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Direito Internacional – A2 RESUMO IBMR

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Direito Internacional – A2
Parte I – Os Estados no Direito Internacional
Estado: um tipo de pessoa jurídica reconhecida pelo Direito Internacional.
Estado-Nação: forma de ordenamento político
Múltiplas faces, centros de poder, instituições, eleitorado, cobre um território específico e mantém legitimidade e força física organizada. Exerce poder de duas formas: despótica, de cima para baixo, e infraestrutural, mediada via sociedade.
Elementos constitutivos do Estado:
Povo: Conjunto de nacionais (natos, naturalizados). Conjunto de indivíduos unidos por laços comuns.
Território: Delimitação espacial/geográfica da atuação do Estado.
Governo autônomo, independente: Soberania (interna/externa).
Finalidade: Bem comum (ordem, estabilidade).
Capacidade de se relacionar com outros Estados: Independência de outras ordens jurídicas estatais.
Modos de formação e modificação do Estado:
Fundação direta: através do estabelecimento permanente de uma população de um dado território e da instituição de um governo organizado e permanente.
Emancipação: quando se liberta do jugo estrangeiro, de forma pacífica ou em virtude de rebelião.
Separação ou Desmembramento: ocorro quando um Estado se separa ou se desmembra, para dar lugar à formação de outros. 
Fusão: quando um Estado-núcleo absorve dois ou mais Estados, reunindo-os em um só, ou ainda pela junção de territórios formando um Estado novo.
Através de atos jurídicos:
Lei Interna
Tratado Internacional
Decisão de um organismo internacional
Reconhecimento do Estado:
Dupla característica: 
Demonstra a existência do Estado como sujeito de Direito Internacional Público.
Constata que o Estado possui as condições necessárias para participar das Relações Internacionais e que a sua existência não contrasta com os interesses dos Estados que o reconhece.
Natureza jurídica do reconhecimento:
Teoria Constitutiva: o reconhecimento é que atribui ao Estado a condição de sujeito de Direito Internacional Público.
Teoria Declaratória: o reconhecimento apenas declara que o novo Estado é sujeito de Direito Internacional Público.
A admissão de um Estado na ONU representa o reconhecimento deste Estado por todos os seus membros.
Sucessão de Estados:
Convenção de Viena: Substituição de um Estado por outro no tocante à responsabilidade pelas Relações Internacionais do território. Pode se referir a transferência de direitos, obrigações e/ou propriedade de um Estado anteriormente bem estabelecido ao novo.
Competências dos Estados segundo o Direito Internacional:
Terrestre: Território. Elemento constitutivo do Estado. Inclui: Solo; subsolo e regiões separadas do solo; rios, lagos e mares interiores; golfos, baías e portos; faixa de mar territorial e a plataforma submarina, para os Estados que têm litoral (até 200 milhas marítimas); o espaço aéreo correspondente ao solo.
Configuração do território: 
Íntegro ou compacto – Constituído por porção compacta da superfície da Terra.
Desmembrado ou dividido – Formado de partes, isto é, quando a superfície apresenta soluções de continuidade.
Encravado – Cercado pelo território de outro Estado.
Marítima: 
Direito de Alto Mar: Liberdade de navegação, sobrevoo, colocar cabos e dutos submarinos, construir ilhas artificiais, pesca, investigação científica.
Aérea
O alto mar e os fundos marinhos, o espaço aéreo internacional, o espaço extra-atmosférico e a Antártida estão fora da jurisdição dos Estados nacionais.
Demarcação de Fronteira: Delimitação é conceitual, demarcação é físico. Considera-se definitiva a fronteira demarcada cuja demarcação foi aprovada pelos governos interessados.
Parte II – Responsabilidade Internacional e Proteção Diplomática.
Instituto da Responsabilidade Internacional: É o instituto jurídico em virtude do qual o Estado a que é imputado um ato ilícito segundo o direito internacional deve uma reparação ao Estado contra o qual este ato foi cometido. Portanto, decorre de uma transgressão à norma jurídica internacional e da incidência de uma conduta de natureza dolosa ou culposa.
Responsabilidade Subjetiva: ademais de descumprimento, deve haver dolo ou culpa para que se julgue responsável.
