Buscar

CM GUIA DE ESPECIALIDADES Médicas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Guia de 
Especialidades 
Clínica Cirúrgica
Guia de 
Especialidades 
Clínica Médica
Organizadores 
Atílio G. B. Barbosa - Débora de Alencar Soranso - 
Fernanda Antunes Oliveira - Victor Ales Rodrigues
Produção Editorial: Fátima Rodrigues Morais - Viviane Salvador
Coordenação Editorial e de Arte: Martha Nazareth Fernandes Leite
Projeto Gráfico: SONNE - Jorlandi Ribeiro 
Diagamação: Jorlandi Ribeiro - Diego Cunha Sachito
Criação de Capa: Larissa Câmara 
Assistência Editorial: Tatiana Takiuti Smerine Del Fiore
Revisão Final: Henrique Tadeu Malfará de Souza
Revisão: Marcela Zuchelli Marquisepe - Mariana Rezende Goulart
Serviços Gráficos: Thaissa Câmara Rodrigues
Organizadores 
Débora de Alencar Soranso 
Graduada em Medicina pela Universidade Anhembi-Morumbi.
Fernanda Antunes Oliveira 
Graduada em Medicina pela Universidade Santo Amaro (UNISA).
Victor Ales Rodrigues
Graduado em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
Atualização 
Viviane Aparecida Queiroz 
Graduanda em Medicina pela Universidade Anhembi-Morumbi.
A Arte da Medicina ...................................................................... 5
O recém-formado ........................................................................ 6
Residência Médica no exterior ................................................ 7
1. Alergia e Imunologia ............................................................... 9
2. Cardiologia ................................................................................. 12
3. Endocrinologia .......................................................................... 14
4. Gastroenterologia ................................................................... 17
5. Geriatria ...................................................................................... 19
6. Hematologia e Hemoterapia ............................................... 22
7. Medicina Intensiva ................................................................... 25
8. Nefrologia .................................................................................. 27
9. Nutrologia .................................................................................. 30
10. Oncologia Clínica .................................................................. 33
11. Pneumologia ............................................................................ 36
12. Reumatologia ......................................................................... 38
ÍNDICE 
5
A Arte da Medicina
A Medicina tem, como uma de suas raízes mais conhecidas, a desenvolvida 
por Hipócrates, considerado o “pai da medicina”. Na Grécia Antiga, onde 
viveu, desenvolveu inúmeras teorias e teve vários discípulos, alguns dos 
pioneiros na arte de entender os sintomas causados pelas patologias. 
A partir de então e à medida que os séculos passavam, surgiam mais ques-
tionamentos sobre as práticas médicas e a necessidade delas à população. 
Na Idade Média, era comum o médico procurar curar praticamente todas 
as doenças utilizando o recurso da sangria, principalmente com a utiliza-
ção de sanguessugas. Porém, nesse período, os conhecimentos avançaram 
pouco, pois havia uma forte influência da Igreja Católica, que condenava as 
pesquisas científicas e as considerava práticas demoníacas.
No período do Renascimento Cultural, nos séculos XV e XVI, a Medicina vi-
veu um notável avanço. Movidos por uma intensa vontade de descobrir o 
funcionamento do corpo humano, médicos buscaram explicar as doenças 
por meio de estudos científicos e testes de laboratório. Posteriormente se 
descobriu o funcionamento do sistema circulatório, e mais ensinamentos 
foram desenvolvidos com base na anatomia e na fisiologia. 
No século XIX, todo o conhecimento ficou mais apurado com a invenção 
do microscópio acromático, pela qual Louis Pasteur alcançou um enorme 
avanço ao descobrir que as bactérias são responsáveis por grande parte 
das doenças.
Atualmente temos uma Medicina moderna e em constante renovação 
por meio das pesquisas, nada comparável a tantos séculos de acúmulo 
de conhecimento. É uma Medicina que proporciona maiores técnicas de 
diagnóstico e medicamentos mais potentes e capazes de melhor combater 
inúmeras doenças. Os procedimentos cirúrgicos contam com instrumen-
tos mais delicados e técnicas cirúrgicas menos invasivas que propiciam 
melhoras mais rápidas no pós-operatório. 
Trata-se de uma ciência mutável, que se constrói a cada descoberta. É com 
estudos de décadas e a prática médica diária que a Medicina se renova e 
quebra tabus. Mas, mesmo com os diversos progressos, muito ainda há 
de ser descoberto ou reestruturado. São as infinitas doenças que acome-
tem o homem que permanecem precisando de tratamento ou mesmo de 
diagnóstico. Muito se fez, mas muito ainda se fará por uma ciência tão no-
bre e enriquecedora, que representa a arte de curar. 
6
A Medicina é uma profissão construída após 6 anos de estudo integral, 
passando por suas cadeiras básicas e avançadas e pelo internato. São 
muitos anos de dedicação e abdicação, mas sempre em busca do propó-
sito de ser um estudioso da arte médica, entender a base das doenças e, 
a partir disso, poder desenvolver técnicas de diagnóstico e tratamento, 
curativo ou paliativo. 
Após esse embasamento, o recém-formado e agora jovem médico deve 
escolher e se dedicar ao estudo de uma das várias subdivisões da Medi-
cina – seja ela a Clínica Médica, a Cirurgia Geral, a Ginecologia e muitas 
outras. Essa especialidade será alcançada por meio de um estudo na Re-
sidência Médica, que terá duração de acordo com o programa escolhido.
É durante a Residência Médica que o jovem médico se tornará apto a exer-
cer plenamente uma área com mais dedicação e ensinamento mais apro-
fundado, deixando de ser generalista. Para isso, ele deve estar consciente 
de suas escolhas e de que a área que escolheu o preencherá como pro-
fissional e pessoalmente, para que possa estar satisfeito com as próprias 
escolhas. 
Já ao concluir a especialidade, novos desafios surgem a esse jovem pro-
fissional, novas dificuldades se apresentam na carreira e outras tantas 
devem ser ultrapassadas para só então se firmar, em um emprego em 
serviço público ou privado, abrindo o próprio consultório ou realizando 
procedimentos mais invasivos. 
Para o jovem médico, o que permanece são os ensinamentos de construir 
aos poucos sua carreira, em bases sólidas e com decisões precisas, as 
quais se refletirão no seu futuro mais distante. 
O recém-formado
7
Residência Médica no exterior
Existe a possibilidade de o recém-formado realizar a sua Residência Médica 
fora do Brasil, mas esse é um processo bastante complexo e varia de país 
para país. 
Aqui abordaremos o tema apenas de maneira geral. Como exemplo, expli-
caremos os passos gerais para o ingresso nos Estados Unidos.
O fato de haver uma avaliação e de ser um processo extenuante não é regra 
só para aqueles que partem do Brasil. Se um profissional de outro local de-
seja ingressar na carreira médica em terras brasileiras, deve se submeter 
a uma validação de seu diploma, processo sabidamente muito complicado. 
Para se ter uma ideia, o Revalida, que revalida os diplomas de médicos for-
mados fora do país, já teve 1.184 candidatos, com apenas 67 aprovados 
(cerca de 5%).
O consenso para atuar em outros locais são as avaliações de conhecimento bá-
sico, clínico e prático, bem como o conhecimento aprofundado do idioma local. 
Além disso, existem as peculiaridades da Medicina em cada região, nas condu-
tas propriamente ditas ou nos aspectos legais e culturais. 
Nos Estados Unidos
O médico formado fora dos Estados Unidos e interessado em fazer Resi-
dência nesse país deve submeter-se a alguns exames a fim de se qualificar. 
Eles constam de um conjunto de provas concentradas nas áreas de Ciências 
Médicas e Ciências Clínicas (ochamado United States Medical Licensing Ex­
amination – USMLE). 
