexuada por ascósporos e assexuada por conídeos (macro e micro);
 Basidiomycota: hifas septadas, reprodução sexuada por basidiósporos. São os cogumelos.
 Chytridiomycota: fungos aquáticos, formam zoósporos (esporos flagelados) no seu ciclo de vida. Há espécies
unicelulares e que formam hifas cenocíticas. Encontrados em água doce e salgada. Podem ser parasitas de
plantas ou sapróbios de plantas e animais.
FUNGOS ANAMÓRFICOS (MITOSPORICOS):
São os imperfeitos → fungos que apresentam somente reprodução assexuada conhecida (conídeos assexuados).
FÁRMACOS ANTIFÚNGICOS:
Podem ser 
 Fungicidas → conseguem eliminar o fungo, matando-o; 
 Fungiostáticos → não mata apenas para o crescimento do fungo;
Sítios: 
 Dano direto na membrana (polienos);
 Membrana celular: inibição da síntese do ergosterol (azólicos, alilaminas);
 Parede celular: inibição da síntese de Glucanas (equinocandinas) e síntese de quitina (nicomicinas);
 Inibição da síntese proteica (sordarinas, azasordarinas);
 Inibição da síntese do ácido nucleico (flucitosina);
 Rompimento dos microtúbulos e inibição da mitose (griseofulvina);
POLIENOS: Dano direto na membrana
 Anfotericina B (endovenosa);
 Nistatina (tópico);
Ação: moléculas do fármaco ligam-se ao ergosterol formando poros ou canais que envolvem ligações hidrofóbicas entre
os segmentos lipofílicos da anfotericina B e o ergosterol. Ocorrem distúrbios nas funções da membrana, permitindo aos
eletrólitos (especialmente ao K+) e pequenas moléculas a saída da célula, levando à morte celular. Resumindo: faz entra
água no meio hidrofóbico. (Eu acho, foi o que eu entendi mas está confuso);
MEMBRANA CELULAR: INIBIDORES DA SÍNTESE DO ERGOSTEROL:
 Azólicos: Miconazol, cetoconazol. Tem bastante na forma de pomadas e shampoo.
Ação: Inibe a síntese do ergosterol na membrana do fungo (inibição da enzima 14-α-demetilase do lanosterol
dependente o citocromo fúngico P-450).
 Alilaminas: terbinafina e naftifina 
Ação: inibição da enzima esqualeno epoxidase, com diminuição do ergosterol.
AGORA OS QUE ATUAM INTRACELULARMENTE:
 Griseofulvina. Ação: inibição da mitose.
 Antimetabólitos (Flucitosina):
Ação: interfere com a síntesede DNA, RNA e síntese proteica na célula fúngica;
A flucitosina é captada células fúngicas através da enzima citosina permease. O fármaco é transformado
intracelularmente em 5-fluoracil que é convertido em ácido 5-fluorídico que compete com o uracil na síntese do RNA e
inibe a síntese do DNA dos fungos.
INIBEM A SÍNTESE DA PAREDE CELULAR:
Equinocandinas;
Ação: inibição da síntese de β1,3-glucanas da parede celular fúngica.
FÁRMACOS SISTÊMICOS: Cetoconazol, Fluconazol.
FÁRMACOS TÓPICOS: Miconazol, Nistatina.
CLASSIFICAÇÃO DAS MICOSES: 
 Cutâneas:
 Dermatofitose
 Subcutâneas:
 Esporotricose
 Pitiose
 Sistêmicas:
 Histoplasmose
 Coccidiodomicose
 Blastomicose
 Oportunistas:
 Malasseziose
 Candidiase
 Criptococose
 Aspergilose
MICOSES CURTÂNEAS: DERMATOFITOSE
Infecções causadas por fungos queratinofílicos que atacam a pele e seus anexos.
 Reprodução assexuada por meio de macro e microconídios;
 Não invadem e nem sobrevivem em tecidos vivos;
 3 gêneros: Microsporum, Trichophyton e Epidermophyton
 Zoonoses → Importância em saúde pública. Cada espécie de fungo tem a sua preferência de espécie animal.
Ex.: microsporum canis.
 Fatores de virulência:
 Produção de queratinases e outras proteases que provocam dermatite de contato (inflamação da
pele);
 Dermatófitos se movimentam perifericamente, vindo a infectar a pele e os pelos das regiões
adjacentes: lesão circunscrita e crescente. Devido a isso a amostra deve ser retirada das lesões periféricas
pois no centro da lesão já não tem mais fungo ali. Nas lesões, não se tem mais pelo.
 Habitat = fonte da infecção:
 Geofílicos: solo
 Antropofílicos: preferência pelo homem;
 Zoofílicos: preferência por espécie animal;
 Dermatófitos: M. canis, M. gypseum, M. mentagrophytes
 Canis: 80-85% em cães e 90-95% em gatos (em torno de 10% são assintomáticos, estes, tem o
dermatófito mas não desenvolvem a lesão. Não são doentes, mas são fontes de infecção. Adaptação do
sistema imune os deixa assintomáticos.
