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Mercado primário e mercado secundário Os títulos do governo são operados em dois mercados: • O mercado primário, que é o mercado formado pelos emissores de um título e seus compradores diretos. No caso dos títulos públicos, corresponde às instituições de governo (Tesouro Nacional e Banco Central) e os compradores privados. • O mercado secundário, que se forma nas transações de compra e venda dos títulos lançados anteriormente, participando dele as instituições privadas e o próprio Banco Central. Nesse mercado, os títulos são comprados e vendidos considerando a expectativa que se tem quanto aos investimentos alternativos e às necessidades de caixa dos seus tomadores. Vejamos um exemplo: As Letras do Tesouro Nacional - LTN têm as seguintes características, conforme o Decreto nº 3.859, de 4 de Julho de 2001, apresentadas de forma simplificada: - prazo: definido pelo Ministro de Estado da Fazenda, quando da emissão do título; - valor nominal: R$ 1.000,00; - rendimento: definido pelo deságio sobre o valor nominal; - resgate: pelo valor nominal, na data de vencimento. Isso significa que os investidores farão ofertas para compra do título com deságio, isto é, oferecendo um preço menor que o valor de face. A diferença entre este valor e o oferecido corresponde à remuneração do título. Assim, para um título com o valor nominal de R$ 1.000,00, com vencimento em um ano, se foi comprado pelo valor de R$ 900,00, a remuneração do título será de aproximadamente 11% (R$ 1.000,00/900,00). Essa operação é realizada no: • mercado primário Posteriormente, exatos seis meses depois, antes do vencimento, portanto, o investidor, por necessidade de caixa, resolveu oferecer o título no mercado. Outro investidor, diante de suas alternativas de investimento, aceita comprá-lo pelo valor de R$ 950,00. Considerando que faltam seis meses para o vencimento, a remuneração esperada será de aproximadamente 5.5% para seis meses, equivalente à taxa de 11% ao ano. Essa segunda operação foi realizada no: • mercado secundário 1 2 Os títulos mobiliários emitidos pelo governo, no entanto, diferem entre si conforme o contexto e a finalidade da emissão. Os títulos podem ser pós-fixados, oferecendo diferentes indexadores, monetários ou cambiais, ou prefixados, que não possuem indexadores. Existem ainda diferenças em relação às taxas de juros, forma de pagamento e forma de colocação do título (por meio de leilão ou colocação direta). Na página do Tesouro Nacional, são apresentados os títulos da dívida utilizados e as características individuais de cada título da dívida pública federal interna e externa. É importante acentuar que, ao mesmo tempo em que os títulos emitidos pelo Tesouro Nacional servem para atender a política fiscal, o Banco Central os utiliza para realizar a política monetária, por meio de operações de compra e venda no mercado secundário, conforme já discutido. Nesse sentido, a taxa básica de juros praticada pelo governo tem o duplo papel de servir ao financiamento da dívida e atender aos objetivos da política monetária.
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