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UNIUBE▐ Odontopediatria▐ Cristina Lopes

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Fundamentos de Odontologia Infantil e Pacientes Especiais
Acadêmica Fernanda de Araújo Sakamoto
Professora Cristina Luzia Lopes Borges Silva
Formação, desenvolvimento e erupção dos dentes decíduos e permanentes
6ª semana de vida intrauterina: 
• Ectoderma: folheto embrionário que protege a cavidade do bebe
• Lâmina dentária: diferenciação do ectoderma
7ª Semana de vida intrauterina
• Lâmina dentária
• Botão decíduo
#7ª semana: Incisivos
#7ª e ½ semana: Caninos
#8ª semana: 1º molares
#10ª semana: 2º molares
4º Mês de vida intrauterina
• Lâmina acessória: dará origem aos dentes molares permanentes, cresce a distal do 2º molar decíduo
• Lâmina dentária
#4º mês VIU: 1º molar permanente
#2 anos de vida do bebê: 2º molar permanente
#5 anos de vida do bebê: 3º molar permanente
#Obs: não é possível ver radiograficamente, pois ainda não tem estrutura calcificada
5º mês de vida intrauterina
• Lâmina sucessória: dará origem aos substitutos, (incisivos, caninos e pré permanentes) 
• Lâmina acessória
• Lâmina dentária
#5º mês de VIU: incisivos permanentes
#8º mês de vida do bebê: caninos permanentes
#10º mês de vida do bebê: pré molares permanentes
Fases da erupção dentária: Tem início nos primórdios da odontogênese e acontece por toda a vida do órgão dental
• Pré eruptiva 0-6: Fase intra óssea e lenta que durará até se formar toda coroa calcificada
• Eruptiva 6-9: Fase intra e extra óssea, acelerada, em que haverá o começo da formação da raiz até 2/3 dela e termina quando o dente entra em contato com o antagonista, ápice se encontrará aberto
• Pós eruptiva 9-10: Fase extra óssea, em que há a completa rizogênese e termina quando o dente é extraído ou óbito do paciente
• Radiograficamente: 4 anos (decídua) - 8 anos (mista) - 12 anos (permanente)
Conceitos importantes:
• Rizogênese: Formação completa da raiz, para decíduos de 1 a 1 ano e ½ e permanentes após 3 anos de sua chegada
• Risólise: É a reabsorção fisiológica de um dente e começa 4 a 5 anos antes da esfoliação
• Esfoliação: É a saída do dente decíduo de uma maneira natural, fisiológica.
• Maturação pós eruptiva: Período de maior risco para desenvolvimento da cárie em dentes decíduos e permanentes, de aproximadamente 2 anos que o dente recebe minerais da saliva como flúor, fosfato e cálcio para completar sua formação
• Erupção ectópica: dente que sai do seu trajeto eruptivo normal devido a um obstáculo
• Ápice gênese: tem-se uma cárie que atingiu a polpa coronária, tira a polpa coronária e põe hidróxido de cálcio e depois continua a formação completa da coroa
• Reflexo da mastigação: 6 a 9 meses movimentos rítmicos de morder, começa a erupção e tem início a mastigação
• Apicificação: tem-se uma cárie que atingiu a polpa coronária e radicular, tira toda a polpa e coloca-se hidróxido de cálcio depois troca-se o curativo a cada 30 dias até sua raiz fechar, porém não completa sua formação completa
• Fatores locais de alteração da erupção: Pulpotomias, pulpectomias, anquilose, ausência de dentes, supranumerários, fusão, fibrosamento gengival, cáries e hábitos nocivos, perda precoce dos dentes, permanência, traumas, infecções, alveólise 
• Cárie de mamadeira: afeta respectivamente incisivos sup, primeiros molares, caninos, segundos molares e incisivos inf. Se houver rompimento do capuz recomenda-se extração. Sem rompimento do capuz, endodontia
• Alveolise: fístula na região cervical, indica lesão na região de furca do dente
• Pulpectomia: usa pasta obturadora em dentes decíduos ao invés da guta percha, a pasta deverá ser reabsorvível junto com dente
