RESUMO - Processo Civil I - Prof. Henry Kaminski - 2º BI (Outro Modelo)

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Processo Cilvil I – 2º Bimestre 
Jurisdição 
1) Introdução 
 Definição: É o poder-dever do Estado de aplicar o direit ao caso concreto e, com isso, solucionar o 
conflito e pacificar as parte. Por conseguinte, resguardando a securidade da lei e do ordenamento 
jurídico 
 A jurisdição é uma, pois decorre de um único poder do Estado, a soberania, a capilarização da 
soberania é feita através da distribuição da juridição 
 É exercida pelo Estado-juiz .: a função jurisdicional vai ser executada pelo Estado no processo 
o A atividade jurisdicional (um dos braços da função do Estado) será executada pelo judiciário 
e materializada através de agentes (ex. juizes) 
2) Características 
 Substitutividade → a jurisdição substitui a vontade das partes 
o Uma vez vedada a autotutela, a alternativa da auto composição é a jurisdicionalização 
o Se não solucionado em acordo, a vontade “funcional” do Estado-juiz prevalece sobre a 
vontade das partes 
o Terceiro imparcial (juiz) – arts. 144 (visa garantir o impedimento) e 145 (visa garantir a 
suspenção) 
o Terceiro desinteressado 
 Imperatividade → a decisão final do juiz está imbuída de autoridade e será imposta as partes 
 Escolpo jurídico da atuação do Direito → (G. Chiovenda) teoria dualista,dito pelo Direito Civil 
o Teoria unitária/monista – F. Carnellerti 
o Teoria dualista** – G. Chiovenda 
 Lide ou situação conflituosa → a jurisdição age apenas diante da apresentação de uma situação 
conflituosa, uma vez que “tem por escopo a pacificação social, a afirmação de um litígio ao juiz é 
condição para o pronunciamento do órgão jurisdicional”, Destefenni 
 Inércia → o Estado-juiz permanece inerte até que seja provocado pelo jurisdicionado e possa exercer 
a sua atividade jurisdicional 
 Definitividade → os atos jurisdicionais não podem ser alterados, uma vez transitados em julgado 
o “Exceção” – ação recisória (art. 966 CPC): como as decisões são feitas por agentes humanos, 
podem acarretar em erro, nesse contexto, surge a ação recisória, para desconstituir sentença 
de mérito ou processo com nulidade absoluta 
 Prazo de 2 anos 
 Querelas nulitats (nulidade absoluta) 
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o Coisa julgada – imutablidade dos efeitos da sentença, afim de garantir segurança jurídica (art. 
5º XXXVI, CF), pode ser: 
 Formal – não possui o mérito analisado é apenas formal .: pode ser reanalizada 
 Material – é analizado o mérito (formal + material) .: não poderá ser proposta ação 
idêntica 
3) Princípios da Jurisdição 
 Investidura → a jurisdição só pode ser exercida por aquele investdo/empossado da autoridade de juiz 
de forma regular 
 Aderência ao território → a jurisdição é exercida no território nacional respeitando, a soberania do 
território ao qual os agentes estão vinculados 
o A justiça estadual é dividida em comarcas 
o A justiça federal é dividida em seção e subseção 
o Para facilidar o andamento processual o juiz de uma comarca ou seção pode pedir ao juiz de 
outra uma carta 
 Precatória: outro estado 
 Rogatória: outro país 
 De Ordem: da mesma comarca, hierarquicamente 
 Arbitral: vem da arbitragem 
 Indelegabilidade → a atividade da função jurisdicional não pode ser delegada para outro órgão 
jurisdicional (observar as competências) 
o Justiça estadual – constituição do estado do Paraná 
 Inefitabilidade → as partes, perante o Estado-juiz, estão em uma posição de sujeição 
 Inafastabilidade da tutela jurisdicional → uma vez provocada, o judiciário não pode deixar de 
soluionar conflito 
o Art. 5º, XXXV, CF 
o Art 3º, CPC 
o Pode ser excepcionado em casos de direito patrimoial disponível em relações jurídicas com 
pessoas capazes – Arbitragem 
 Juiz Natural → ninguém será julgado senão pela autoridade competente; não haverá juízo ou tribunal 
de exceção 
o Art. 5º, LIII 
4) Poderes inerentes a Jurisdição 
 Poder de decisão → tem o poder de decidir a solução para o caso concreto que lhe foi submetido à 
apreciação e, com isso, estabelecendo o direito previsto ao caso concreto 
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 Poder de coerção ou de Polícia → diz respeito ao poder de impor a decisão às partes por 
determinação da vontade do Estado 
o Ex. art. 360, CPC 
 Documentação → materializar os atos do processo através da escrita 
5) Classificação da Jurisdição 
 Critério que distingui o exercício da função jurisdicional pela “justiça competente” (art. 92, CF) 
o Jurisdição Comum 
 Jurisdição Penal e Cível 
 Jurisdição Estadual (dívidida em comarcas – C..D.J.) e Federal (dividída em seções e 
subseções) 
o Jurisdição Especial 
 Justiça do Trabalho (art. 111, CF) 
 Se não há justiça do trabalho na comarca, caberá ao juiz estadual julgar o 
litígio 
 Justiça Eleitoral (art. 118, CF) 
 Justiça Militar (art. 122, CF) 
 Critério que distingui pelo objeto → qual é a pretensão? 
o Jurisdição Penal: quando a parte apresenta pretensão punitiva privaiva de liberdade 
 Pode ser ajuizada pelo ofendido ou pelo Ministério Público 
o Jurisdição Cível: qualquer pretensão que não seja privaiva punitiva de liberdade 
 EXCEÇÃO – débito de alimentos configura a prisão cívil 
 Critério que distingui pela posição hierarqica dos órgãos dotadosde jurisdição 
o Jurisdição Inferior: é aquela exercida pelos juízes que conhecem o processo desde seu início, 
em regra são juízes de primeiro grau (competência originária) 
o Juridição Superior: exercida pelos órgãos a que cabem os recursos das decisões proferidas 
pelos juízes de Jurisdição Inferior 
 Pelo critério da fonte do direito com base no qual é proferido o julgamento 
o Jurisdição de Direito: o juiz tem que julgar e decidr de acordo com os limites estabelecidos 
em lei 
o Jurisdição de Equidade: o juiz não vai precisar decidir com base nos limites estabelecidos em 
lei, mas se valendo de sua consciência (exceção no CPC) 
 Ex. 723, caput, e §único 
o Jurisdição Interna: jurisdição nacional 
o Jurisdição Externa: jursdição internacional 
 
