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2ª LISTA DE EXERCÍCIOS DE DIREITO CIVIL II

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2ª LISTA DE EXERCÍCIOS DE DIREITO CIVIL II – (OBRIGAÇÃO DE DAR E RESTITUIR)
Prof.ª Patricia Donzele Cielo
1. Sobre a obrigação de dar coisa certa é correto afirmar que (72º exame OAB/MS):
a) Seu objeto é constituído por um corpo certo e determinado;
b) O credor poderá ser obrigado a receber outra coisa ou outro objeto, desde que mais valioso;
c) Ocorrendo deterioração do objeto da obrigação por culpa do devedor, poderá o credor exigir o equivalente mais perdas e danos, ou aceitar a coisa, no estado em que se acha, podendo também neste caso reclamar perdas e danos;
d) Todas as alternativas são verdadeiras.
2. O credor da coisa certa:
a) Pode ser obrigado a receber outra, ainda que mais valiosa;
b) Pode aceitar outra coisa, desde que haja abatimento do preço;
c) Pode aceitar receber outro bem, mas sempre que estiver de acordo com as condições pré-estabelecidas no negócio jurídico;
d) Não pode ser obrigado a receber outra, ainda que mais valiosa.
3. Porque na obrigação de dar coisa certa (art. 863, C. Civ.) o credor não pode ser obrigado a receber outra, ainda que mais valiosa?:
a) Porque a obrigação não é da escolha do credor;
b) Porque implicaria em alterar a convenção;
c) Porque o direito de escolha é do credor;
d) Porque o devedor não tem, na hipótese, capacidade.
4. A obrigação de solver dívida em dinheiro constitui:
a) Obrigação de contribuir;
b) Obrigação de fazer;
c) Obrigação de dar;
d) Obrigação alternativa, porque pode ser satisfeita em dinheiro ou com cheque.
5. No caso da obrigação de dar coisa certa:
a) Se a coisa se perder, sem culpa do devedor, este responderá pelo equivalente;
b) Se a coisa se deteriorar, sem culpa do devedor, este poderá aceitar a coisa no estado em que se acha;
c) Se a coisa se perder, com culpa do devedor, este responderá também por perdas e danos;
d) Até a tradição, pertence ao devedor a coisa, excluídos os acréscimos.
6. Se alguém se obriga a entregar mil sacas de farinha de trigo e parte dela se perder sem sua culpa:
a) Ficará exonerado da parte que se perdeu, pois não teve culpa.
b) Ficará exonerado de toda a obrigação, pois não teve culpa.
c) Continuará obrigado pelo total.
d) Deverá indenizar em perdas e danos em relação à parte que se perdeu.
7. Assinale a alternativa correta. Em um contrato de empréstimo de coisa não fungível, o comodatário deve devolver ao comodante, ao fim do prazo, o objeto emprestado. Se ocorrer danos à coisa, objeto do contrato, sem culpa do devedor e antes de sua entrega:
a) O credor deve receber a coisa, sem direito à indenização, no estado em que se encontre.
b) O credor deve receber a coisa no estado em que se encontre, mas terá direito à indenização.
c) O credor não deve receber a coisa, mas pode exigir indenização.
d) O credor pode exigir outra coisa do mesmo gênero e qualidade.
8. O possuidor de má-fé tem direito à indenização:
a) Das benfeitorias necessárias.
b) Correspondente aos frutos percebidos, inclusive os que tenham sido antecipados.
c) Correspondente aos frutos pendentes, ainda não colhidos.
d) Das benfeitorias úteis.
9. Em decorrência de chuvas torrenciais, um comerciante se viu impedido de entregar, no prazo, ajustado contratualmente a mercadoria vendida, causando prejuízo ao credor. Por conseguinte, o dano experimentado pelo credor:
a) Não se sujeita à reparação, haja vista que o caso fortuito exclui a relação de causalidade.
b) Deve ensejar reparação, inexistindo cláusula contratual de não indenizar.
c) Não pode ensejar reparação, posto que a cláusula contratual de não indenizar é absoluta, operando, inclusive, além do espectro obrigacional.
d) Deve provocar a reparação, eis que o caso fortuito não exclui a responsabilidade civil e a relação de causalidade.
10. Alberto, na qualidade de credor, visando por fim a uma obrigação pactuada com Ricardo, aceita receber do devedor (Ricardo) um objeto diverso daquele estabelecido no instrumento obrigacional e, assim procedendo, realizou uma:
a) Compra e venda.
b) Doação.
c) Novação subjetiva passiva.
d) Dação em pagamento.
11. Em posto de serviço de atendimento a veículos automotores, o possuidor de boa-fé (pessoa que locou de outro que não era o real proprietário) construiu e instalou cômodo para recomposição de pneumáticos, com especificação própria, inclusive alvenaria para instalação de maquinário. Demandado para a devolução, não como locatário, certamente, já que o real proprietário não mantinha com ele nenhum contrato, em forma própria de defesa, pediu a respectiva indenização, com plena prova dos custos da obra, e a respectiva retenção, até que fosse indenizado.O juiz julgará com acerto se:
a)  negar a indenização e a retenção, entendendo que qualquer responsabilidade deverá ser de quem indevidamente locou.
b) considerar a obra como benfeitoria necessária ao posto de serviço, concedendo a indenização e a retenção.
c)  conceder a indenização, mas não a retenção, considerando a obra como simples construção e não como benfeitoria.
d)  considerar a obra como benfeitoria útil e conceder a indenização, com retenção.
e) entender que, se houve locação por quem não era proprietário, qualquer indenização só seria possível com a consideração de solidariedade entre aquele e o real proprietário.
12. Segundo o artigo 776 do CC, o segurador é obrigado a pagar em dinheiro o prejuízo resultante do risco assumido, salvo se convencionada a reposição da coisa. Em um caso concreto no qual o contrato de seguro contemple as duas situações (pagamento em dinheiro ou reposição da coisa), silenciando quanto à escolha, esta caberá nos termos do art. 252 do CC:
a) Ao segurador.
b) Ao segurado.
c) Ao juiz, pois em caso de dúvida é ele quem deverá solucioná-la.
d) N.d.a.
13. Quem sofre os prejuízos, quando ocorre perda total ou parcial da coisa, antes de sua entrega, sem culpa do devedor, nas obrigações de entregar e quem sofre a perda total ou parcial da coisa, quando não ocorre culpa do devedor, nas obrigações de restituir?
a) O dono da coisa;
b) O credor e o devedor;
c) O Poder Público, em ação regressiva, se provada a sua responsabilidade;
d) O devedor que tinha a obrigação de entregar ou restituir;
e) nenhuma das alternativas anteriores.
14. Ao comodatário, a quem se impõe obrigação de restituir a coisa emprestada, fora reconhecido o direito, pelo comodante, de perceber os frutos das árvores que integram o imóvel, até o final do prazo contratual. Assim:
a) Fará jus o comodatário aos frutos colhidos, durante todo o tempo em que permaneça licitamente no imóvel de boa-fé.
b) Fará jus o comodatário aos frutos colhidos, durante todo o tempo em que permaneça no imóvel, independente de boa-fé.
c) Apenas em relação aos frutos pendentes é que interessa a análise da boa-fé, pois que deverão ser restituídos ao tempo em que cessar a boa-fé, deduzidas as despesas de produção e custeio.
d) Apenas em relação aos frutos pendentes é que interessa a análise da boa-fé, pois que deverão ser restituídos ao tempo em que cessar a boa-fé, sem dedução das despesas de produção e custeio.
15. Sobre o possuidor de boa fé é correto afirmar que:
a) Não tem direito à indenização das benfeitorias necessárias;
b) Só tem direito à indenização das benfeitorias necessárias;
c) Não pode levantar as benfeitorias voluptuárias;
d) Pode exercer o direito de retenção da coisa, opondo-se à sua restituição até ser pago do valor das benfeitorias úteis e necessárias que fez.
16. Se A obriga-se a entregar a escultura “o beijo” de Rodin ou a tela “Maya” de Picasso a B, a escolha caberá ao devedor A, se o contrário não for estipulado no contrato. Daí pode-se afirmar que:
a) Cabendo a escolha ao devedor, poderá ele obrigar o credor a receber parte em uma parte em outra obrigação.
b) Não tendo sido exercitado o direito de escolha no prazo marcado, a opção passa ao credor.
c) Tornando-se impossível as duas prestações por culpa do devedor, ficará este obrigado a pagar o valor da mais valiosa mais perdas e danos.
d) No caso de impossibilidadede uma das prestações sem culpa do devedor, a obrigação se concentra na outra, sem poder exigir o credor perdas e danos.
e) N.d.a.
17. Em relação à obrigação de dar, assinale a alternativa incorreta:
a) Ocorrendo a deterioração da coisa sem culpa do devedor, surgirá para o credor duas alternativas: resolver a obrigação ou aceitar a coisa com abatimento em seu preço.
b) Se a deterioração se der por culpa do devedor, as alternativas do credor são: exigir o equivalente mais perdas e danos ou aceitar a coisa no estado em eu estiver mais perdas e danos.
c) Se antes da tradição ocorrer perda da coisa sem culpa do devedor, restará extinta a obrigação para ambas as partes.
d) N.d.a.
Gabarito:
1-a, 2-d, 3-b, 4-c, 5-c, 6-c, 7-a, 8- a, 9-a, 10-d, 11-d, 12-a, 13- a, 14-a, 15-d, 16- d, 17- d.
LISTA DE EXERCÍCIOS DE DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
1 – Eduardo alugou o apartamento de Leonardo, sendo que a obrigação assumida pelo primeiro foi o pagamento de prestações mensais no valor de R$500,00 (quinhentos reais). Em janeiro do presente ano, Leonardo informou a Eduardo que este deveria pagar o IPTU, por se tratar de obrigação inerente a quem habita no imóvel. Explique se Leonardo informou corretamente, definindo quem deverá responder pela obrigação e por que.
Resposta: trata-se de obrigação real ou propter rem, que obriga o proprietário e não o mero possuidor. A exigência de Leonardo só tem fundamento se houver expressa convenção das partes.
2 – Ana firmou com Pedro a obrigação de entregar três sacas de café Conilon que estavam armazenadas em seu galpão ao final do mês de abril. Para tanto, Pedro adiantou a quantia de R$10.000,00 (dez mil reais). Ocorre que antes do termo fixado, uma chuva torrencial destruiu o galpão com as sacas destinadas ao credor. Nesse caso, como Pedro poderá reaver o prejuízo sofrido?
Resposta: trata-se de obrigação de dar coisa certa, com inadimplemento sem culpa do devedor. Nesse caso, aplica-se a regra do “res perit domino”. A dona das sacas de café, no caso, Ana, arcará com o prejuízo, devendo devolver a quantia adiantada por Pedro.
3 – João deve a Juca um caminhão da marca xxx, chassi yyy, placa www. Antes de entregar o bem, João, que estava na direção do veículo, ultrapassou outro carro em faixa contínua, vindo a causar um acidente de trânsito. O caminhão sofreu avarias, mas não se tornou inutilizável. Como Juca poderá reaver os prejuízos?
Resposta: trata-se de obrigação de dar coisa certa, com inadimplemento culposo por parte do devedor. Nesse caso, poderá o credor:
i) desfazer o pacto, pedindo perdas e danos.
ii) aceitar o bem no estado em que se encontra, com perdas e danos.
4 – Marcelo é comodatário de André e deve restituir o imóvel até o final do ano. Caso não devolva e construa benfeitorias no imóvel, quais serão as consequências?
Resposta: trata-se de obrigação de restituir. Se o imóvel não é restituído no tempo acertado, haverá posse injusta. Das benfeitorias realizadas, Marcelo só terá direito de reaver as necessárias (para preservar o bem), sem o direito de retenção.
5 – Rita firmou uma obrigação com Hélio no sentido de lhe dar 3kg de trigo. No dia do cumprimento da obrigação, Rita alegou que sua plantação foi assolada por gafanhotos e, portanto, não poderia mais entregar o prometido. Qual a providência a ser tomada por Hélio?
Resposta: trata-se de obrigação de dar coisa incerta. Como se sabe da regra, a coisa incerta nunca perece. Hélio poderá exigir o cumprimento da obrigação, ainda que o inadimplemento não tenha se dado por culpa de Rita.
6 – Diego foi contratado para prestar serviços de animação em uma festa infantil. No dia da festa, foi sequestrado, ficando impossibilitado de cumprir a obrigação. A contratante buscou as vias judiciais pleiteando danos materiais e morais, alegando que os convidados ficaram frustrados e a dona da festa, ela própria, ficou envergonhada. Há chances de o pleito ser procedente?
Resposta: o pleito não será procedente, visto que a obrigação de fazer não foi cumprida em razão de caso fortuito (sequestro), não cabendo a Diego o pagamento de perdas e danos.
7 – Ernesto foi proibido, judicialmente, de se aproximar de Cláudia. Que tipo de obrigação é essa? Como pode o juiz garantir o afastamento de Ernesto?
Resposta: trata-se de obrigação de não fazer. O  juiz poderá garantir o cumprimento da obrigação através da fixação das astreintes (multas diárias).
8 – Miguel tem o direito de receber de Vitor um carro, no valor de R$15.000,00 ou a quantia correspondente. O carro foi roubado uma semana antes do cumprimento da obrigação. Quais os efeitos jurídicos desse fato?
Resposta: trata-se de obrigação alternativa. A impossibilidade do cumprimento de uma obrigação não exige a outra. Nesse caso, deverá Vitor pagar a quantia correspondente ao carro.
9 – Roberto e Janete foram contratador por Isabela para a confecção de uma mesa de jantar de madeira. Quando o bem estava pronto, Janete se descuidou e deixou o objeto em lugar exposto, sem qualquer proteção. No dia seguinte, o bem foi roubado. Analise os efeitos civis da situação exposta.
Resposta: trata-se de obrigação de fazer. O descumprimento se deu por culpa de Janete, a devedora. Nesse caso, poderá Isabela pleitear perdas e danos, se a obrigação for imprestável. Caso ainda lhe preste, poderá requerer a tutela específica, além de perdas e danos.  
10 – Júlia pagou uma dívida de R$4.000,00 (quatro mil reais) que tinha para com Beatriz. Depois, descobriu que a dívida já estava prescrita quando efetuou o pagamento. Poderá Júlia reaver esse valor, alegando pagamento indevido? Justifique.
Resposta: por tratar-se de dívida natural, o pagamento foi devido, ainda que inexigível. Não é possível alegar pagamento indevido, mesmo que sem o conhecimento da inexigibilidade.
11 – Miguel deve R$8.000,00 (oito mil reais) a Tito. O pai de Miguel, querendo safar o filho da dívida, realiza o pagamento em nome daquele. Pode-se dizer que Miguel ficou exonerado de sua obrigação?
Resposta: sim, Miguel se exonerou da obrigação, pois houve doação por parte do pai, quando quitou em nome do filho.
12 – Um fiador que paga a dívida, paga dívida própria? Quais são os efeitos civis gerados?
Resposta: não. O fiador que paga a dívida de terceiro se sub-roga no lugar do credor, com todas as vantagens inerentes ao crédito. 
	Reinaldo compromete-se com Joaquim a construir-lhe uma piscina ou a pagar-lhe quantia equivalente ao seu valor, liberando-se do vínculo obrigacional se realizar uma dessas prestações. Trata-se de obrigação:
	 
