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Questionário de IED respondido

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Item 5.1. Problema da Interpretação: Uma Investigação Zetética 	
DOGMATICA HERMENEUTICA 
QUAL A TAREFA DA DOGMATICA HERMENÊUTICA? A DETERMJINAÇÃO DO SENTIDO DA NORMA, O CORRETO ENTENDIMENTO DO SIGNIFICADO DOS SEUS TEXTOS E INTENÇÕES, TENDO EM VISTA A DECIDIBILIDADE DOS CONFLITOS. 
O JURISTA POSSUI COMO PROPOSITO BÁSICO NÃO APENAS O CORRETO ENTENDIMENTO DO SIGNIFICADO DOS SEUS TEXTOS E INTENÇÕES, MAS DETERMINAR-LHE A FORÇA E O ALCANCE. Em outras palavras a intenção do jurista não é apenas conhecer, mas conhecer em razão das condições de decidibilidade de conflitos com base na norma enquanto diretivo para o comportamento. 
1 No que consiste a investigação zetética? 
R- O jurista não deve simplesmente entender um texto, mas também determinar a força e o alcance do sentido da norma, pondo o texto em presença dos dados atuais de certo problema. Para tanto, é necessário conhecer as condições de decidibilidade de conflitos com base na norma. 
Item 5.1.1 Função Simbólica da Língua: A DECODIFICAÇÃO DOS SÍMBOLOS NO SEU USO É IMPORTANTE PARA SE FAZER UMA BOA INTERPRETAÇÃO, OU SEJA, INTERPRETAR É DECODIFICAR OS SIMBOLOS NO SEU USO, O QUE SE TORNA NECESSÁRIO CONHECER AS REGRAS DE SAMANTICA, SINTITATICAS E AS REGRAS PRAGMÁTICAS.
2 Como podem ser classificados os signos lingüísticos? 
Podem ser classificados como: Naturais e Artificiais. Naturais: realizados pela natureza. Ex: A “umidade” da terra é signo de que choveu.  Artificiais: elaborados pelo homem. Ex: A própria palavra “umidade”. 
3. Qual a diferença entre falar e interpretar? 
Falar: é dar a entender alguma coisa a alguém mediante Símbolos Lingüísticos. Interpretar: é selecionar possibilidades comunicativas da complexidade discursiva. 
4. Segundo Kelsen, qual a distinção entre interpretação autêntica e doutrinária? 
A interpretação autêntica é realizada pelos órgãos competentes, enquanto a doutrinária é feita por entes que não detêm a qualidade de órgãos. A primeira produz um enunciado normativo; a segunda não tem caráter efetivo de norma. 
5. É possível uma interpretação verdadeira e unívoca da norma? 
Segundo Kelsen, tal premissa é irrealizável. Para ele, cumpre à ciência jurídica conhecer o direito, descrevendo-o com rigor. O objeto da hermenêutica são os conteúdos normativos plurívocos, tendo em vista que o legislador age por vontade e não por razão, sempre abrindo múltiplas possibilidades de sentido. Então, cabe à ciência jurídica descrever esse fenômeno em seus devidos limites e, portanto, não há como se descobrir uma univocidade que não existe. 
5) No que consiste o desafio kelnesiano quanto à tensão entre dogma e liberdade? 
Não se deve apenas interpretar, mas sim encontrar uma interpretação que prepondere e cause o mínimo de perturbação social possível. 
6) Analise o direito sob os ângulos do método e do objeto? Quais as correntes que se originam, desse questionamento? 
Sob o ângulo do objeto, o direito é a positivação da norma. Por outro lado, sob o ângulo do método, a análise do direito reside em como e onde captar aquele sentido. Diante dessa dualidade, surgem duas doutrinas: a subjetivista e a objetivista. A primeira aponta que o direito parte da compreensão do pensamento  do legislador, enquanto a segunda afirma que a norma goza de sentido próprio, sendo determinada por fatores objetivos.
7. Explique o que é  TRADUÇAO? 
Tradução é a transposição do texto de uma língua para outra, como por exemplo, português – inglês  ou  francês  para o espanhol. Para isso, é preciso uma correta e boa tradução, é necessário que haja interação entre o emissor e a mensagem transmitida ao público receptor. A coesão, a analogia e adequação à língua do receptor são fundamentais para a transmissão da verdadeira e real mensagem a ser transmitida. É a chamada tradutibilidade.
Traduzir não é  só transpor uma língua a outra, existem técnicas precisas de se atingir o receptor, levando a mensagem fiel do texto originário.
Tem que se utilizar da adequação à língua alvo. Quando não se tem vocábulos e significados idênticos, procura-se a verossimilhança, fatores estes, por vezes, consistentes nos usos e costumes diferentes de povo para povo.
“““ Por “exemplo, o substantivo “saudade”  em português traduzido como verbo em inglês  “ I miss you”. Daí a afirmação de que traduzir é buscar nas duas línguas o mesmo objeto nelas representado, neste caso a sensação, o sentimento
A tradução é que confere sentido ao objeto e não o objeto ao sentido.
