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Universidade de Itaúna Faculdade de Engenharia EXEMPLO DE UTILIZAÇÃO DO PROGRAMA FTOOL ANÁLISE ESTRUTURAL DE VIGA ISOSTÁTICA José Felipe Dias Itaúna, setembro de 2002 Análise Estrutural de Viga Isostática1 utilizando o Ftool2 Introdução Neste exemplo vamos utilizar o programa Ftool – versão 2.11 de autoria do Prof. Luiz Fernando Marta, para determinar as reações de apoio, os esforços internos (força normal, força cortante e momento fletor) e visualizar a viga na configuração deformada, o que possibilitará determinar deslocamentos e rotações. A viga é apresentada na figura 1, cuja seção transversal é um perfil “I” soldado de aço estrutural, denominado VS 200 x 10,8, sendo normalizado pela ABNT. Figura 1 – Dimensões, carregamentos e apoios da viga isostática de alma cheia É importante ressaltar que este exemplo não substitui o manual do programa. Recomendamos a sua leitura ou melhor, o estudo do mesmo antes de cada fase. Outra informação importante é o fato de que neste exemplo o material e as dimensões e a forma da seção transversal da viga não irão influenciar nos resultados das reações de apoio e dos esforços internos; mas influenciarão e muito nos deslocamentos da viga. Sugerimos que você repita este exercício utilizando outro material e/ou outra seção transversal. Por exemplo, experimente o concreto e uma seção retangular. 1. Criação e manipulação da estrutura Antes de iniciar a entrada de dados é necessário dividirmos a viga em segmentos (elementos finitos) em função das cargas atuantes e dos apoios. Esta fase é denominada de criação do modelo. A viga em questão será constituída de 5 nós e 4 barras como mostra na figura 2. Figura 2 – Modelo da viga, mostrando nós e barras Para facilitar a entrada de dados e evitar erros recomendada-se construir uma tabela com as coordenadas dos nós e os nós iniciais e finais de cada barra, como exemplificam as tabelas I e II. 1 Agradecemos antecipadamente as sugestões e correções que forem enviadas ao Prof. José Felipe Dias, 2 www.alis-sol.com.br/ftool/ Tabela I – Coordenadas dos nós, considerando a origem no nó 1. Nó X (m) Y (m) 1 0 0 2 2 0 3 4 0 4 6 0 5 8 0 Tabela II – Identificação das barras Barra Nó inicial Nó final 1 1 2 2 2 3 3 3 4 4 4 5 1.1. Criação dos nós a) Seleção do sistema de unidades e do formato dos números Vamos utilizar o sistema internacional de unidades, SI, e o formato “default” para os números. Options => Units & Number Formatting => SI => Ok b) Criação dos nós através do teclado O manual descreve com detalhes a criação de nós através do teclado. Mostraremos apenas a seqüência utilizada para criação dos 5 nós, o ajuste do modelo à tela e a gravação do arquivo: Select mode => keyboard mode => Insert node => digite coordenadas nó 1=> Ok => digite coordenadas nó 2=> Ok=> digite coordenadas nó 3=> Ok=> digite coordenadas nó 4 => Ok => digite coordenadas nó 5=> Cancel =>Fit word on screen => save as c) Criação das barras através do mouse Para desativar o modo teclado e iniciar o processo de criação das barras, siga a seqüência: keyboard mode =>Insert member => posicione o cursor sobre o nó 1=> “clique” =>arraste o cursor até o nó 2 => “clique” => posicione o cursor sobre o nó 2=> “clique” =>arraste o cursor até o nó 3 => “clique” => posicione o cursor sobre o nó 3=> “clique” =>arraste o cursor até o nó 4 => “clique” => posicione o cursor sobre o nó 4=> “clique” =>arraste o cursor até o nó 5 => “clique” =>Select Mode => “clique” => save 2. Propriedades do Material Vamos selecionar como material da viga o aço (steel), através da seqüência de comandos: Materials Parameters => Create new material parameters =>Steel=>Apply current materials to all members => save 3. Propriedades Geométricas da Seção Transversal Utilizaremos a seqüência abaixo para selecionar para o perfil soldado tipo VS, viga (beam), normalizado pela NBR e denominado VS 200 x 10,8. Observe que as propriedades geométricas da seção são calculadas automaticamente. Section properties => Creat new section properties => New label => “Digite” Seção1 => Section type => NBR welded I Shapes => Done =>Type => Beam => d => 200 => Apply current section to all members => save 4. Restrições de Apoio Primeiramente vamos ativar a visualização dos apoios para que os mesmos apareçam na tela, logo que sejam criados: Display => supports => “clique” com o mouse para ativar Agora podemos restringir o movimento dos apoios: ¾ Apoio 1 (articulado fixo) Coloque o cursor (select mode) sobre o nó 1 e “clique” com o mouse, em seguida siga a seqüência: Support conditions => Displac. X: Fix => Displac. Y: Fix => Rotation Z: Free => Aplly support conditions to selected nodes Observe que surgirá na tela, no nó selecionado, o tipo de apoio com a simbologia adequada. ¾ Apoio 2 (articulado móvel) Coloque o cursor (select mode) sobre o nó 5 e “clique” com o mouse, em seguida siga a seqüência: Support conditions => Displac. X: Free => Displac. Y: Fix => Rotation Z: Free => Aplly support conditions to selected nodes Verifique se o apoio apareceu na tela com a simbologia adequada e então grave o arquivo. 5. Aplicação das Cargas Vamos ativar a visualização das cargas e dos valores das mesmas: Display => Loading while Editing => “clique” => Load Values => “clique” 5.1. Cargas Concentradas 5.1.1. Forças concentradas no nó 2 Coloque o cursor (select mode) sobre o nó 2 e “clique” com o mouse, em seguida siga a seqüência: Nodal forces => Create new nodal forces => New label => “Digite” P2=> Done => Fx = 4 kN => Fy = - 5 kN => Aplly nodal forces to selected nodes Verifique se as forças surgiram na tela, no local, na direção, no sentido e com os valores corretos; em seguida salve o arquivo. 5.1.2. Momento concentrado no nó 3 Coloque o cursor (select mode) sobre o nó 3 e “clique” com o mouse, em seguida siga a seqüência: Nodal forces => Create new nodal forces => New label => “Digite” M3 => Done => Mz = 10 kN.m => Aplly nodal forces to selected nodes Confira na tela como recomendado anteriormente e salve o arquivo. 5.2. Carga Uniformemente Distribuída na barra 4 Coloque o cursor (select mode) sobre a barra 4 e “clique” com o mouse, em seguida siga a seqüência: Uniform Load => Create new uniform load => New label => “Digite” p4 => Done => Qy = -10 kN/m => Aplly uniform load to selected members Confira na tela como recomendado anteriormente e salve o arquivo. 6. Resultados Para visualizar os resultados de reações de apoio e de esforços internos deve-se ativar cada um deles no menu “Display” como fizemos anteriormente; consulte o manual para maiores detalhes, pois o programa oferece várias opções. O programa utiliza uma convenção dos sinais dos esforços internos; sugerimos que você veja qual é a convenção “default” e compare com a convenção apresentada em sala de aula: File => Sign Convention Para visualizar os diagramas de esforços internos siga a seqüência de comandos: Display =>Result Values => “clique” Se desejarmos saber o valor do esforço interno em uma seção específica da viga, devemos “clicar” com o mouse sobre esta seção ou ponto; consulte o manual para maiores detalhes. Para saber os valores das reações de apoio, devemos “clicar” com o mouse sobre o nó que está o apoio e ler na lateral direita da tela os valores das reações. Para obter informações sobre o esforço interno ao longo de uma “barra” (valor inicial, final e valor máximo) devemos colocar o curso sobre a “barra” e “clicar” com o botão direito do mouse. As informações serão apresentadas na lateral direita da tela. 6.1. Força Normal Coloque o cursor (Select Mode) sobre a opção “Axial Force” e “clique” com o mouse. Surgirá na tela o diagrama de força normais, como mostra a figura 3. Lembre-se que a aparência