• Alveolise: reabsorção do osso alveolar provocada por infecção, carie ou trauma. T: extração, irrigação, curetagem do alvéolo
• Anquilose: É a formação óssea no ligar do ligamento periodontal, ocorre devido a traumas. T: deve avaliar o dente permanente, se a 2 terços formado deve avaliar o contato com o antagonista caso não tenha deve fazer aumento de coroa no decíduo para estimular a reabsorção do mesmo
• Permanência: Pode ocorrer a reabsorção de 1 só raiz decídua e o dente esfoliar. T: extração antes da formação completa da raiz
• Fibrosamento gengival: 1º perde o dente decíduo precocemente, 2º a gengiva fibrosa para proteger o permanente
#Ulectomia: incisão, indicado quando não há tanto tecido fibrosado
#Ulectomia: remoção do tampão, indicado quando há muito tecido fibrosado (uno com o bisturi as perfurações feitas com a sonda)
Risólise dos dentes decíduos: 
• A reabsorção ocorre por lingual em bisel, a curvatura dos anteriores decíduos é para vestibular da raiz
• Se eu for extrair e fratura a raiz do decíduo, posso sepultar a raiz pois ocorrerá reabsorção
• Molar inferior: movimento de lingual para vestibular, até se posicionar entre as raízes e iniciar a reabsorção da parte interna
• Molar superior: raiz lingual está se formando junto com a migração do germe por isso o germe fica entre as 3 raízes
• Quem guia a erupção do 1º molar permanente? 2º molar decíduo
• Quem guia a erupção do 2º molar permanente? 1º molar permanente
• Quem guia a erupção do 3º molar permanente? 2º molar permanente
Reabsorção patológica: 
• Dentes decíduos: reabsorção desigual das raízes
• Deve extrair, posteriormente curetar, irrigar
• Se tiver uma patologia e precisar extrair, as vezes é preciso colocar um mantenedor de espaço
• Obs: se tiver um decíduo com cárie que atingiu o capuz (a cárie rompeu o capuz permanente) é necessário extrair o decíduos e não tem nada para fazer no permanente, apenas esperar ele vir a cavidade oral
Alterações patológicas: 
• Fatores considerados no tratamento: Rompimento do capuz, reabsorção da raiz, idade da criança 
• Cisto de erupção: dilatação do espaço folicular ao redor da coroa do dente em erupção, ocorrem na região de molares e incisivos decíduos e permanente, não há necessidade de tratamento, instruir a mãe a massagear o local com gaze embebida no soro por 15 dias e se nesse tempo não resolver, é indicada uma incisão
• Hematoma de erupção: extravasamento de sangue por rompimento de um vaso no cisto. É causado por trauma ocasionado pela própria criança. Tratamento menor: anestésico tópico, perfuração com a agulha para que o líquido saia (drenar), o dente erupciona em 2 dias depois da remoção do cisto. Tratamento maior: incisão superficial
• Dentes natais e neonatais: afeta mais os incisivos inferiores, por ser o 1º a se formar. Natais: bebê já nasce com o dente. Neonatais: chega nos primeiros 30 dias do bebê. Podem ser supranumerários identificados na radiografia filme infantil
#Supranumerário é indicado para extração, importante avaliar o grau de mobilidade, se machuca o bebe e se machuca a mãe
Fases da Higienização: 
• Etapas: educativa, preventiva e curativa
• 1ª Fase: a partir do 2 mês de vida, 1x por dia, com gaze umedecida em água fervida ou filtrada (ou com camomila) 
• 2ª Fase: 6 a 7 meses, introduzir a dedeira com pasta e fio dental, retirar o excesso com gaze 3x ao dia
• 3ª Fase: introduzir a escova de dentes, 4x ao dia escovação supervisionada
#Escova ideal para crianças: tufos com o mesmo comprimento, cabeça e haste situadas no meio eixo, cabo achatado ou retangular, leve, de fácil limpeza, cabeça pequena (25 a 32mm de comprimento e 8 a 10mm de largura), 3x6 ou 3x9 fileiras, cardas de nylon
