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Fisioterapia pediátrica

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA - UDESC
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE E DO ESPORTE - CEFID
CURSO DE FISIOTERAPIA
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA
FRANCINE ANDRADE
NATÁLIA AGUIAR
FLORIANÓPOLIS, 2019
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA - UDESC
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE E DO ESPORTE - CEFID
CURSO DE FISIOTERAPIA
Trabalho apresentado à disciplina de Introdução
ao Método Científico e aos Serviços de
Informação como requisito parcial para
aprovação
FRANCINE ANDRADE
NATÁLIA AGUIAR
FLORIANÓPOLIS, 2019
1
RESUMO
Este trabalho foi elaborado para apresentação à professora Deyse Borges Machado, a qual
aplica a matéria de Introdução ao Método Científico e aos Serviços de Informação ao
curso de bacharelado em Fisioterapia. Além disso, possui o intuito de prévio
conhecimento dentro da área para as própria acadêmicas, as quais pretendem, futuramente,
ingressar neste ramo. Dentro deste, trazê-se breves explicações sobre a fisioterapia, a
pediatria, e as áreas mais comuns a serem trabalhadas pelos profissionais, tendo em vista
as patologias a serem tratadas, o tratamento com seus diversos métodos, e os resultados
apresentados após o tratamento estar completo, além de modos de prevenção para que o
quadro não volte a piorar posteriormente.
Palavras-chave: Fisioterapia. Pediatria. Tratamento. Disfunções. Saúde.
Florianópolis, 2019
2
LISTA DE ABREVIATURAS
MEC Ministério da Educação
TCC Trabalho de Conclusão de Curso
Crefito Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional
PC Paralisia Cerebral
COFFITO Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional
VNI Ventilação não-invasiva
RPPI Respiração por Pressão Positiva Intermitente
EPAP Pressão positiva expiratória nas vias respiratórias
3
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 5
2 A FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA 6
2.1 FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA PEDIÁTRICA 7
2.2 FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA PEDIÁTRICA 9
2.3 FISIOTERAPIA TRAUMATOLÓGICA E ORTOPÉDICA PEDIÁTRICA 10
2.4 FISIOTERAPIA ONCOLÓGICA PEDIÁTRICA 11
2.5 FISIOTERAPIA NO PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIAS CARDÍACAS
PEDIÁTRICAS 12
3 CONCLUSÃO 13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 14
4
1 INTRODUÇÃO
A fisioterapia pediátrica é uma área voltada, especificamente, para o tratamento de
recém-nascidos até a adolescência ou pré-adolescência. O profissional pode trabalhar em
diversas disfunções, como esqueléticas, musculares, posturais, neurológicas, respiratórias,
tanto congênitas quanto adquiridas.¹
Neste trabalho, iremos abordar um pouco sobre estes ramos em que o fisioterapeuta
pediátrico pode atuar, destacando a importância do tratamento destes pacientes, juntamente
com a colaboração da família. Ele está organizado em apresentação da profissão de
fisioterapeuta, as áreas de atuação do profissional, seguido de conclusão e referências
bibliográficas.
5
2 A FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA
‘’Fisioterapia é a ciência que estuda, diagnostica, previne e recupera pacientes com
distúrbios cinéticos funcionais intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo humano.
Trabalha com doenças geradas por alterações genéticas, traumas ou enfermidades adquiridas.
‘’ (CREFITO, 2019)
Para tornar-se um fisioterapeuta pediátrico é necessário, primeiramente, concluir o curso de
bacharelado em fisioterapia em uma instituição autorizada pelo MEC, com duração média de
5 anos, concluindo a grade horária de aulas, estágios e, ao final do curso, apresentar o seu
Trabalho de Conclusão (TCC). Após isso, precisa registrado no Crefito de seu estado para
poder iniciar sua carreira.¹,³A partir de então, pode atuar na área de sua preferência, como a
pediatria, abordada neste trabalho.
