Buscar

DIREITO ADMINISTRATIVO I. CASO CONCRETO. SEMANA 1. ESTÁCIO, FIC. 2017


Continue navegando


Prévia do material em texto

DIREITO ADMINISTRATIVO I
CASO 1
Caso Concreto: 
É correto afirmar que o Direito Administrativo é fruto de construções jurisprudenciais? Discorra a respeito, identificando na Constituição de 1988 os artigos que refletem o pensamento dos principais articuladores da Revolução Francesa de 1789.
	É possível afirmar que o direito administrativo, já revestido de princípios e normas, constituindo-se assim em um sistema jurídico, só efetivamente se concretizou com a instituição do Estado de Direito, podendo-se falar que fora o Poder criador do direito que passou também a respeitá-lo. E toda a segurança jurídica necessária na aplicação de tal regramento somente se deu com sucessivas imposições deste ramo nos casos concretos. Assim, podemos concluir que o direito administrativo é sim fruto de construções jurisprudenciais. 
	O direito administrativo nasce com os movimentos constitucionais do final do século XVIII, podendo-se bem relacioná-lo com a revolução francesa, a derrocada do regime absolutista na França, criando-se um estado de direito com ascensões coletivas. Ademais, nossa atual constituição bem reflete os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade da famosa revolução nos artigos 1º, 3º, 4, 5º, 6º e outros. Com isso, a título de exemplo, trazemos a lume algumas presenças notórias na nossa carta magna. Veja-se:
	 Art. 1º da nossa constituição e o seu parágrafo único refletem os ideais de Jean-Jacques Rousseau sobre o Estado Democrático de Direito:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: (...).
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. (CF)
 Já no artigo segundo, percebe-se claramente a tripartição das funções do Estado proposta por Montesquieu em seu livro o espírito das leis: 
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. (CF)