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Atlântico Negro – Na Rota dos Orixás

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CURSO DE HISTÓRIA
HISTORIA DA ÁFRICA 
PROFESSOR: JOSÉ BENTO ROSA DA SILVA 
ALUNO: MATHEUS PHELIPE MAMEDE LOPES DA LUZ
ATLÂNTICO NEGRO – NA ROTA DOS ORIXÁS
Recife
2014
Matheus Phelipe Mamede Lopes da Luz
ATLÂNTICO NEGRO – NA ROTA DOS ORIXÁS
 Trabalho apresentado como atividade complementar
 para a disciplina de História da África, pelo Curso 
 de História da Universidade Federal de Pernambuco, 
 ministrada pelo professor José Bento. 
 
 
Recife
2014
ATLÂNTICO NEGRO – NA ROTA DOS ORIXÁS
A produção do documentário Atlântico Negro – Na Rota dos Orixás ocorreu em meados da década de noventa, e sua estreia no ano de 1998, o filme foi dirigido pelo brasileiro Renato Barbieri, diretor que é conhecido por produzir diversas obras com cunho histórico, o diretor possuiu grande ajuda em sua jornada, ajuda esta vinda principalmente do Historiador e Professor de história Victor Leonardi.
 	O documentário gira em torno do resgate das semelhanças entre os africanos e os brasileiros, e essa semelhança em muito é preservada pela religião, que se torna tema principal para o embasamento do roteiro, entre as figuras que contribuem para o entendimento acerca dos fatos obtidos e demonstrados no documentário, está o historiador paulista Alberto da Costa e Silva, e o historiador baiano, João José Reis. A produção do roteiro se caracteriza por diversas vezes na lembrança de uma das práticas mais comuns da Antropologia, a chamada Pesquisa-Ação, e também é encontrada a Pesquisa-Participante, pois o documentário se baseia na ideia de percorrer os caminhos em África e no Brasil, para demonstrar as similaridades. 
O documentário anuncia por finalidade, demonstrar as ligações históricas presentes entre o Tambor de Mina do Maranhão, o Candomblé da Bahia e o Xangô de Pernambuco, com o que pode-se chamar de seus congêneres em África, especificamente em locais na República do Benim, como Abomey e Ouidá (Local de forte colonização portuguesa, inglesa, e principalmente francesa, que acabou por gerar grupo dos Ouidá). Todo o roteiro se desenrola por sucessivas viagens entre a África e o Brasil, onde são destacadas as semelhanças de culto entre os integrantes das "casas" (famílias) brasileiras e africanas, o culto se estabelecia no que pode-se caracterizar como uma elevação dos antepassados da família de cada qual (chamados de Orixás e Vodum, a variedade gira em torno da localidade).
 Um fato que demonstra toda a curiosidade acerca deste ponto, é quando entra em cena todo o desenrolar místico que se envolve na família de Xaxá (Francisco Félix de Sousa) , família esta que possui em torno de cinco mil membros, Xaxá foi considerado o maior traficante de escravos do Brasil, apesar desse fato, o mesmo ainda é cultuado e homenageado por sua família, o culto parece ser independente do fator das ações dos antepassados em sua vida, enquanto importaria o sucesso e glória obtidos em uma vida plena, na época do documentário (1998) a família de Xaxá, tinha como patrono o empresário Xaxá VIII. Em cada troca de cena é perceptível uma congruência de uma gravação que preza pela circularidade, o movimento, o quê do inconstante, tão primo pelos cultos africanos. 
Ao longo das explanações dos cientistas sociais, historiadores e antropólogos, o documentário proporciona ao espectador, todo um cenário que por muito consegue levar o espectador a uma nova interpretação de fatos, fatos estes que estavam contidos numa memória imersa no senso comum, além de trazem toda uma carga experimental em relação a metodologia de gravação, o documentário consegue combater a doxa que foi se alastrando por boa parte da sociedade brasileira ao longo dos séculos, em relação a cultura africana. 
Ao final do documentário, é possível perceber a inteira ligação que é dimensionada a partir das gravações, principalmente na cena que se refere a troca de cânticos sagrados entre o babalorixá da Casa Fanti Ashanti, em São Luís do Maranhão, e o vodunon Avimanjenon, chefe do Templo de Avimanje, em Ouidá. Pode-se dizer que toda a ideia do diretor Renato Barbieri, conseguiu ser transposta ao espectador, e principalmente para com os integrantes do que se denomina pesquisa-ação, é possível acompanhar uma grande conexão após o documentário, como é o caso de uma produção que relata uma viagem de um babalorixá brasileiro até a África, prevista para ter seu lançamento no primeiro semestre do ano de 2014. 
BIBLIOGRAFIA
 NA ROTA DOS ORIXÁS, Atlântico Negro. Direção: Renato Barbieri. 
“Atlântico Negro – Na Rota dos Orixás”. Disponível em: < http://www.revistaovies.com/estante/2013/07/atlantico-negro-na-rota-dos-orixas/>. Acesso em: 29 de jan. 2014, 19:09. 
Atlântico Negro – Na Rota dos Orixás”. Disponível em: < http://aricostajunior.wordpress.com/2007/06/09/resenha-atlantico-negro-nas-rotas-dos-orixas/ >. Acesso em: 29 de jan. 2014, 20:09.

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