#Cuidados com a escova: lavar em agua corrente, borrifar as cerdas com clorexidina 0,12%, secar a escova com toalha limpa, guardar no armário, trocar em 45 dias, nos casos de infecção, troca-las também
Técnicas de escovação para crianças: 
• Técnicas de fones
• Técnica e stillman modificada
1ª Técnica de bolinha
• 1º movimentos circular no lado esquerdo superior, depois lado direito, esquerdo inferior e direito inferior
• 2º movimentos circulares nas faces linguais e palatinas nessa mesma sequência
• 3º movimentos ântero posterior nas faces oclusais e incisais
Técnica de stillman modificado: 13/09/16
• Vestibular dos dentes superiores, posição da escova 45º, cerdas penetrando os sulcos gengivais, movimentos decima para baixo, 10 movimentos, dos anteriores para posteriores do lado esquerdo, depois lado direito, já na vestibular dos dentes inferiores, realiza-se o mesmo processo porem com movimentos de baixo para cima
• Palatina ou lingual dos superiores, 10 movimento de cima para baixo nos anteriores, depois vamos para os posteriores do lado esquerdo e depois do lado direito, já na palatina ou lingual dos inferiores, realiza-se o mesmo processo porem com movimentos de baixo para cima
• Incisais e oclusais, 10 vezes movimentos de “vai e vem” nos superiores do lado esquerdo, depois o direito, e também nos inferiores
Evidenciadores do biofilme dental: 
• Deve-se evidenciar e preencher a fixa de placa bacteriana
• Mostrar a criança e a mãe o índice de placa
• Evidenciamos nas 3 primeiras e na última sessão, e caso tenha progresso daremos alta a criança
Controle do biofilme dental interproximal: 
• Tamanho do fio 25 a 45cm
• Enrolar em torno do dedo médio de ambas as mãos
• Passar o fio dental com flúor entre as faces interproximais, podendo ser eles com/sem sabor
Flúor nos alimentos: 
• Filé pescado, cavala seca, salmão seco, sardinha enlatada, leite, ovos, chás, ovos, laranja, maça, cereja, figo
• Trigo, arroz, macarrão seco e farinha de trigo
• Pepino, cebola, batata, repolho e tomate
• Cacau, chocolate, mel, açúcar, café, vinho e cerveja
• Flúor sistêmico: Trata benefícios em termos de calcificação em média 14, 15 anos (último dente 3 molar)
Tratamento de choque com flúor gel
• Quatro sessões com um intervalo de sete dias de aplicação de flúor gel
• Indicado para paciente em atividade de cárie e de alto risco de desenvolver à doença cárie
• Risco: probabilidade do desenvolvimento de cárie
• Fatores de risco: biofilme, má higienização, dieta, criança que nunca recebeu flúor, dentes em erupção
• Atividade: presença de manchas, classificado como baixo, médio e alto risco
• Concentração: 1,23 fluoreto de sódio
• Frequência: pacientes de alto, médio e baixo risco
• Técnica de aplicação: Profilaxia, preenchimento da moldeira, criança sentada, tempo de aplicação 1 min utilizando sugador
• Recomendações: 30 minutos sem comer, beber ou escovar os dentes após a aplicação
Flúor Tópico: 
• Indicação: bebês, pacientes especiais, dentes em maturação, com sensibilidade, dentes com manchas brancas, indicado também “tratamento de choque”, indicado para pacientes em atividade de cárie e de alto risco de desenvolver a doença cárie
• Concentração: 5% de fluoreto de sódio
• Passo a passo: Primeiro passo, profilaxia, enxaguar o excesso de pasta profilática, inserir o rolete de algodão, e aplicar através do microbrush em todas as superfícies do dentes, nas interproximais utilizo o fio dental com verniz. Esperarei 2 minutos, pegarei a seringa tríplice e irei gotejar os dentes, para evitar que fique grudando