	 
	a) cumulativa.
	b) facultativa.
	c) alternativa.
	d) conjuntiva.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra C. A obrigação alternativa, ou disjuntiva, está disciplinada nos arts. 252 e ss do CC. Trata-se de obrigação que possui duas ou mais prestações, mas o devedor está obrigado a entregar apenas uma delas. O objeto da obrigação está ligado pela partícula "ou". Ex.: o devedor deve entregar um carro OU um cavalo.
Na obrigação cumulativa ou conjuntiva a obrigação possui duas ou mais prestações e o devedor está obrigado a entregar todas elas. Mais de uma prestação é devida conjuntamente. O objeto da obrigação está ligado pela partícula "e", ex.: o devedor deve entregar um carro E um cavalo.
Nas obrigações facultativas existe uma obrigação principal, porém faculta-se ao devedor a possibilidade de liberar-se mediante pagamento de outra prestação prevista na avença (obrigação subsidiária). Não se confunde com a alternativa porque nesta existem duas prestações que formam o objeto da obrigação, enquanto na facultativa existe uma única prestação principal que forma o objeto. Na obrigação alternativa, a escolha pode ser feita pelo devedor ou credor, enquanto na facultativa a escolha é exclusiva do devedor. Na alternativa, caso pereça uma das prestações, o credor pode exigir a outra, enquanto na facultativa ele não tem esse direito(o devedor entrega a prestação subsidiária se ele quiser).
A alternativa "d" menciona a obrigação conjuntiva, que é sinônimo da obrigação cumulativa.
	2
	A relação obrigacional que contém duas ou mais prestações de dar, de fazer ou de não fazer, decorrentes da mesma causa ou do mesmo título, que deverão realizar-se totalmente, de modo que o inadimplemento de uma envolve o seu descumprimento total, visto que o credor não está obrigado a receber uma sem a outra, denomina-se obrigação:
	 