O fisioterapeuta pediatra trabalha na identificação, recuperação e prevenção de
disfunções,² sempre procurando tornar o ambiente lúdico para o paciente, pois crianças vivem
rodeadas de brinquedos, logo, dentro de uma consulta não pode ser diferente disso, pelo fato
de que mesmo quando doente, a criança sente necessidade de brincar.7 Tendo isto em vista,
percebe-se que é necessário fazer atividades dentro do mundo dele, respeitando suas
limitações, para que também possa haver uma maior colaboração do paciente. Normalmente
clínicas e hospitais possuem salas específicas para o tratamento de crianças, que são coloridas
e com brinquedos, para que eles não se sintam desconfortáveis. Também podem optar pelo
tratamento domiciliar, ou atuar até mesmo em escolas e creches. Além disso, a interação com
a família destes é de suma importância, pois o profissional precisa estabelecer objetivos que
não desrespeitem o método de ensinamento e aprendizado que os pais propõe para seus
filhos,¹ também havendo a necessidade de os pais aderirem as atividades propostas pelo
fisioterapeuta, cumprindo seu papel dentro de casa, na vida diária da criança, para que haja,
desta forma, uma melhora mais significativa.
As afecções que são mais comumente tratadas pelos fisioterapeutas em crianças são
síndrome de Down, síndrome de West, PC, espinha bífida, doenças respiratórias, atrasos do
desenvolvimento neuropsicomotor e distúrbios ortopédicos diversos.4
6
2.1 FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA PEDIÁTRICA
A fisioterapia em neuropediatria é reconhecida como uma especialidade pelo
COFFITO desde 1998, sendo portanto umas das mais antigas e a que possui o maior número
de evidências científicas dentro da fisioterapia.10 Tem como objetivo tratar as alterações
congênitas ou adquiridas que possa interferir no Sistema Nervoso Central ou Periférico em
desenvolvimento e, para isso, é necessário o estudo sobre o desenvolvimento
neuropsicomotor da criança.11,12 Além disso, ela também auxilia na prevenção e no
acompanhamento das fases da criança, avaliando suas evoluções de maneira a identificar
quaisquer patologias que possam vir a surgir.
Com o avanço dos estudos sobre os melhores tipos de tratamentos na área da saúde,
atualmente a fisioterapia pediátrica têm utilizado alguns métodos ainda pouco conhecidos,
como a terapia por meio da robótica e da realidade virtual, a terapia por contensão induzida, a
tarefa orientada, entre outros. É fundamental que os profissionais dessa área mantenham-se
informados sobre as técnicas atuais para que possam exercer uma prática profissional
eficiente e baseada em evidência.10
Outro ponto importante dentro da pediatria são os conceitos específicos. Eles norteiam
todo o pensamento que precisa ser voltado para a criança e auxiliam no tratamento específico
para cada caso. Um conceito muito importante e bastante utilizado em neuropediatria é a
psicomotricidade, que enfoca a relação da motricidade 11 com as funções psicológicas, o
movimento propriamente dito, o desenvolvimento intelectual e o desenvolvimento afetivo.
Esta linha de pensamento é de grande importância para a avaliação pediátrica, uma vez que,
por meio dele, é possível estimular a criança e ensinar sobre a sua própria noção de corpo e
de espaço.
Além disso, outro ponto a ser ressaltado é a importância do conceito de propriocepção.
Ela é definida como a noção que se tem do próprio corpo, a consciência da postura, do
movimento, das partes do corpo e do equilíbrio. É um dos pensamentos mais importantes
dentro da fisioterapia pediátrica, por tratar-se de crianças em desenvolvimento e que precisam
ser estimuladas ao autoconhecimento. Em crianças com problemas neurológicos, é de
fundamental importância a aplicação dos conceitos específicos para um um eficiente
progresso.
O tratamento está voltado para atrair a criança à realização dos procedimentos
necessários, sendo que as atividades devem ser desenvolvidas em um ambiente lúdico, com
brincadeiras e tarefas de interesse do indivíduo, para que os atendimentos tornem-se mais
agradáveis e interessantes, levando a criança à uma integração saudável com o profissional e
possibilitando uma maior facilidade de avaliação.11
O papel da família é também extremamente crucial dentro da fisioterapia pediátrica.11
Durante os atendimentos, é necessário o apoio à criança, encorajando-a nas tarefas
apresentadas; em casa, é fundamental que alguns procedimentosespecíficos sejam
continuados com atenção, bem como o apoio total à criança, seguindo as orientações do
profissional, pois a convivência maior é com os familiares, e é preciso que o tratamento
continue progredindo mesmo fora do consultório.
Portanto, a fisioterapia em neuropediatria é notoriamente importante, seja no
tratamento de crianças com patologias neurológicas, seja como meio de prevenção de
doenças e estímulo ao desenvolvimento, junto com o apoio familiar durante o processo.