• Importante: ficar 1 hora e 30 minutos sem comer e beber após a aplicação do verniz. Escovação somente após 24hrs 
• Concentrações: 0,05 flúor diário – 0,2 semanal – 0,5 quinzenal
• Frequência: pacientes de alto risco, médio e baixo risco
• Receituário: 
Para: ______________
Uso interno: 
Fluoreto de sódio 0,05%__________________________________500ml 
Fazer bochecho com 10 ml de solução durante 1 minuto em um período de 
30 dias. A criança não deve engolir a solução e deve ficar 30 minutos sem 
comer e beber após a realização do bochecho
Cidade, data, assinatura
Isolamento absoluto: 27/09/16
• Indicações: dentística, selantes e endodontia
• Vantagens: ausência total de humidade, seco e livre de contaminação, melhor visão do campo operatório, proteção do paciente
• Materiais: lençol de borracha, arco de young, pinça porta grampo, perfurador de lençol, 
• Perfurações: 1: primeiros molares perma, 2: segundos molares decíduos, 3: primeiros molares decíduos, 4: caninos, 5: incisivos
• Grampos: 
#1º molar permanente com coroa parcialmente exposta:14, 14A, W8A
#1º molar permanente com a coroa exposta: 26
#2º molar decíduo: 26
#2º molar decíduo com a coroa parcialmente exposta: W8A
#1º molar decíduo superior: 206, 207, 208, 209, 0 e 00
#Caninos decíduos: 209, 0 e 00
#Anteriores: caso não tenha o kit pediátrico, apenas amarramos o dente
#Obs: Se eu não conseguir adaptar nenhum grampo? Adapto o 26 no segundo molar e amarrar no primeiro, lembrando que a amarrilha fica na vestibular do dente, e tanto o teste como a colocação definitiva do grampo a criança tem que estar anestesiada. Existem borrachas de silicone caso ele apresente algum tipo de alergia. A remoção de tecido cariado só pode ser feita isolado
• Etapas: adaptar o grampo, passar a borracha, adaptar as borrachas no arco, enfim dente isolado
• Abridor de boca: lembrando que tem que amarrar a um fio dental ou gaze
• Técnica de aplicação 3: leva-se tudo na boca de uma vez,
• Isolamento múltiplo: indicação de arco completo, somente hospitalar, em procedimentos em Dentística II, III, IV isolamos um dente com grampo e outro com fio dental
• Explicações a criança: usar termos de criança “dente irá dormir” em toda explicação
Isolamento relativo: 
• Indicação: aplicações tópicas de flúor, gel verniz, cimentações de coroas, bandas ou mantenedores de espaço, selante ionomérico
Psicologia aplicada a odontologia: 
• O comportamento da criança durante o tratamento odontológico é muito importante para o profissional. É difícil realizar o tratamento se a criança está com medo, ansiosa ou se recusa a tratar. O profissional deve ter sensibilidade para determinar qual técnica de controle de comportamento que irá usar. A eficiência da técnica depende da maleabilidade do profissional. Os pais têm muita influência no comportamento da criança.
Atributos básicos para tratar de crianças: 
• Apresentação física
• Segurança profissional
• Habilidade e rapidez
• Ordem e cuidado com instrumental
• Conhecimento do desenvolvimento físico e emocional da criança
• Situação básica odontopediatria: dentista, família, criança
Boa relação dentista vs. paciente
• É fundamental uma relação de confiança com o paciente e a família
• Familiariza-lo ao ambiente e à equipe
• Utilizar linguagem e certificar-se de que foi entendido
• Dar instrução por vez
• Elogiar e agradecer sempre ao paciente após atitudes cooperadoras
• Ouvir o paciente
Manejo da criança no rendimento odontológico: 
• Realização de um intercâmbio ativo com um ser humano em desenvolvimento
• Relacionamento com o paciente é bastante íntimo, visto que, na criança, a boca é uma zona de grande importância emocional