	 
	a) simples.
	b) alternativa ou disjuntiva.
	c) cumulativa ou conjuntiva.
	d) com faculdade.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra C. A obrigação cumulativa ou conjuntiva implica na existência de mais de uma prestação e o devedor só se libera se cumprir todas as prestações, diferentemente do que ocorre nas obrigações alternativas, ou disjuntivas, nas quais, embora haja uma pluralidade de prestações, o devedor se libera cumprindo apenas uma delas.
A alternativa A está incorreta, pois obrigação simples é aquela que possui uma única prestação e a questão 2 dispõe, na pergunta, que existem duas prestações.
A alternativa D está incorreta, pois nas obrigações facultativas existe uma obrigação principal, porém faculta-se ao devedor a possibilidade de liberar-se mediante pagamento de outra prestação prevista na avença (obrigação subsidiária). Não se confunde com a alternativa, porque nesta existem duas prestações que formam o objeto da obrigação, enquanto na facultativa existe uma única prestação principal que forma o objeto. Na obrigação alternativa, a escolha pode ser feita pelo devedor ou credor, enquanto na facultativa a escolha é exclusiva do devedor. Na alternativa, caso pereça uma das prestações, o credor pode exigir a outra, enquanto na facultativa ele não tem esse direito (o devedor entrega a prestação subsidiária se ele quiser).
	3
	A obrigação de solver dívida em dinheiro constitui:
	 
	 
	a) obrigação indivisível.
	b) obrigação de fazer.
	c) obrigação de dar.
	d) obrigação alternativa, porque pode ser satisfeita em dinheiro ou com cheque.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra C. A obrigação de solver dívida em dinheiro se encaixa com maior exatidão no conceito de dar coisa fungível, estando, portanto, as demais alternativas incorretas.
	4
	Assinale a alternativa correta.
	 
	 
	a) A obrigação solidária não se presume, resulta da lei ou da vontade das partes.
	b) Quando a cominação decorrer de cláusula penal, o seu valor poderá exceder o da obrigação principal.
	c) Credor que propõe ação contra um dos devedores solidários fica impedido de fazê-lo contra os outros.
	d) Todas as alternativas estão incorretas.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra A. A alternativa correta é a da letra "A": por expressa disposição legal, a solidariedade não se presume, decorre da lei ou da vontade das partes (art. 265/CC). 
A alternativa "B" está errada, porque a cláusula penal não poderá exceder o valor da obrigação principal (art. 412 do Código Civil). 
A alternativa "C" está errada, porque o credor poderá propor ação contra um, contra alguns, ou contra todos os devedores solidários (art. 275/CC).
	5
	Assinale a alternativa incorreta.
	 
	 
	a) Na obrigação de fazer, o credor não é obrigado a aceitar de terceiro a prestação, quando for convencionado que o devedor a faça pessoalmente.
	b) Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou.
	c) Nas obrigações solidárias, o pagamento integral feito a um dos credores solidários não extingue a dívida.
	d) Credor de obrigação de dar coisa certa não pode ser obrigado a receber outra, ainda que mais valiosa.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra C. Havendo credores solidários, se o pagamento integral for feito a um dos credores, o devedor se desobriga, extinguindo-se a dívida (art. 269 do CC).
A alternativa A está correta, pois nas obrigações de fazer infungíveis (que só pode ser prestado por determinada pessoa, seja pela convenção entre as partes ou pela natureza da obrigação), o credor não é obrigado a aceitar que a prestação seja cumprida por terceiro. Desse modo, caso a pessoa obrigada se recuse a cumprir a prestação só a ele imposta, ou só por ele exequível, cabe ao pagamento de indenização por perdas e danos (art. 247/CC).
A alternativa B está correta por expressa disposição do art. 252, caput, do CC.
A alternativa D está correta conforme art. 313 do CC.
	6
	Quanto à cláusula penal pode-se afirmar:
	 
	 
	a) não pode ser estipulada em ato posterior, mas somente conjuntamente com a obrigação.
	b) a nulidade da obrigação não importa a da cláusula penal.
	c) a cláusula penal pode referir-se à inexecução completa da obrigação, de alguma cláusula especial ou simplesmente à mora.
	d) o valor da cominação imposta na cláusula penal pode exceder o da obrigação principal.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra C. A alternativa correta é a "C", pois o seu enunciado corresponde a segunda parte do artigo 408, do Código Civil.
A alternativa "A" está errada, porque o artigo 408, primeira parte, do Código Civil permite que a cláusula penal seja estipulada conjuntamente com a obrigação, ou em ato posterior.
A alternativa "B" está errada, porque se o contrato (obrigação principal) é declarado nulo, a cláusula acessória (como o é a cláusula penal) é atingida pela nulidade. Nula a cláusula penal (acessória), o contrato não é atingido.
E a alternativa "D" está errada, porque o artigo 412 do Código Civil impede que a cláusula penal exceda o valor da obrigação principal.
	7
	Quanto à solidariedade pode-se afirmar, exceto:
	 
	 
	a) a solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.
	b) impossibilitando-se de se cumprir prestação por culpa de apenas um dos devedores solidários, todos devem pagar o equivalente a prestação, mas as perdas e danos deve ser suportada apenas pelo culpado.
	c) na solidariedade passiva, o credor pode renunciar a solidariedade em favor de um, alguns, ou todos os devedores.
	d) a solidariedade é sempre presumida no Direito Brasileiro.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra D. A questão limita a dúvida a duas alternativas - "A" e "D" - pois elas se excluem. Ou uma ou outra é verdadeira. A afirmação contida na alternativa "D" está errada, porque contraria o art. 265 do Código Civil (cujo texto é o da alternativa "A").
A alternativa "B" está correta por expressa disposição do art. 279/CC. 
A alternativa "C" está correta, conforme art. 282/CC.
	8
	Quanto às obrigações, assinale a alternativa incorreta.
	 
	 
	a) Nas obrigações alternativas, a escolha da prestação cabe ao devedor se outra coisa não se estipulou.
	b) A cláusula penal pode ser estipulada conjuntamente com a obrigação ou em ato posterior.
	c) Na solidariedade passiva, a obrigação pode ser pura e simples para um dos co-devedores, e condicional para o outro.
	d) Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação for divisível, cada um responderá pela dívida toda.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra D. A afirmação incorreta, e portanto, a que atende à questão proposta, é a da letra "D". Nas obrigações divisíveis, se vários forem os devedores, respondem eles, individualmente, pelas suas respectivas partes (art. 257/CC). As outras três assertivas estão corretas, conforme disposições dos artigos do Código Civil - "A": art. 252; "B": art. 408; "C": art. 266.
	9
	Quanto às OBRIGAÇÕES é falso afirmar que:
	 
	 
	a) se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do devedor, recebê-la-á, tal qual se ache, o credor, sem direito a indenização.
	b) a coisa incerta seráindicada, sempre, pelo gênero, quantidade e qualidade.
	c) na obrigação de fazer, o credor, em determinada hipótese, pode executar ou mandar executar o fato, sem autorização judicial, sendo depois ressarcido.
	d) se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada um será obrigado pela dívida toda.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra B. A única alternativa que apresenta erro (sutil) é a letra "B", porque nem sempre a qualidade é requisito determinante da coisa incerta. O artigo 243 do Código Civil diz que a coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e quantidade. A qualidade também poderá indicar a coisa incerta, mas não sempre, como coloca a alternativa. As outras três assertivas estão corretas (alternativa "A" - art. 240/CC; alternativa "C" - art. 249, parágrafo único, do CC - sendo que a "determinada hipótese" dita na alternativa, é em caso de urgência - ; alternativa "D" - art. 259/CC).
	10
	Quanto as obrigações locatícias, é possível a liberação de multa contratual?
	 