Responsabilidade Objetiva: independente de dolo.
Condições de imputação de Responsabilidade:
Violação de uma regra jurídica de caráter internacional – por ação ou omissão.
Que transgressão da regra ocasiona um dano – físico ou moral ao Estado ou seus nacionais.
Que a ofensa seja imputável ao Estado – nexo de casualidade normativa entre dano e ilícito.
Direitos Fundamentais dos Estados:
Liberdade: soberania interna e externa.
Igualdade: direitos iguais independentemente de poder, tamanho.
Defesa e Conservação: medidas contra inimigos internos e externos.
Desenvolvimento: não restrição dos direitos fundamentais do Estados.
Deveres dos Estados:
Não-Intervenção: assim como direito à existência é direito por excelência, também é o dever de não-intervenção.
Doutrina Drago (1910): princípio de não intervenção por dívida pública. 
Doutrina Monroe (1823): Europa não intervém nos EUA e os EUA se compromete a não intervir na Europa.
Tipos de Intervenções Legítimas: Em nome do direito de defesa e conservação, para a proteção dos direitos humanos e para proteção dos nacionais.
Responsabilidade por Danos Internacionais: dever de reparação adequada do dano.
Exceções: legítima defesa, prescrição liberatória (quando não há manifestação do prejudicado), renúncia.
Reparação: obrigação de restituição, compensação, outros meios (inclusive dinheiro). Tanto danos materiais como danos morais.
Reparação de danos morais recebe o nome de satisfação. (desculpas via diplomática, no julgamento e punição dos culpados)
Aplicação da Proteção Diplomática:
Ação diplomática levada a cabo pelo Estado nacional do indivíduo prejudicado junto do Governo/Estado que internacionalmente é presumível responsável. Objetivo é obter a reparação do dano causa ao nacional do Estado reclamante.
Instituto da Imunidade de Jurisdição:
Privilégios e garantias dos representantes de certo Estado junto ao governo de outro. 
Imunidades Diplomáticas e Consulares:
Funções Diplomáticas (assuntos de Estado): maior cobertura de privilégios (imunidade penal e civil).
Funções Consulares (interesses privados): apenas no tocante aos atos de ofícios.
Parte III – Nacionalidade.
Pertencimento a uma nação; vínculo jurídico-político do indivíduo com o Estado. J
Jus Sanguinis: “herdada” dos pais.
Jus Soli: derivada do Estado de Nascimento.
Aquisições:
Originária: resulta do nascimento.
Derivada: mudança da nacionalidade anterior.
Conflitos:
Positivo: Polipatria ou multinacionalidade.
Negativo: Apátrida.
Condição Jurídica do Estrangeiro:
A legislação relativa à condição jurídica do estrangeiro tem sua justificativa no direito de conservação e no de segurança do Estado, mas deve, sempre, ter como base o respeito aos seus direitos humanos.
Possuem os mesmos direitos reconhecidos aos nacionais, exceto aqueles mencionados expressamente pela legislação daquele país, cabendo-lhe cumprir as mesmas obrigações dos nacionais.
Direitos reconhecidos aos Estrangeiros:
Individuais: liberdade, inviolabilidade da pessoa humana
Civis de Família: não são absolutos. Sujeito às leis, podendo até mesmo ser extraditado, deportado ou expulso.
Direito dos Refugiados:
Refugiados são pessoas obrigadas a deixar seu país devido conflitos armados, violência generalizada e violação massiva dos direitos humanos.
Brasil tem tradição em conceder abrigo e proteção a refugiados.
Parte IV – Direitos Humanos
Principais fatores históricos da afirmação dos Direitos Humanos:
Final da Segunda Guerra Mundial – 1945
ONU (1945)
Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948)
Objetivos: garantia dos direitos humanos; paz e segurança internacional; cooperação para resolução de problemas internacionais.
Mecanismos de Proteção dos Direitos Humanos:
Convenções e Tratados de DH (ONU)
Conselho de Direitos Humanos (2006): Visa reforçara promoção e a proteção dos direitos humanos no mundo inteiro.
Assembleia Geral da ONU: Cabe examinar e preservar os objetivos constantes da ONU; realizar estudos e recomendações de diversas dimensões.