Fases de desenvolvimento psicológico da criança: 
• Nascimento aos 2 anos: crise de desenvolvimento, forte dependência da mãe, choro e resistência frente ao atendimento odontológico, forte dependência da mãe, atitude do profissional rapidez
• 3 anos: utiliza muito “Eu também”, ela se fantasia ou seja confunde realidade com imaginação, conta histórias
• 4 anos: a capacidade de raciocínio cresce, autocontrole das emoções
• 5 a 6 anos: importância do elogio, procedimentos e sensações devem ser bem preparados previamente
• 6 a 7 anos: período de socialização, responsabilidades 
• 7 anos: desenvolvimento social e intelectual, ruptura do quadro familiar e da mentalidade, aceitação de nomes e obrigações sociais, ampliação da capacidade de raciocínio e compreensão fácil adaptação ao tratamento odontológico
• 9 a 12 anos: pré adolescentes fase difícil, segura e responsável, Experiência e capacidade de compreender questões técnicas científicas, não lhe agrada a intrusão dos pais em seus assuntos, principalmente em questões odontológicas
Técnicas não farmacológicas de manejo de comportamento infantil: 
• Comunicação não verbal: engloba o reforço e condução do comportamento por meio do contato, postura e expressão. Pode-se transmitir muitas informações com um simples olhar ou expressão facial, desde agrado até desaprovação. Utilizada para aumentar o efeito das outras técnicas, não há contraindicações
• Controle de voz: mudança do tom de voz de gentil para vigorosoou de baixo para alto para obter a atenção da criança. As informações devem ser passadas de forma clara e segura, fornecer comandos de maneira dócil para estabelecer um guia de comportamento. Crianças menores de 3 anos não são competentes na linguagem verbal e não tem desenvolvimento cognitivo e só atendem afirmações diretas ou pedidos sobre objetos presentes
• Falar - Mostrar - Fazer: Consiste em apresentar de forma gradativa à criança alguns elementos do consultório, oferecendo explicações verbais em uma linguagem simples, lidar com o medo da criança ensinando-lhes aspectos importantes do tratamento. Familiarização com os instrumentos e objetos antes do procedimento
• Reforço positivo: Consiste em gratificar a criança quando ela apresenta uma atitude ou comportamento desejado, realizado imediatamente após a atitude. Já em casos de comportamentos negativo, o profissional deve ter autocontrole. Deve-se evitar frases como “Não faça” “Pare” e sim frases em 1ª pessoa “Eu quero que você faça isso”
• Técnicas aversivas de controle de comportamento: restrição física e mão sobre a boca
• Mão sobre a boca: Objetiva a atenção da criança altamente antagonista, de maneira a permitir o estabelecimento. Método utilizado para birras e outros ataques de ira, utiliza-se o controle de voz. A criança deverá ser avaliada em seu grau e inteligência e capacidade de entendimento. Indispensável a interação com pais, falando de cada técnica e justificando-as
• Pacote pediátrico e contenção física: Utilizadas em pacientes não cooperativos, geralmente utilizado em urgências, consentimento dos pais
• Objetivos: Propiciar experiência agradável ao paciente, ajudar o paciente a obter e manter uma atitude positiva em relação a saúde bucal, promover e encorajar o tratamento por toda a vida e comportamento preventivo
• Tipos de criança: que choram, tímida e assustada, mimada, teimosa, rebelde, agressiva, anormal, doente, que coopera, medrosa
Terapia pulpar em dentes decíduos: 
• Importância dos dentes decíduos: mastigação fonética, estética, dimensão vertical, mantenedor de espaço, guia de erupção
• Aspectos importantes para o tratamento pulpar: 