	 
	a) Com certeza a possibilidade de liberação de multa contratual ou a redução da mesma é absolutamente possível, porém desde que seja consentida pelo Locador.
	b) Com certeza a possibilidade de liberação de multa contratual ou a redução da mesma é absolutamente possível, com ou sem permissão do Locador.
	c) É impossível.
	d) Nenhuma das alternativas.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra A. A possibilidade de liberação de multa contratual ou a redução da mesma é absolutamente possível, porém desde que seja consentida pelo Locador, que representa a parte interessada na questão.
	11
	A cláusula compromissória terá eficácia em contratos de adesão desde que:
	 
	 
	a) o árbitro seja desde logo escolhido e indicado pelo aderente, constando o seu nome e a sua qualificação do texto da cláusula.
	b) a cláusula imponha, pelo menos, três árbitros, dois indicados pelas partes e um terceiro, desempatador, escolhido de comum acordo pelas partes.
	c) a cláusula, em negrito, basta para que se determine a homologação judicial do árbitro escolhido.
	d) a cláusula determine a iniciativa da arbitragem ao aderente.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra D. A resposta correta é a da letra "D". Com efeito, nos contratos de adesão, a cláusula compromissória só terá validade se a iniciativa couber ao aderente e se este anuir expressamente com a sua iniciativa a cargo da outra parte, anuência a ser manifestada por escrito, em documento à parte ou, no corpo do contrato, em negrito, com assinatura ou visto especial à cláusula (§ 2º, art. 4º, da Lei de arbitragem - Lei 9.307/96). Não há necessidade de se eleger mais de um árbitro, razão pela qual errada está a alternativa "B"; a necessidade de cláusula em negrito é para o caso de se deferir a escolha do árbitro à parte que elaborou o contrato de adesão, devendo o aderente a ela anuir expressamente (por isso está errada a alternativa "C"); a alternativa "A" impõe a escolha do árbitro, pelo aderente, no ato da assinatura do contrato de adesão, o que a lei não obriga a fazer e que caracteriza como errada essa alternativa.
	12
	"Despesas condominiais. Débito confessado pela condômina que, no entanto, quer vê-lo compensado com crédito que diz ter, relativo a infiltrações em sua unidade autônoma, por cuja reparação seria responsável o condomínio. Pretensão repelida, porquanto não se acham presentes os requisitos objetivos da compensação. (2º TACIVIL - Ap. s/ Rev. 515.079 - 4ª Câm. - Rel. Juiz Mariano Siqueira - j. 28.04.1998).
A compensação pretendida pela condômina não foi possível porque:
	 
	 
	a) não havia conexão entre os valores compensáveis e os créditos, embora fossem eles da mesma natureza e espécie, pois eram de valores diferentes.
	b) os créditos não eram da mesma natureza e espécie e os valores cuja compensação se pretendia não eram equivalentes, requisito este, indispensável para caracterizar a compensação.
	c) não se pode compensar o crédito liquido, certo e vencido do condomínio contra a condômina, com o crédito ilíquido e incerto que a condômina alegava ter contra o condomínio.
	d) elegeu a condômina a via imprópria para arguir a extinção de sua obrigação, uma vez que na hipótese versada no Acórdão, a imputação do pagamento era a figura que melhor se prestaria à defesa por ela apresentada.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra C. Para que possa haver compensação, é preciso que as prestações compensáveis sejam líquidas e certas. Ausentes esses dois requisitos, impossível, a princípio, a compensação (a exceção é o acordo entre as duas partes, aceitando uma delas que a outra utilize crédito ilíquido e incerto para compensar com o seu).
A alternativa "A" está errada pois na compensação não é necessário que os créditos sejam da mesma natureza e espécie; nem é necessário também que tenham o mesmo valor (art. 368/CC).
A alternativa "B" está errada porque a equivalência de valores entre os créditos não é imprescindível, até porque se admite, sem restrições, a compensação parcial (art. 368/CC).
E a alternativa "D" está errada porque a própria questão fala em compensação. A situação retratada no enunciado nada tem a ver com a imputação do pagamento.
	13
	A deve a B R$ 50.000,00. C, amigo de A, sabendo do débito, pede ao credor que libere A, pois ele, C, passará a ser o novo devedor. A hipótese configura novação:
	 
	 
	a) subjetiva passiva por delegação.
	b) objetiva.
	c) subjetiva passiva por expromissão.
	d) subjetiva ativa.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra C. A novação subjetiva passiva é aquela na qual o devedor é substituído (no caso da questão, o devedor "A" é substituído pelo amigo, devedor "C"). Expromissão é a substituição do devedor à revelia deste, por acordo de vontades entre o credor e o terceiro que assumirá a posição de devedor (art. 362/CC).
Novação subjetiva passiva por delegação é aquela na qual o devedor consente em ser substituído por outrem (art. 360, II, do CC).
Novação objetiva é aquela que se refere a substituição do objeto da prestação, e está prevista no art. 360, I do CC. Ao contrário, a novação subjetiva é aquela que se refere a substituição do devedor (art. 360, II do CC - subjetiva passiva) ou do credor (art. 360, II do CC - subjetiva ativa).
	14
	A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem líquidos e vencidos. Essa forma de extinção das obrigações é conhecida por:
	 
	 
	a) dação em pagamento.
	b) remissão de dívida.
	c) transação.
	d) imputação do pagamento.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra D. A questão 14 é a disposição expressa contida no art. 352 do CC, que trata da imputação do pagamento.
Dação em pagamento ocorre quando o credor aceita receber prestação diversa da que lhe é devida (art. 356/CC).
A remissão de dívida ocorre quando o credor libera o devedor, no todo ou em parte, sem receber o que lhe é devido (art. 385/CC).
A transação é permitida quando se trata de direitos patrimoniais de caráter privado e surge quando cada parte abre mão de parcela de seus direitos para impedir ou por fim a uma demanda (art. 840/CC).
	15
	Quando o devedor contrai com o credor nova dívida, para extinguir e substituir a anterior, o negócio jurídico é denominado:
	 
	 
	a) compensação.
	b) transação.
	c) novação.
	d) cessão.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra C. Novação é a operação jurídica por meio qual um obrigação nova substitui a obrigação originário, sendo que esta se extingue.
Compensação é um forma de extinção das obrigações em que duas pessoas têm, ao mesmo tempo,a condição recíproca de credor e devedor, e as duas obrigações extinguem-se até onde se compensarem (art. 368/CC).
A transação é permitida quando se trata de direitos patrimoniais de caráter privado e surge quando cada parte abre mão de parcela de seus direitos para impedir, ou por fim, a uma demanda (art. 840/CC).
Cessão é um negócio jurídico, de feição nitidamente contratual, pelo qual o sujeito ativo de uma obrigação transfere seu crédito a terceiro, estranho ao negócio originário.
	16
	Quanto à compensação pode-se afirmar, exceto:
	 
	 
	a) Se duas ou mais pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se até onde se compensarem.
	b) A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas ou não, e de coisas infungíveis.
	c) O devedor só pode compensar com o credor o que este lhe dever, mas o fiador pode compensar sua dívida com a de seu credor ao afiançado.
	d) Não haverá compensação, quando credor e devedor por mútuo acordo a excluírem.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra B. A compensação se dá entre prestações líquidas e exigíveis, portanto, vencidas. Bens fungíveis são o seu objeto, ao contrário do que está nessa alternativa.
A alternativa A está correta conforme art. 368/CC. 
A alternativa C está correta conforme art. 371/CC. 
A alternativa D está correta conforme art. 375/CC. 
	17
	Assinale a alternativa correta.
	 
	 
	a) A transação interpreta-se restritivamente, e por ela se transmitem, declaram e reconhecem direitos.
	b) A transação produz entre as partes o efeito de coisa julgada, e só se rescinde por dolo, violência, ou erro essencial quanto à pessoa ou coisa controversa.
	c) A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas ou não, e de coisas infungíveis.
	d) As dívidas fiscais da União, dos Estados e dos Municípios não podem ser objeto de compensação, mesmo nos casos de encontro entre a administração e o devedor, autorizados nas leis e regulamentos da Fazenda.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra B. A transação, efetivamente, produz entre as partes efeito de coisa julgada (art. 849/CC).
A alternativa "A" está errada porque a transação é ato meramente declaratório de direitos. Não se presta a transmitir e a reconhecer direitos (art.843/CC).
A alternativa "C" está errada porque as dívidas, para ser compensáveis, devem estar vencidas e devem ser dívidas de coisas fungíveis (art. 369/CC).
E a alternativa "D" está errada porque se houver lei ou regulamento autorizador, é possível, em tese, a compensação de dívida pública.
	18
	Quanto ao PAGAMENTO é falso afirmar que:
	 
	 
	a) o terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar, sub-rogando-se nos direitos do credor.
	b) qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor.
	c) considera-se autorizado a receber o pagamento o portador da quitação, exceto se as circunstâncias contrariarem a presunção daí resultante.
	d) o devedor, que paga, tem direito a quitação regular, e pode reter o pagamento, enquanto lhe não for dada.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra A. O terceiro não interessado que paga a dívida, não se sub-roga nos direitos do credor - prerrogativa reconhecida apenas ao terceiro juridicamente interessado (art. 346, III, do CC). Tem o terceiro não interessado apenas ação autônoma para receber o que pagou, amparada na tese do enriquecimento sem causa do devedor (que acabou não pagando a dívida) (art. 305 cc art. 884, ambos do CC).
A alternativa B está correta conforme art. 304/CC.
A alternativa C está correta conforme art. 311/CC. 
A alternativa D está correta conforme art. 319/CC. 
	19
	Assinale a alternativa falsa, no que diz respeito à novação.
	 