“““I miss you “ “ Sinto falta de você -  “saudade” é sentir falta de alguém ou de alguma coisa. Tradução não literal, mas perfeita. Captamos aí a essência da mensagem, a  adequação da língua ao mundo, a boa e verdadeira tradução. 
 PARA FAZERMOS UMA BOA TRADUÇÃO É NECESSÁRIA A ADEQUAÇÃO DA LINGUA AO MUNDO REAL. 
8. COMPARAR  TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO. 
A  participação do arbítrio humano, com os conceitos próprios individuais e a própria cultura diferenciada de cada grupo ou povo dificultam a tradução e interpretação.
A analogia justifica que quem traduz interpreta, ora, precisamos então, para isso, traduzir e interpretar o pensamento, que já extrapola a lingüística, denominada teoria idealista.
Por isso, a tradução é método  de verificação do pensamento e não o contrário.
São visões objetivas e subjetivas.
Ainda caímos na insuficiência da boa tradução, a captação ideal da mensagem a ser transmitida com toda sua bagagem.
Visão hermenêutica
Temos as mesmas dificuldades que as correntes objetivas e subjetivas e teorias da tradução têm para transmitir e interpretar a mente do legislador e a norma a ser estabelecida.
A teoria da mens ou volutas legislatoris  guarda certa analogia com a teoria idealista da tradução.
(intenção do legislador -  mens ou volutas) 
No entanto,  a prática da interpretação não percorre este caminho. 
 Primeiro se alcança o sentido da norma (interpretação), depois é que se descobre a intenção do legislador e não o contrário.
9. Qual seria o fator importante para o esclarecimento de como se funda a boa tradução? 
A resposta é uma questão de enfoque -   Pragmática -  Um tradutor tem que estar imbuído de conhecimento  no tema a ser traduzido, já que o critério  confiança é prioridade numa tradução/interpretação. 
 10- Qual  a importância da linguagem na interpretação?
R- a linguagem é a representação simbólica de um sistema que permite a comunicação entre pessoas, que passa o entendimento desse sistema necessariamente pela interpretação dos símbolos. A correta interpretação depende do  análise de uma série de fatores (gramaticais, contextuais, históricos, etc.), cabendo o intérprete saber utilizar. 
11-Qual o conceito da interpretação?
R- interpretar significa fixar sentido de alguma coisa. Quem interpreta busca captar do objeto de interpretação sua essência e coloca-a de forma traduzida como um novo plano de entendimento. Interpretar é extrair do objeto tudo aquilo que ele tem de essencial, levando-se em conta a norma jurídica  e o sistema jurídico ao qual ela pertence. 
12 A doutrina Hermenêutica pode ser construída como uma teoria descritiva?Explique
R: Não, porque ela deve ser construída como uma teoria dogmática que expressa como o direito deve ser interpretado, diferentemente da descritiva que explica como é o sentido do direito. 
(13) O que são métodos de Interpretação, conceituando-os? 
R: São regras técnicas que visam obtenção de decisões dos conflitos. 
a) Interpretação Gramatical: Parte-se do pressuposto que a ordem das palavras e o modo como elas estão conectadas são importante para obter o real sentido da norma. 
b) Interpretação Lógica: Parte-se do pressuposto de que a conexão de uma expressão normativa com as demais do contexto é importante para a obtenção do significado correto. Serve-se da reconstrução da mens legislatoris para saber a razão da lei.       
c) Interpretação Sistemática: A pressuposição hermenêutica é a da unidade do sistema jurídicodo ordenamento. Visa coordenar a lei interpretada com todo o ordenamento jurídico, notadamente para constatar a função que ela exerce.
14 Expliquem o que se entende por: Conceitos indeterminados; conceitos valorativos e conceitos discricionários
Conceitos indeterminados (ou determináveis): o conceito é indeterminado quando não é possível, de antemão, precisar tais objetos. Esse conceito pode, presumidamente, ser determinável, o que acontece por um processo de refinamento progressivo. Ex: perigo iminente... 
Conceitos Valorativos: são os que manifestam uma imprecisão de sentido não quanto aos objetos abarcados (denotação), mas quanto à intenção (conotação), isto é, uma imprecisão quanto aos atributos que os definem. Ex: conceito de honestidade (mulher honesta) e de dignidade (decoro parlamentar) envolve esse tipo de imprecisão.
Conceitos valorativos admitem e exigem, no campo jurídico, a busca de certa objetividade dos valores neles presentes o que ocorre pela referência ao conceito social em que são utilizados. 
Conceitos discricionários: são os que manifestam uma imprecisão que nunca se fecha genericamente, mas que se renova em cada uso concreto, mas deixam ao intérprete de caso para caso, uma opção que renovadamente se coloca toda vez que confrontados com a realidade. Ex: conceito de grande, que só se define em face de pequeno e vice-versa, outro  
(15) O que se entende por INTERPRETAÇÃO HISTÓRICA  e HISTORICA EVOLUTIVA 
Na interpretação histórica verifica-se a relação da lei com o momento da sua edição (occasio legis). Na interpretação histórico-evolutiva verifica-se a relação da lei com o momento da sua aplicação. 
