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Psicologia Forense – 1º Bimestre Reflexões sobre a Psicologia Jurídica e seu Panorama no Brasil – Fátima França Definição de Psicologia Jurídica Popolo (1996, p. 21) entende ser Psicologia Jurídica "El estudio desde la perspectiva psicológica de conductas complejas y significativas en forma actual o potencial para o jurídico, a los efectos de su descripción, análisis, comprensión, crítica y eventual actuación sobre ellas, en función de lo jurídico". A complexidade das condutas se da por sua característica multilateral, isso implica na dificuldade de conhecer a conduta de fato. Por isso os peritos devem recohecer as limtações do seu trabalho necessário verifi car a confi abilidade e a validez dos instrumentos e do modelo teórico utilizados imperativa a compreensão interdisciplinar do fenômeno estudado Confluência entre o Direito e a Psicologia Segundo Foucault (1974), tanto as práticas jurídicas quanto as judiciárias são as mais importantes na determinação de subjetividades, pois por meio delas é possível estabelecer formas de relações entre os indivíduos. Tais práticas, submissas ao Estado, passam a interferir e a determinar as relações humanas e, conseqüentemente, determinam a subjetividade dos indivíduos. Psicologia Jurídica e o Menor. No Brasil, por causa do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, a criança passa a ser considerada sujeito de direitos. Psicologia Jurídica e o Direito de Família: Neste setor, o psicólogo atua, designado pelo juiz, como perito oficial. Entretanto, pode surgir a figura do assistente técnico, psicólogo perito contratado por uma das partes, cuja principal função é acompanhar o trabalho do perito oficial. Psicologia Jurídica e Direito Cível: casos de interdição, indenizações, entre outras ocorrências cíveis. Psicologia Jurídica do Trabalho: acidentes de trabalho, indenizações. Psicologia Jurídica e o Direito Penal (fase processual): exames de corpo de delito, de esperma, de insanidade mental, entre outros procedimentos. Psicologia Judicial ou do Testemunho, Jurado: é o estudo dos testemunhos nos processos criminais, de acidentes ou acontecimentos cotidianos. Psicologia Penitenciária (fase de execução): execução das penas restritivas de liberdade e restritivas de direito. Psicologia Policial e das Forças Armadas: o psicólogo jurídico atua na seleção e formação geral ou específi ca de pessoal das polícias civil, militar e do exército. Vitimologia: busca-se a atenção à vítima. Existem no Brasil programas de atendimentos a vítimas de violência doméstica. Busca-se o estudo, a intervenção no processo de vitimização, a criação de medidas preventivas e a “atenção integral centrada nos âmbitos psico-socio-jurídicos” (Colegio de Psicólogos de España, 1998, p. 117). Mediação: trata-se de uma forma inovadora de fazer justiça. As partes são as responsáveis pela solução do conflito com ajuda de um terceiro imparcial que atuará como mediador. Formação e atendimento aos juízes e promotores. Perícia Judicial Qualquer psicólogo devidamente regulamentado no CRP possui capacidade para assumir o papel de perito, sem a necessidade de formação na área forense. Sempre que o perito for indicado pelo juiz terá, a princípio, a obrigatoriedade de aceitar o compromisso, salvo nas situações de: Fica vedada a participação do perito em processos nos quais: for parte na ação; já houver prestado depoimento como testemunha, quando o advogado for seu cônjuge ou com ele ter algum relacionamento de consangüinidade; se for membro de algum órgão de direção ou de administração de pessoa jurídica, que tiver parte na causa. for amigo de ambas as partes; alguma das partes for credora ou devedora em relação a sua pessoa, ao seu cônjuge ou a algum parente seu; for herdeiro, donatário ou empregador de qualquer uma das partes; houver recebido presentes das partes, aconselhado quanto à causa ou auxiliado financeiramente nas