	 
	a) Dá-se novação quando o devedor contrai com o credor nova dívida, para extinguir e substituir a anterior.
	b) Dá-se novação quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor.
	c) Dá-se novação quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor quite com este.
	d) A novação mantém os acessórios da dívida novada, independente de estipulação pelas partes.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra D. A novação extingue a dívida antiga com os seus acessórios e garantias (art. 364/CC). Se as partes quiserem mantê-las, deverão renová-las na nova obrigação surgida (por exemplo, se a garantia da obrigação antiga fosse uma fiança, o fiador deveria assinar o instrumento onde está formalizada a nova obrigação - art. 366/CC). 
A alternativa A está correta conforme art. 360, I, do CC.
A alternativa B está correta conforme art. 360, II do CC.
A alternativa C está correta conforme art.360, III do CC.
	20
	Sobre dação em pagamento, assinale a alternativa falsa.
	 
	 
	a) O credor pode consentir em receber coisa que não seja dinheiro, em substituição da prestação que lhe era devida.
	b) Determinado o preço da coisa dada em pagamento, as relações entre as partes regular-se-ão pelas normas do contrato de arrendamento mercantil.
	c) Se for título de crédito a coisa dada em pagamento, a transferência importará em cessão.
	d) Se o credor for evicto da coisa recebida em pagamento, restabelecer-se-á a obrigação primitiva, ficando sem efeito a quitação dada.
	 