Corte Internacional da Justiça: Solução de controvérsias internacionais no tocante a matéria de direitos humanos.
Parte V – Direitos Internacional Ambiental
	
Evolução histórica da proteção do meio ambiente no cenário internacional:
1972 – Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano: Marco de referência e responsável pela popularização, em âmbito internacional, do termo e da discussão sobre sustentabilidade. 
Debates centrais: questão demográfica e relações Norte-Sul
Principal resultado: Relatório “Limites do Crescimento”, propunha o crescimento zero mas impunha um obstáculo ao desenvolvimento dos países do Sul.
1987 – Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento: Relatório Brundtland. Apontava o modelo de desenvolvimento econômico como causa da degradação ambiental no planeta. Definição do Desenvolvimento Sustentável como aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das futuras gerações atenderem também às suas.
Resultados importantes: Colocaram a questão ambiental no primeiro plano da agenda política internacional. As questões ambientais passaram a fazer parte das políticas públicas dos Estados nacionais e de órgãos multilaterais e supranacionais em todos os níveis.
Críticas: O Relatório Brundtland aponta a pobreza, e não a riqueza, como causa de degradação ambiental. Os países do Norte procuravam responsabilizar os países do Sul pelos danos ambientais ao mesmo tempo em que se esforçavam para lhes transferir tecnologias redundantes. 
1992 - Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio 92): Adoção do princípio do Desenvolvimento Sustentável. Os mecanismos de financiamento e de transferência de tecnologias tiveram pouco impacto, mantendo-se as mesmas políticas e práticas que geraram a crise ambiental.
2000 - Objetivos de Desenvolvimento do Milênio da ONU: Declaração do Milênio da ONU. Acabar com a fome e a miséria, educação básica de qualidade para todos, igualdade entre sexos e valorização da mulher, reduzir a mortalidade infantil, melhorar a saúde de gestantes, combater aids, malária e outras doenças, qualidade de vida e respeito ao meio ambiente, todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento.
2002 – International Law Association (ILA): Declaração de Nova Deli. 
Sete Princípios: Obrigação dos Estados em assegurar o uso sustentável dos recursos naturais; equidade e erradicação da pobreza; responsabilidades comuns, mas diferenciadas; abordagem preventiva em relação a saúde humana, recursos naturais e ecossistemas; participação pública do acesso à informação e justiça; boa governança; integração e interdependência de objetivos sociais, econômicos e ambientais.
2012 – Rio+20: Agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas. 
2015 – Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável: Agenda 2030.
2016 – Acordo de Paris: Aprovado por 195 países. Objetivo central de fortalecer a resposta global à ameaça da mudança do clima e de reforçar a capacidade dos países para lidar com os impactos decorrentes dessas mudanças. EUA saiu do Acordo.
Problemas ainda existentes e a política externa brasileira:
Novo Código Florestal
Novo Código de Mineração
Flexibilização do Licenciamento Ambiental
Conflitos Socioambientais
Desmatamento
Parte VI – Solução Pacífica de Conflitos e a Guerra no DI
Causas dos Conflitos Internacionais: territoriais, ideológicas, estratégicas, políticas.
Também podem se dar entre Estados e outros sujeitos (ONU, Santa Sé, Autoridade Palestina).
Podem se dar no interior de um Estado ou em âmbito internacional. O que configura o caráter internacional do conflito é sua repercussão externa, a capacidade de afetar a comunidade internacional. Apenas conflitos entre entidades coletivas internacionais são significativos para efeitos jurídicos específicos.
Mecanismos de solução pacífica:
Relacionais: Procedimentos diplomáticos clássicos.
Institucionais: Âmbito das organizações internacionais.
E ainda há meios políticos e meios jurídicos.
Formas de solução:
Negociação: entendimento direto.
Inquérito: através de comissão.
Bons Ofícios: Estado ou outro sujeito do DI procura mediar.
Grupo de Contato: Estados e/ou outros sujeitos do DI procuram mediar.
Mediação: terceiro Estado entra na negociação propondo soluções.
Conciliação: proposta de solução por comissão independente.
