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Aula 09

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Aula 9 - A Construção do Conhecimento na Universidade
A palavra Universidade provém do latim universitate e significa universalidade, totalidade, conjunto, corpo, companhia, corporação e comunidade. Porém, seu significado se expandiu e também serve para indicar o lugar de construção do conhecimento e da cultura. Configurando, assim, uma instituição que tem a tarefa de promover a reflexão crítica da sociedade. Formadora de recursos humanos para ciência e tecnologia.
O surgimento da Universidade marcou um momento de transição na história da humanidade. Com o começo da vida urbana, do pensamento racional e da busca de novos paradigmas foi necessário criar espaços destinados à reflexão. Levando esse fato em consideração podemos afirmar que a Universidade encontra suas raízes na Europa medieval, por volta do século XII e XIII, tornando-se o lugar de debates e polêmicas, sofrendo intervenções reais e eclesiásticas. Apesar de uma única história, cada parte do mundo, desenvolveu um modelo específico. Vamos conhecer agora um pouco do surgimento das Universidades e alguns destes modelos.
EUA ( Os Estados  Unidos constituíram um sistema universitário competitivo, seletivo e completamente voltado para o mercado de trabalho. Trata-se um sistema privado, porém sem fins lucrativos, pois toda a arrecadação é destinada aos centros de pesquisa. A universidade Americana tem inserido no seu modelo o Junior College que são centros universitários  para a formação massiva de profissionais.
Brasil ( O Brasil trabalha com um sistema universitário mais autônomo, desde o fim da Ditadura Militar. Aqui se tem um sistema normatizado e politizado, com uma gestão de múltiplos conselhos. Existem modelos de Universidades Públicas e Privadas e ambos respondem ao governo, mas as regras internas, inclusive a dos currículos, são particulares.
Europa ( A partir do final do século XII, começaram a surgir em diversas cidades europeias as primeiras Universidades que eram controladas diretamente pela Igreja Católica, destacando-se a de Paris, Oxford, Salamanca e Boloña. Essas primeiras universidades eram frequentadas somente por pessoas que possuíam condições econômicas, além, é claro, da forte influência católica que essas pessoas tinham. Outra caraterística dessas Universidades era a falta de autonomia em relação à publicação de ideias que poderiam não agradar aos membros do clero, que fiscalizavam a produção intelectual. Foi somente a partir do período conhecido por Renascimento, em meados do século XV e XVI, que os intelectuais conquistaram mais autonomia para criar alternativas a esse padrão de educação controlado pela Igreja.
Japão ( A universidade Japonesa é oriunda do modelo capitalista de Meiji que contribuiu para o fim do Xogunato. Cada grupo específico da população teria a sua universidade, embora não houvesse fortes diferenças sociais entre esses grupos. Quem controla a parte de pesquisa dessas universidades atualmente é o próprio governo do Japão.
Sua função primordial é educar pessoas para trabalhar com o saber, fornecendo as condições para que estas pessoas sejam capazes de utilizar o conhecimento em um mundo complexo que não raras vezes é pensado de maneira simplificada ou ingênua. É nesse aspecto que podemos afirmar que o debate entre estudantes e as pesquisas realizadas e apresentadas em espaços acadêmicos fortalecem a sua razão de ser.
Trata-se de um ensino cuja preocupação deve focalizar o pensamento crítico do estudante. Isso implica o compromisso com o pensamento autônomo e deve estimular uma conduta proativa e criativa. O que significa dizer que o estudante precisa estar consciente do que acontece em sua sociedade e no mundo e deve entender o processo de construção, expressão e articulação do conhecimento, pois aprender é recriar.
A produção científica estimulada nas universidades tem como objetivo o exercício da nossa capacidade de pensar e discernir, direcionados para análises de ambientes, dados e situações diversas. O que exige procedimentos intelectuais e técnicos (Gil, 1991). Podemos entender como o conjunto de atividades acadêmicas desenvolvidas por docentes e discentes nas instituições de ensino superior. Tais atividades são divulgadas através de publicações especializadas e/ou fóruns para debate público que apresentam à sociedade o resultado de pesquisas que apontam informações, alternativas, caminhos para solução de problemas em diversas áreas de saber.
As agências de fomento  CAPES e CNPq, bem como as fundações  de amparo à pesquisa, assumem função importante nesse processo de incentivo à produção científica.  A CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), por exemplo, foi criada em 1951, pelo Decreto nº 29.741, com o objetivo de “assegurar a existência de pessoal especializado em quantidade e qualidade suficientes para atender às necessidades dos empreendimentos públicos e privados que visam ao desenvolvimento do país”. Assim, oferecem bolsas de estudos para iniciação científica, Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado. Além de auxílios à pesquisa, à participação em reuniões científicas, à editoração, entre outros.
A Plataforma Lattes  é um sistema de informação curricular desenvolvido pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), que integra dados de currículos e instituições com o objetivo de avaliar a competência de candidatos à obtenção de bolsas e auxílios, selecionar consultores e membros de comitês e de grupos assessores e subsidiar a avaliação da pesquisa e da pós-graduação brasileira.
 
Esse sistema é utilizado por várias instituições de ensino superior e também pela comunidade científica brasileira, a qual envolve pesquisadores, estudantes, gestores e profissionais. A plataforma registra as atividades acadêmicas realizadas pelos pesquisadores sendo, hoje, elemento essencial à análise de mérito e competência por ocasião em que apresentam projetos de pesquisa às Agências de Fomento. Para isso, os bolsistas de pesquisa, em diferentes níveis — Mestrado, Doutorado e Iniciação Científica —, os orientadores e outros membros da comunidade devem estar cadastrados na Plataforma Lattes.
Podemos dizer que falar de pesquisa é, na verdade, refletir sobre o papel da Universidade e seu compromisso com a sociedade, com o conhecimento e desenvolvimento da cultura, porque as ações realizadas no interior das instituições de ensino podem gerar mudanças sociais significativas. E você faz parte desse processo! Como ensina João Álvaro Ruiz (2008, p. 19): Quem acaba de ingressar numa faculdade precisa ser informado sobre a maneira de tirar o máximo proveito do curso que vai fazer. Em primeiro lugar, o calouro vai perceber que muita coisa mudou em comparação àquilo com que estava acostumado em seus cursos de primeiro e segundo graus. E quem não souber compreender devidamente o espírito da nova situação para adaptar-se ativa e produtivamente a ela perderá preciosa oportunidade de integrar-se desde o início no ritmo desta nova etapa de ascensão no saber, que se chama vida universitária.

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