	 
	Você deixou essa questão em branco. A resposta certa é a letra B. O arrendamento mercantil, ou leasing é o contrato pelo qual o arrendatário recebe determinado bem infungível para usar, pagando ao arrendante um aluguel, com opção de compra no final, por um valor residual desde o início estipulado. Não tem nada, absolutamente nada, em comum com a dação em pagamento.
A alternativa A está correta conforme art. 356, do CC.
A alternativa C está correta conforme art.358, do CC.
A alternativa D está correta conforme art.359, do CC.
(OBRIGAÇÃO INDIVISÍVEL, SOLIDÁRIA E CONDICIONAL) Prof.ª Patricia Donzele Cielo
1. “A”, “B” e “C” são credores de “D”. A obrigação é indivisível. Se “A” perdoar a dívida, “D”:
a) Continuará obrigado a entregar o objeto indivisível a B e C.
b) Estará desobrigado em relação a B e C, que terão que se entender com A.
c) Estará desobrigado em relação a B e C, que também não poderão cobrar nada de A.
d) Deverá dar quitação escrita.
2. Se A, B e C adquiriram, conjuntamente, um veículo, obrigando-se a pagar R$ 9.000,00, não havendo estipulação contratual em sentido contrário, cada um deles responderá:
a) Pelo total de R$ 9.000,00, pois foi conjuntamente, tendo direito de reembolsar-se do equivalente com os outros dois.
b) Pelo total de R$ 9.000,00, pois foi conjuntamente, sem direito de reembolsar-se do equivalente com os outros dois.
c) Apenas pelo valor de R$ 3.000,00, apesar de terem adquirido conjuntamente.
d) Apenas em conjunto com os outros dois, que deverão ser acionados.
3. Se uma casa segurada é incendiada por terceiro, é certo que tanto a seguradora quanto o terceiro devem à vítima indenização pelo prejuízo. Neste caso:
a) A vítima pode reclamar indenização de qualquer deles, mas não existe solidariedade entre os devedores.
b) A vítima pode reclamar indenização de qualquer deles, existindo solidariedade entre os devedores.
c) A vítima só pode reclamar indenização da seguradora, que é a pessoa com quem tem relação obrigacional.
d) A vítima só pode reclamar indenização do terceiro, que é a pessoa que causou o incêndio.
4. As obrigações solidárias passivas caracterizam-se por:
a) Sua indivisibilidade;
b) Serem exigíveis total ou parcialmente de qualquer dos devedores;
c) Serem exigíveis totalmente, apenas, de um dos devedores;
d) Sua indivisibilidade e possibilidade de exigência conjunta ou individualmente,total ou parcialmente, de qualquer dos devedores.
5. Quanto às obrigações é falso afirmar que:
a) Se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do devedor, recebê-la-á, tal qual se ache, o credor, sem direito a indenização;
b) A coisa incerta será indicada, sempre, pelo gênero, quantidade e qualidade;
c) Na obrigação de fazer, o credor não é obrigado a aceitar de terceiro a prestação, quando for convencionado que o devedor o faça pessoalmente;
d) Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada um será obrigado pela dívida toda.
6. Assinale a alternativa incorreta:
a) Na obrigação de fazer o credor não é obrigado a aceitar de terceiro a prestação, quando for convencionado que o devedor a faça pessoalmente;
b) Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa  não se estipulou;
c) Nas obrigações solidárias, o pagamento feito a um dos credores solidários não extingue inteiramente a dívida;
d) Credor de coisa certa não pode ser obrigado a receber outra, ainda que mais valiosa.
7. A solidariedade passiva decorre:
a) Da indivisibilidade do objeto da prestação;
b) Da indivisibilidade do objeto da prestação, quando coisa certa;
c) Da lei ou da vontade expressa das partes, seja qual for a objeto;
d) Da lei, da vontade e da presunção decorrente de atos das partes.
8. Sobre as obrigações solidárias é correto afirmar:
a) A solidariedade pode ser presumida em se tratando de obrigação derivada de ato ilícito.
b) Havendo a morte de um dos devedores solidários, cada um de seus herdeiros está obrigado a pagar a cota que corresponder ao seu quinhão hereditário, a menos que seja indivisível a obrigação.
c) O conteúdo da obrigação solidária deve ser exatamente o mesmo para todos os devedores.
d) O pagamento feito pelo devedor a um dos credores solidários não extingue inteiramente a dívida, pois aqueles que não receberam o seu crédito poderão demandar o devedor comum para receber a sua quota parte, segundo o princípio de que “quem paga mal, paga duas vezes”.
9. Aponte a alternativa incorreta:
a) Ao titular do direito eventual, no caso de condição suspensiva, é permitido exercer atos destinados a conservá-los;
b) Se morrer um dos devedores solidários, deixando herdeiros, cada um destes não será obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão hereditário;
c) O credor originário, só em parte reembolsado, não terá preferência ao sub-rogado, na cobrança da dívida restante, se os bens do devedor não chegarem a saldar inteiramente o que a um e outro dever;
d) Diferentemente da obrigação solidária, a obrigação indivisível perde sua indivisibilidade quando se resolver em perdas e danos.
10. Assinale a alternativa incorreta:
a) A obrigação solidária supõe necessariamente identidade de prestação para todos os interessados;
b) O pagamento feito a um dos credores solidários extingue inteiramente a dívida;
c) Os sujeitos, o vínculo jurídico e o objeto são elementos fundamentais da obrigação;
d) O valor da cominação imposta na cláusula penal pode exceder o da obrigação principal.
11. A, B e C vendem a D o quadro "X" de Rafael, que deverá ser entregue dentro de 6 meses. Foi estipulado que, em caso de inadimplemento da obrigação, deveria ser paga multa de R$ 90.000,00. Por ocasião do adimplemento da obrigação, "B" verificou que o quadro fora destruído juntamente com alguns objetos antigos, por descuido de "A". "D" ingressou em juízo, para pleitear seus direitos, contra "A", "B" e "C" para receber a multa de R$ 90.000,00. Os devedores rebelaram-se contra isso, apresentando a seguinte defesa:
a) A ação só poderia ser demandada contra o culpado, pois os demais co-devedores solidários não têm direito à ação regressiva;
b) Apenas o culpado incorre na pena e proporcionalmente à sua parte, por ser solidária a obrigação;
c) Por ser indivisível a obrigação, todos os devedores, caindo em falta um deles, incorrerão na pena, mas esta só poderá ser exigida integralmente do culpado, pois os demais responderão apenas pela sua quota, tendo ação regressiva contra o que deu causa à aplicação da pena;
d) Todos os co-devedores, culpados ou não, estão isentos de cumprir a cláusula penal, por ser ela excessiva.
12. Assinale a alternativa correta:
a) A obrigação solidária não se presume, resulta da lei ou da vontade das partes.
b) Quando a cominação decorrer de cláusula penal, o seu valor poderá exceder o da obrigação principal.
c) Credor que propõe ação contra um dos devedores solidários fica impedido de fazê-lo contra os outros.
d) Todas as alternativas estão incorretas.
13. Ao ingressar em juízo, o credor único decidiu dirigir a ação de cobrança contra o mais rico dos devedores. Ele fez isso porque (assinale a opção correta):
a) O credor sempre tem o direito de escolher de quem vai exigir seu crédito.
b) Por se tratar de obrigação alternativa.
c) Porque se beneficiou da cláusula penal.
d) Porque o contrato celebrado previa a solidariedade passiva.
14. Sobre Direito das Obrigações assinale a errada:
a) Compõem-se de três elementos essenciais: sujeito, objeto e vínculo jurídico;
b) Diz Giorgi é “um vínculo jurídico entre duas ou mais pessoas determinadas, em virtude do qual uma ou mais delas são sujeitos à outra ou às outras a fazer ou não fazer qualquer coisa”.
c) Tanto na obrigação alternativa quanto na cumulativa há unidade de vínculo e pluralidade objetiva ou de prestações; porém, na primeira como na segunda o devedor se libera mediante o pagamento de uma delas;
d) Nas obrigações solidárias há pluralidade de sujeitos (ativo e passivo), quanto à modalidade pode ser diferenciada para um ou outro dos sujeitos e, jamais se presume.
15. Assinale a alternativa correta: “A” e “B” são devedores de “C” da obrigação consistente na entrega do touro “sadan”, campeão de sua raça na última exposição agropecuária de Campo Grande-MS. Antes da entrega ao credor, por descuido de ambos os devedores, o referido animal ingeriu grande quantidade de veneno, o que ocasionou sua morte. Por se tratar de uma obrigação indivisível em razão da natureza do objeto, o credor:
a) Deverá exigir de ambos os devedores, em conjunto, as perdas e danos;
b) Deverá exigir de um, o valor do animal, e de outro, os prejuízos sofridos;
c) Deverá exigir de cada um dos devedores somente a metade das perdas e danos;
d) Deverá exigir dos devedores, em conjunto, a entrega de outro animal.
16. “A” doa um terreno a “B”, com a cláusula de que deverá destiná-lo à construção de um hospital. Trata-se de doação:
a) Com encargo;
b) Sob condição resolutiva;
c) Sob condição promíscua;
d) Sob condição suspensiva.
17. Assinale a alternativa incorreta:
a) Considera-se condição a cláusula que subordina o efeito do ato jurídico a evento futuro e certo;
b) Não se admite a estipulação de condição advinda de mero arbítrio de um dos sujeitos;
c) Pendente condição suspensiva não se terá direito adquirido antes do adimplemento dessa condição;
d) Enquanto não verificada a condição resolutiva o negócio jurídico vigorará.
18. "A", "B" e "C" são devedores solidários de "D" pela quantia de R$ 60.000,00. "D" renuncia à solidariedade em favor de "A". Com isso:
a) "D" perde o direito de exigir de "A" prestação acima de sua parte no débito, isto é R$ 20.000,00. "B" e "C" responderão solidariamente por R$ 40.000,00, abatendo da dívida inicial de R$ 60.000,00 a quota de "A". Assim os R$ 20.000,00 restantes só poderão ser reclamados daquele que se beneficiou com a renúncia da solidariedade.
b) "D" pode cobrar de "A" uma prestação acima de R$ 20.000,00; "B" e "C" responderão solidariamente pelos R$ 60.000,00.
c) "D" perde o direito de exigir de "A" prestação acima de sua parte no débito e "B" e "C" continuarão respondendo solidariamente pelos R$ 60.000,00.
d) "A", "B" e "C" passarão a responder, ante a renúncia da solidariedade, apenas por sua parte no débito, ou seja, cada um deverá pagar a "D" R$ 20.000,00.
19. Nas obrigações alternativas, quando a obrigação for de prestaçõesanuais e cabendo a escolha ao devedor, o direito de ação poderá ser exercido:
a) Somente no primeiro ano.
b) Em todos os anos, até o término do contrato.
