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Integração metabólica • Funções Metabólicas Especializadas dos Tecidos de Mamíferos: a divisão de trabalho. • Regulação hormonal do metabolismo energético. • Adaptações metabólicas em diferentes estados fisiológicos e patológicos. • Regulação da massa corporal e obesidade. • Obesidade, síndrome metabólica e diabete tipo 2 Funções Metabólicas Especializadas dos Tecidos de Mamíferos Os hormônios regulam as atividades metabólicas . A liberação dos hormônios é regulada por uma hierarquia de sinais neuronais e endócrinos. Mecanismos gerais de ação hormonal • Hormônios peptídicos, aminas e eicosanóides atuam sobre receptores específicos na porção externa da membrana plasmática de células alvo alterando o nível de um segundo mensageiro intracelular. •Hormônios esteróides, vit D, retinóides e tireodeo entram nas células alvo , interagem com receptores nucleares específicos e alteram a expressão gênica. Mecanismo de ação da epinefrina Mecanismos de ação hormonal Controle hormonal da homeostase da glicose - INSULINA O peptídeo C é secretado em quantidade equimolar à insulina Estímulo da Secreção da Insulina pelo pâncreas em resposta ao aumento da glicose plasmática. Insulina: níveis de insulina ao longo do dia PIP2 – fosfatidilinositoldifosfato PIP3 - fosfatidilinositoltrifosfato IRS – substrato do receptor de insulina Sinalização insulínica: Via Fosfatidil-inositol trifosfato-quinase- Proteina quinase B (PKB/AKT) IRS IRS Alvos e efeitos da insulina • Alvos: fígado, adiposo, músculo • Efeitos anabólicos • Favorece a utilização da glicose Expressão de glut 4 Aumento da Glicólise/inibição da gliconeogênese Aumento da síntese de triacilgliceróis. Aumento da síntese de proteínas Hormônios com ação hiperglicêmica • Glucagon • Epinefrina • Cortisol peptídio de 29 aminoácidos células alfa das ilhotas de Langerhans do pâncreas liberado por hipoglicemia Promove a cascata do cAMP que leva à fosforilação de enzimas Efeitos: degradação do glicogênio; lipídios e proteínas (principalmente no fígado e tecido adiposo, músculo não apresenta receptor para glucagon) EFEITOS DEGRADATIVOS – seu principal efeito é a mobilização de reservas energéticas para a manutenção de glicose entre as refeições. Glucagon Epinefrina EPINEFRINA (ADRENALINA) medula da supra-renal liberada por estímulo nervoso (perigo, stress); exercício físico, hipoglicemia e exposição a baixas temperaturas. aumenta a disponibilidade de glicose para hemácias e cérebro durante o stress. Promove a cascata do cAMP que leva à fosforilação de enzimas. Efeitos similares aos do glucagon no fígado, mas através de receptores diferentes (receptores alfa e beta-adrenérgicos) CORTISOL - HORMÔNIOS HIPERGLICÊMICOS Produzido no córtex da supra-renal; É contra-regulador como o glucagon, mas de ação mais lenta; Age via receptores nucleares para induzir síntese de enzimas gliconeogênicas; No músculo ativa a proteólise; Inibe a captação de glicose nos tecidos periféricos e aumenta a lipólise; O excesso de cortisol inibe a resposta imune e a inflamação; A manutenção de excesso de cortisol causa osteroporose. Funções metabólicas especializadas dos tecidos de mamíferos. FÍGADO • Processa e distribui nutrientes. • METABÓLITOS CHAVE: • Glicose-6-fosfato • Acetil - coA Vias metabólicas para AMINOÁCIDOS no FÍGADO Vias metabólicas ÁCIDOS GRAXOS no FÍGADO Tecido adiposo branco e Tecido adiposo marrom Distribuição do TAM em um recém-nascido Fontes de energia para a contração MUSCULAR Metabolismo aeróbio permanente no músculo cardíaco. • Transporta íonos para manter o potencial de membranas: gasta ATP • Combustíveis que suprem o encéfalo: Glicose e Corpos cetônicos Sangue • Transporte de nutrientes • Transporte de produtos de excreção • Transporte de Oxigênio e CO2 • Transporte de hormônios Composição do sangue Importância do sangue no diagnóstico de