# Ciclo vital
# Diferenças anatômicas em relação aos dentes permanentes
# Histofisiologia da polpa dos dentes decíduos. 
• Foraminas: características dos dentes decíduos
• Diagnóstico: 
# Anamnese: Como está a dor? Idade da criança e como está sua saúde
# Exame clínico: profundidade da cárie, exposição por cárie ou acidental, pólipo pulpar, hemorragia excessiva, necrose pulpar, tumefação gengival, fístula, presença de exsudato, abcesso e mobilidade dental
# Exame radiográfico: ausência de alterações na membrana periodontal, presença de reação periapical, reabsorção interna, risólise
• Tratamento:
# Proteção pulpar direta (Conservadora)
# Pulpotomia (Conservadora) 
# Biopulpectomia (Radical)
# Necropulpectomia I (Radical) 
# Necropulpectomia II (Radical) lesão visível
Proteção pulpar direta: 
• Indicação: pequena exposição acidental da polpa, polpa hígida em dentes jovens, medicamento hidróxido de cálcio, prognóstico formação de dentina reparadora
Endodontia para não perfurar o assoalho: 
• Irrigação entre as etapas
• Conhecer bem a anatomia dos decíduos
• Utilizar Stop
• Utilizar pontas adequadas
Pulpotomia
• Desvitalização: Formocresol
• Preservação: Hidróxido de cálcio
• Remoção de cárie: CA 4 e 5, caída na câmara 1013, 1014, Remoção de teto: 3082 e 1557: Remoção de amálgama, IRM 
• Indicação Pulpotomia: Molares decíduos com exposição (macro) e vitalidade pulpar
• Ação do Hidróxido de cálcio: necrose por coagulação, tecido levemente inflamado, tecido mineralizado (após de 60 dias, espera-se através dos odontoblastos uma formação de uma nova dentina)
• Aspecto da polpa viva: cor róseo avermelhada, hemorragia suave, resistência ao corte, consistente
• Técnica imediata (1 sessão): quando não há dúvida da vitalidade pulpar
# Anestesia
# Isolamento absoluto
# Antissepsia do campo operatório com clorexidina 2%
# Remoção do tecido cariado, exposição pulpar, remoção do teto pulpar, amputação da polpa coronária e irrigação
# Hemostasia (sem compressão)
# Colocação da pasta de hidróxido de cálcio PA + água destilada ou soro fisiológico sobre a polpa remanescente
# Aplicação de life sobre o PA
# Aplicação de cimento de ionômero de vidro
# Restauração do elemento dentário
# Proservação
• Técnica mediata #2 sessões: quando há dúvidas
1ª Sessão: 
# Anestesia, isolamento absoluto, antissepsia do campo operatório
# Remoção do tecido cariado, exposição pulpar, remoção do teto pulpar, amputação da polpa e irrigação/aspiração
# Hemostasia
# Otosporin por 7 dias
# Selamento provisório ZOE
2ª Sessão: 
# Anestesia, isolamento absoluto, antissepsia do campo operatório
# Remoção do selamento provisório 1557
# Remoção do otosporin
# Colocação da pasta de hidróxido de cálcio P.A
# Aplicação do life e base
# Restauração do elemento dentário
# Proservação
Caso Clínico:
Paciente infantil com 6 anos de idade compareceu a clínica de odontopediatria da Universidade de Uberaba com sua mãe apresentando cárie no elemento decíduo 75, a radiografia deste dente mostrou cárie extensa e profunda muito próximo a camara pulpar, as duas raízes do dente 75 apresentavam menos de 1/3 de risólise. Na radiografia não havia evidência de lesão de furca e lesão apical. No exame clínico observou-se apenas dente 75 com cárie extensa e profunda. Na anamnese a criança relatou que havia sentido dor no dente 75 provocada por alimentos durante a mastigação e a mãe contou ainda que a criança era saudável. Avaliando os outros dentes clinicamente, observou-se cárie oclusal de profundidade média nos dentes 74, 84, 85, 55 e 54. Sobre este caso clínico responda:
Qual diagnóstico provável para o dente 75?
Cárie extensa e profunda próximo a câmara pulpar
Qual o provável tratamento para o dente 75? Explique o tratamento corretamente:
1ª opção: #Remoção do tecido cariado completamente (SEM exposição), proteção pulpar com compósito de hidróxido de cálcio, ionômero de vidro, restauração provisória (urgência).
2ª opção: #Remoção do tecido cariado completamente (COM exposição) (Micro exposição), proteção pulpar direto, hidróxido de cálcio P.A, compósito de hidróxido de cálcio e (restauração) ionômero de vidro.
3ª opção: #Remoção do tecido cariado completamente (COM exposição) (Macro exposição): 
Pulpotomia:
- Anestesia
- Isolamento absoluto
- Antissepsia do campo operatório com clorexidina 2%
- Remoção do tecido cariado, exposição pulpar, remoção do teto pulpar, amputação da polpa coronária e irrigação
- Hemostasia (sem compressão)
- Colocação da pasta de hidróxido de cálcio PA + água destilada ou soro fisiológico sobre a polpa remanescente
- Aplicação de life sobre o PA
- Aplicação de cimento de ionômero de vidro
- Restauração do elemento dentário
- Proservação
Qual técnica de terapia pulpar você não indicaria com muita segurança para o dente 75?