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o Jurisdição Contenciosa: há conflito 
o Jurisdição Voluntária: é consensual 
 Cássio Scarpinela Bueno: “Na jurisdição voluntária trata-se muito mais de 
administração pública de interesses privados”, ou seja, como não há conflito o 
judiciário apenas homologa a decisão que foi feita pelos interessados. 
Jurisdição Contenciosa Jurisdição Voluntária 
Caráter própriamente substitutivo, pois o 
Estado-juiz precisa decidir pelas partes 
para solucionar o conflito 
O Estado-juiz não substitui a vontade dos 
particulares, pois há consonância de 
interesses 
Os sujeitos serão denominados de partes 
(autos, réu e terceiro) 
Os sujeitos serão determinads de 
interessados 
Processo 
Endereçamento: 
Qualificação do autor: 
Nome da ação: 
Em face de: réu 
Processo 
Endereçamento: 
Qualificação dos interessados: 
Advogados diferentes Mesmo advogado 
Lide Controvérsia 
Jurisdição de direito (regra) Jurisdição de equidade (exceção) – art. 
723 
Estrutura do Poder Judiciário 
1) Possui garantia: 
 Institucional – o poder judiciário possui autonomia administrativa e financeira (autogoverno) 
o Evita o enfraquecimento do judiciário em face do legislativo e do executivo (art. 99, CF) 
 Funcional 
o Vitaliciedade – após os primeitos dois anos (art. 95) 
o Inamovibilidade – (art. 93, VIII) 
o Irredutibilidade de subsídio 
2) Organização Judiciária (quais órgãos irão compor?) – art. 92, CF 
 
1ª instância 
2ª instância 
Tribunais Superiores 
 STF 
STJ 
TRF 
Justiça 
Federal 
TJ 
Justiça 
Estadual 
STM 
Juiz 
Militar 
TSE 
TRE 
Juiz 
Eleitoral 
TST 
TRT 
Juiz do 
Trabalho 
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 STF→ arts. 101 – 103, CF 
 STJ → arts. 104 - 105, CF 
 CNJ → controle da atuação administrativa e financeira do Poder Juduciário e do cumprimento de 
deveres funcionais dos juizes 
 Justiça Federal → arts. 106 - 110 , CF 
 Justiça do Trabalho → arts. 111 - 117, CF 
 Justiça Eleitoral → arts. 118 - 121 , CF 
 Justiça Militar → arts. 122 - 124 , CF 
 Justiça Estadual → arts. 125 - 126 , CF 
3) Funções Essenciais a Justiça 
 Ministério Público (arts. 127 – 130, CF) 
o Não faz parte dos poderes judiciário, legislativo ou executivo, é uma instituição autônoma na 
ordem jurídica brasileira, porém desenvolve suas funções essenciais perante os juizes e os 
tribunais 
o É assegurado ao MP autonomia funcional (irredutibilidade de subsídio, inamovibilidade e 
vitaliciedade, após 2 anos de exercício) e administrativa (auto governo) 
o “O Ministério Público é o órgão através do qual o Estado procura tutelar , com atuação 
militante, o interesse público e a ordem jurídica nas relações processuais e nos procedimentos 
de jurisdição voluntária. Caracteriza-se como instituição permanente, essencial a função 
jurisdicional do Estado incumbindo-lhe a defesa do regime democrático, da ordem jurídica e 
dos interesses difusos e coletivos, sociais e individuais.” – José Frederico 
o É formado por (art. 128): 
 Em 1º grau – Procurador da república + Polícia federal 
 Em 2º grau – Procurador geral da república 
 Em 1º grau – Promotor de justiça + Polícia civil 
 Em 2º grau – Procurador geral 
o Na esfera civil o MP atua de duas formas 
 Fiscal da lei – interesse público ou social de incapaz e litígios coletivos de terra rural 
ou urbana, ex. alimentos 
 Parte – o MP pode exercer direito de ação, ex. criança sem pai no registropode ocorrer 
substituição processual 
o A Emenda Constitucional nº 45/2004 criou o conselho nacional do MP (CNMP) com a 
função de fiscalizar a autonomia e o exrcício adecuado do MP 
 Advocacia (art. 133) 
 Auxiliares da Justiça 
DA UNIÃO 
ESTADUAL 
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