despesas do processo; estiver interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes. “Motivo legítimo”: ocorrência de força maior impeditiva de que aceite o encargo; perícia que versa sobre questões que, ao serem respondidas, podem pôr em risco a vida do perito ou de seus familiares; estar demasiadamente ocupado com outras perícias; e, por fim, a do sigilo profissional e falta de conhecimento técnico. “Art. 147. O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas, responderá pelos prejuízos que causar a parte, ficará inabilitado, por dois anos, a função em outras perícias e incorrerá na sanção que a lei penal estabelecer”. Perito Assistente Técnico É de confiança do juiz, sujeito a impedimento e suspeição. É de confiança da parte, não-sujeito a impedimento e suspeição. Auxilia o juiz em suas decisões. Auxilia a parte naquilo que acha certo. Examina, verifica e comprova os fatos de uma determinada questão Analisa os procedimentos e os achados do perito. Elabora um laudo Redige um parecer crítico ÉTICA E PERÍCIA PSICOLÓGICA - Segundo o Código de Ética Profissional dos Psicólogos: Art. 17 – O psicólogo colocará seu conhecimento à disposição da Justiça, no sentido de promover e aprofundar uma maior compreensão entre a lei e o agir humano, entre a liberdade e as instituições judiciais. Art. 18 – O psicólogo se escusará de funcionar em perícia que escape à sua competência profissional. Art. 19 – Nas perícias, o psicólogo agirá com absoluta isenção, limitando-se à exposição do que tiver conhecimento através de seu trabalho e não ultrapassando, nos laudos, o limite das informações necessárias à tomada de decisão. Art. 20 – É vedado ao psicólogo: Ser perito de pessoa por ele atendida ou em atendimento; Funcionar em perícia em que, por motivo de impedimento ou suspeição, ele contrarie a legislação pertinente; Valer-se do cargo que exerce, de laços de parentesco ou amizade com autoridade administrativa ou judiciária para pleitear ser perito. Perícia Criminal Feita por dois peritos psiquiatras para diminuir a hipótese de erro – encaminhamento para o complexo médico legal Feito em dois períodos diferentes 1º- Exame médico legal Determina o grau de periculosidade do paciente Trabalha com o prognóstico – possibilidade futura com relação a situação atual Determina o grau de dependencia química Trabalha com a volição – capacidade de se auto determinar de acordo com seu dissernimento Avaliaões de sanidade mental 2º- Avaliação psicológica (aplicação de teste) Geralmente feito por um perito Feito por observação, entrevistas e testes 3º- Classificação de responsabilidade Imputáveis → cumprimento de pena Semi imputaveis (volição) → pena com redução + tratamento em hospital ou órgãos como CPS ou AD Inimputáveis (medida de segurança) → mínimo de 1 a 3 anos se há relação entre o sintoma e o crime, ou seja, se a nexo causal Transtornos Mentais Esquizofrinia Delírio: crenças fixas, não pasíveis de mudanças a luz de evidências conflitantes Delírio persecutório – crença de que o indivíduo irá ser prejuicado, por outra pessoa, organização ou grupo Delírio de refeência – crença de que alguns gestos, comentários, estimulos do ambiente são direcionados a pessoa Delírio de grandeza – quando a pessoa crê que tem habilidades excepcionais, riqueza ou fana que na realidade não tem Delírio erotomaníaco – quando a pessoa crê falsamente que a outra pessoa está apaixonada por ela Delírio niilista – envolvem a convicção de que ocorrerá uma grande catástrofe Delírio somáticos – concentram-se em preocupações referentes a saúde – presente nos hipocondríacos Delírio bizarro – são claramente implausíveis e imcompreensíveis por outros indivíduos da mesma cultura Alucinação: são experiências semelhantes a percepção, que ocorrem sem a percepção externa Alucinação auditiva – costumam a ser vividas como vozes familiares ou não percebidas como diferente dos próprios pensamentos do indivíduos Alucinação visual – envolvendo a visão que pode consistir de imagens de pessoas ou objetos sem forma com lampejosde luz → diferente de ilusões que são percepções erroneas de estimulos externos reais Alucinação gustativa – envolvendo a percepção do paladar Alucinação olfativa – envolvendo a percepção de odor Alucinação tátil – envolvendo a percepção de toque ou da presença de algo sobre a pele Alucinação somáica – percepção de uma experiência física localizada dentro do corpo Desorganização de pensamento: costuma a ser inferida a partir do discurso do indivíduo (– qual o seu nome? – 12 de abril) Comportamento motor anormal: pode se manifestar de várias formas, desde o comportamento “tolo ou pueril”, até agitação imprevisível Comportamebto catatônico: redução acentuada na reatividade ao ambiente Resistência a instrução Postura rígida Falta total de respostas verbais e motoras Atividade motora sem propósito expressivo sem causa óbvia Sintomas negativos: Expressão emocional diminuída – redução na expressão de emoções pelo rosto, no contato visual, na entonação da voz e nos movimentos Avolia – redução em atividades motivadas auto iniciadas e com finalidade Anedonia: é capacidade reduzida de ter prazer resultante de estímunos positivos Transtornos de humor – transtornos nos quais a percepção fundamental é uma alteração do hmor ou do afeto no sentido de uma depressão Emoção – é o que da colorido as percepções do mundo Humor – é o somatório de emoções e sentimentos que estão presentes na consciencia do indivíduo num determinado momento; estado de disposição básica, difusa e prolongada da afetividade do sujeito Transtorno bipolar - Humor eufórico (mania) com episódios depressivos (depressão) Mania é caracterizada por: Depressão é caracterizada por: Auto estima e grandiosidade Perda de sono A pessoa fica mais falante Fuga de ideias ou pensamentos acelerados Distração Agitação psicomotora Envolvimento em atividades com potencial de casar dor depois que o estado passa Humor deprimido ↓ interesse e prazer Mudança de peso ↓ de apetite Isônia Agitação ou retardo motor Fadiga Culpa e sentimento de inutilidade ↓ concentração Pensamentos de morte ou suícidas Teorias: fator genético, hereditariedade ou criação, e baixa de seratonina Transtornos puerperais São multifacetários, ou seja, se manifestam de formas diferentes Disforia (tristeza) pueperal ou Blues puerperal Sintomas → humor triste ou melancólico (semelhante a TPM) Dura de 15 a 20 dias (estimativa) após o parto → durante esse período é considerado normal Se essetempo passa pode ser que a mulher esteja com depressão puerperal Depressão puerperal Poussui o mesmo sinomas da depressão É passageiro A mulher que mata durante o adoecimento puerperal possui redução de pena → art. 123, exceto se já possui histórico de transtorno Psicose Puerperal (não é evolução dos quadros anteriores!!!) Os sintomas são os mesmos da psicose (delírio, alucinação) Geralmente é manifestado se a pessoa já possuia algum transtorno Parafilias (transtornos sexuais) Preferência sexual diferente da maioria deve ocorrer por pelo menos 6 meses, uma ocorrência não caracteriza o transtorno Pedofilia – preferência de maiores de 18 anos por menores de 14 anos Fetichismo – atração por objeto inanimado, o fetichista não sente necessidade de troca sexual com outras pessoas Sadomasoquismo – prazer em infringir dor e sentir dor, é um problema quando o sádico não busca por pessoas que estejam interessadas na prática Froiteurismo – prefrência em tocar o outro sem o conentimento, não sente necessidade de troca sexual com outras pessoas Exibicionista – preferência em mostrar o corpo surpreendendo o outro, não sente necessidade de troca sexual com outras pessoas Voyeurismo – preferência em espiar o outro sem ele saber, não sente necessidade de troca sexual com outras pessoas Necrofilia – preferência por cadáveres Zoofilia – preferência por animais
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