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Bioquímica clínica – Aula do dia 24/11/16 (AV2) São cinco as funções primárias do rim: Eliminar resíduos metabólicos (uréia, creatinina, ácido úrico, ácidos orgânicos, bilirrubina conjugada, drogas e toxinas). Reter nutrientes (proteínas, aminoácidos, glicose, sódio, cálcio, cloretos, bicarbonato e água). Regular o equilíbrio eletrolítico no líquido intersticial controlando, simultaneamente, o movimento e a perda de água ao nível celular em colaboração com a pele e os pulmões. Síntetizar eritropoietina, renina, prostaglandinas e 1,25-diidroxicolecalciferol (forma ativa da vitamina D). O sistema urinário consiste de rins, ureteres, bexiga e uretra. Os rins são os componentes fisiologicamente dinâmicos do sistema realizando muitas funções, incluindo a formação da urina FUNÇÕES DOS NÉFRONS – A ultrafiltração é a passagem seletiva de pequenas moléculas, água ou íons pela estrutura capilar denominada de glomérulo na porção do néfron conhecida como espaço de Bowman. A reabsorção é o movimento de substâncias para fora do lúmem tubular do néfron e para os capilares renais circundantes ou para o interstício. Isto significa que os rins conservam ou “reciclam” nutrientes essenciais ou partículas filtradas. A secreção é o movimento de partículas dos capilares renais ou interstício para o lúmem do néfron. As partículas secretadas entram no néfron tanto por filtração como secreção, ou ambos. Todos estes processos ocorrem simultaneamente e é a estrutura especializada do néfron que os promove. Os estudo da função renal visa avaliar: Filtração glomerular. Esta função é que melhor se correlaciona com a capacidade dos rins em manter a composição dos líquidos corpóreos. Fluxo sangüíneo renal. É a que mantém a homeostase adequada, portanto, que exista fluxo sangüíneo suficiente. Função tubular. É bastante complexa pelas diferentes ações realizadas pelos túbulos. URINA – Solução formada pelo rim, o principal órgão excretor do organism - mantém constante o volume, a composição química, o pH e a pressão osmótica dos líquidos do corpo. O suprimento de sangue da unidade funcional é realizado pelas arteríolas aferentes (ao redor de 1.200 ml/minuto de sangue total passa pelos dois rins de um adulto normal) que dá origem a um grande número de capilares dentro do glomérulo. Estes capilares se unem para formar as arteríolas eferentes que compõe a rede capilar que abastece o tecido tubular adjacente. Formação de urina - processo que envolve ultrafiltração, secreção e reabsorção de componentes essenciais. Estes processos são controlados pela pressão osmótica e hidrostática, pelo suprimento de sangue renal e pela secreção de hormônios. Resumidamente, o mecanismo de formação de urina consiste: Filtração do plasma sangüíneo pelo glomérulo, na velocidade de 130 mL por minuto, com a formação de ultra-filtrado com todos os constituintes plasmáticos, exceto (quase totalmente) proteínas e substâncias ligadas a elas. No túbulo proximal: Reabsorção passiva de algumas substâncias, tais como glicose, creatinina, aminoácidos, vitamina C, lactato, piruvato etc., pelas células tubulares. Secreção ativa de algumas substâncias pelas células tubulares renais e/ou secreção de materiais derivados do líquido intersticial peritubular. Reabsorção isotônica de 8% da água do filtrado, além de cloretos, sódio, potássio, fósforo e outros eletrólitos. A reabsorção destas substâncias é obrigatória e independe das necessidades do organismo. Nos ramos descendente e ascendente da alça de Henle acontece uma reabsorção adicional de água, pelo mecanismo de troca de contracorrente. Por conseguinte, o volume inicial é reduzido a 13-16 mL/minuto. O túbulo distal realiza o ajuste da concentração de eletrólitos de acordo com as necessidades orgânicas. O sódio pode ser removido sob a influência do sistema aldosterona-angiotensina. hormônio antidiurético (HAD) controla a reabsorção da água para estabelecer o equilíbrio osmótico. No túbulo coletor se processa a transformação final do filtrado em urina hipertônica. O volume é 1,0 mL/min. Volume da diurese normal, em adultos - entre 800 a 1.800 mL em 24 h*. Estes valores estão sujeitos a variações, pois são influenciados pelo volume corporal, consumo de líquidos, sudoração e temperatura ambiente. Em crianças, a diurese é maior que no adulto em proporção ao volume corporal. volume de urina formado durante a noite é menor que o diurno (proporção de aproximadamente 1:3). Em condições patológicas (exemplo: insuficiência renal) a eliminação noturna pode aumentar, tornando-a maior que a diurna (nictúria). Um volume urinário maior que 2.000 mL/d é denominado de poliúria enquanto uma excreção menor que 500 mL/d chama-se oligúria. Principais causas de poliúria são: grande ingestão de líquidos (polidipsia), insuficiência renal crônica, diabetes mellitus, diabetes insípido, aldosteronismo primário e mobilização de líquido previamente acumulado em edemas. A oligúria é encontrada na redução de ingestão de água, desidratação (diarréia, vômitos prolongados, sudoração excessiva) sem a reposição adequada de líquidos, isquemia renal, reações de transfusão, pielonefrite, disfunção glomerular, obstrução e agentes tóxicos. Urina do tipo I – EAS Análise física e química (aspecto, cor, densidade, pH, pesquisa de nitrito, pesquisa de proteína, pesquisa de glucose, pesquisa de cetonas, pesquisa de urobiinogênio, pesquisa de bilirrubina, pesquisa de hemoglobina); Investigação de sedimento (Hemácias, leucócitos, cristais, células epiteliais). É o mais recomendado. Utiliza-se a primeira urina da manhã. Faz a higiene, libera o primeiro jato e coleta o próximo. A pesquisa de nitrito é importante porque algumas bactérias presentes na urina utilizam nitrato para converter em nitrito, e a presença dele é um indicativo de atividade bacteriana. Porém, nitrito negativo não exclui infecção bacteriana porque algumas delas não utilizam-o. Pesquisa de proteína – Proteínas menores que 60 quilodaltrons são filtradas e reabsorvidas, podendo ter uma pequena quantidade na urina. É detectado quando tem uma maior quantidade de proteínas, que também precisam ser maiores. Pesquisa de glicose – A glicose é filtrada e reabsorvida. Então, a presença de glicose na urina não é normal, indicando que há uma maior quantidade de glicose no sangue, que vai ultrapassar a capacidade de reabsorção renal. Indica hiperglicemia Glicemia maior do que 180mg/dl. Pesquisa de cetonas – Em uma pessoa normal, há ‘’cetona negativa’’. Pesquisa de urobilinogênio – Há uma pequena quantidade considerada normal. Só vai haver bilirrubina na urina quando a quantidade dela no sangue estiver muito alta. Hemoglobina – parâmetro ausente. Cultura automatizada e antibiograma (quando necessário) Urina de 24h Análise da urina e seu volume. No dia da coleta, na parte da manhã, é recomendável esvaziar a bexiga e começar a marcar (essa não coleta). A partir daí, a cada urina ejetada, essa precisa ser coletada para que não haja perda. Discuta o que é ureia e por que este metabólito não é um bom marcador de função renal. R:
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