7
2.2 FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA PEDIÁTRICA
Segundo Postiaux (2004), cerca de 15 milhões de crianças abaixo dos 5 anos de idade
morrem anualmente no mundo por doenças respiratórias, principalmente de pneumonia e
bronquiolite. Este valor representa uma morte para cada dez crianças desta faixa etária.7
A prática da fisioterapia respiratória é usada para promover uma melhor
ventilação-perfusão, para, desta forma, diminuir o trabalho ventilatório, utilizando métodos
de desobstrução, higiene brônquica, prevenção de atelectasias e recrutamento alveolar,5 que
melhoram as trocas gasosas e a oxigenação dos tecidos.7 Além disso, a bronquite aguda vem
sendo tratada por fisioterapeutas, por conta da grande solicitação de médicos, com técnicas
como a bag-squeezing, EPAP, entre outras, mesmo que sua efetividade ainda não esteja
comprovada.5 Algumas das principais técnicas utilizadas pela fisioterapia respiratória para
casos em geral são a Drenagem Postural, Vibração Torácica, Compressão Torácica, Percussão
ou Tapotagem e Aceleração do Fluxo Expiratório. (LAMARI et al, 2006)7
O fisioterapeuta pode atuar, ainda, no pós-operatório de cirurgias cardíacas, onde
algumas complicações podem ocorrer, sendo as principais a pneumonia e a atelectasia.6 Cerca
de 8 a 10 crianças a cada 1000 nascimentos vivos possuem cardiopatias congênitas, sendo
necessário operações. Neste quesito o fisioterapeuta vai atuar no melhoramento do quadro do
paciente, recuperar e prevenir complicações pulmonares,8 além de orientar os responsáveis
para a cooperar com a prevenção.7 Os métodos de tratamento utilizados para estes casos são o
VNI, RPPI, espirômetros de incentivo e exercícios respiratórios em geral.9 Terapias
complementares também são benéficas, como a musicoterapia, já estudado por Hatem et al
(2006). Acredita-se que a música estimula a glândula pineal na liberação de endorfina,8 que
reduz a liberação de catecolaminas (as quais incluem a adrenalina, noradrenalina e a
dopamina), ocorrendo, consequentemente, a redução da frequência cardíaca e da pressão
arterial.
8
2.3 FISIOTERAPIA TRAUMATOLÓGICA E ORTOPÉDICA PEDIÁTRICA
A fisioterapia ortopédica pediátrica é responsável pela prevenção e tratamento de
patologias que atingem a musculatura, os ossos, as articulações e ligamentos, abrangendo
uma enorme variedade de recursos curativos. O objetivo do profissional será o de restabelecer
as funções do paciente de forma segura e rápida, respeitando os limites de cada criança,
sendo que cada problema será tratado de forma diferenciada conforme a necessidade dela.
O fisioterapeuta desempenha um papel muito importante no tratamento das doenças
ortopédicas e traumatológicas das crianças, tanto patologias congênitas quanto patologias
adquiridas. A abordagem fisioterapêutica nesses casos deve ser bem fundamentada e baseada
nos estudos e especificidades do desenvolvimento físico e motor.12 Como as crianças estão
em fase de crescimento e desenvolvimento, deve-se prestar muita atenção durante a
realização do tratamento, levando em conta que cada caso é diferente.
As crianças apresentam um alto risco de lesão. Pelo menos uma em cada quatro crianças
sofrem anualmente uma lesão, ocorrendo uma alta prevalência de fraturas.13 As sessões de
fisioterapia abordam todas as necessidades de cada criança, de acordo com a lesão
apresentada. Essas lesões podem ser advindas de malformações congênitas, alterações no
crescimento e/ou desenvolvimento, surgimento de tumores ósseos ou traumas. Em todos os
casos, uma avaliação detalhada permitirá uma abordagem individualizada.
O melhor método a ser utilizado no tratamento fisioterápico da criança é aquela que mais
se adequa à ela; para isso, é necessário que seja criado um vínculo especial e convidativo para
a colaboração da mesma com os procedimentos a serem realizados. A estimulação sensorial,
da propriocepção e do equilíbrio devem permanecer ativos durante todo o trabalho com o
paciente.