As avaliações são dividas em etapas, os chamados steps, e funcionam da 
seguinte forma:
 - Step 1: é a 1ª etapa do processo e tem como objetivo avaliar se o candi-
dato tem a capacidade de compreender e aplicar conceitos importantes 
das ciências básicas para a prática médica. De maneira geral, abrange os 
seguintes temas: Anatomia Humana, Fisiologia, Bioquímica, Farmacologia, 
Patologia, Microbiologia, Epidemiologia e Tópicos Interdisciplinares, como 
Nutrição, Genética e Envelhecimento. Os resultados, então, são relatados 
com uma pontuação de 3 e outra de 2 algarismos. A pontuação mínima 
para ser aprovado é de 189, no escore de 3 algarismos. Teoricamente, a 
pontuação máxima é de 300;
 - Step 2: essa é a 2ª etapa do processo. Visa avaliar se o candidato pos-
sui conhecimentos, habilidades e compreensão da ciência clínica essencial 
para a prestação de assistência ao paciente, sob supervisão. O Step 2 é 
subdividido em 2 exames:
•	Step 2 CK (do inglês, Clinical Knowledge) é um exame de múltipla escolha 
com o intuito de avaliar a clínica por meio de um conhecimento tradicio-
nal. O exame dura 9 horas e é constituído de 8 blocos de 46 perguntas 
cada. Uma hora é destinada a cada bloco de perguntas. Os temas inclu-
sos nesse exame são as Ciências Médicas, como Clínica Médica, Cirurgia, 
Pediatria, Psiquiatria, Ginecologia e Obstetrícia;
•	Step 2 CS (do inglês, Clinical Skill) é um exame prático que pretende ava-
liar habilidades clínicas simuladas com pacientes por meio de interações, 
em que o examinando interage com doentes padronizados retratados 
por atores. Cada examinando enfrenta 12 casos clínicos e tem 15 minutos 
para concluir a anamnese e o exame clínico de cada paciente, além de 10 
minutos para escrever uma nota descrevendo os resultados, o diagnós-
8
tico diferencial e a solicitação de exames complementares. O Step 2 CS 
é aplicado desde 2004 e, ao contrário do Step 1 e do Step 2 CK, deve ser 
feito obrigatoriamente nos Estados Unidos. O exame é oferecido em 5 ci-
dades americanas: Filadélfia (PA), Chicago (IL), Atlanta (GA), Houston (TX) 
e Los Angeles (CA);
 - O Step 3 é a última etapa do processo e se destina a avaliar se o candi-
dato é capaz de aplicar desacompanhado o conhecimento e a compreen-
são da Ciência Biomédica e clínica essencial para a prática da Medicina. Os 
diplomados em escolas médicas americanas normalmente realizam esse 
exame no final do 1º ano de Residência. Médicos estrangeiros recém-licen-
ciados poderão fazê-lo antes de começarem a Residência, em cerca de 10 
estados americanos.
O Step 3 ocorre em 2 dias de exame. Cada dia deve ser concluído dentro de 
8 horas. O 1º dia de testes de múltipla escolha inclui 336 itens divididos em 
blocos, cada qual constituído de 48 itens. Examinandos devem preencher 
cada bloco dentro de 60 minutos. O 2º dia de testes de múltipla escolha 
inclui 144 itens, divididos em blocos de 36 itens. E os examinandos devem 
completar cada bloco dentro de 45 minutos.
Por fim, é fundamental ter cartas de recomendação de professores de uma 
universidade americana, inclusive específica da área em que está pres-
tando. Isso é importante para o momento “colocação” (placement), em que 
o candidato finalmente irá tentar ingressar nas universidades escolhidas, 
o que é possível por contato direto do médico com os hospitais. Para sa-
ber dos hospitais em determinada área de especialização, o médico deve 
consultar o The Directory of Residency Training Programs. Além de contato 
direto, uma maneira de pleitear uma Residência é o serviço nacional com-
putadorizado de colocação em Residências, o National Resident Matching 
Program (NRMP).
Após esses procedimentos, o candidato aplica-se para algumas universida-
des e aguarda ser chamado para entrevistas. Ele, então, deve ranquear as 
universidades, as quais fazem o mesmo. Os dados são, dessa forma, cruza-
dos, obtendo-se o resultado final. 
Fellowship 
Fellowship é uma especialização realizada após a Residência Médica, que 
tem por objetivos a atuação clínica e/ou a pesquisa. O fellowship clínico (clin­
ical fellowship) de modo geral pressupõe uma Residência Médica feita nos 
Estados Unidos. Esse tipo de fellowship, por envolver contato clínico com o 
paciente, requer que o candidato siga as mesmas normas estabelecidas para 
uma Residência, submetendo-se, inclusive, às provas. 
Observação e pesquisa 
Médicos com Residências completas podem passar uma temporada de obser-
vação e/ou pesquisa em hospitais ou clínicas, em programas menos formais 
do que o fellowship, sem contato clínico com pacientes. A possibilidade disso, 
no entanto, depende de vários fatores: primeiro, a entidade precisa dispor de 
tempo e pessoal para acomodar o observador e/ou pesquisador. Segundo, é 
necessário saber onde existe a possibilidade de fazer um desses programas. 
Geralmente, é preciso conhecimento pessoal com um profissional envolvido 
nos projetos. Sempre que o médico estrangeiro pede permissão para se in-
cluir nesses projetos, ele deve esclarecer muito especificamente suas qualifi-
cações e objetivos profissionais. Para o médico que não tenha conhecimentos 
pessoais com profissionais de destaque, pedidos de orientação podem ser 
feitos diretamente para as faculdades de Medicina.
Esse foi o exemplo de Residência Médica nos Estados Unidos. Para maiores 
detalhes sobre outros lugares do mundo, devem-se procurar informações 
nos programas de Residência Médica do país em questão. Diversas organi-
zações trabalham apenas com programas de intercâmbio e podem auxiliar 
os candidatos nos diversos trâmites do processo.
1
 Alergia e 
Imunologia
1. Introdução
A Sociedade Brasileira de Alergia foi criada em 1946 no Rio de Janeiro. Já em São Paulo, 25 anos de-
pois, foi criada a Sociedade de Investigação em Alergia e Imunopatologia. Finalmente, em 1972, essas 
2 sociedades uniram forças e formaram a Sociedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia. Os pila-
res dessa especialidade estão sobre a ciência básica e a Epidemiologia. O médico alergista tem como 
objetivos o diagnóstico e o tratamento de doenças alérgicas. 
Para ser um especialista, depois de terminar o curso de medicina, é necessário cursar 2 anos de Clínica 
Médica e, em seguida, fazer mais 2 anos de Residência em Alergia e Imunologia. O alergista-imuno-
logista é capacitado, sobretudo, para realizar e interpretar procedimentos e testes que vão auxiliar o 
diagnóstico e o tratamento dos doentes.
Residência Médica
Entrada Pré-requisito: Clínica Médica
Duração 2 anos
Rodízio nas áreas
- Treinamento básico: asma, rinite, alergia cutânea, reações adversas 
a drogas, reações a venenos de insetos, imunodefi ciências primárias 
e secundárias (AIDS e desnutrição), autoimunidade, incluindo imu-
nogenética, imunoterapia e vacinas;
- Laboratório abrangendo imunologia, citologia nasal, realiza-
ção e interpretação de testes imediatos e tardios, preparo de 
extratos alergênicos, realização e interpretação de provas de 
função pulmonar, identificação e contagem de alérgenos, testes 
de provocação com drogas e alimentos, provas de provocação 
brônquica e nasal, indicação e avaliação de imunoterapia, des-
sensibilização por drogas, noções fisioterápicas e de reabilitação 
do asmático;
- Unidade de treinamento: ambulatório, enfermaria e laboratório de 
provas especiais (provas “ in vivo”).
Média de vagas no país
12:
- Nordeste: 2;
- Sul: 1;
- Sudeste: 9.
GUIA DE 10 ESPECIALIDADES
3. Vantagens e difi culdades
A vantagem dessa carreira é poder agradar tanto quem admira a Clínica Médica, o contato com o 
paciente, quanto quem prefere desenvolver pesquisas para a busca de novas fontes de diagnósti-
cos precoces e tratamentos. Desse modo, o profi ssional tem um amplo campo de trabalho em que 
pode desenvolver a sua carreira. Outro ponto gratificante é saber que pode melhorar a vida de, por 
exemplo, um paciente asmático, que, se não tratado, pode vir a falecer devido à doença.
Como em toda carreira, as difi culdades estão no começo da profi ssão. É difícil estabilizar-se em um 
emprego, principalmente em se tratando de consultório próprio, pois muitas vezes há demora em 
conseguir um número de pacientes que possam sustentá-lo fi nanceiramente. 
O que o tornará um bom alergista e imunologista?
- Ter bom raciocínio clínico;
- Ter bons conhecimentos gerais de Medicina Interna e Pediatria;
- Promover a integração do médico em equipes multiprofi ssionais de saúde;
- Interessar-se por pesquisas científi cas;
- Saber lidar com pacientes crônicos;
- Saber trabalhar com ações de saúde de caráter preventivo.