c) Somente nos anos em que houver a concordância expressa do credor.
d) Em anos alternados, sendo um ano para o credor, outro ano para o devedor.
20.  Pedro obrigou-se como fiador e principal pagador de Manoel num contrato de locação. Executado pela dívida de seu afiançado, pretende alegar o benefício de ordem. A alegação é procedente?
a) Não, porque ele se obrigou como principal pagador.
b) Sim, pois há solidariedade passiva.
c) Sim, pois ele não é devedor principal.
d) Sim, porque o afiançado não tem bens suficientes para responder pela execução.
21. Considerando as disposições do Código Civil, referente às obrigações, é CORRETO afirmar:
a) Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se perder antes da tradição, responderá o devedor pelo equivalente. Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este pelo equivalente mais perdas e danos.
b) Tratando-se de obrigação de dar coisa incerta, nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao credor, se o contrário não resultar do título da obrigação. Realizada a escolha, o negócio jurídico reger-se-á pelas normas pertinentes às obrigações de dar coisa certa.
c) Na obrigação de fazer, incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exeqüível. Em caso de urgência e tratando-se de obrigação fungível, pode o credor, mercê de autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido.
d) Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação divisível, esta se presume dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os credores ou devedores. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada um será obrigado pela dívida toda, porém o devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em relação aos outros coobrigados.
Gabarito:
1-a, 2-c, 3-a, 4- b, 5-b, 6-c, 7-c, 8-b, 9-c, 10-d, 11-c, 12-a, 13-d, 14-c, 15-c, 16-a, 17-a, 18-a, 19-b, 20-a, 21-d.
TESTE DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
1) Definir OBRIGAÇÃO CUMULATIVA
Resp. São aquelas em que devem ser cumpridas duas ou mais obrigações, mas o credor somente se exonerará se cumprir todas elas.
2) Definir OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS
Resp. São aquelas em que há mais de uma obrigação estipulada, podendo o devedor escolher, dentre elas, aquela que mais lhe convier para desonerar se. A obrigação alternativa (ou disjuntiva) caracteriza-se pela multiplicidade dos objetos devidos, pela particula “ou”: ou uma casa ou um barco. Mas, diferentemente da obrigação cumulativa, na qual também há multiplicidade de objetos devidos e o devedor só se exonera da obrigação entregando todos, na obrigação alternativa extingue-se a obrigação com a entrega de apenas um dos objetos pelo devedor. Assim, num contrato de seguro de automóvel, por exemplo, a seguradora obriga-se, no caso de um acidente com veículo, ou a reparar o dano ou a fornecer um novo veículo, mas não é obrigada à realização das duas prestações; ela exonera-se da obrigação cumprindo uma delas apenas.
Neste tipo de obrigação, como foi dito, são devidos dois ou mais objetos mas a entrega de um deles extingue a obrigação. A esta entrega precede uma escolha, seja por parte do credor, seja por parte do devedor, conforme acordarem as partes. Em regra a escolha pertence ao devedor, mas nada impede que seja determinada pelo credor
3) Aline deveria pagar a Bruno R$60 Mil ou entregar-lhe um barraco na comunidade Suvaco  da Cobra. A prefeitura local desapropriou o barraco de Aline. Como fica esta Obrigação?
Resp.. Neste tipo de obrigação, alternativa, são devidos dois ou mais objetos mas a entrega de um deles extingue a obrigação. A esta entrega precede uma escolha, seja por parte do credor, seja por parte do devedor, conforme acordarem as partes. Em regra a escolha pertence ao devedor, mas nada impede que seja determinada pelo credor. No caso em tela, Aline (pólo passivo)devolve os 60 Mil ao credor (polo ativo).
4) O que acontece quando, numa obrigação alternativa com 2 objetos (ex.: entregar um Boi “ou” um Cavalo) se um desses objetos perecer sem culpa do devedor?
Resp. Perda da coisa (art.234): a coisa certa é passível de perda e deterioração. Na perda a coisa perece totalmente, deixa de existir, ou, pelo menos, perde totalmente o seu valor. Se ocorrer a perda da coisa sem culpa do devedor antes da entrega, fica resolvida a obrigação para ambas as partes. Nesse caso, como o dono da coisa até a tradição, na obrigação de dar, é o devedor, sofrerá ele o prejuízo com a perda da coisa.
5) Quais os elementos conceituais da obrigação?
Resp. As obrigações jurídicas apresentam três elementos principais: sujeito, objeto e o vínculo jurídico. O termo “sujeito” se refere às partes que participam da relação, por exemplo: se a obrigação for a de pagar um tributo, as partes serão o poder público, de um lado, e o cidadão contribuinte do outro; já, se a obrigação se originar de um contrato de compra e venda, as partes serão o comprador e o vendedor que avençaram a compra e venda de determinado objeto. O vínculo, por sua vez, se refere à lei, ou ao contrato, que fez surgir a obrigação entre as partes.
O objeto refere-se ao conteúdo da obrigação, que pode ser o pagamento de uma quantia em dinheiro, um comportamento, ou entrega de algo, dentre outros, dependendo da natureza da obrigação
6) Quais os sujeitos da obrigação?
Resp. O termo sujeito  se refere às partes que participam da relação, por exemplo: se a obrigação for a de pagar um tributo, as partes serão o poder público, de um lado, e o cidadão contribuinte do outro; já, se a obrigação se originar de um contrato de compra e venda, as partes serão o comprador (passivo) e o vendedor (ativo) que avençaram a compra e venda de determinado objeto.
7) Nas obrigações alternativas, no silencio dos contratos, a quem caberia a escolha?
Resp. A obrigação na modalidade alternativa, é a que fica cumprida com a execução de qualquer das prestações que formam o objeto da prestação é disjuntivo ou alternativo  quando ligado pela partícula “ou”: Uma bola de couro ou uma bola de plástico, aqui se deixa claro que, o devedor apenas está obrigado a entregar uma das coisas objeto da obrigação (art.252 a 256 CC). Portanto a escolha do objeto cabe ao devedor (art.252); a lei, no silencio das partes, assegurou o direito de escolha do devedor porque é a parte onerada na obrigação
8) Na obrigação de dar coisa certa, o credor é obrigado em juízo a receber outra coisa mais valiosa?
Resp.
“O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa” (art.313 CC) Como o objeto da obrigação é algo certo, o credor não é obrigado a receber outra coisa, mesmo que mais valiosa. Essa novação só pode ser feita com o consentimento de ambas as partes. Da mesma forma, o credor não pode exigir outra coisa do devedor a não ser o pactuado, mesmo que menos valiosa. Com o consentimento do credor, pode haver a dação em pagamento, que é a entrega de um objeto para sanar dívida em dinheiro.
9) De exemplo de obrigação Propter REM.
Resp.  Obrigação Propter Rem são as obrigações próprias da coisa, ou seja, aquelas em que o devedor fica sujeito a determinadas prestação que não derivou de sua manifestação de vontade, expressa ou tacitamente, mas provem do fato ser titular de um direito sobre a coisa  ou seja é aquela em que o devedor, por ser titular de direito sobre a coisa, fica sujeito a uma prestação e, não derivou da sua manifestação expressa ou tácita. Verifica-se que o devedor está atado a um vínculo cogente não por força de sua vontade, mas em razão de sua qualidade jurídica em face de um bem, quer seja possuidor,  quer seja proprietário. São obrigações propter rem : a do condomínio de contribuir para a conservação da coisa comum (CC, art. 624): a do proprietáriode um imóvel no pagamento do IPTU. Assim, é oportuno fixar as características dessas figuras: 1º) vinculação a um direito real; 2º) possibilidade de exoneração do devedor pelo abandono do direito real, renunciando o direito sobre a coisa; 3º) transmissibilidade por meio de negócios jurídicos, caso em que a obrigação recairá sobre o adquirente. É de bom alvitre ressaltar a natureza jurídica dessas obrigações, pois se encontram na zona fronteiriça entre os direitos reais e os pessoais. Não são elas nem uma obligatio, nem um jus in re, constituindo figuras mistas.
Resp.2 Obrigação propter rem é a que recai sobre uma pessoa, por força de determinado direito real. Há uma obrigação dessa espécie sempre que o dever de prestar vincule quem for titular de um direito sobre determinada coisa, sendo a prestação imposta precisamente por causa dessa titularidade da coisa. Na obrigação propter rem, a substituição do titular passivo opera-se por via indireta, com a aquisição do direito sobre a coisa a que o dever de prestar se encontra ligado. A obrigação propter rem é de caráter misto, pelo fato de ter a obligatio in personam objeto consistente em uma prestação específica; e como a obligatio in re estar sempre incrustada no direito real.
São exemplos as obrigações imposta aos proprietários e inquilinos de um prédio de não prejudicarem a segurança, o sossego e a saúde dos vizinhos (art. 1277); obrigação imposta ao condômino de concorrer para as despesas de conservação da coisa comum (art. 1315); obrigação do dono de coisa perdida de recompensar e indenizar o descobridor (art. 1234); obrigação de dar caução pelo dano iminente quando o prédio vizinho estiver ameaçado de ruína (art. 1280); e obrigação de indenizar benfeitorias (art. 1219).
Ônus reais:
São as obrigações que limitam o uso e gozo da propriedade, constituindo gravames ou direitos oponíveis erga omnes.
Distinção entre ônus real e obrigação propter rem:
A responsabilidade pelo ônus real é limitada ao bem onerado, não respondendo o proprietário além dos limites do respectivo valor. Já na obrigação propter rem o devedor responde com todos os seus bens, ilimitadamente.
Os efeitos da obrigação propter rem permanecem em qualquer circunstância, enquanto que os do ônus real extinguem-se com o perecimento do objeto
Os ônus reais sempre implicam numa prestação positiva. A obrigação propter rem pode tanto ser prestação positiva quanto negativa.
Nos ônus reais, a ação cabível é de natureza real (in rem scriptae), enquanto que nas obrigações propter rem, é de índole pessoal.
10) Salete alienou a Xavier um terreno na comunidade SUVACO DA COBRA com 10 pés de Pitomba. No silencio do contrato teria Xavier direito aos frutos da Pitombeira?