 T. verracosum em bovinos (normalmente jovens). Pode ocorrer com stress como no desmame.
 T. equinum var. equinum: começa na cabeça ou no lombo;
 Diagnóstico: exame direto do material coletado em busca de parasitismo em crostas e pelos. Cultivo: agar
seletivo p/ fungos. Incubação: 30ºC ou 37º C, 7-15dias; Identificação: macro e micromorfologia.
MICOSES SUBCUTÂNEAS:
 Agentes vivem como sapróbios no solo e vegetais; 
 São parasitas acidentais dos animais e homem, que se infectam por ocasião de um traumatismo na pele;
 Micose se localiza na pele e tecido subcutâneo, próximo ao ponto de inoculação, sendo rara sua disseminação;
ESPOROTRICOSE:
Complexo Sporothrix tem vários, cito neste resumo somente os de importância: Sporothrix brasiliensis, S. sensu strictu.
 Fatores de virulência: produção de melaninas e dimorfismo.
 Afeta várias espécies, como felinos, caninos, equinos e homem.
 Exame direto de pus ou secreção corados por Gram ou Giemsa: células leveduriformes pequenas, ovóides ou
em forma de charuto;
 Diagnóstico é confirmado pelo isolamento: cultivo em agar seletivo (Micobiotic), incubado à temperatura
ambiente e a 37ºC;
 A esporo é uma zoonose, passa para o homem → importância.
PITIOSE: “Pseudofungo”
 Pythium insidiosum → Oomiceto
 Fazem seu ciclo de multiplicação com plantas, na água.
 Tem importância para equinos, porém a cada 50 equinos 2 ou 3 apresentarão Pitiose.
 Difícil tratamento, leva a eutanásia;
 Pode afetar caninos e humanos, embora seja extremamente raro no Brasil. Nestes casos, afeta o TGI e não o
tecido subcutâneo; Em bovinos a doença é completamente diferente, afeta vários animais invés de um ou
outro, as feridas são discretas e os bovinos tem autocura. Em ovinos é frequente no nordeste.
 Possui hifas cenocíticas, produz estruturas assexuadas biflageladas (zoósporos móveis)
 Fatores de Virulência: Resposta imune não apropriada 
 Não é contagiosa → não é zoonose
 Kunker: hifas cobertas por células mortas do processo inflamatório. Utiliza-se o kunker para diagnóstico.
 Isolamento: agar sangue ou caldo Sabouraud, a 370C por 24-48 horas, crescimento de um micélio
esbranquiçado. Zoosporogênese: formação de estruturas assexuadas in vitro
CONIDIOBOLOMICOSE:
 Micose subcutânea causada por fungos da ordem Entomoftorales - Conidiobolus spp. (C.coronatus;
C.incongruus; C. lamprauges);
 Fungos filamentosos, hifas cenocíticas. Formam esporângio, o qual libera os esporos para o meio ambiente;
 Encontrados infectando insetos, sapróbios de vegetais em decomposição e solo;
 Fatores de virulência: produção de enzimas (proteases, colagenases e lipases); e termotolerância (produção de
enolase)
 Equino (não muito), Homem e Ovinos (muito) → nordeste do Brasil
 Diagnóstico: Isolamento: agar Sabouraud ou agar batata (30-37ºC; 5-10 dias)
MICOSES SISTÊMICAS:
Características de todos os fungos causadores:
 Sapróbios (solo ou dejetos animais);
 Dimórficos → Fator de virulência;
 As vias aéreas superiores são a principal porta de entrada → são inalados;
 Após a infecção pulmonar primária, o curso da enfermidade depende da eficácia das respostas imunes do
hospedeiro, podendo a enfermidade disseminar-se para os ossos, pele, sistema nervoso ou vísceras
abdominais;
 NÃO SÃO CONTAGIOSAS, portanto não são zoonoses.
HISTOPLASMOSE:
 Histoplasma capsulatum var. capsulatum
 Habitat: solo rico em fezes de morcego e aves, em pequenos nichos ecológicos: locais protegidos da luz solar,
ricos em substâncias nitrogenadas (cavernas, galinheiros).
 Os morcegos são os disseminadores da doença
COCCIDIOIDOMICOSE:
 Agente: Coccidioides immitis(EUA); Coccidiodes posadasii (resto das Américas);
 Ocorre mais em caninos, devido ao ato de farejar;
 É dimórfico, porém só faz o dimorfismo no hospedeiro;
 Diagnóstico Laboratorial Cultivo: agar seletivo para fungos 25°C; crescimento rápido, algodonosas,
esbranquiçadas 
 Requer: Capela de fluxo laminar (nível III) → agentes patógenos de difícil tratamento → perigoso inalar no
laboratório.

Outros materiais