4. Situação atual e perspectivas
As doenças alérgicas são normalmente doenças crônicas, capazes de interferir na qualidade de 
vida da população acometida. Nesse sentido, as pesquisas em Alergia e Imunologia têm se desen-
volvido notavelmente, com o intuito de buscar tratamento que reduza a morbimortalidade que 
podem causar. Porém, a busca pela especialização em Alergia e Imunologia Clínica por médicos 
recém-formados tem se mantido estável, embora em alguns locais do país haja uma demanda 
reprimida.
Alergistas e imunologistas em atividade (dados em 2014)
Cerca de 1.465 
2. Áreas de atuação
O campo de atuação é bastante amplo, podendo-se trabalhar em consultórios, clínicas, hospi-
tais, como docente e pesquisador. Está diretamente envolvido com a prática clínica, por isso 
precisa aliar-se às 2 maiores fontes de informação: a experiência obtida no dia a dia do trabalho 
com pacientes únicos; e a reflexão sobre essa experiência e as informações vindas da pesquisa 
clínico-epidemiológica de qualidade sobre domínios básicos da atividade clínica: diagnóstico, 
tratamento, prognóstico e etiologia. 
Remuneração (média)
De R$6.500,00 a R$12.500,00
11ALERGIA E IMUNOLOGIA
5. Estilo de vida 
O estilo de vida que esse profissional terá ele mesmo decidirá, pois, com um campo de atuação tão 
amplo e a falta de profissionais em algumas regiões do Brasil, ele poderá definir o que realmente 
quer para a sua vida futura. Existem aqueles que irão dedicar-se quase integralmente à carreira, 
trabalhando em mais de 2 empregos, envolvidos na área acadêmica e na pesquisa, e existem ou-
tros que irão optar por uma carreira menos atarefada, tendo, com isso, tempo livre para ficar com 
a família, fazer atividades físicas e tirar férias. 
2
Cardiologia
1. Introdução
A história da Cardiologia tem início com o interesse em aprofundar os conhecimentos sobre a cir-
culação, e isso ocorreu em aproximadamente 3.000 a.C. Na década de 1920, em decorrência do seu 
desenvolvimento e complexidade crescentes, a área desligou-se defi nitivamente da Clínica Médica, 
tornando-se uma especialidade autônoma e bem defi nida. Assim, o médico clínico geral se torna ape-
nas o detector de possíveis problemas cardíacos, e a partir desse momento o paciente deve ser enca-
minhado para o cardiologista.
No Brasil, a especialidade só foi instituída em 1941, com o Dr. Dante Pazzanese, que lançou o 1º serviço 
especifi camente designado para o diagnóstico e o tratamento das enfermidades cardíacas, além de 
cursos para a formação de profi ssionais, que existem até hoje. Essa especialidade se responsabiliza 
pelo diagnóstico e tratamento de enfermidades e alterações ligadas ao sistema cardiovascular. 
Residência Médica
Entrada Pré-requisito: Clínica Médica
Duração 2 anos
Rodízio nas áreas
- Ambulatório;
- Urgência e Emergência;
- Métodos Diagnósticos não Invasivos e Hemodinâmica;
- Unidade de Terapia Intensiva (incluindo Unidade Coronariana);
- Estágios obrigatórios: Pós-Operatório de Cirurgia Cardiovascular e 
Cardiologia Pediátrica.
Média de vagas no país
661:
- Norte: 10;
- Nordeste: 116;
- Centro-Oeste: 42;
- Sul: 120;
- Sudeste: 373.
2. Áreas de atuação
O especialista pode atuar em Clínica Médica e na realização de exames, em clínicas e consultórios tanto 
públicos quanto particulares, em hospitais, em centros de saúde gerais e em clínicas especializadas, 
na área de pesquisas, e também em universidades, atuando como docente. Nesses locais, ele pode 
13CARDIOLOGIA
3. Vantagens e difi culdades
Uma das vantagens é que o cardiologista conta com excelentes oportunidades, tanto em hospitais 
quanto em clínicas. O mercado é bastante promissor no Brasil, pois continuam faltando profi ssio-
nais qualifi cados na área. Como difi culdade, há a complexidade da especialização, pois a exigência 
é rígida por essa área lidar com enormes responsabilidades. 
O que o tornará um bom cardiologista?
- Ter um raciocínio rápido;
- Ser um líder;
- Inspirar confi ança ao paciente;
- Ser capaz de convencê-lo a seguir o tratamento e a mudar os hábitos.
4. Situação atual e perspectivas
A Cardiologia é uma das áreas da Medicina mais conhecidas e conquista cada vez mais pacientes 
de todas as idades. O avanço do conhecimento e das tecnologias permite ao cardiologista usufruir 
de sofi sticadas técnicas diagnósticas que mostram o coração de modos jamais imaginados. Esses 
exames, conciliados com o conhecimento clínico, epidemiológico e farmacológico, conseguem ofe-
recer a opção de escolha do melhor procedimento terapêutico para cada paciente. A perspectiva 
na área é crescente, principalmente pela falta de profi ssionais. 
Cardiologistas em atividade (dados em 2014)
Cerca de 13.420 
5. Estilo de vida 
Devido à larga disponibilidade de empregos na área, o profi ssional pode optar por se realizar pro-
fi ssionalmente e defi nir a sua vida pessoal. Se o cardiologista deseja se dedicar somente à carreira, 
pode trabalhar em mais de 2 empregos, trabalhar na área acadêmica e desenvolver pesquisas, so-
brando pouco tempo para a vida social. Porém, se pretende ter um tempo para família, tirar férias, 
entre outras atividades pessoais, esse profi ssional também consegue desenvolver a sua carreira, 
fazendo o que gosta e tendo um bom salário. 
trabalhar com um público de qualquer faixa etária, fazendo diagnósticos, tratamentos, exames fí-
sicos e clínicos, interpretando o resultado de exames laboratoriais cardíacos e orientando hábitos 
de vida mais saudáveis. 
Remuneração (média)
De R$6.500,00 a R$12.500,00
3
 Endocrinologia
1. Introdução
No Brasil, a Endocrinologia teve início na década de 1950, quando foi criada a Sociedade Brasileira de 
Endocrinologia e Metabologia (SBEM), e estuda as disfunções do sistema endócrino, com enfermida-
des hormonais e metabólicas. O nome tem origem grega: “endo” signifi ca interno e “krino”, separar, 
secretar. Assim, endocrinologia quer dizer “secreção interna”, uma forma de mencionar os hormônios.
Diferentemente do que muitos pensam, o endocrinologista não trata somente de diabetes e obesi-
dade, tendo as diversas glândulas do corpo, hipófi se, pâncreas (endócrino), suprarrenais, pineal, ti-
reoide, paratireoide e gônadas, como objeto de estudo. Quando essas glândulas apresentam alguma 
alteração, quem diagnostica e trata é o endocrinologista. Para tornar-se um, é necessário fazer 2 anos 
de Residência em Clínica Médica e 2 anos de Residência em Endocrinologia. Esse profi ssional deve ter 
bom raciocínio clínico para fornecer os diagnósticos, embora algumas vezes precise utilizar exames 
dinâmicos para avaliar o funcionamento de uma glândula ou um órgão. 
 
Residência Médica
Entrada Pré-requisito: Clínica Médica
Duração 2 anos
Rodízio nas áreas
- Unidade de internação;
- Ambulatório;
- Urgência e Emergência;
- Laboratórios de Hormônios, Radioimunoensaio e Patologia.
Média de vagas no país
117:
- Norte: 5;
- Nordeste: 35;
- Centro-Oeste: 12;
- Sul: 2;
- Sudeste: 63.
2. Áreas de atuação
A área de atuação dessa especialidade é essencialmente ambulatorial, naqual o especialista depara 
com pacientes com obesidade, diabetes mellitus, doença da tireoide, distúrbios do desenvolvimento 
gonadal e tumores benignos e malignos das diferentes glândulas. A Endocrinologia está centrada no 
15ENDOCRINOLOGIA
3. Vantagens e difi culdades
As vantagens de seguir essa especialidade, além de ser um mercado promissor, é poder trabalhar 
com todas as faixas etárias, utilizar-se de todo o raciocínio fi siopatológico e de todo o mecanismo 
complexo e maravilhoso que é o circuito hormonal do nosso organismo. É gratifi cante saber que, 
conhecendo todo esse mecanismo e ajustando algumas doses hormonais, é possível tornar a vida 
do paciente muito melhor e ativa. As difi culdades, sem dúvida, começam no início da carreira, pois, 
ao terminar a Residência, surgem a incerteza e a inconstância do atendimento ambulatorial, a difi -
culdade em decidir como prestará o seu serviço, escolhendo entre somente atendimento particu-
lar – demora um pouco para conseguir uma boa clientela, mas a remuneração pode ser satisfatória 
– e o atendimento de convênio, que gera um grande fl uxo de pacientes, porém com remuneração 
baixa. 
