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Analises aula dia 15.05 (AV2)

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Análises Clínicas - Aula do dia 15/05 (AV2)
Testes sorológicos = testes para quantificar os anticorpos. Os qualitativos servem para identificar se o paciente tem ou não o anticorpo. 
Imunidade inata = A resposta se dá por células que fazem fagocitose. Não gera memória (não é específica). Os macrófagos e neutrófilos são importantes nessa imunidade. O macrófago reconhece a bactéria através de um receptor de membrana. Estes são receptores germinativos (desde o nascimento). Ou seja, o macrófago só reconhece com base nos receptores que são germinativas (não reconhece bactérias ''novas''). 
Imunidade adaptativa = São células mais evoluídas e são específicas para determinados antígenos. Os linfócitos B e T participam desta imunidade. O linfócito reconhece a célula através de mecanismos mais complexos. O complexo MHC tem 80 genes que controlam a variabilidade genética. Dentre eles, existe o HLA (Antígeno Leucocitário Humano), que é o mais importante do MHC. É ele que diferencia o próprio do não-próprio. 
Quando se faz diagnóstico de doença pela imunologia, existem técnicas que visualizam diretamente o parasita, técnicas microscópicas, de imunofluorescência e que dosam os anticorpos (IgM e IgG específicas daquele antígeno, por exemplo). 
LOTCD8 = É citotóxica. Destrói células infectadas por vírus.
LOTCD4 = Dividida em Th1 e Th2, que são as auxiliares. A Th1 auxilia o macrófago na fagocitose, para que o mesmo induza a morte. A Th2 ativa a célula B para a produção de anticorpos. A resposta da célula B é completamente dependente da célula T. 
Qual a função dos anticorpos? R: Neutralizar; levar a bactéria neutralizada para que o macrófago a fagocite (opsonização). Se mesmo assim a bactéria permanecer viva, há a ativação do SC (pela via clássica). 
Estrutura do anticorpo: Região constante (IgG, IgM, IgA, IgD ou IgE), região variável (faz a ligação com o antígeno - epítopos). 
Imunoglobulinas séricas (presentes na circulação): IgM e IgG - serve para detecção de patologias séricas, como: dengue, hepatite, rubéola, toxoplasmose, malária e etc. 
A pneumonia não é uma viremia. É um infecção das mucosas. Para seu diagnóstico, solicita-se dosagem de IgA (imunoglobulina de mucosa). Nesse caso, IgG e IgM estariam baixas. 
Para diagnóstico de infecções alérgicas faz dosagem de IgE (interação com mastócito). 
Teste qualitativo de soro em lâmina = Para coleta do soro na imunologia, não se usa anticoagulante. Pipeta o soro para fazer a ligação anticorpo-antígeno. Procedimento: 0,5 ml de soro em tubos ou placas; 1 gota do antígeno; agitar por 4min (devagar). A aglutinação é a formação de grumos (indica que o paciente tem o anticorpo). Se não formar o grumo, a amostra é negativa e não é necessário quantificar. Se o paciente tive o anticorpo, é necessário fazer o teste quantitativo.
Teste quantitativo: diluições --> 0,5 ml de solução salina em cada cinco poços; 0,5 ml de soro ao poço número 1, misturar e transferir 0,5 ml para o poço n° 2; continuar misturando e transferindo até o último poço; descartar 0,5 ml deste poço. Diluições 1:2, 1:4, 1:8, 1:16, 1:32...O laudo é dado observando até onde vai a formação dos grumos. Por exemplo: ''Reação positiva até a diluição 1:8.''
O teste para diagnóstico de sífilis é ''VDRL'', que é uma proteína semelhante á proteína do Treponema. Esse teste serve para verificar se o paciente tem ou não o anticorpo do Treponema. Se ele tiver o anticorpo, ele automaticamente se ligará e formará grumos. 
Quanto mais longe for a diluição, mais grave será o quadro. 
Reações de Hemaglutinação (tipagem sanguínea) -
Com esse teste é possível determinar o tipo sanguíneo mediante o sistema ABO. 
Hemaglutinação = Determinar o grupo ABO entre doadores e receptores de sangue. 
Sangue tipo B tem anticorpo anti-A. Sangue tipo A tem anticorpo anti-B. Procedimento: Colhe o sangue, pega o soro, pinga o anticorpo, roda 4min e observa se há ou não formação de grumos. 