doenças. • Íons: Estão em equilíbrio dinâmico, com fluxo constante entre trato digestivo, sangue e urina. Os níveis plasmáticos permanecem constantes, alterações dos valores normais resulta em doença grave ou morte. • Glicose: a manutenção da concentração normal de glicose é prioridade do organismo. Entre os reguladores mais importantes da glicemia estão insulina, glucagon e epinefrina. • Hiperglicemia: indicativo de diabetes ou intolerância à glicose • Aminotransferases: injúria hepática ou infarto do miocárdio. • Colesterol: fator de risco para aterosclerose. • ADAPTAÇÕES METABÓLICAS EM DIFERENTES ESTADOS FISIOLÓGICOS Hipoglicemia Concentração de glicose sanguínea de 45mg/dL ou menos. Sintomas da hipoglicemia - decorrentes da ativação do SN simpático, mediados por epinefrina: •Aumento da frequência cardíaca •Tremor •Sudorese •Sensação de fome Neuroglicopenia – sintomas causados pela entrega diminuída de glicose ao cérebro (glicose < 40mg/mL) •Cefaléia •Convulsões •Coma •Morte Tipos de hipoglicemia • PÓS-PRANDIAL: Causa: liberação excessiva de insulina após uma refeição. • DE JEJUM: Causas: redução da gliconeogênese devido à lesão hepatocelular redução da gliconeogênese devido ao consumo excessivo de álcool produção excessiva de insulina resultante de um tumor nas células beta do pâncreas • POR EXCESSO DE INSULINA EXÓGENA Metabolismo no estado pós-prandial (absortivo) • Aumenta a concentração de insulina • Ocorre aumento da captação de glicose pelos tecidos insulino-dependentes; • A oxidação de glicose e a glicogênese estão estimuladas no fígado, tec. adiposo e muscular; • A glicoquinase é uma enzima induzível; • A glicose é utilizada pela via pentose fosfato para produzir NADPH que é essencial para síntese de TAG e colesterol Metabolismo da glicose no estado pós prandial Metabolismo no estado pós-absortivo (jejum) • O fígado gradualmente torna-se um órgão produtor de glicose; • 80% da glicose é captada pelos tecidos insulino- independentes; • 50% cérebro; 20% eritrócitos; 20% músculo + tecido adiposo; Origem e destino da glicose no jejum curto Origem e destino da glicose no jejum prolongado Estado crônico de baixa insulina e elevado glucagon; O cérebro se adapta a usar corpos cetônicos como combustível Alanina e glutamina liberados pelos Músculos servem de substrato para a Gliconeogênese; Gliconeogênese renal passa a contribuir Para glicose endógena; O corpo minimiza o uso de proteinas como substrato para gliconeogênese, por tornar-se quase totalmente dependente das gorduras como fonte de energia. Metabolismo durante estresse e injúrias (queimadura, traumas e infecções) • Glucagon e epinefrina • Provisão de glicose prioritária para o cérebro; • Glicogenólise e gliconeogênese; • Redução de utilização de glicose pelos tecidos periféricos provocando hiperglicemia; • A gliconeogênese aumenta promovendo perda de massa muscular, evidente em 2 a 3 dias após injúria Hiperglicemia observada durante o estresse • Resistência periférica à insulina, com menor expressão de Glut 4 • TNF-alfa estimula a degradação do glicogênio muscular • Glicocorticóidesestimulam a gliconeogênese pela indução dos genes da PEPCK e glicose-6- fosfatase • Citocinas como IL-6 estimulam a PEPCK, estimulam a lipólise e a proteólise muscular. Diabetes • Característica: hiperglicemia no jejum • Causa: deficiência relativa ou absoluta de insulina • Diabetes tipo I (10% dos casos) • Diabetes tipo II (90% dos casos) Diabetes tipo I: insulino-dependente Ataque auto-imune às células beta do pâncreas Pico de incidencia aos 12 anos de idade Diagnóstico: Poliúria, polidipsia, polifagia Glicemia em jejum >140mg/mL Cetoacidose Hipertrigliceridemia (aumento de VLDL e QM, aumento da síntese de TAG no fígado, redução da lipase lipoprotéica) Complicações crônicas Aterosclerose Retinopatia Nefropatia Neuropatia No indivíduo com diabetes, observam-se Intensa lipólise e