Arbitragem: através de tribunal ad hoc, singular ou colegial, contando com membros escolhidos pelas partes. Pode fundar solução em juízos de equidade.
Solução/Decisão Judicial: tribunal permanente julga segundo critérios de legalidade estrita em processo ritualizado.
Acordos Regionais: desde que em acordo com propósitos e princípios da ONU.
Mecanismos coercitivos de solução de conflitos:
Uso da Força: De acordo com o CSNU, deve ser usado em legítima defesa. Defesa contra ataque armado constitui direito natural. Princípio da proporcionalidade. O agredido tem a obrigação de comunicar a situação e sua reação, devendo cessar esta assim que o CS tomar medidas necessárias.
Excesso de legítima defesa também enseja responsabilidade internacional.
Intervenção do CSNU.
Sanções: Econômicas, diplomáticas, militares. 
Guerra no Sistema Jurídico Internacional Contemporâneo:
DI Clássico – Direito da Guerra.
DI Contemporâneo – Relações entre Estados também em tempos de paz.
1907 – Segunda Conferência da Paz da Haia.
1919 – Sociedade das Nações: Pequeno progressos na regulamentação da guerra.
1928 – Pacto Kellog-Briand: Guerra colocada fora da lei, mas não preencheu lacunas deixadas pelo Pacto da Sociedade das Nações que permitiam o recurso à guerra (guerra defensiva)
1945 – Carta da ONU: Reconhece guerra de agressão como ilegal e medidas defensivas (legítima defesa) legal.
Questões
1- Para ser considerado Estado no âmbito do direito internacional público, se faz necessário a existência de:
A) Povo e território
B) Povo, território, governo dependente e finalidade.
C) Povo, território, governo soberano, finalidade e capacidade para manter relações com os demais Estados.
D) Território, governo soberano e capacidade para manter relações com os demais Estados.
2- “[...] É um Estado neutro em relação a outros países desde o século XVII; no entanto, é um país altamente armado, onde o serviço militar é obrigatório – não com a finalidade de participar de guerras externas, mas de defender o país em caso de ataques.” À qual Estado neutro esse trecho se refere:
A) Estados Unidos
B) Alemanha
C) China
D) Suíça
3- Quais elementos formam o território terrestre de um Estado:
A) Águas internas (rios nacionais, lagos contidos exclusivamente no território terrestre, golfos e baías)
B) Espaço aéreo
C) Subsolo
D) Todos os elementos
4- Existem alguns Estados insulares, onde o território composto por uma ilha ou conjunto destas. Entre as opções abaixo, podemos destacar como um Estado insular:
A) Bahamas
B) Rússia
C) Japão
D) Suíça
5- Quando falamos sobre fronteiras artificiais, é correto afirmar que:
A) A partir de um acordo comum entre Estados, delimitam-se linhas imaginárias unindo pontos de referência;
B) Atribuem maior segurança jurídica e militar aos Estados. Contudo, nem sempre tais pontos de referência estão presentes;
C) É um princípio do direito internacional que defende que um território pertence ao povo/Estado que o ocupa;
D) N.R.A
6- O que é um Estado Neutro:
A) Um Estado não reconhecido pelo Direito Internacional;
B) Um estado sem governo soberano;
C) Um Estado abre mão da competência de participar de guerras iniciadas por outros países;
D) Um Estado que abre mão do direito soberano de autodefesa;
7- Entre os modos de formação de um Estado, inclui-se o modo de Emancipação. Pode-se dizer que é:
A) O meio do qual um Estado se libertade ser dominante ou do jugo estrangeiro, seja de forma pacífica, seja em virtude de rebelião;
B) O meio do qual um Estado-núcleo absorve dois ou mais Estados, reunindo-os em um só ente para a formação de um só Estado;
C) Quando um Estado se separa ou se desmembra, para dar lugar à formação de outros;
D) Consistente no estabelecimento permanente de uma população em um dado território sem dono, com a instituição de um governo organizado e permanente;
8- O ato ilícito, a imputabilidade e o dano, são elementos essenciais para que haja a Responsabilidade Internacional. Tendo isso em vista, assinale a opção correta:
A) Para fins de Responsabilidade Internacional, o prejuízo ao outro Estado tem de ser necessariamente material, ou seja, precisa ter expressão econômica.
