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Empuxo Laboratório de física B Luka Carlos, Otávio P. Menegatti, Rafael Oliveira, Vinycius Rodrigues Turma 31B 1. Objetivos: Estudar conceitos e aplicar conhecimentos relacionados a empuxo e peso aparente. Relacionar estas forças e analisar sua interferência na força peso medida por um dinamômetro e na massa medida por uma balança de um sistema em equilíbrio. 2. Introdução Teórica: Todo corpo imerso, total ou parcialmente, num fluido em equilíbrio, dentro de um campo gravitacional, fica sob a ação de uma força vertical, com sentido ascendente, aplicada pelo fluido. Esta força é denominada empuxo (E), e possui como intensidade o módulo da força peso do fluido deslocado pelo corpo. Tal força é definida pela seguinte fórmula: E = P E = m.g E = ρlíquido.vdeslocado.g (I) Ao se medir a força peso de um bloco, submerso em um determinado líquido, por um dinamômetro, observa-se o chamado peso aparente, sendo representado por: Paparente = P – E (II) 3. Materiais utilizados e procedimento experimental: 4 blocos de alumínio (diferentes tamanhos) 2 cilindros de resina (diferentes tamanhos) Proveta 1 cilindro de ferro 1 cilindro de alumínio Água Régua Tripé Linha Dinamômetro Balança Béquer de plástico Primeiramente montou-se o tripé com o dinamômetro suspenso próximo à balança. Em seguida mediu-se a massa do béquer preenchido com água e organizou-se o sistema de modo que todo o bloco pudesse ficar submerso sem encostar-se às paredes do béquer. Após isso, os diferentes cilindros foram mergulhados separadamente para, assim, anotar-se as respectivas massas ao final e os valores de peso lidos no dinamômetro ao final do processo (equilíbrio). Na segunda parte do experimento, pesou-se a proveta com água e mergulhou-se os 4 blocos de alumínio, um por vez, anotando-se, assim, a massa final, o peso lido no dinamômetro e o volume de água deslocado pelo bloco na proveta. 4. Resultados: Através do procedimento experimental, obtêm-se as seguintes tabelas de medidas diretamente encontradas pelos operadores: Objeto m (± 0,01) g Resina Grande 53,85 Resina Pequena 14,29 Alumínio 32,07 Ferro 97,89 Bloco 1 19,81 Bloco 2 28,17 Bloco 3 33,31 Bloco 4 40,11 Tabela 1: Medidas diretas das massas dos objetos Objeto Pfora (± 0,05) N Pdentro (± 0,05) N mfora (± 0,01) g mdentro (± 0,01) g Vdeslocado (± 0,5) ml Resina Grande 0,53 0,08 569,03 615,10 44,0 Resina Pequena 0,14 0,03 568,19 579,77 12,0 Alumínio 0,31 0,20 568,59 579,85 12,0 Ferro 0,97 0,85 568,10 579,50 13,0 Tabela 2: Medidas diretas da primeira parte do experimento Bloco de alumínio Pfora (± 0,05) N Pdentro (± 0,05) N mfora (± 0,01) g mdentro (± 0,01) g Vdeslocado (± 0,5) ml 1 0,19 0,16 285,12 301,80 4,0 2 0,28 0,23 285,20 308,23 5,0 3 0,33 0,27 284,80 311,97 6,0 4 0,40 0,33 284,89 317,81 8,0 Tabela 3: Medidas diretas da segunda parte do experimento Pela fórmula (I), foi possível calcular o valor do Empuxo para as duas partes do experimento, como demonstrado a seguir para um dos objetos de cada parte. Os outros foram calculados da mesma forma: 1ª parte: E = ρlíquido.g.vdeslocado E = 1000.9,78.0,000044 E = 0,43032 N Propagação de erro 1ª parte: ∆E = ∆ρ.v.g + ∆v.g.ρ + ∆g.v.ρ ∆E = 0 + 0,0000005.1000.9,78 + 0 ∆E = 0,00489 2ª parte: E = ρlíquido.g.vdeslocado E = 1000.9,78.0,000004 E = 0,039 N Propagação de erro 2ª parte: ∆E = ∆ρ.v.g + ∆v.g.ρ + ∆g.v.