O teste usado para saber o fator Rh é o teste de ''Coombs direto e indireto'' e tem um papel muito importante na doença hemolítica do recém-nascido (eritroblastose fetal – Rh do filho é contrário ao da mãe). A diferença é que, no sistema ABO, quem tem sangue tipo A já nasce com o anticorpo anti-B. No Rh, não nasce com o anticorpo anti-Rh (só terá caso entre em contato com ele). 
Ex: Uma mãe com Rh negativo está grávida pela primeira vez e o filho é Rh positivo. Nesse caso não terá problema pois ela ainda não teve contato com o sangue de Rh contrário. No momento do parto ela entrará em contato com o sangue do feto e a partir disso, ela é Rh negativo e tem o anticorpo anti-positivo. Ao ficar grávida pela segunda vez e a criança mais uma vez tem o Rh contrário ao seu, o anticorpo vai atravessar a placente e pegará as hemácias do bebê, originando a eritroblastose fetal. A criança nasce anêmica. Podem acontecer problemas na primeira gestação se houver descolamento da placenta, por exemplo. 
O teste de Coombs indireto serve para minimizar a dúvida se tem ou não o anticorpo. É um dos exames do pré-natal. Pega-se o sangue da mãe para saber se ela possui o anticorpo anti-Rh contrário ao dela. Vamos supor que ela seja Rh negativo e queira saber isso antes de engravidar. Colhemos o sangue dela e coloca uma amostra positiva de qualquer pessoa dentro do tubo de ensaio. Dentro do tubo acontecerá a ligação da hemácia com o anticorpo dela. Depois, coloca o reagente de Coombs. 
O teste de Coombs direto é feito pegando a amostra de sangue da criança (nesse caso é uma amostra positiva – anti-Rh) e coloca-se o reagente de Coombs. O reagente se liga ao anticorpo. Essa reação será detectada através do ELISA. 
Resumindo: Caso o sangue da criança RH+ entre em contato com o sangue da mãe que é Rh-, pode-se haver uma reação semelhante a de quando tomamos uma vacina, ou seja, a mãe começa a produzir anticorpos contra o sangue da criança e seu sistema hematopoiético. Isso destrói as hemácias e o próprio sistema produtor de hemácias da criança. No caso da eritroblastose fetal, quando o sangue da mãe entra em contato pela primeira vez com o sangue do bebê que possui fator RH diferente do seu, há produção de anticorpos. Em uma segunda gestação, estes anticorpos, já criados anteriormente irão causar o doença. Em outras palavras, o sangue do bebê será considerado um agressor ao organismo da mãe.
O método de ELISA é um princípio colorimétrico. A placa de ELISA tem 96 poços e tem no fundo um antígeno adsorvido. Coloca no poço a amostra do paciente para saber se ele tem ou não o anticorpo. Se tem o anticorpo, ele se ligará ao antígeno no fundo da placa. No caso de não especificidade, ele não se ligará ao antígeno. São feitas várias lavagens. A amostra que tem a presença de anticorpo, mesmo depois de várias lavagens, ele não se solta pois é uma ligação covalente. Coloca o cromógeno, que se ligará ao anticorpo, dando-lhe a cor azul. 
O ELISA é feito também para detecção de início de HIV, hepatite, rubéola e beta-HCG. 
A técnica complementar ao ELISA para a detecção de HIV é o Western-blott (visualização de partícula viral – observa a proteína). Os dois são testes ''padrão-ouro''.
Diagnósticos: 
Para detecção da sífilis, faz VDRL (aglutinação). 
Para rubéola, faz ELISA e dosagem de IgM e IgG específica para rubéola. 
Para diagnóstico de toxoplasmose, faz dosagem de IgM e IgG e visualização direta por imunofluorescência. 
Para diagnóstico de dengue, faz hemograma e IgM e IgG para confirmação.
Para HIV, faz ELISA e Western-blotting para confirmação. 
Para Mononucleose faz exame de sangue e detecção sorológica de anticorpos específicos. 
Para doença de Chagas faz IgM e IgG (específica para o T. cruzi) e visualização direta do parasita na lâmina. 
Para hepatite faz exames de função hepática (hemograma completo, TGO e TGP, GGT, fosfatase alcalina e bilirrubina) e faz dosagem de IgM e IgG contra todos os tipos virais da hepatite. 
Dosagem de anticorpos: aglutinação, ELISA e WB.

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