B) Para fins de responsabilidade internacional, o ato deve ser ilícito sob o ponto de vista do DI, não importando o Direito interno do Estado que o pratica.
C) Um ato ilícito internacional se configura apenas como uma ação. Uma omissão não pode dar ensejo à Responsabilidade Internacional do Estado.
D) No Brasil, um ato ilícito internacional promovido por uma unidade federada não pode ser imputado ao Estado federal e, portanto, não pode dar ensejo à Responsabilidade Internacional do país.
9- Sobre o contexto histórico das relações consulares e diplomáticas, quais afirmativas são verdadeiras?
I- Na Convenção de Viena Sobre Relações Diplomáticas de 1961, estão previstas as Responsabilidades Internacionais; Proteção Diplomática; Imunidade de Jurisdição; Imunidade Diplomática; e Imunidades Consulares.
II- A Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados de 1969 foi de relevância para a codificação das relações diplomáticas e consulares, ao se abordar acordos internacionais.
III- A Convenção de Viena sobre Relações Consulares de 1963 foi inspirada no sucesso do encontro de 1961.
IV- A Convenção de Viena sobre Relações Consulares de 1963 codifica práticas consulares de forma mais pontual.
10- Sobre Responsabilidade Internacional, assinale a alternativa correta:
A) Todo Estado tem a responsabilidade sobre tudo o que acontece em seu território.
B) Todo Estado tem a responsabilidade ambiental.
C) A responsabilidade internacional existe por parte dos Estados perante às Organizações Internacionais, Entidades afins e perante o indivíduo.
D) A responsabilidade internacional existe por parte das Organizações Internacionais.
11- Assinale verdadeiro ou falso (V ou F). Acerca da Proteção Diplomática podemos afirmar que:
I. (F) Proteção Diplomática tem a ver necessariamente com diplomatas.
II. (V) Para a Proteção Diplomática o indivíduo necessita ter esgotado, no plano interno, todas as vias suscetíveis de garantir a reparação do dano causado.
III. (V) Para a Proteção Diplomática é preciso que o indivíduo que sofreu o dolo seja nacional do Estado protetor.
IV. (F) O indivíduo que sofreu o dano pode procurar a Proteção Diplomática imediatamente após sofrer o dolo.
V. (F) O indivíduo que sofreu o dolo pode apenas procurar a Proteção Diplomática em seu país de origem.
12- Sobre Cônsules e Diplomatas, assinale a alternativa incorreta:
A) Os Diplomatas cuidam questões publicas e políticas de seu Estado.
B) O Diplomata negocia tratados e acordos favoráveis a seu Estado.
C) O Cônsul existe para proteger os interesses de seus nacionais.
D) O Cônsul é um funcionário público e tem os mesmos privilégios que um diplomata.
E) O Diplomata tem privilégios constantes. Já o Cônsul, apenas durante o exercício do papel.
13- João nasceu na Itália, filho de uma brasileira e um italiano, ambos natos, e foi registrado no órgão brasileiro competente, além de ter o registro nacional italiano. De acordo com a Constituição, João é brasileiro:
A) naturalizado, já que foi registrado em solo estrangeiro.
B) nato, pois foi registrado em órgão brasileiro competente.
C) naturalizado sob condição de ratificação quando atingir a maioridade civil.
D) não possui nacionalidade brasileira, pois seu pai é italiano nato.
13- Ao longo do tempo, acordos e convenções foram realizadas para discutir sobre o conceito de refugiado e como iriam ajudar e reassentar esses indivíduos em outros países. Atualmente, qual é a principal organização que lida com a questão dos refugiados?
A) Administração das Nações Unidas de Socorro e Re-construção
B) Comitê Inter-governamental para os refugiados
C) Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados
D) Estatuto do Estrangeiro
14- Fábio, torcedor do time Boca Juniors, estrangeiro e integrante de torcida organizada e impedido de entrar em estádios de futebol durante a Copa Libertadores, por estar na lista da Interpol, sob presença irregular no território brasileiro e ser capturado dentro do Maracanã, tem a sua deportação promovida, por não se retirar voluntariamente. Sobre o fato ocorrido com Fábio, assinale a afirmativa correta:
A) Fábio nunca mais poderá reingressar no território nacional.