de sua tela dependedas opções ativadas do menu “Display”. Figura 3 – Diagrama de forças normais 6.2. Força Cortante Antes de obter o diagrama de forças cortantes vamos ativar no menu “Display” a opção de visualizarmos na tela as reações de apoio e os seus valores: Display =>Reactions => “clique” => Reaction Value => “clique” Coloque o cursor (Select Mode) sobre a opção “Shear Force” e “clique” com o mouse. Surgirá na tela o diagrama de força cortantes, como mostra a figura 4. Figura 4 – Reações de apoio e diagrama de forças cortantes 6.3. Momento Fletor Coloque o cursor (Select Mode) sobre a opção “Bending Moment” e “clique” com o mouse. Surgirá na tela o diagrama de momentos fletores, como mostra a figura 5. Figura 5 – Diagramas de momentos fletores Observe que ocorreu um momento máximo na barra 4. Para sabermos com precisão a que distância ele ocorreu, basta apontar para a barra 4 com o cursor do mouse e clicar com o botão direito. Os resultados serão apresentados na lateral direita da tela da seguinte forma: Verificamos então que o mom orreu na “barra 4” a uma distância de 0,25 m do nó inicial, que conforme tabe 6.4. Estrutura na configur A visualização da estrutura deformada proporciona muitos conhecimento sobre o seu comportamento iliando o aprendizado dos métodos de análise estrutural. Portanto, mesmo steja interessado nos valores quantitativos dos deslocamento e rotações, rec e observe a influência das car Sugerimos como exemplo vo apoio engastado e comparar alumínio ou alterar as dimens 6.4.1. Viga na config Para visualizar a viga na co opção “Deformed Configura figura 6. É interessante obser o cursor do mouse, proporcio Member Bending Moment Diagram Results Init: 15.0 kNm End: 0.0 kNm Max. Local Value: 15.3 kNm At local pos.: ento máximo oc la II é o nó 4. ação deformada na configuração estrutural, aux que você não e x: 0.25 m L: 2.00 m omendamos que você visualize a estrutura na posição deformada gas, dos tipos de apoio e do tipo de ligação entre as barras. cê substituir neste exemplo, o apoio articulado fixo, nó 1, por um os resultados. Outro exercício é substituir o aço pela madeira ou ões e/ou forma da seção transversal uração deformada nfiguração deformada, coloque o cursor (Select Mode) sobre a tion” e “clique” com o mouse. Surgirá na tela o que mostra a var que o programa permite que alteremos o fator de escala com nando uma “animação” do carregamento. F D d d e d v c V d S c d N igura 6 – Viga na configuração deformada 6.4.2. Deslocamentos e Rotações ois parâmetros importantes no p ecânico são os deslocamento, também enominado de flecha, e as rotaçõ s deslocamentos em um ponto arbitrário a viga, devemos “clicar” com o nto e ler os valores no canto superior squerdo da tela. Para obtermos o áximos, “clicamos” com o botão direito o mouse sobre a barra onde o m alores dos deslocamentos horizontais e erticais e da rotação são apresen ta da barra. Se fizermos o procedimento itado para a barra 2 da viga obter erificamos portanto que o desloc a origem. e quisermos saber os valores do om o botão direito do mouse so ireita da tela. Para os apoios, nó ó 1 Nodal Displacements: Dx = 0.000e+000 mm Dy = 0.000e+000 mm Rz = -0.2 deg rojeto estrutural e m es. Para obtermos o mouse sobre o po s deslocamentos m esmo ocorreu. Os v tados na lateral direi emos: Member Displacements and Rotations Init: Dx: 9.315e-003 mm Dy: -6.432e+000 mm Rz: -2.444e-003 rad End: Dx: 9.315e-003 mm amento vertical máximo foi de 8,77 mm e ocorreu a 3,81 m s deslocamentos e da rotação nos apoios devemos “clicar” bre o nó correspondente e teremos os resultados na lateral 1 e nó 6, teremos: Nó 6 Nodal Displacements: Dx = 9.315e-003 mm Dy = 0.000e+000 mm Rz = 0.2 deg Dy: -8.748e+000 mm Rz: 2.573e-004 rad Max. Transv. Displ.: 8.769e+000 mm At local pos.: x: 1.81 m L: 2.00 m
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