Resp. Aplicação do princípio da gravitação jurídica: de acordo com o princípio da gravitação jurídica (pelo qual o acessório segue o principal), nas obrigações de dar, em regra, os acessórios da coisa a acompanham, salvo ressalva feita no título ou se as circunstâncias do caso darem a entender de forma diversa (art.233). Observe- se que, a teor do art.94, os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças (art.93), salvo se o contrário resultar da lei ou das circunstâncias do caso.
Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso.
11) Diego, vendeu a Cristiano uma fazenda com vários pomares colocou, contudo, uma cláusula no contrato de compra e venda que a alienação não abrangeria os citados pomares que seriam posteriormente cortados e transportados para uma madeireira. Esta cláusula configura abuso de direito ou teria respaldo no art. 233 CC?
Resp.
12) Qual a diferença entre perecimento e deterioração?
1. Resp. Estabelecendo a diferença entre PERECIMENTO (perda total) do objeto da prestação devida e DETERIORAÇÃO (perda parcial) do objeto da prestação devida.
No caso do perecimento, segundo o art. 234 CC, se acontecer sem culpa do devedor antes da tradição ou pendente a condição suspensiva fica resolvida a obrigação, ou seja, não há se falar em tradição, pois a coisa já não mais existe, e por ter perecido sem culpa do devedor, também não há se falar em perdas e danos. Destarte, a obrigação fica extinta. Mas, se do contrario, vier a perecer a coisa por culpa do devedor, ao credor cabe reclamar pelo valor equivalente da coisa mais perdas e danos.
13) Deteriorada a coisa numa obrigação simples de dar coisa certa antes da tradição sem culpa do devedor como fica a obrigação?
Resp. No caso de deterioração da coisa sem culpa do devedor, faculta-se ao credor terminar a relação jurídica não aceitando a coisa, ou aceitá-la com o devido abatimento em seu valor . Art. 235 CC. Porém, se a deterioração resultar de culpa do devedor, faculta-se ao credor exigir o equivalente ou aceitar a coisa com abatimento do valor, e em um e outro caso com direito a reclamar perdas e danos.
14) Como fica a situação de um credor ou seja, o que ele poderia exigir  do devedor na hipótese de uma obrigação de restituir coisa certa e esta se perder sem culpa do devedor?
Resp. Quanto ao perecimento ou deterioração da coisa a ser restituída, o Código Civil prevê o seguinte: Art. 238. “Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se perder antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da perda”.
Isto é, se a coisa gerou frutos até a sua perda, e não teve a interferência da vontade ou de despesas por parte do depositário, e o mesmo já sabia que as utilidades pertenciam ao credor, ele (o credor) terá direito sobre elas até o momento da destruição fortuita da coisa principal. No caso da simples deterioração da coisa sem culpa do devedor, o credor fica obrigado a receber a mesma no estado em que se encontra e sem direito a indenização
15) Defina Obrigação Negativa.
Resp. Por obrigação negativa, concernente aos direitos reais, direito oponível erga omnes (Erga significa contra; omnes quer dizer todos) , temos que todos estão obrigados a não prejudicar um direito real alheio. Já nas obrigação de não fazer, a relação é de direito pessoal, de modo que vincula apenas o devedor, que espontaneamente limita a própria liberdade. Havendo a instituição de uma obrigação negativa acerca de um dado imóvel, esta o acompanhará, independentemente da mutação subjetiva que possa ocorrer no futuro quanto à titularidade do bem.  Todavia, existindo uma obrigação de não fazer referente a dado imóvel, esta perdurará enquanto o bem permanecer no patrimônio do devedor. Havendo alteração subjetiva na propriedade do objeto, estará extinta a relação obrigacional, posto que ela recai sobre a pessoa que contrata e não sobre a coisa a qual versa o contrato
16) Quando é que o devedor se considera inadimplente numa obrigação negativa?
Resp. Inadimplemento é espécie de inexecução. Diz-se devedor inadimplente aquele que deixa de cumprir a obrigação totalmente (ex. no caso de perecimento do objeto – a obrigação era de entregar um determinado cavalo árabe campeão, mas o devedor o deixou morrer) ou parcialmente (o devedor paga somente parte da dívida e cai em insolvência).Nas obrigações do tipo negativo, o mero agir contrário à prestação negativa implica em inadimplemento
17) O inadimplemento de uma obrigação fungível pode fazer o credor executar as custas de um terceiro?
Resp. No art. 249, quer no art. 251, permite ao credor, verificada a urgência que requeira a medida citada na questão, e independentemente de autorização judicial para tanto, mandar executar o fato, às suas expensas, ressarcindo-se do prejuízo ao depois, ou desfazer aquilo a que o devedor era obrigado a não fazer, cabível  também o posterior ressarcimento, sempre pelo devedor.
18) De exemplo de indivisibilidade econômica e indivisibilidade legal
Resp. Por assim dizer, temos que inicialmente, divisível é o bem que se pode fracionar e indivisível o que não se pode. A indivisibilidadepoderá ser: 1 – natural (material) – que é   quando decorre da própria natureza, pois sua divisão alteraria sua substância ou prejudicaria seu uso.
Exemplo1: obrigação de entregar um touro reprodutor; obrigação de restituir o imóvel locado. 2 – legal (jurídica) – que é quando decorre da norma legal. Ela é imposta.
Exemplo2: a pequena propriedade agrícola é indivisível por força de lei.  A lei 6799/79, que dispõe sobre o parcelamento do solo urbano, determina o artigo 4º, II, que os lotes nos loteamentos terão no mínimo 125m2, o que impede este lote seja dividido em dois. Outro exemplo: a herança, que alem de indivisível é imóvel, e universal.
19) Defina Obrigação solidaria
Resp. A Solidariedade ocorre quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado à dívida toda. A solidariedade resulta da lei ou da vontade das partes. Na solidariedade ativa, cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro. O pagamento feito a um dos credores solidários extingue inteiramente a dívida. Na solidariedade passiva, o credor tem direito a exigir e receber de um ou alguns dos devedores, parcial, ou totalmente, a dívida comum.
20) Qual o nome que se dá tecnicamente falando  ou conceito jurídico do ato de seleção onde o devedor escolhe a qualidade entre 200 sacas de açúcar ou o meio termo entre A, B e C?
Resp. Por muitos esquecida ou até ignorada, encontra-se a obrigação de dar coisa incerta entre uma das modalidades obrigacionais previstas no Código Civil brasileiro.
A obrigação de dar coisa incerta é aquela na qual o objeto é a entrega de coisa não considerada em sua individualidade, mas no gênero (artigo 243), como é o caso do compromisso assumido pelo devedor de entregar ao credor 200 sacas de açucar. Pergunta-se: qual tipo de açucar? A princípio, não se define a sua qualidade.
A expressão coisa incerta indica que a obrigação tem objeto incerto, mas não totalmente, já que deve ser indicada pelo gênero e pela quantidade. É, portanto, incerto, mas determinável.
Indaga-se: o que acontecerá se faltar o gênero ou a quantidade? A indeterminação será absoluta, assim, ressaltamos que a avença, com tal objeto, será impossível.
Dessa forma, a coisa é indicada, segundo Catalan (2005, p. 82), pelos caracteres gerais, por seu gênero. O que o Código Civil dispõe sobre a coisa incerta é uma situação de indeterminação, mas suscetível de oportuna determinação.
Ressaltamos que o termo “gênero” utilizado pelo legislador está equivocado. Seguimos o mesmo posicionamento de Álvaro Villaça (2004, p. 67) que entende ser melhor a utilização do termo “espécie1”, pois a palavra gênero tem um sentido muito amplo. Por exemplo, cereal é gênero e arroz é espécie. Assim, se o devedor se obrigar a entregar uma saca de cereal essa obrigação seria impossível de ser adimplida, pois não se poderia saber qual cereal seria o objeto a ser entregue. Nestes termos, será melhor utilizar as expressões espécie e quantidade.
2. CONCENTRAÇÃO DA QUALIDADE
A determinação dar-se-á pela escolha, conforme artigo 244 do Código Civil. Ocorrendo, pois, a escolha, tomando ciência o credor, acaba a incerteza da obrigação, passando a vigorar as normas relativas às obrigações de dar coisa certa.
A escolha é o ato de seleção das coisas constantes da espécie, isto é, a identificação quanto à qualidade da coisa a ser entregue. Ensina Caio Mário apud Orosimbo Nonato (2005, p. 56) que cessará a indeterminação da obrigação com a escolha, a qual se verifica e se reputa consumada, tanto no momento em que o devedor efetiva a entrega real da coisa, como ainda quando diligencia praticar o ato necessário à prestação.
Reiteramos, assim, que estado de indeterminação deve ser temporário, sob pena de faltar objeto à obrigação. O devedor não pode ser compelido à prestação genérica.
Quem deve escolher a qualidade? Em regra, o titular do direito de escolha é o devedor, a não ser que as partes estipulem em sentido contrário (artigo 244).
Dado em contrato a prerrogativa de escolha ao credor, há que se entender que lhe foi deferido o direito de exigir a qualidade do objeto, pois se outro fosse o desejo dos contratantes, não utilizariam tal cláusula.
Observa-se que o nome técnico dado à escolha da qualidade é chamado de concentração. A concentração é o ato unilateral que exterioriza a entrega, o depósito do pagamento, a constituição em mora ou outro ato jurídico que importe a comunicação ao credor (GONÇALVES, 2008, p. 65).
Pois bem, o Código, no artigo 244, estabelece um critério para o devedor proceder à concentração da qualidade da coisa a ser entrega, a saber: 1) quando nada mencionar o contrato, caberá a escolha ao devedor; 2) o devedor não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor. Tal critério deve ser entendido no sentido de que o devedor deve escolher pela média (forma de se estabelecer um equilíbrio entre as partes). Portanto, as partes devem respeitar o critério do meio-termo (artigo 244), que significa escolha pela qualidade intermediária.
Neste contexto, coisa incerta pode ser encontrada em alguns contratos por meio de expressões como “mais ou menos ou cerca de”, como nos contratos de fornecimento de matérias-primas para as indústrias (Carvalho Santos, 1953, p. 66-67).
Prezado (a) colega, as respostas podem não ser, necessariamente
as mais acertadas, recomendo uma revisão em seus
apontamentos de aula.

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