B) O torcedor deportado do Boca Juniors só poderá reingressar no território nacional se ressarcir o Tesouro Nacional (órgão da administração pública direta, integrante do organograma do Ministério da Fazenda do Brasil), com correção monetária, das despesas com a sua deportação e efetuar, se for o caso, o pagamento da multa devida à época, também corrigida.
C) Fábio poderá retornar ao Brasil quando quiser com a apresentação do visto.
D) Fábio poderá retornar se comprovadamente não tiver condições de arcar com o
pagamento da quantia devida, sem prejuízo de sua própria subsistência.
15- Existem alguns conflitos que ocorrem em relação à nacionalidade, podendo ser diferenciado entre positivo e negativo. Dentre os positivos, o que se relaciona ao conceito de dupla nacionalidade é:
A) Anacionalidade
B) Aquisição derivada
C) Polipatridia
D)Aquisição originária
16- Sobre a condição jurídica do estrangeiro é correto afirmar:
A) É permitido a qualquer estrangeiro ingressar em qualquer país, pois é um direito assegurado pela Declaração Universal de Direitos Humanos.
B) O passaporte não é o principal objeto de controle de estrangeiros.
C) A concessão do visto de turista é a de mais difícil obtenção.
D) O estado tem o direito de negar o ingresso de estrangeiro em seu Território.
17- “Outorgada por João Sem-Terra no século XII devido a pressões exercidas pelos barões decorrentes do aumento de exações fiscais para financiar campanhas bélicas e pressões da igreja para o Rei submeter-se a autoridade papal” (COMPARATO 2003, p. 71 e 72). Sobre qual documento o autor está se referindo:
A) Carta das Nações Unidas (1945).
B) Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948).
C) Convenção Americana de Direitos Humanos, São José (1969).
D) Carta Magna (1215)
18- O Petition of Rights, de 1628, foi uma petição feita pelo parlamento e enviada para Carlos I como uma declaração de liberdade civil e a proibição de detenções arbitrarias. Marque a resposta que corresponde ao país na qual a petição foi feita:
A) França
B) Inglaterra
C) Espanha
D) Portugal
19- Dada a evolução histórica, conceituamos direitos humanos como sendo:
A) Direitos inerentes a todos os seres humanos, dependendo de sua raça, sexo, etnia, entre outros.
B) Direito que os povos têm de definir o seu futuro, no campo político, econômico, cultural e social.
C) São aqueles direitos frutos da própria qualidade da pessoa humana, pelo fato dela pertencer a essa espécie.
D) Direitos inerentes a todos os seres humanos, independentemente de sua raça, sexo, etnia, religião, nacionalidade ou qualquer outra condição.
20- “A instrução normativa, consiste em um ato administrativo expresso por ordem escrita expedida pelo Chefe de Serviço ou Ministro de Estado a seus subordinados, dispondo normas disciplinares que deverão ser adotadas no funcionamento de serviço público reformulado ou recém-formado. ” (ACQUAVIVA, Marcus Cláudio. Dicionário Acadêmico de Direito. São Paulo: Editora Jurídica Brasileira, 1999.) Com base no texto, que trata do papel do significadode instrução normativa, os instrumentos normativos podem ser:
A) Externos e Internos
B) Gerais e Imprescindíveis
C) Gerais e Especiais
D) Utilitários e Especiais
21- Muitos tratados foram criados visando promover os direitos humanos, entretanto qual o grande mecanismo impulsionador desse processo?
A) Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos
B) Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais
C) Carta das Nações Unidas
D) Declaração Universal dos Direitos Humanos
22- Somente após qual marco histórico foi decidido que os Direitos Humanos e Fundamentais seriam o carro chefe da ONU?
A) Segunda Guerra Mundial.
B) Primeira Guerra Mundial.
C) Guerra Fria.
D) Guerra dos 30 anos.
23- Qual destes princípios do direito internacional do meio ambiente tem como objetivo fazer com que o poluidor responda pelas más ações feitas ao meio ambiente?
