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04 MANDADO DE INJUÇÃO (1)

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1
MANDADO DE INJUNÇÃO
Art. 5º , LXXI, CF:
“Conceder-se-á mandado de injunção sempre 
que a falta de norma regulamentadora torne 
inviável o exercício dos direitos e liberdades 
constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania”.
OBJETIVO:
Permitir o exercício de direitos 
fundamentais em caso de falta de 
previsão normativa necessária 
para o seu exercício. 
O maior problema de efetivação dos direitos 
fundamentais está nos direitos sociais que quase 
sempre necessitam de legislação específica para a 
sua implementação. 
Já os direitos de liberdade podem ser exercidos 
pelo titular desde que o Estado não o impeça 
(direitos de resistência contra a intervenção 
estatal), não necessariamente de lei organizadora 
para a sua implementação.
LEGITIMAÇÃO ATIVA:
É legitimado ativo a pessoa física ou jurídica 
que se encontra na impossibilidade de exercer 
seus direitos pela ausência de norma 
regulamentar indispensável para tal exercício. 
LEGITIMAÇÃO PASSIVA:
Sobre o polo passivo da relação processual há
divergências. 
2
PROCEDIMENTO:
Logo após a entrada em vigor da CF/88, discute-se 
se o MI seria remédio autoaplicável ou se 
dependeria de regulamentação para poder ser 
utilizado.
Tratou-se de verdadeira ironia: necessitaria a 
garantia que visa suprir omissão legislativa, ela 
mesma, de ser regulamentada para poder ser 
utilizada?
PROCEDIMENTO (cont.):
A polêmica extravasou a seara doutrinária e foi 
resolvida pelo STF no julgamento da Questão de 
Ordem no MI nº 107-3, Rel. Min. Moreira Alves, 
julgado em 23/11/1989.
Nessa ocasião, decidiu-se que o MI é autoexecutável, 
“uma vez que, para ser utilizado, não depende de 
norma jurídica que o regulamente, inclusive quanto 
ao procedimento, aplicável que lhe é analogicamente 
o procedimento do MS, no que couber.
PROCEDIMENTO (cont.):
Posteriormente, com a entrada em vigor da Lei nº
8.038/90, estabeleceu-se em seu art. 24, parágrafo 
único, que “no mandado de injunção e no habeas 
data, serão observadas, no que couber, as normas do 
mandado de segurança, enquanto não editada 
legislação específica”.
SENTENÇAS E EFEITOS:
Por duas décadas, o MI foi considerado ação sem 
utilidade prática em razão da insignificância de seus 
efeitos: as decisões limitavam-se a declarar a omissão 
legislativa sem providências concretas. 
Isso causava a falta de efetividade do instrumento, que 
não possibilitava ao impetrante o exercício do direito 
pretendido. 
Os efeitos da decisão no MI constituem o núcleo 
polêmico do instituto. É a definição desses efeitos que 
revelará a força do remédio constitucional pensado pelo 
constituinte brasileiro.
3
Em razão disso, até 2007 eram protocolados no STF 
em torno de 50 MI por ano. 
Após 2007, a jurisprudência do STF sofreu mudança 
radical, passando a suprir omissões legislativas. 
Em vez de se limitar a declarar a mora do 
legislador, o STF estabelece norma regulamentar 
que possibilita o exercício do direito. 
Entre 2009 e 2012 foram protocolados mais de 
4.000 MI (média de mil por ano).
Em razão da falta de previsão constitucional ou 
legal sobre os efeitos da decisão que defere o MI, a 
doutrina e a jurisprudência elaboraram quatro
hipóteses.
1ª) O julgador declara a inconstitucionalidade da 
omissão normativa e dá ciência ao órgão 
competente para que tome as providências 
necessárias para efetivar a norma 
constitucional. A decisão tem efeito 
declaratório. (ver STF - MI nº 107, Rel.Min. Celso 
de Mello, julgado em 19/05/94)
2ª) A decisão não só declara a omissão, mas 
também estabelece sanções para a autoridade 
omissa, como a fixação de prazo com ameaça de 
multa em caso de descumprimento ou a 
determinação de indenizar o interessado em ação 
de liquidação sem necessidade de comprovar o 
dano. Aqui tem-se decisão com efeito 
mandamental que configura título executivo. (ver 
MI 283 e MI 562 - STF)
3ª) Supressão da lacuna no caso concreto para 
permitir o exercício do direito do interessado: o 
juiz julga o caso concreto, não se pronunciando 
sobre o exercício do direito fundamental por 
titulares que não impugnaram judicialmente a 
omissão. Essa decisão tem também efeito 
mandamental. (ver STF – MI 878, Rel. Min. Celso 
de Mello, julg. 04/06/2009).
4
4ª) Elaboração da norma regulamentadora para 
suprir integralmente a omissão legislativa. O 
julgador viabiliza o exercício do direito por 
todos os titulares. Isso pode ocorrer com a 
aplicação analógica de normas que 
regulamentam casos parecidos ou com a 
criação judicial de novas normas. (ver STF -
MIs 712, 670 e 708).
CASUÍSTICAS:
No caso da aposentadoria dos servidores públicos 
julgado em 2007, o STF limitou-se a aplicar 
analogicamente normas vigentes para os 
trabalhadores em geral.
Já no caso da greve de funcionários públicos, 
julgado no mesmo ano, o STF adotou ambas as 
soluções. Aplicou-se analogicamente a legislação 
sobre a greve no setor privado (Lei 7783/89) e 
também estabeleceu limitações que considerou 
indicadas, afirmando: “O Poder Judiciário está
vinculado pelo dever-poder de, no MI, formular 
supletivamente a norma regulamentadora de que 
carece o ordenamento jurídico”.
POSIÇÕES
CONCRETISTA
NÃO 
CONCRETISTA
GERAL
INDIVIDUAL
DIRETA
INTERMEDIÁRIA

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