De acordo com esta técnica, devemos analisar a lei sob o ponto de vista de uma realidade histórica, que se situa na progressão do tempo, ou seja, impor  o conhecimento dos costumes e dos fatos sociais ligados ao conteúdo da lei. 
Ex: se eu desejasse interpretar a CF/88 utilizando o método histórico e buscando um antecedente histórico, eu poderia buscar na Constituição de 1824, 1946, 1967 etc., pois estudando essa evolução, chegaríamos ao entendimento de como chegamos à Constituição atual. 
 “O STF já utilizou em acórdão a interpretação histórica para suspender a lei estadual que prévia a instituição de contribuição providenciaria sobre proventos de inatividade e pensões de servidores.” 
(16) O que se entende por a INTERPRETAÇÃO SOCIOLÓGICA 
A interpretação sociológica verifica a finalidade social a que a lei deve satisfazer buscando adaptar a Constituição à realidade social. No campo da interpretação constitucional o método sociológico busca a efetividade, a eficácia social para que não se abra um abismo entre a norma e conjunto dos fatos sociais. 
EX.. Norma que fala que o salário mínimo deve prover as necessidades básicas; essa norma poderia ser considerada inconstitucional no âmbito da interpretação sociológica, pois não disse quanto é o valor desse salário, e evidentemente que hoje temos normas regulando o valor do salário, o qual não consegue cumprir esse preceito de atender a TODAS as necessidades básicas.
(17) Como um ato Interpretativo da norma deve ser entendido?
R: Para o autor, todo ato interpretativo por ter uma qualidade pragmática, deve ser entendido numa relação de comunicação entre os emissores e receptores das mensagens normativas. 
(18) Qual o pressuposto da Interpretação Teleológica?
R: O pressuposto, e ao mesmo tempo, a regra básica de método teleológico é de que sempre é possível atribuir um propósito a norma, ou seja, o fim a que a norma se destina. Na visão do autor não é uma tarefa fácil, pois existem normas costumeiras difícil de encontrar propósito e finalidade.
Ex: Artigo 5º LICC “Na aplicação da lei  o juiz atenderá aos fins sociais  a que ela se dirige e ás exigências do bem comum.
As expressões fins sociais e bem comuns são entendidas como síntese ética da vida em comunidade. Os fins são entendidos como “direito”. 
19 Qual o pressuposto da Interpretação Axiológica?
R: O método de interpretação consiste em entender a norma jurídica a partir de seus valores. Todavia, deve-se não eliminar a carga valorativa da mensagem. É preciso controlá-los e generalizá-los de tal modo que eles passem a expressar “universais do sistema”.
Ex: Quem protesta por “seus direitos” pode estar se referindo ao conceito técnico de direito subjetivo.
Interpretação ampla - direcionada
(20) Como a doutrina costuma distinguir os princípios das regras?
R: Os princípios segundo a doutrina são os fins imanentes da ordem jurídica e social e reguladores teleológicos da atividade interpretativa. Sua diferença reside na abrangência. Os princípios valem para uma série indefinida de caso, enquanto as regras valem para casos definidos.
Ex: A liberdade contratual no Direito das Obrigações tem como REGRA a oralidade e a imediatidade no Direito Processual como PRINCÍPIO, e exigência da boa-fé no trato das relações, a igualdade de todos perante a lei, o respeito às soluções equitativas, etc.
21- O que se entende por interpretação extensiva e indução ampliadora?
Interpretação extensiva trata de um modo de interpretação que amplia o sentido da norma para além do contido em sua letra.  Ou seja, partimos de uma norma e a estendemos a caos que estão compreendidos implicitamente.
22- Qual a finalidade de aplicar os modos de integração do direito?
R: Esses instrumentos têm dupla utilidade, pois não só servem para o preenchimento, como também para a constatação da lacuna, essa que, obviamente, precisa ser primeira constatada para depois ser preenchida. O preenchimento e a constatação são eventos correlatos, mas independentes, pois em alguns casos pode haver a constatação, porém o preenchimento da lacuna pode ser vedado, sendo permitido apenas com a edição de leis.  
23 Quais são modos de integração existentes no sistema jurídico? 
R. Analogia, costumes, equidade, princípios gerais do direito, indução amplificadora, interpretação extensiva etc. 
24- O que é analogia legis e júris? 
R: Analogia legis parte de um único preceito legal, aplicando-o aos casos semelhantes. Já a júris parte de vários preceitos, o qual será obtido pelo método de indução
25- O que é interpretação restritiva?
È aquela que procura restringir o texto, que foge aos limites desejados pelo legislador. Ela subordina os termos da lei à esfera do pensamento que o legislador realmente desejou exprimir. Com efeito, por vezes a linguagem da lei diz mais do que o pretendido. A interpretação restritiva limita, então, o alcance das palavras da lei até o seu sentido real. 
36- O que é interpretação extensiva? 
No que tange à interpretação extensiva, cabe quando o caso requer seja ampliado o alcance das palavras da lei para que a letra corresponda à vontade do texto. Ocorre quando o texto não expressa a sua vontade na extensão desejada. Ele diz menos do que o pretendido pelo legislador.

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