Necropulpectomia 2
O que você indicaria para os outros dentes cariados?
Adequação do meio bucal, escavação e selamento em massa (IRM ou ionômero de vidro)
Pulpectomia
• Requisitos da pasta obturadora: ser biologicamente compatível com os tecidos periapicais, reabsorvível, fácil inserção e remoção, ter radiopacidade, ser antisséptico, não pigmentar o dente, não contrair, aderir as paredes do canal. (Introdução é feito com uma lima, retirada com lima e irrigação)
• Composição da pasta: Calen mais óxido de zinco (Calen espessada) o óxido de zinco é adicionado à pasta até se conseguir a consistência desejada. #Vantagens: maior radiopacidade e tempo de reabsorção mais compatível à raiz do dente decíduo
Biopulpectomia:
• Indicações: dentes decíduos anteriores com exposição pulpar por cárie, molares decíduos com polpa muito inflamada, pulpites, reabsorções internas
Calen pura* curativo para decíduos e permanente
Calen espessada* óxido de zinco, obturação definitiva para decíduos
• Técnica de tratamento:
#Anestesia,isolamento absoluto, antissepsia do campo operatório, abertura coronária
#Soluções irrigadoras
#Odontometria
#Limite de instrumentação (2 a 3mm aquém)
#Instrumentação
#Irrigação final (soro fisiológico)
#Aspirar, secar com cone de papel
#Curativo de demora (calen ou otosporin) + selamento provisório ou 
#Ou obturação definitiva calen espessada e restauração
Obs: Forra-se com uma camada fina de compósito hidróxido de cálcio e outra de cimento de ionômero de vidro
Necropulpectomia:
• Indicações: Necrose pulpar #1 quando não tem lesão visível e #2 quando tem lesão visível
• Primeira sessão: Anestesia, isolamento absoluto, antissepsia do campo operatório, abertura coronária
#Neutralização/Irrigação: exemplo se o dente for um molar inferior de 15mm
#5mm terço cervical lima 35
#2mm terço médio lima 30
#2mm terço apical lima 25
#Obs: Somatória de 9mm ou seja, de 15, teremos 5mm para coroa e 10mm para raiz e com 9mm teremos 1mm aquém ápice
#Curativo de demora PMCC - Paramonoclorofenol canforado até 15 dias
• Segunda sessão: Anestesia, isolamento absoluto, antissepsia do campo operatório, remoção do IRM
#Odontometria Trabalha-se 1 a 1,5mm aquém ápice
#Irrigação, aspiração e secagem com cones de papel
#Curativo calen por 21 dias, leva-se o curativo com agulha longa de anestesia, preencher todo o conduto, p/decíduos e permanentes, tira-se uma radiografia, coloca-se uma bolinha de algodão e fecha-se com ionômero ou IRM
Molares: Especiais 10, 15, 20, 25, 30, 35* última lima
• Terceira sessão: Anestesia, isolamento, antissepsia, remoção do IRM, irrigar para remover a calen, aspirar, secar
#Obturação definitiva, coloca-se calen espessada na entrada dos conduto condensando com auxilio de uma bolinha de algodão
#Compósito de hidróxido de cálcio
#Ionômero de vidro
#Selamento provisório ou restauração definitiva
#Radiografia para confirmação (técnica da paciência)
*Calen espessada é radiopaca, diferente da dentina, já a calen normal sem óxido de zinco não difere muito bem da dentina
Anestesiologia:
#Introdução: são agentes que bloqueiam de modo reversível a condução de impulsos nas fibras nervosas
#Efeito principal: abolição da dor
#Características ideais: irritação mínima, bloqueio reversível do nervo, boa difusibilidade, baixa toxicidade sistêmica, eficácia, inicio rápido da ação, duração da ação adequada