O que o tornará um bom endocrinologista?
- Ter bom raciocínio fi siopatológico;
- Apreciar tratar pacientes crônicos;
- Saber lidar com todas as faixas etárias;
- Ser bom observador;
- Ter visão diagnóstica.
4. Situação atual e perspectivas
A especialidade vem obtendo projeções com o passar dos anos, pois as enfermidades endócrinas 
têm aumentado na população brasileira e no mundo. Além das doenças mais comuns, a especiali-
dade é procurada por pacientes com tireoidopatias, osteoporose e outras disfunções hormonais, o 
que aumenta o prestígio, pois grande parte da população já apresentou, apresenta ou vai apresen-
tar um desses sintomas, principalmente pelo envelhecimento em geral.
Endocrinologistas em atividade (dados em 2014)
Cerca de 4.396
raciocínio sobre os diferentes eixos hormonais e os mecanismos envolvidos em cada patologia. Ou-
tra área de atuação, além do atendimento ambulatorial, pode ser oferecer suporte a internados de 
outras especialidades que possam vir a ter alguma desregularização endócrina. Essa área permite 
ao profi ssional trabalhar com pacientes desde a mais tenra idade até as mais avançadas, e alguns 
também podem seguir a carreira de pesquisa básica e translacional, trabalhando em laboratórios 
de investigação médica com o suporte da própria instituição em que fazem a Residência ou com 
suporte do governo estadual (FAPESP) ou federal (CNPq e CAPES), os quais fornecem ajuda fi nan-
ceira para pesquisa.
Remuneração (média)
De R$8.500,00 a R$17.000,00
guia de 16 ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida 
O estilo de vida dependerá do que esse profissional espera para o futuro, pois pode querer se en-
tregar totalmente à profissão, trabalhando em diversos lugares e não desfrutando de muito tempo 
livre. Ou pode optar por mais tempo livre para ter vida social, estar presente com a família, praticar 
algum esporte e viajar, devendo escolher trabalhar em menos locais ou ter apenas o próprio con-
sultório, além da possibilidade da carreira acadêmica.
4
 Gastroenterologia
1. Introdução
A Gastroenterologia é a especialidade médica responsável por estudar, diagnosticar e tratar molés-
tias que acometem o trato gastrointestinal.
A especialidade surgiu no Brasil em meados da década de 1940. Para ser um gastroenterologista, é 
necessário fazer primeiramente 2 anos de Residência em Clínica Médica e 2 anos dentro da própria 
especialidade. O profi ssional, quando termina a Residência, é capaz de lidar com as doenças do sis-
tema gastrintestinal, podendo fazer a prevenção, o diagnóstico e o tratamento clínico das diversas 
enfermidades que acometem o sistema. O profi ssional também faz a leitura de exames e pode reali-
zar a endoscopia.
Residência Médica
Entrada Pré-requisito: Clínica Médica
Duração 2 anos
Rodízio nas áreas
- Unidade de Internação;
- Ambulatório;
- Urgência e Emergência; 
- Serviço de Endoscopia Digestiva.
Média de vagas no país
158:
- Nordeste: 30;
- Centro-Oeste: 10;
- Sul: 30;
- Sudeste: 88.
2. Áreas de atuação
O gastroenterologista pode atuar tanto na clínica quanto na realização de exames como hepatologia, 
endoscopia digestiva e nutrições enteral e parenteral. Os locais de serviço podem ser consultórios, 
clínicas, hospitais, centros de atendimentos gerais e especializados, tanto públicos quanto particula-
res. Não há um público-alvo específi co, atendendo desde as menores idades até idosos, apesar de a 
subespecialidade de Gastroenterologista Pediátrica necessitar, como pré-requisito, da Residência em 
Pediatria. 
GUIA DE 18 ESPECIALIDADES
3. Vantagens e difi culdades
A vantagem é a considerável disponibilidade de áreas de atuação, podendo-se trabalhar em di-
versos locais e com variedade dentro do próprio sistema, já que é responsável pelo diagnóstico, 
tratamento e disfunções do sistema digestório por completo (boca, faringe, esôfago, estômago, 
intestino, ânus e órgãos anexos como fígado e pâncreas). A difi culdade da especialização está re-
lacionada à sua complexidade e aos obstáculos que os profi ssionais da área atravessam para se 
fi rmarem.
O que o tornará um bom gastroenterologista?
- Ter facilidade de lidar com pessoas;
- Ter bom raciocínio lógico;
- Ter capacidade de diagnóstico.
4. Situação atual e perspectivas
O mercado de trabalho é amplo e com grandes perspectivas de crescimento. O especialista encon-
tra amplo campo de atuação na área clínica, diagnosticando, tratando e fazendo a prevenção das 
enfermidades, sugerindo a mudança de hábitos alimentares e realizando exames. 
Gastroenterologistas em atividade (dados em 2014)
Cerca de 4.375 
5. Estilo de vida 
O gastroenterologista pode decidir como deseja seguir a carreira. A variedade de locais de tra-
balho e a complexidade do sistema permitem-no escolher onde vai trabalhar e como fará a sua 
jornada de trabalho. Além disso, pode escolher se quer desenvolver somente a carreira ou se pre-
tende ter uma vida um pouco menos atarefada, conseguindo ter tempo para outras atividades 
diárias, para a família e o lazer e as férias.
6. Subespecialidade
No Brasil, a Hepatologia não é considerada uma especialidade médica, mas uma área de atuação 
da Gastroenterologia. Dessa forma, para seguir carreira, é necessário fazer 2 anos de Clínica Mé-
dica, 2 anos de Gastroenterologia e 2 anos de treinamento focado na fi siologia e nas fi siopatologias 
do fígado. Depois disso, esse será o profi ssional capacitado e qualifi cado para tratar pessoas com 
doenças hepáticas. 
Remuneração (média)
De R$7.500,00 a R$15.000,00
5
 Geriatria
1. Introdução
A Residência em Geriatria teve início na década de 1980 no Brasil. Para se especializar o médico pre-
cisa, primeiramente, fazer 2 anos de Residência em Clínica Médica e, em seguida, 2 anos de Geriatria. 
Depois de formado, será responsável pelas características clínicas do envelhecimento e pelos varia-
dos cuidados de que o idoso necessita. Trabalha com aspectos mentais, sociais, físicos, funcionais e 
nos tratamentos crônicos, agudos, preventivos, de reabilitação e paliativos dos idosos. Oferece um 
tratamento complexo, muito além da Medicina focada em órgãos e sistemas, com envolvimento in-
terdisciplinar promovendo a capacidade funcional e aperfeiçoando a qualidade de vida e a autonomia 
dos idosos. 
É imprescindível relembrar que a Geriatria não é a Clínica Geral dos idosos; há variadas diferenças 
entre os jovens adultos e os idosos, desde o que é senilidade (desenvolvimento patológico do enve-
lhecimento), senescência (desenvolvimento natural do envelhecimento), até a clínica das doenças e as 
particularidades dos tratamentos farmacológicos. O geriatra cuida do idoso e não somente de suas 
enfermidades.
Residência Médica
Entrada Pré-requisito:Clínica Médica
Duração 2 anos
Rodízio nas áreas
- Unidade de Internação, Ambulatório e Assistência Domiciliar, Ambulatório e 
Assistência Domiciliar, Urgência e Emergência;
- Estágios obrigatórios: Medicina Física e Reabilitação, Psiquiatria e Neurologia.
Média de vagas no país
119:
- Norte: 2;
- Nordeste: 17;
- Centro-Oeste: 8;
- Sul: 15;
- Sudeste: 77.
2. Áreas de atuação
Pode atender em diversas áreas, como consultórios ou ambulatórios, hospitais (acompanhando os 
seus próprios pacientes ou em interconsultas para outras especialidades), atendimento domiciliar, 
GUIA DE 20 ESPECIALIDADES
3. Vantagens e difi culdades
A gratifi cação com a especialidade é imensa, fundamentalmente quando se trata da otimização 
que pode ser oferecida em relação à qualidade de vida dos pacientes e familiares. Esse acompa-
nhamento e cuidado prestados levam a profunda satisfação, bilateral, já que grande parte das 
enfermidades é crônica ou incurável mas é controlada. As difi culdades estão relacionadas ao pre-
conceito com a especialidade (pois muitos ainda não entendem a função efetiva do geriatra), tempo 
da consulta mais demorado, necessidade de equipe multidisciplinar para aperfeiçoar o diagnóstico 
e tratamento e preocupação em enfrentar confl itos familiares, falta de suporte social e doenças 
avançadas.