perda de peso. Intensa proteólise, com balanço nitrogenado negativo, pois ele degrada proteínas endógenas para síntese de glicose a partir de aminoácidos glicogênicos. Intensa produção de corpos cetônicos e acidose. Complicações do diabetes – cetoacidose, coma hiperglicêmico, hiperosmolar Diabetes tipo II • Resistência à insulina • Hiperglicemia resultante de captação pouco eficiente de glicose pelos tecidos periféricos insulino-dependentes, por diminuição de GLUT4. • Hipertrigliceridemia, principalmente por aumento de VLDL. • Não há cetoacidose, possivelmente por que há insulina suficiente para impedir a liberação descontrolada de ácidos graxos do tecido adiposo. PIP2 – fosfatidilinositoldifosfato PIP3 - fosfatidilinositoltrifosfato IRS – substrato do receptor de insulina Sinalização insulínica: Via Fosfatidil-inositol trifosfato-cinase- Proteina cinase B (PKB/AKT) IRS IRS Complicações do diabetes – glicação de proteínas Glicose + Proteína Proteína glicosilada Consequências da glicação de proteínas • Proteínas glicadas sofrem alterações de suas propriedades físicas e biológicas, como auto- agregação e ligação a outra moléculas. Aterosclerose Neuropatia Retinopatia Nefropatia Hiperglicemia aumento de estresse oxidativo Destruição de células beta; aterosclerose, hipertensão Controle Farmacológico da glicemia no Diabetes tipo II a) Sulfoniluréias (gliclazida) Estimulam a liberação de insulina pelas células do pâncreas b) Biguanidas (metformina) Acredita-se que elas possam: suprimir a gliconeogênese e reduzir a absorção gastrointestinal de glicose e aumentar a captação de glicose no músculo c) Tiazolidinedionas • Ativam receptores nucleares (PPAR) que regulam a transcrição de genes envolvidos no controle da produção, transporte e utilização de glicose Regulação da massa corporal e obesidade Definição • IMC < 25kg/m2 • Sobrepeso: IMC > 25 – 30kg/m2 • Obesidade: IMC > 30kg/m2 Primeira causa da obesidade • Ingestão de mais calorias na dieta do que são gastas. • Como o organismo lida com o excesso de calorias? 1. Armazena na forma de TAG no tecido adiposo 2. Queima o excesso de calorias em exercício extra 3. “desperdiça” combustível desviando para a produção de calor (termogênese). 4. Controla o apetite Por que o controle da ingestão de alimentos é rompido? • Hipótese: retroalimentação negativa da adiposidade • “ um mecanismo inibe o comportamento alimentar e aumenta o consumo de energia quando o peso corporal atinge determinado valor” • 1994: descoberta da leptina Manutenção da massa corporal e controle da ingestão de alimentos Regulação do controle da ingestão de alimentos Leptina e Insulina agem sobre células neurosecretoras no hipotálamo e provocam liberação de melanocortina (MSH) que produz sinais neuronais para comer menos. Grelina estimula o apetite estimulando o conjunto de células orexigênicas. PYY inibe o apetite estimulando o conjunto de células anorexigênicas Regulação hipotalâmica do gasto de energia Variação da grelina e da insulina com relação aos horários das refeições Relação entre as funções da adiponectina, obesidade e indução do diabetes tipo II • Sensibiliza tecidos para os efeitos da insulina • Inibe respostas inflamatórias • Aumenta a captação de ácidos graxos e carboidratos no fígado e no músculo • Aumenta a taxa da B-oxidação nos músculos • Inibe a gliconeogênese Indivíduos obesos produzem menos adiponectina Integração do metabolismo de glicose e lipídios por fatores de transcrição e componentes da dieta. Receptores ativados por proliferadores de peroxissomos (PPAR) respondem à componentes da dieta. Ligantes: ácidos graxos ou seus derivados Classes: PPAR – alfa PPAR – gama PPAR - sigma Receptores atiadores da proliferação de peroxissomos (PPARs): classificação e funções Componentes da dieta que ativam PPAR: ácidos graxos insaturados, antocianinas
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