A) Princípio da solidariedade intergeracional
B) Princípio da cooperação
C) Princípio do poluidor-pagador
D) Princípio do usuário-pagador
24- Qual foi o principal objetivo da Rio+20 em 2012, além da renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável?
A) Tratamento de novos temas e emergentes
B) Recursos naturais
C) Emissão de gases poluentes na atmosfera
D) Efeito estufa
25- Qual foi o marco teórico para as questões ambientais?
A) conferência de Estocolmo
B) convenção sobre mudanças climáticas
C) conferência sobre desenvolvimento sustentável
D) convenção Internacional para a pesca das baleias
26- Qual o fenômeno que os representantes estatais almejaram alcançar e manter durante as reuniões sobre dip ambiental?
a) globalização
b) integração
c) cooperação
d) sustentabilidade
27- Em 1982, o mecanismo de segurança coletiva contra atos de agressão aos Estados foi aplicado pela última vez. No Tratado, os países signatários condenavam formalmente a guerra e se obrigavam nas suas relações internacionais, a não recorrer à ameaça e nem ao uso da força. Qual é o nome desse tratado? E contra quem foi convocado?
A) Pacto de Kellogg-Briand, o Reino Unido utilizou contra a Argentina.
B) Carta das Nações Unidas, o EUA convocou para o Brasil.
C) Tratado Americano de Soluções Pacíficas, convocado pelo Brasil contra a Venezuela.
D) Tratado Interamericano de Assistência Coletiva, ou TIAR, onde a Argentina utilizou contra o Reino Unido.
28- Recentemente, os Estados Unidos estavam subsidiando o algodão americano que começou a concorrer com o algodão brasileiro no nosso mercado interno. Devido a essa situação, o Brasil sobretaxou produtos importados dos Estados Unidos. De acordo com o caso citado, marque a alternativa que corresponda o meio coercitivo utilizado pelo direito internacional público.
A) Bloqueio Pacífico
B) Represálias
C) Retorsão
D) Rompimento das Relações Diplomáticas
29- Qual é o dever do Estado caso não seja possível evitar que surjam conflitos?
A) Deve usar o hard power para conter seu adversário.
B) A solução é levar o conflito para que a ONU resolva.
C) Deve tentar uma solução pacífica.
D) O Estado não possui nenhum dever caso haja conflitos, os juízes internacionais devem solucionar.
30- Na Carta das Nações Unidas (Carta de São Francisco), admite-se que:
A) Qualquer litígio seja resolvido por meio de conflitos armados, desde que autorizado pelo Conselho de Segurança da ONU.
B) Colocou a guerra como opção secundaria onde primeiro as nações envolvidas tem que tentar solucionar o litigio de modo pacífico e se não fossem bem sucedidas poderiam recorrer a guerra.
C) A guerra marítima e prática de corso são proibidos, protegendo navios mercantes neutros contra os efeitos da hostilidade
D) O direito da guerra propriamente dito como o ritual de previa declaração de guerra. Nela sobrevivem normas que limitam a liberdade de ação dos beligerantes que ainda são úteis para o ideal pacifista das Nações Unidas
31- A ONU é a principal instância do Direito Internacional e de solução pacífica de controvérsias internacionais. A única alternativa abaixo que a Carta da ONU não prevê é:
A) A Organização é baseada no princípio da igualdade de todos os seus mmbros.
B) Todos os Membros, a fim de assegurarem para todos em geral os direitos e vantagens resultantes de sua qualidade de Membros, deverão cumprir de boa-fé as obrigações por eles assumidas de acordo com a presente Carta.
C) Todos os Membros deverão resolver suas controvérsias internacionais por meios pacíficos, de modo que não sejam ameaçadas a paz, a segurança e a justiça internacionais.
D) A vingança é uma espécie de justiça selvagem, Estados que ferirem a Organização de alguma forma, ou um Estado membro, será punido de acordo com a decisão do Conselho de Segurança.
32- Quais são as três formas de se solucionar pacificamente um conflito internacional?
A) Meio diplomático, meios políticos e meio jurisdicionais.
B) Meio diplomático, meios coercitivos, meios que envolvem força.
C) Meios políticos, meios coercitivos e uso da força.
D) Meio jurisdicionais, autotutela e autodefesa.

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