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Curso de análise estrutural Prof.: Rogério de C. P. de Andrade Estruturas isostáticas – Treliças simples E-mail: rogeriocpa@gmail.com Pág.: 1 ESTUDO DAS TRELIÇAS ISOSTÁTICAS Definição Treliça ideal é um sistema reticulado indeformável cujas barras possuem todas as suas extremidades rotuladas e cujas cargas estão aplicadas nestas rótulas (nós). A denominação treliça plana deve-se ao fato de todos os elementos do conjunto pertencerem a um único plano. A sua utilização na prática pode ser observada em pontes, viadutos, coberturas, guindastes, torres, etc. Exemplo: Observações: • Qualquer polígono que constitua um sistema reticulado, quando articulado em seus vértices é deformável (hipostático) com exceção dos casos abaixo: • As treliças surgiram como um sistema mais econômico que as vigas para vencerem vãos maiores ou suportar cargas maiores. • Embora o caso mais geral seja o de treliças espaciais, o mais frequente é o de treliças planas, que será o estudado em nosso curso. • Imaginam-se as barras rotuladas em suas extremidades (isto é, sendo livre sua rotação relativa nos nós), conforme figura (a). Não é frequente, no entanto, a união destas barras nesta forma, sendo mais comum ligar as barras nos nós através de chapas auxiliares, nas quais rebitamos, soldamos ou parafusamos as barras concorrentes, conforme figura (b). Figura (a) Figura (b) Curso de análise estrutural Prof.: Rogério de C. P. de Andrade Estruturas isostáticas – Treliças simples E-mail: rogeriocpa@gmail.com Pág.: 2 • Estas ligações criarão sempre pequenas restrições à livre rotação relativa das barras nos nós, com o aparecimento de pequenos momentos nas barras, mas são pequenos e desprezado o seu efeito. • Estudos realizados demonstram que, desde que todas as barras tenham seus eixos no mesmo plano e que estes eixos se encontrem em um único ponto em cada nó, os resultados reais diferem muito pouco dos resultados obtidos pela teoria que vamos desenvolver, sendo ela válida do ponto de vista prático. Solicitações internas Podemos facilmente demonstrar que as barras de uma treliça por terem suas extremidades rotuladas (rótulas não absorvem momento), desenvolvem apenas esforços normais constantes ao longo de suas barras.Isto pode ser visualizado isolando-se uma barra de uma treliça.Sabe-se que uma rótula não transmite momento, apenas esforços na direção do eixo e perpendiculares a ele. Por outro lado, as cargas externas só estão aplicadas nos nós. A análise do equilíbrio mostra que nas extremidades das barras de uma treliça só existem esforços na direção do eixo longitudinal da mesma e que são de mesmo módulo, porém sentidos contrários. A existência de esforços perpendiculares ao eixo da barra (esforço cortante) é descartada pois as barras não são carregadas ao longo de seu eixo, e tem nas suas extremidades momentos nulos. Conclusão: A única solicitação interna desenvolvida é um Esforço Normal constante ao longo da mesma. Como o esforço normal é constante ao longo da barra podemos calcular o seu valor em uma seção qualquer,da barra que se deseja. Curso de análise estrutural Prof.: Rogério de C. P. de Andrade Estruturas isostáticas – Treliças simples E-mail: rogeriocpa@gmail.com Pág.: 3 Classificação da estaticidade de uma treliça Exemplo: b = 5 r = 3 n = 4 b + r → 5 + 3 → 8 2 n → 2 x 4 → 8 Como b + r = 2 n, a treliça é externamente biapoiada e internamente possui a lei de formação de uma treliça simples (r + b = 2n), é então classificada como isostática. Curso de análise estrutural Prof.: Rogério de C. P. de Andrade Estruturas isostáticas – Treliças simples E-mail: rogeriocpa@gmail.com Pág.: 4 Métodos de dimensionamento para as treliças: Método dos Nós Método de Ritter ou Método das Seções Método de Cremona É um método gráfico que preconiza a justaposição dos polígonos de forças que traduzem o equilíbrio de cada nó. Está em desuso em função da mecanização dos cálculos. Curso de análise estrutural Prof.: Rogério de C. P. de Andrade Estruturas isostáticas – Treliças simples E-mail: rogeriocpa@gmail.com Pág.: 5 Exemplo 1 de aplicação para o método dos nós Curso de análise estrutural Prof.: Rogério de C. P. de Andrade Estruturas isostáticas – Treliças simples E-mail: rogeriocpa@gmail.com Pág.: 6 Exemplo 2 de aplicação para o método dos nós Curso de análise estrutural Prof.: Rogério de C. P. de Andrade Estruturas isostáticas – Treliças simples E-mail: rogeriocpa@gmail.com Pág.: 7 Curso de análise estrutural Prof.: Rogério de C. P. de Andrade Estruturas isostáticas – Treliças simples E-mail: rogeriocpa@gmail.com Pág.: 8 Curso de análise estrutural Prof.: Rogério de C. P. de Andrade Estruturas isostáticas – Treliças simples E-mail: rogeriocpa@gmail.com Pág.: 9 Exemplo de aplicação para o método de Ritter ou método das seções Curso de análise estrutural Prof.: Rogério de C. P. de Andrade Estruturas isostáticas – Treliças simples E-mail: rogeriocpa@gmail.com Pág.: 10 Curso de análise estrutural Prof.: Rogério de C. P. de Andrade Estruturas isostáticas – Treliças simples E-mail: rogeriocpa@gmail.com Pág.: 11 Lista de exercícios Obter os esforços normais atuantes nas treliças abaixo, pelos métodos dos nós e das seções. Bibliografia • Apostila sobre treliças, professor Luciano Rodrigues Ornelas de Lima, UERJ; • Apostila sobre treliças, professora Maria Regina C. Leggerini / Silvia B. Kalil, PUC-RS; • Livro de Análise Estrutural, autor José Carlos Sussekind, Vol I, Editora Globo, 1984.
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