Uma terapia bastante utilizada durante os tratamentos ortopédicos é a terapia aquática.12
Este ambiente dentro de piscinas especiais possui um alto poder de estimulação devido às
propriedades físicas da água, e há uma menor sobrecarga sobre as articulações, podendo ser
mais fácil andar e realizar os movimentos, além de auxiliar na criação de vínculos com a
criança e na sua própria reabilitação. As indicações para o tratamento hidroterápico são
principalmente para pacientes que possuem elevado nível de dor, alterações da marcha,
diminuição da mobilidade e fraqueza muscular. 15
9
2.4 FISIOTERAPIA ONCOLÓGICA PEDIÁTRICA
A fisioterapia oncológica pediátrica é uma especialidade que tem como metas preservar e
restaurar a integridade cinético-funcional de órgãos e sistemas, assim como prevenir, tratar e
minimizar os distúrbios e sequelas causados às crianças pelo tratamento oncológico.
Devido ao avanço das técnicas da fisioterapia oncológica, os pacientes têm apresentado
uma grande melhora na qualidade de vida durante o tratamento. Percebe-se, cada vez mais, a
contribuição do fisioterapeuta na reabilitação, nos cuidados paliativos, na manutenção das
funções e consequentemente na melhora das atividades de vida diária e qualidade de vida.
Vê-se que paralelamente a evolução do tratamento médico tornou-se muito importante a
abordagem multidisciplinar do paciente. Não se preocupando somente com a recuperação do
câncer, mas também com a reabilitação global, nos aspectos social, psicológico, físico, motor,
e a própria reabilitação da essência infantil, que faz parte de todo o processo.
Por apresentar um conjunto de possibilidades terapêuticas especiais, desde a recuperação
funcional até os cuidados paliativos, o fisioterapeuta pediátrico se tornou um profissional
imprescindível dentro da equipe de tratamento de crianças com câncer.
Alguns objetivos do fisioterapêuta pediátrico são: aliviar a dor e os sintomas decorrentes
da patologia e do tratamento; melhorar o conforto, minimizando as complicações e
proporcionando a melhora da qualidade de vida dos pacientes, inclusive contribuindo para
prevenir complicações advindas do câncer ou do seu tratamento - tudo isso de uma maneira
leve e descontraída, buscando sempre adentrar o mundo das crianças com brincadeiras e
tarefas; evitar sequelas que possam ser incapacitantes antes que elas ocorram; atuar na
manutenção e restauração da função motora; estimular a propriocepção durante todo o
tratamento, pois a consciência corporal é uma das coisas mais importantes dentro do
tratamento fisioterápico.
Os cânceres infantis variam dos encontrados em adultos. Conforme a literatura, os mais
encontrados em crianças são a leucemia, os sarcomas e os tumores embrionários. No
tratamento pediátrico, é interessante que o fisioterapeuta produza uma lista com objetivos de
trabalho para a cura, além de citar que o paciente gosta e pode realizar - para facilitar o
processo de recuperação - e o que não pode realizar, a fim de obter todas as informações
necessárias para um trabalho eficiente. Dessa forma, o profissional conseguirá estabelecer
metas funcionais para a criança que se relacionem com as necessidades dela e com as
expectativas dos familiares.
Algumas intervenções fisioterapêuticas para o tratamento de incapacidades relacionadas
ao câncer são: exercícios de fortalecimento muscular; exercícios de amplitude de movimento;
técnicas para prevenir lesões cutâneas e de decúbito; exercícios pulmonares e desobstrução;
uso de órteses para promover o apoio do membro, aumento da estabilidade articular, e
minimizaçãoda dor.