O que o tornará um bom geriatra?
- Apreciar o cuidado com os idosos;
- Ser paciente;
- Gostar de tratar pacientes crônicos;
- Estar acostumado com longos tratamentos;
- Ser um bom observador;
- Conseguir trabalhar com equipe multidisciplinar;
- Ter o conhecimento sobre múltiplos tratamentos e suas interações;
- Saber lidar com doenças avançadas.
4. Situação atual e perspectivas
Essa área apresenta um grande potencial de crescimento, visto que, com o passar dos anos, a ex-
pectativa de vida está cada vez maior. Por isso, com mais idosos no país, o papel do geriatra se for-
talece e se destaca entre as especialidades médicas. O campo de trabalho é bem variado dentro do 
setor público e está crescendo no setor privado. Apesar de ainda existirem mitos em torno dessa 
especialidade, aos poucos ela vem demonstrando o que é ser verdadeiramente um geriatra e como 
é importante para a promoção, a prevenção e a reabilitação do idoso.
Geriatras em atividade (dados em 2014)
Cerca de 1.405 
instituição de longa permanência para idosos, programas de promoção em saúde, avaliação clí-
nica, solicitação de exames, saúde pública (em atenção secundária ou terciária), hospital-dia ge-
riátrico, gerenciamento de pacientes crônicos, cuidados paliativos e, por fi m, a carreira acadêmica 
como professor universitário. O salário é variável, dependendo do local de atuação do profi ssional. 
O geriatra atua com uma visão total no idoso e tem a capacidade de priorizar o que é mais urgente 
naquele momento.
Remuneração (média)
De R$9.000,00 a R$17.500,00
21GERIATRIA
5. Estilo de vida 
Essa é uma das especialidades que dependem de como o profissional deseja viver, ou seja, diante 
de tantas opções de emprego e da pequena quantidade de profissionais na área, além de poder 
escolher um local de trabalho e programar em quantos lugares quer trabalhar. Para o médico que 
pretende se dedicar inteiramente à carreira, é possível ter ocupação para todos os dias e horários. 
Já o profissional que pretende uma vida um pouco mais tranquila consegue um tempo de des-
canso, ficar com a família, tirar férias e viajar, além de poder se encaixar em um só ou até 2 serviços 
e ter uma vida menos atarefada. 
6
Hematologia e 
Hemoterapia
1. Introdução
Essa especialidade estuda, sob todos aspectos, o sangue e os órgãos hematopoéticos, como os distúr-
bios e as doenças que os comprometem.
A Hematologia é uma especialidade médica, clínica, que trata doenças como anemias congênitas e 
adquiridas, leucopenias, hemofi lia e outros distúrbios da coagulação, hemoglobinopatias (doença fal-
ciforme, por exemplo), leucemias agudas e crônicas, mieloma múltiplo, púrpuras, doença de Von Wil-
lebrand, entre outras.
Hemoterapia é a especialidade médica que se utiliza do sangue e de seus componentes (hemocompo-
nentes) e derivados (hemoderivados) para auxiliar na terapêutica de doenças hematológicas ou não, 
assim como no manejo de pacientes traumatizados, grandes queimados, e no preparo cirúrgico.
Residência Médica
Entrada Pré-requisito: Clínica Médica
Duração 2 anos
Rodízio nas áreas
- Unidade de Internação, Ambulatório, Urgência e Emergência e Unidade de 
Terapia Intensiva, Serviço de Hemoterapia;
- Laboratório geral e especializado de citologia/citoquímica, hemostasia, 
sangue periférico e medula óssea.
Média de vagas no país
135:
- Nordeste: 15;
- Centro-Oeste: 6;
- Sul: 19;
- Sudeste: 95.
2. Áreas de atuação
O hematologista/hemoterapeuta é um médico que pode atuar na Área Clínica, na assistência direta 
ao paciente, assim como na área da Hemoterapia e laboratório. É ele quem realiza as punções de mie-
lograma e medula óssea, fazendo a análise citológica dessas amostras, e quem gerencia as unidades 
hemoterápicas (bancos de sangue e hemocentros), podendo também ser responsável por laborató-
rios de análises clínicas, além de atuar em parceria com os oncologistas, no tratamento das doenças 
23HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA
 3. Vantagens e difi culdades
Atualizações periódicas e cursos de educação continuada e pós-graduação são fundamentais. Com 
os avanços da biologia molecular, todos os dias mudam os protocolos para tratamento das princi-
pais afecções hematológicas.
Cabe ao hematologista lidar com o paciente e a família de doentes graves.
O que o tornará um bom hematologista e hemoterapeuta?
- Atualizar-se (pois são muitos os avanços na área);
- Ter raciocínio clínico perspicaz;
- Ser capaz de lidar com pacientes oncológicos graves.
4. Situação atual e perspectivas
Atualmente, no Brasil, o mercado para hematologistas não está saturado; vagas não faltam. O es-
pecialista tem a oportunidade de trabalhar em hospitais públicos e privados, além de ambulatórios 
de referência. Há, ainda, a possibilidade de trabalhar no próprio consultório.
Hematologistas e hemoterapeutas em atividade (dados em 2014)
Cerca de 2.348 
neoplásicas (câncer). Do ponto de vista da legislação vigente (RDC MS 153), cabe ao hematologista 
a responsabilidade pela atividade hemoterápica. Veja o que diz a Portaria:
- Princípios gerais:
Artigo 3: a responsabilidade técnica e administrativa pelos serviços de Hemoterapia deve fi car a 
cargo de um médico especialista em Hemoterapia e/ou Hematologia, ou ser qualifi cado por órgão 
competente devidamente reconhecido para esse fi m pelo Sistema Estadual de Sangue. A esse mé-
dico, o responsável técnico, cabe a responsabilidade fi nal por todas as atividades médicas, técnicas 
e administrativas. Essas responsabilidades incluem o cumprimento das normas técnicas e a deter-
minação da adequação das indicações da transfusão de sangue e de componentes.
Em alguns centros, os hemoterapeutas também são responsáveis pelas transfusões de substituição 
(exsanguineotransfusão), pela transfusão intrauterina e recuperação de sangue intraoperatório.
Ainda sob a responsabilidade do hematologista, encontra-se o setor de Hemaférese, terapêutica 
que utiliza a troca e a substituição plasmática, por meio de equipamentos especiais, por solu-
ções coloides ou plasma humano, como forma de retirar do sangue substâncias indesejáveis, assim 
como a coleta de células-tronco para o transplante de medula óssea.
Remuneração (média)
De R$8.000,00 a R$15.500,00
guia de 24 ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida 
A vida é semelhante à das demais especialidades clínicas. Quando vinculado aos serviços, deve-
se cumprir horário como qualquer outro profissional celetista. No entanto, caso tenha consultório 
próprio, há maior flexibilidade de horários. Um bom hematologista/hemoterapeutadeve estar 
sempre atualizado e, para tanto, deve estar vinculado a alguma instituição de pesquisa/ensino. 
6. Subespecialidades 
 - Anemias Carenciais;
 - Anemias Hereditárias;
 - Avanços no Diagnóstico das Leucemias Agudas e Síndromes Mielodisplásicas;
 - Citogenética Hematológica: Clássica e Molecular;
 - Doenças Linfoproliferativas Crônicas (Linfoma não Hodgkin e Mieloma Múltiplo);
 - Doenças Linfoproliferativas Crônicas (Linfoma de Hodgkin);
 - Doenças Linfoproliferativas Crônicas (Leucemia Linfocítica Crônica);
 - Hemostasia e Trombose;
 - Hemoterapia;
 - Imuno-Hematologia;
 - Insuficiência Medular;
 - Transplante de Medula Óssea.
7
 Medicina 
Intensiva
1. Introdução
A Medicina Intensiva é a especialidade médica que presta suporte avançado de vida a pacientes com 
desarranjo agudo de alguma função vital, que em geral necessitam de um acompanhamento intensivo 
e monitorizado. 