ρ ∆E = 0 + 0,0000005.9,78.1000 + 0 ∆E = 0,00489 N Pela fórmula (II), também foi possível calcular o valor do empuxo para as duas partes do experimento, como demonstrado a seguir para um dos objetos de cada parte. Os outros foram calculados da mesma forma: 1ª Parte: PAparente = P – E 0,08 = 0,53 – E E = 0,53 – 0,08 E = 0,45 N Propagação de erro 1ª Parte: ∆E = ∆P + ∆Paparente ∆E = ∆dinamômetro + ∆dinamômetro ∆E = 0,05 + 0,05 = 0,1 N 2ª Parte: PAparente = P – E 0,16 = 0,19 – E E = 0,19 – 0,16 E = 0,03 N Propagação de erro 2ª Parte: ∆E = ∆P + ∆Paparente ∆E = ∆dinamômetro + ∆dinamômetro ∆E = 0,05 + 0,05 = 0,1 N Os resultados obtidos por esses cálculos estão apresentados na tabela abaixo: Volume deslocado (± 0,0000005) m³ Empuxo (N) Fórmula I Fórmula II 0,000044 0,430 ± 0,005 0,45 ± 0,1 0,000011 0,117 ± 0,005 0,11 ± 0,1 0,000011 0,117 ± 0,005 0,11 ± 0,1 0,000012 0,127 ± 0,005 0,12 ±0,1 Tabela 4: Medidas indiretas da primeira parte do experimento. Volume deslocado ± 0,0000005 ( m³ ) Empuxo ( N ) Fórmula I Fórmula II 0,000004 0,039 ± 0,005 0,03 ± 0,1 0,000005 0,049 ± 0,005 0,05 ± 0,1 0,000006 0,059 ± 0,005 0,06 ± 0,1 0,000008 0,078 ± 0,005 0,07 ± 0,1 Tabela 5: Medidas indiretas da segunda parte do experimento. A partir dos dados expressos nas tabelas, foi possível construir quatro gráficos que relacionam o empuxo com o volume deslocado pelos objetos. Os gráficos construídos estão apresentados a seguir: Gráfico 1: Empuxo x volume deslocado da 1ª parte (Fórmula I) Como a função da curva é dada pela fórmula (I), tem-se que o coeficiente angular é: ρ.g, sendo possível encontrar a densidade do líquido. Segue os cálculos: A = ρ.g 9474 ± 489 = ρ.9,78 ρ = 969 ± 50 kg/m³ A propagação de erro se deu pela seguinte forma: ∆ρ = + (como o valor da gravidade é teórico, não há erro associado a esta) ∆ρ = = 50 kg/m³ Gráfico 2: Empuxo x volume deslocado da 1ª parte (Fórmula II) Da fórmula (II) tem-se que: E = P - Paparente E = ρ.g.v - Paparente Ou seja, o coeficiente angular é: ρ.g Assim: A = ρ.g 10313 ± 489 = ρ.9,78 ρ = 1054 ± 50 kg/m³ Da mesma maneira do gráfico anterior, a propagação de erros segue: ∆ρ = = 50 kg/m³ Gráfico 3: Empuxo x volume deslocado da 2ª parte (Fórmula I) Pelos mesmos cálculos do gráfico 1, obtém-se o seguinte resultado: ρ = 1000 ± 9.10-5 kg/m³ Gráfico 4: Empuxo x volume deslocado da 2ª parte (Fórmula II) Os cálculos para a densidade do líquido se desenvolvem da mesma forma do gráfico 2, assim, obtém-se os seguintes resultados: ρ = 964 ± 50 kg/m³ Os resultados finais das densidades foram organizados na seguinte tabela: Fórmula (I) Fórmula (II) ρ teórica (kg/m³) ρ parte 1 (kg/m³) ρ parte 2 (kg/m³) ρ parte 1 (kg/m³) ρ parte 2 (kg/m³) 1000 969 ± 50 1000 ± 9.10 -5 1054 ± 50 964 ± 50 Tabela 6: Densidade 5. Discussão e Conclusão: Pelos resultados obtidos, conclui-se que ambas as fórmulas são eficientes para o cálculo do empuxo presente em determinado sistema, porém, a diferença se encontra na precisão dos dados finais. Por exemplo, utilizando-se a fórmula (II), obtém-se um valor pouco preciso quando comparado aos valores resultantes da fórmula (I). Isso ocorre, pois ao se propagarem, os erros responsáveis pelo resultado final são a soma dos erros associados ao dinamômetro, resultando em um valor exato, mas menos preciso. Um fator que contribui para a precisão na medida do empuxo pela fórmula (I) é a utilização de valores teóricos que não são acompanhados por incertezas, resultando em dados mais precisos. Já pelos gráficos, observa-se que é possível calcular a densidadedo líquido no qual o corpo está submergido. Sabendo que o líquido utilizado foi água e tendo em mãos sua densidade teórica, é possível compara-la com os resultados experimentais. O resultado é o esperado: concordância de valores entre densidade teórica e experimental do líquido utilizado. Os erros associados às densidades estão estritamente relacionados com os erros dos coeficientes angulares dos respectivos gráficos com regressão linear. Portanto, quanto maior o erro da inclinação da reta, maior é o erro final da densidade. Desta maneira, a densidade mais precisa passa a ser a da fórmula (I), segunda parte. 6. Bibliografia: Física 2 (Mecânica dos Fluidos – Calor – Movimento Ondulatório) – SEARS.ZEMANSKY.YOUNG – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A – 2ª Edição Física para Cientistas e Engenheiros Volume 1 – TIPLER, Paul A. MOSCA Gene – 6ªEdição
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