#Principais problemas: úlcera traumática, hematoma, fratura de agulha e dor. Evitarei a formação dessa úlcera instruindo a criança 
#Tipos de agulhas: curtas e extra curtas, agulhas longas somente para calen
#Obs: Para anteriores tomar cuidado pois poderá atingir a fossa nasal
Primeiros passos da anestesia:
1. Profilaxia
2. Bochecho com clorexidina a 0,12% durante 1 minuto
3. Anestésico tópico, solução, creme ou spray (Benzocaína absorvido de forma rápida através das mucosas, o começo da ação evidencia-se instantaneamente e prolonga-se por 15 a 20 minutos. Tempo ideal 3 minutos, sendo 1 minuto cada bolinha)
• Anteriores e molares superiores: infiltrativa fundo de vestíbulo + papilas mesial e distal + palatino se necessário
• Anteriores inferiores decíduos: infiltrativa fundo de vestíbulo + papilas mesial e distal + lingual se necessário ou mandibular que substitui todas, para molares inferiores optar pela mandibular também
• Nervo palatino maior: Extrações com raízes completas ou metade, cirurgias como dentes supranumerários, odontomas. Referência: traça-se uma linha imaginária que divide o palato ao meio, a segunda linha perpendicular a primeira parte da distal do segundo molar decíduo, sendo na metade dessa segunda linha, em um ângulo de 45º
Localização do forame mandibular:
#0-6 abaixo do plano oclusal
#6-10 mesmo nível do plano oclusal
#10-16 5mm acima do plano oclusal
#16+ 10mm acima do plano oclusal
Obs: localizar a prega e realizar a punção entre a prega e a linha oblíqua interna, ou seja na depressão pterigo mandibular
Seringa lados oposto entre os dois molares decíduos. Entrar com a pontinha da agulha e injeta algumas gotinhas de anestésico, em segundos ira formar um botão, assim introduzirei 1/3 da agulha injetando 1/3 do anestésico (bloqueando o nervo lingual e bucal) Depois introduzirei quase toda agulha e injetarei o restante 2/3 do anestésico, bloqueando o nervo alveolar inferior.
	Dente
	Número
	Erupção
	Esfoliação
	Rizólise
	ICI 
	71-81
	6 meses
	6 anos
	2 anos
	ICS
	51-61
	7 meses
	7 anos
	3 anos
	LS
	52-62
	9 meses
	7 anos
	3 anos
	LI
	72-82
	12 meses
	7 anos
	3 anos
	1º M.d.S
	54-64
	1 ano e ½
	10 anos
	6 anos
	1º M.d.I
	74-84
	1 ano e ½
	10 anos
	5 anos
	Canino I
	73-83
	2 anos
	9 anos
	7 a 8 anos
	2º M.d.S
	55-65
	2 anos e ½
	10 anos
	6 a 7 anos
	2º M.d.I
	75-85
	2 anos e ½
	11 anos
	7 anos
	Canino S
	53-63
	2 anos
	11 e 12 anos
	7 anos
	Estágios de Nolla
	0
	ausência de cripta óssea
	1
	presença de calcificação
	2
	início de calcificação
	3
	um terço de coroa formada e calcificada
	4
	dois terços de coroa formada e calcificada
	5
	coroa quase completa
	6
	coroa completa
	7
	um terço da raiz formada e calcificada
	8
	dois terços da raiz formada e calcificada
	9
	raiz quase completa ápice aberto
	10
	raiz completa e ápice fechado
	Dente
	Número
	Erupção
	1º M. S/I
	16-26-36-46
	6 anos
	ICI
	31-41
	6 anos
	ICS
	11-21
	7 anos
	ILI
	32-42
	7 anos
	ILS
	12-22
	8 anos
	C.I
	33-43
	9 anos
	1º Pré S/I
	14-24-34-44
	10 anos
	2º Pré S.
	15-25
	10 e 11 anos
	2º Pré I.
	35-45
	11 anos
	C.S
	13-23
	11 e 12 anos
	2º M. S/I
	17-27-37-47
	12 anos
	3º M. S/I
	18-28-38-48
	18 anos
 
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