Peter Safar, o 1º médico intensivista nos Estados Unidos, nasceu na Áustria. Filho de 2 médicos, tem 
certifi cação anestesista e, na década de 1950, começou a desenvolver a disciplina de Urgência e 
Emergência. Foi nesse momento que surgiu o “ABC” (via aérea, respiração e circulação), que protocolos 
foram formados e que foi instituída a ventilação artifi cial, bem como a ressuscitação cardiopulmonar. 
A 1ª UTI cirúrgica foi criada em Baltimore, em 1962, na Universidade de Pittsburgh, onde foi criada a 
Residência de Medicina Intensiva, com sede nos Estados Unidos. Em 1970, foi formada a Society of 
Critical Care Medicine, a primeira no mundo.
Residência Médica
Entrada Pré-Requisitos: Clínica Médica, Cirurgia ou Anestesiologia
Duração 2 anos
Rodízio nas áreas Unidades de Terapia Intensiva em: Pediatria, Clínica Médica, Pneumologia, Car-diologia, Neurologia/Neurocirurgia, Nefrologia, Cirurgia Geral, Semi-Intensiva
Média de vagas no país
378:
- Norte: 16;
- Nordeste: 83;
- Centro-Oeste: 30;
- Sul: 80;
- Sudeste: 169.
2. Áreas de atuação
O médico intensivista atua basicamente onde há monitorização de pacientes graves ou potencial-
mente graves, ou unidades intensivas/semi-intensivas, clínicas e cirúrgicas.
Remuneração (média)
De R$9.000,00 a R$17.500,00
GUIA DE 26 ESPECIALIDADES
3. Vantagens e difi culdades
Com ótima remuneração e fl exibilidade na agenda, a especialidade do intensivista vem sendo fun-
damentada no Brasil há pouco tempo. Quem trabalhava nas UTIs, até pouco tempo, eram os pró-
prios clínicos (clínicos gerais, cardiologistas, nefrologistas), cirurgiões e anestesistas. Se, por um 
lado, o intensivista graduado como tal tem vantagem na formação, por outro compete com médi-
cos de outras especialidades.
O que o tornará um bom intensivista?
- Ter conhecimento simultâneo das diversas áreas: Neurologia, Nefrologia, Cardiologia, Pneumologia e 
Anestesiologia;
- Permanecer relaxado e confi ante mesmo sob extrema pressão;
- Realizar procedimentos com destreza em pacientes graves.
4. Situação atual e perspectivas
Os hospitais estão sempre aumentando as vagas de UTI, o que, com a evolução da Medicina, tem se 
tornado cada vez mais necessário. Sendo uma especialização recente, que vem se fundamentando 
no Brasil, há poucos profi ssionais especialistas na área.
Intensivistas em atividade (dados em 2014)
Cerca de 5.112 
5. Estilo de vida do profi ssional
O profi ssional é geralmente contratado nos serviços e trabalha em esquema de plantão. Dessa 
forma o médico tem muita disponibilidade para organizar a própria agenda.
Há médicos intensivistas, no entanto, que fazem o seguimento horizontal das UTIs. São contrata-
dos e estão encarregados de administrar e tomar as condutas principais em cada unidade.
Uma difi culdade é a carga horária de trabalho do intensivista ao longo dos anos. Caso não faça se-
guimento horizontal, ele continuará a trabalhar em esquemas de plantão, e sabe-se que a maioria 
dos médicos não deseja trabalhar nesse regime por toda a vida.
6. Subespecialidades
 - UTI em Pediatria;
 - UTI Cirúrgica;
 - UTI em Clínica Médica;
 - UTI em Neurologia.
8
 Nefrologia
1. Introdução
A Nefrologia é uma especialidade médica dedicada ao diagnóstico e tratamento clínico das doenças 
do sistema urinário, principalmente as relacionadas ao rim. A maioria das doenças que o atingem não 
está limitada somente a esse órgão, sendo desordens sistêmicas. A Nefrologia refere-se ao diagnós-
tico da doença renal e ao seu tratamento, à medicação e à diálise, e ao acompanhamento dos pacien-
tes de transplante renal. Concomitantemente, a maioria dos nefrologistas é especialista nos cuidados 
das desordens dos eletrólitos e da hipertensão.
Dentre as diversas atividades dos nefrologistas, podemos destacar o diagnóstico e tratamento de 
insufi ciência renal aguda ou crônica, hematúria, proteinúria, cálculos renais, infecções crônicas do sis-
tema urinário, transtorno hidroeletrolítico etc.
Residência Médica
Entrada Pré-requisito: Clínica Médica
Duração 2 anos
Rodízio nas áreas
- Serviç o de Diá lise;
- Hemodiá lise;
- Transplante Renal;
- Serviç o de Nutriç ã o e Dieté tica;
- Laborató rio Clí nico;
- Patologia;
- Medicina Nuclear;
- Urologia.
Média de vagas no país
264:
- Norte: 13;
- Nordeste: 44;
- Centro-Oeste: 19;
- Sul: 45;
- Sudeste: 143.
GUIA DE 28 ESPECIALIDADES
3. Vantagens e difi culdades
As vantagens da Nefrologia concentram-se, por exemplo, na capacidade de manter os pacientes 
vivos, mesmo que sem função renal por muitos anos, obtendo uma enorme gratidão dos pacientes 
e familiares. 
Persiste certa difi culdade da população em conhecer o papel do Nefrologista. Muitas vezes, quando 
há um problema relacionado aos rins, tende-se a procurar um urologista, daí a falta de conheci-
mento como uma das difi culdades da área.
O que o tornará um bom nefrologista?
- Gostar de Clínica Médica;
- Ser um bom conhecedor de fi siologia e das demais ciências básicas;
- Lidar bem com patologias que não são de resolução imediata;
- Saber conversar bem com os pacientes e lembrar que provavelmente será o médico de referência para 
muitos deles.
4. Situação atual e perspectivas
A procura pela Nefrologia tem caído um pouco entre os recém-formados, o que pode decorrer de 
um desgaste da imagem da área, talvez por conta das famosas clínicas de diálise, hoje erronea-
mente vistas como locais apenas para ganhar dinheiro, sem se importar com os pacientes, em que 
o maior número de pessoas em tratamento signifi ca apenas mais dinheiro.
Porém, não se devem esquecer a importância desse profi ssional, o tratamento importante destinado 
aos renais crônicos, o crescente número de transplantes renais, sendo o Brasil um dos líderes mundiais, 
tendo o nefrologista um papel fundamental no preparo do doador e do receptor, além do acompanha-
mento contínuo pós-cirúrgico. Há também as técnicas que têm surgido, como a Nefrologia Intervencio-
nista, que realiza pequenas tarefas invasivas, como a colocaç ã o de cateteres vasculares temporá rios 
e permanentes para hemodiá lise em pacientes com doenç a renal aguda ou crônica e a colocaç ã o de 
cateter intraperitoneal para diá lise peritoneal e bió psia renal guiada por ultrassonografi a.
Nefrologistas em atividade (dados em 2014)
Cerca de 3.813
2. Áreas de atuação
O nefrologista tem diversas áreas de atuação, como em equipes de Nefrologia, acompanhando in-
divíduos internados, clí nicas de diá lise, consultórios e transplantes. Os pacientes geralmente têm 
mú ltiplas comorbidades, logo sã o casos de alta complexidade e gravidade. Atualmente, existem 
cada vez mais casos de lesões renais, agudas ou crônicas, o que leva a uma atuação também cada 
vez maior em clínicas de diálise.
Vale lembrar que a atuação de nefrologistas em grandes hospitais é fundamental, do meio acadê-
mico ou não.
Remuneração (média)
De R$6.500,00 a R$12.500,00
29NEFROLOGIA
5. Estilo de vidaComo em todas as carreiras médicas, o início da vida profissional é difícil. Durante os anos de Resi-
dência, não haverá quase nada além da sua formação. Ao final, o profissional ainda terá dificulda-
des, pois provavelmente não terá um consultório particular, trabalhando geralmente em hospitais, 
públicos ou privados. 
Posteriormente, o profissional começa a reunir uma gama de pacientes e consegue montar seu 
consultório, organizando a vida da maneira que acha ideal ao seu perfil. Cada profissional acaba 
escolhendo como vai querer lidar com suas atividades, podendo aceitar uma carga horária que 
preencha todos os seus horários e os finais de semana ou atender em consultório e operar uma 
quantidade menor de pacientes.
6. Subespecialidades
 - Litíase e Infecção do Trato Urinário;
 - Nefrites;
 - Insuficiência Renal Crônica, Uremia e Diálise;
 - Hipertensão Arterial;
 - Nefrologia Pediátrica;
 - Transplante Renal.
9
 Nutrologia
1. Introdução
A Nutrologia é a especialidade médica que estuda, pesquisa e avalia os benefícios e os malefícios 
causados pela ingestão dos nutrientes, aplicando esse conhecimento na avaliação de nossas necessi-
dades orgânicas, visando à manutenção da saúde e à redução de risco de doenças, assim como o tra-
tamento das manifestações de defi ciência ou de excesso.
O acompanhamento do estado nutricional do paciente e a compreensão da fi siopatologia das doenças 
diretamente relacionadas aos nutrientes permitem ao nutrólogo atuar no diagnóstico, na prevenção e 
no tratamento dessas condições, contribuindo para a promoção de uma longevidade saudável.
A Nutrologia foi reconhecida como especialidade médica em 1978. Antes disso, era conhecida como 
Nutrição Clínica, um ramo da Clínica Médica, termo ainda usado em outros países. 
Residência Médica
Entrada Pré-Requisito: Clínica Médica ou Cirurgia Geral
Duração 2 anos
Rodízio nas áreas
- Geriatria;
- Gastroenterologia;
- Obesidade;
- Oncologia;
- Avaliaç ã o Nutricional;
- Distú rbios de Conduta Alimentar;
- Nutriç ã o Integral;
- Nutriç ã o Parenteral;
- Centro Cirú rgico;
- Unidade de Preparo de Nutriç ã o Parenteral;
- Unidade de Preparo de Nutriç ã o Enteral;
- Laborató rio de Lipídios, Proteí nas e Vitaminas;
- Laborató rio de Nutriç ã o;
- Ambulató rio de Aminoacidopatias;
- Ambulató rio de Enterectomizados.
Média de vagas no país
4:
- Sul: 1;
- Sudeste: 3.
31NUTROLOGIA
3. Vantagens e difi culdades
Trata-se de uma área com poucos profi ssionais, o que leva a grandes oportunidades a quem esco-
lhe segui-la. Porém, da mesma forma que proporciona oportunidades, a população em geral não 
tem muito conhecimento sobre ela, sempre procurando os nutricionistas para questões da área. 
Portanto, são necessárias campanhas para divulgação da especialidade.
O que o tornará um bom nutrólogo?
- Ser profundo conhecedor de fi siologia digestória;
- Gostar de atendimento clínico;
- Gostar de trabalhar com uma equipe multidisciplinar.
4. Situação atual e perspectivas
Vivemos em uma sociedade marcada pela obesidade. Dessa forma, os profi ssionais que escolhem 
essa especialidade médica têm uma grande procura. O trabalho em equipe com outros profi ssio-
nais, como endocrinologistas, médicos do esporte etc., pode ser uma grande promessa da área, 
com clínicas especializadas na reformulação da rotina alimentar e de atividade física do paciente. 
Outras oportunidades são as indústrias alimentícias, com a intenção de promover a inclusão cada 
vez maior de alimentos nutricionalmente mais adequados no mercado, além de possibilitar a forti-
fi cação de alimentos com nutrientes de difícil reposição por meio da dieta e desenvolver produtos 
que possam ser usados tanto na prevenção quanto no tratamento de doenças; e ainda, na indús-
tria farmacêutica, a busca contínua de avanços terapêuticos, em benefício dos pacientes.
Nutrólogos em atividade (dados em 2014)
Cerca de 1.536 
2. Áreas de atuação
Nutrólogos podem atuar principalmente em consultórios, podendo trabalhar, ainda, em hospitais e 
clínicas, com as unidades de nutrição parenteral e enteral.
Esses profi ssionais podem diagnosticar e tratar as doenças nutricionais (como a obesidade, a hiperten-
são arterial e o diabetes mellitus), identifi car possíveis “erros” alimentares, propor mudanças de hábitos 
de vida, enfatizar a necessidade de acompanhamento sistemático do estado nutricional por meio de 
uma avaliação nutrológica periódica, bem como participar da composição da Equipe Multidisciplinar de 
Terapia Nutricional para atendimento aos que necessitam de Nutrição Enteral ou Parenteral.
Remuneração (média)
De R$5.000,00 a R$9.500,00
guia de 32 ESPECIALIDADES
5. Estilo de vida 
A Nutrologia é uma área que permite excelente qualidade de vida ao profissional. A forma de tra-
balho é primordialmente em consultórios, fazendo o médico escolher a melhor maneira de atuar, 
com horários de trabalho totalmente flexíveis. Obviamente não existem urgências, o que faz elevar 
ainda mais a qualidade de vida dos nutrólogos.
6. Subespecialidades
 - Nutrição Parenteral e Enteral;
 - Nutrição Parenteral e Enteral Pediátrica;
 - Nutrologia Pediátrica.
10
Oncologia Clínica 
1. Introdução
A Oncologia Clínica é uma subespecialidade da Clínica Médica voltada para a atenção de portadores de 
algum tipo de neoplasia. Visa realizar o acompanhamento desses pacientes a fi m de lhes proporcionar 
tratamento curativo ou paliativo, administrando quimioterápicos, imunomoduladores ou mesmo in-
dicando a radioterapia. Esse profi ssional acompanha por mais tempo um paciente com tumor, tra-
balhando em conjunto com o cirurgião oncológico a fi m de indicar ou não uma ressecção neoplásica, 
seguida ou não de quimioterapia neoadjuvante. 
Trata-se de uma área que envolve muitas pesquisas clínicas para identifi car os genes envolvidos em 
um determinado câncer e, com a sua análise, escolher a melhor opção farmacológica que venha tra-
zer benefícios e reduzidos efeitos colaterais. A ciência tem avançado largamente nessa área: foram 
desenvolvidos fármacos cada vez mais específi cos e que atuam de diversas maneiras no tumor, e as 
pesquisas têm descoberto inúmeros genes, proto-oncogenes e receptores envolvidos na patogênese 
tumoral. Muito se tem avançado nessa área, o que pode ser notado com a maior sobrevida e a me-
lhora da qualidade de vida de quem antes não dispunha de tratamento e que apresentava prognóstico 
bem reservado. 
O oncologista clínico é um profi ssional que visa trazer maior conforto aos pacientes com câncer e 
coordena todo o tratamento disponível e necessário a cada paciente, de acordo com o seu estado clí-
nico. Ele faz o acompanhamento da evolução tumoral e coordena o atendimento multidisciplinar de 
que o paciente venha a necessitar, como fonoaudiólogos, nutricionistas, fi sioterapeutas, psicólogos e 
interconsultas com médicos de outras especialidades clínicas ou cirúrgicas.
Residência Médica
Entrada Pré-requisito: Clínica Médica
Duração 3 anos
Média de vagas no país
200:
- Norte: 4;
- Nordeste: 24;
- Centro-Oeste: 6;
- Sul: 41;
- Sudeste: 125.
GUIA DE 34 ESPECIALIDADES
3. Vantagens e difi culdades
O especialista tem como vantagem permitir abordagem mais ampla e completa do paciente, pois 
está apto a atuar diante das alterações clínicas que decorrem do desenvolvimento tumoral e da 
sua disseminação. 
As difi culdades encontradas por esse profi ssional são as advindas de sua atuação em hospitais 
públicos, que apresentam restrições de exames e fármacos para um tratamento adequado. Essas 
restrições do sistema de saúde deixam o profi ssional, muitas vezes, frustrado. 
O que o tornará um bom oncologista clínico?
- Ser confi ante e ter uma boa prática médica para atuar diante do paciente oncológico;
- Manter uma boa relação médico–paciente, pois dela dependerá o sucesso ou o fracasso de umtrata-
mento coerente;
- Ter carisma e transmitir fatos coerentes e viáveis aos pacientes;
- Não ser intempestivo e saber o momento certo de agir e parar;
- Tomar condutas coerentes e, se for o caso, individualizadas;
- Buscar sempre estar atualizado perante as pesquisas.
 
4. Situação atual e perspectivas
A Oncologia Clínica é uma especialidade em constante avanço, com pesquisas e o desenvolvimento 
de novos fármacos para trazer melhorias aos que sofrem dessa enfermidade. Desde a década de 
1950, com o surgimento dos quimioterápicos, muito se conquistou nessa área. As perspectivas são 
grandes para esse profi ssional, pois todos trabalham em prol da tão sonhada cura defi nitiva do 
câncer, mas enquanto isso não acontece muito ainda tem de ser feito para os pacientes, a fi m de 
lhes proporcionar maior sobrevida, com qualidade e sem sofrimento, por meio de metas terapêu-
ticas curativas ou de cuidados paliativos. 
Oncologistas em atividade (dados em 2014)
Cerca de 3.419 
2. Áreas de atuação
O oncologista clínico atua em hospitais e clínicas realizando consultas e acompanhando os porta-
dores de neoplasias nas enfermarias.
Remuneração (média)
De R$5.500,00 a R$10.500,00
35ONCOLOGIA CLÍNICA 
5. Estilo de vida 
Como as diversas outras áreas médicas, esse profissional almeja uma qualidade de vida que lhe 
proporcione satisfação profissional somada aos cuidados com a família e a momentos de lazer. 
Pode atuar em grandes centros de Oncologia, com mais recursos e que lhe proporcionem maior 
tranquilidade em sua prática diária, com a oportunidade de uma vida mais tranquila e possibili-
tando-lhe decidir como quer estabelecer sua rotina.
11
 Pneumologia
1. Introdução
A Pneumologia é a especialidade responsável por estudar, diagnosticar e tratar as patologias das 
vias aéreas. Dentre as principais patologias abordadas, destacam-se asma, pneumonia, tuberculose, 
doença pulmonar obstrutiva crônica, bronquites, bronquiectasias, câncer de pulmão, infi ltrados in-
tersticiais, insufi ciência respiratória etc. 
O pneumologista é o profi ssional da área de Medicina que diagnostica, trata e acompanha pacientes 
com patologias pulmonares e respiratórias contraídas de diversas formas, indicando-lhes o melhor 
tratamento, ou ainda a Cirurgia Torácica. As doenças respiratórias, como todas as outras, não de-
vem ser negligenciadas, pois se observando uma busca de solução adequada estaremos zelando pela 
nossa saúde e pelo nosso bem-estar, protegendo a nós mesmos e a terceiros.
Residência Médica
Entrada Pré-requisito: Clínica Médica
Duração 2 anos
Rodízio nas áreas
- Clínica;
- Asma;
- Câncer de Pulmão;
- Circulação Pulmonar;
- Doença Pulmonar Avançada;
- Doenças Intersticiais;
- Doenças Respiratórias Ambientais e Ocupacionais;
- Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica;
- Epidemiologia;
- Fibrose Cística;
- Infecções Respiratórias;
- Pleura;
- Tabagismo;
- Terapia Intensiva;
- Tuberculose.
Média de vagas no país
101:
- Norte: 2
- Nordeste: 17;
- Centro-Oeste: 9;
- Sul: 14;
- Sudeste: 59.
37PNEUMOLOGIA
3. Vantagens e difi culdades
Como vantagem, tem-se que o médico pneumologista atua em uma área muito ampla, com a opor-
tunidade de atender pacientes em vários graus de comprometimento. A necessidade de exames 
é intensa; se a logística do sistema onde trabalha não funciona bem, há difi culdades em trabalhar 
com destreza.
O que o tornará um bom pneumologista?
- Associar a clínica do paciente aos resultados de exames de imagem;
- Trabalhar em equipe;
- Relacionar-se com a enfermagem/fi sioterapeutas;
- Ter ótima destreza em manipular equipamentos ventilatórios.
4. Situação atual e perspectivas
O mercado não está saturado. O pneumologista tem vagas em todas as áreas, além de os progra-
mas de pós-graduação estarem cada vez mais consolidados no país, oferecendo a oportunidade 
de se subespecializar numa determinada área. É possível, ainda, realizar exames/procedimentos 
como broncoscopia, espirometria e ergoespirometria.
Pneumologistas em atividade (dados em 2014)
Cerca de 3.253
5. Estilo de vida 
Os pneumologistas, por atuarem em uma área muito grande, podem escolher o tipo de vida que 
desejam levar. Aqueles que se vinculam ao regime ambulatorial podem manipular horários e pa-
cientes da maneira que desejam. Já os que trabalham em regime hospitalar (enfermaria/intercon-
sultas hospitalares) estão sempre sob aviso do hospital. Há também aqueles ainda em regime de 
plantão.
2. Áreas de atuação
O pneumologista é um médico de formação clínica que trabalha em regime ambulatorial/hospita-
lar/UTI. O público-alvo consiste em pacientes de todas as idades, graves ou não. É possível traba-
lhar, ainda, na realização de exames.
Remuneração (média)
De R$6.500,00 a R$12.500,00
12
 Reumatologia 
1. Introdução
A Reumatologia constitui-se numa subespecialidade da Clínica Médica voltada para a atenção a por-
tadores de patologias que acometem o tecido conjuntivo. As doenças reumáticas estão entre as prin-
cipais causas de incapacidade física e afastamento temporário ou defi nitivo do trabalho. As doenças 
mais frequentes que a especialidade abrange são osteoartrite, artrite séptica, gota, osteoporose, fi -
bromialgia, febre reumática, doenças autoimunes, como o lúpus eritematoso sistêmico, tendinites, 
bursites e diversas doenças que acometem a coluna vertebral. 
O público que necessita de atendimento com o reumatologista é composto de adultos, idosos e até 
crianças, que em algum momento da vida acabam desenvolvendo sinais e sintomas articulares ou sis-
têmicos de alguma doença reumatológica. 
Residência Médica
Entrada Pré-requisito: Clínica Médica
Duração 2 anos
Média de vagas no país
121:
- Norte: 4;
- Nordeste: 18;
- Centro-Oeste: 10;
- Sul: 17;
- Sudeste: 72.
2. Áreas de atuação
O reumatologista atua em hospitais, tanto atendendo nos ambulatórios quanto avaliando os inter-
nados nas enfermarias. Ele também atende em clínicas particulares, realizando novas consultas ou 
acompanhando pacientes que já se tratam há muitos anos.
Remuneração (média)
De R$6.500,00 a R$12.500,00
39REUMATOLOGIA 
3. Vantagens e difi culdades
As vantagens em ser um médico clínico especializado em Reumatologia é a comodidade de atuar 
em uma área mais restrita e poder atender àqueles com sintomatologias mais características e 
que lhe são familiares na sua área de atuação, o que lhe proporciona confi ança ao realizar suas 
intervenções. 
As difi culdades encontradas são as advindas da atuação em hospitais públicos, que apresentam 
restrições de exames e fármacos para o tratamento adequado de cada paciente, já que muitos 
dos medicamentos têm alto custo e os pacientes devem enfrentar certa burocracia para adqui-
ri-los. Isso deixa o profi ssional, muitas vezes, frustrado diante das restrições do sistema de saúde 
e da difi culdade em ajudar o paciente. Outra difi culdade é encontrada no começo da carreira, em 
que o reumatologista necessita trabalhar como plantonista Clínico Geral, já que difi cilmente se en-
contram serviços que paguem um profi ssional com essa especialidade para atender emergências 
reumatológicas. 
O que o tornará um bom reumatologista?
- Ser confi ante e ter uma boa prática médica para atuar com o paciente reumatológico;
- Manter uma boa relação médico–paciente, pois dela dependerá o sucesso ou o fracasso de um tratamento 
coerente;
- Ter carisma e transmitir fatos coerentes e viáveis aos pacientes;
- Não ser intempestivo e saber o momento certo de agir e parar;
- Tomar condutas coerentes e, se for o caso, individualizadas;
- Buscar sempre estar atualizado diante das pesquisas em sua área de atuação.
4. Situação atual e perspectivas
A Reumatologia é uma área que obteve muitas melhoras para auxiliar seus pacientes. As pesquisas 
clínicas e farmacológicas vêm proporcionando melhores resultadospara eles, que antes padeciam 
com o agravo causado por sua enfermidade. Portanto, vemos que as perspectivas são boas para 
essa área de atuação e o profi ssional se torna mais confi ante em ofertar melhorias mais consisten-
tes aos seus pacientes. 
Reumatologistas em atividade (dados em 2014)
Cerca de 2.053 
5. Estilo de vida do profi ssional
Como em outras diversas áreas médicas, esse profi ssional também almeja uma qualidade de vida 
que lhe proporcione satisfação profi ssional somada aos cuidados com a família e momentos de 
lazer. Muitos, para alcançarem essa estabilidade, buscam atuar em seus próprios consultórios ou 
atendendo pacientes internados em enfermarias, longe das portas de prontos-socorros de Urgên-
cia e Emergência.

Outros materiais