O papel da família durante todo o processo é de fundamental importância. O apoio dado
é eficaz na recuperação, tanto física quanto mental, o que auxilia o tratamento como um todo,
visto que um complementa o outro. [14]
10
2.5 FISIOTERAPIA NO PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIAS CARDÍACAS
PEDIÁTRICAS
As cardiopatias estão entre os defeitos congênitos mais comuns ao nascimento e
acometem de 8 a 10 crianças a cada 1.000 nascidos vivos. Estima-se que, anualmente, em
todo o Brasil, haja o aparecimento de aproximadamente 28 mil novos casos de
cardiopatias.6 Atualmente, a cirurgia cardíaca pediátrica possui um universo próprio. Esse
envolve a integração entre os dados clínicos, os recentes avanços tecnológicos e o
desenvolvimento de novas técnicas cirúrgicas. Assim, buscam-se resultados cada vez mais
efetivos e que gerem menor agressão à criança.8
O fisioterapeuta atua nos períodos pré, peri e pós-operatório para melhorar o quadro
clínico do paciente, prevenir e recuperar complicações pulmonares, auxiliar na reabilitação
social, reduzir os efeitos negativos provenientes da cirurgia e da restrição ao leito.8 Alguns
objetivos do fisioterapeuta são: melhora da oxigenação, preservação de condições
satisfatórias de ventilação pulmonar e manutenção da permeabilidade das vias aéreas.6,8 A
atuação do fisioterapeuta em pacientes que passam por cirurgia cardíaca diminua o tempo
de permanência desses no centro de terapia intensiva, auxilia na deambulação o mais
precocemente possível e reduz o tempo de internação hospitalar.9
No pré-operatório, a fisioterapia utiliza técnicas desobstrutivas, reexpansivas, apoio
abdominal e orientação da importância e os objetivos da intervenção fisioterapêutica aos
pais ou acompanhantes, ou aos pacientes capazes de compreendê-las.8 As técnicas
utilizadas pela fisioterapia no pós-operatório incluem vibração na parede torácica,
percussão, compressão, hiperinsuflação manual, manobra de reexpansão, drenagem
postural, estimulação da tosse e alguns exercícios respiratórios.6,8
O hospital é um ambiente estressante para a criança, que acaba por somatizar a doença,
a hospitalização e os procedimentos cirúrgicos e invasivos. Essa somatória leva à
manifestação de ansiedade e de dor de caráter emocional, além da dor física. Nesses casos,
terapias não-convencionais têm ganhado espaço junto à terapia tradicional; o
fisioterapeuta pode estimular a criatividade e o bem estar da criança com brincadeiras e
interações, ao mesmo tempo que ajuda a construir a recuperação do paciente.8
11
3 CONCLUSÃO
O trabalho do fisioterapeuta pediátrico é de suma importância, pois este é habilitado a
cuidar especificamente de crianças, e necessita estar apto a tratar doenças de origens diversas,
como musculares, esqueléticas, neurológicas, respiratórias, entre outras. Para isso, o
conhecimento do profissional deve ser atualizado constantemente, buscando seu
aprofundamento. Ao cuidar de crianças, a interação com os pais e outros familiares
responsáveis é super importante, e o profissional precisa ser capaz de realizar um trabalho
em conjunto com os mesmos, estimulando a motivação e o interesse da criança e
estabelecendo objetivos que respeitem a situação familiar, social e educativa do paciente, a
fim de complementar o tratamento e potencializar os resultados através do apoio da família.
Portanto, conclui-se que o fisioterapeuta pediátrico é fundamental para a área da saúde,
realizando trabalhos específicos necessários ao desenvolvimento geral das crianças, tendo
elas patologias ou não, atuando então na prevenção e na estimulação motora, psíquica e
social.
12
https://www.guiadacarreira.com.br/carreira/fisioterapia-pediatrica/
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. GUIA da carreira. Tudo sobre fisioterapia pediátrica. Disponível
em:<https://www.guiadacarreira.com.br/carreira/fisioterapia-pediatrica/>. Acesso em 10 jun.
2019.
2. CREFITO 9. O que é fisioterapia? Disponível em:
<http://www.crefito9.org.br/pagina-inicial>. Acesso em 10 jun. 2019.
3. MUNDO vestibular. Descubra o que faz um fisioterapeuta e como se tornar um.
Disponível em:
<https://www.mundovestibular.com.br/articles/18895/1/Descubra-o-que-faz-um-fisioterapeut
a-e-como-se-tornar-um/Paacutegina1.html>. Acesso em 10 jun. 2019.
4. E., Ensin. O que é fisioterapia pediátrica? Disponível em:
<https://mastermindchannel.com/o-que-e-fisioterapia-pediatrica/>. Acesso em 10 jun. 2019.
5. LUISI, Fernanda. O papel da fisioterapia respiratória na bronquiolite viral aguda.
Scientia Medica, Porto Alegre, v. 18, n. 1, p. 39-44, jan./mar. 2008. Disponível em:
<file:///C:/Users/Dell/Downloads/2312-42411-1-PB%20(1).pdf>. Acesso em 13 jun. 2019.
6. CAVENAGHI, Simone, et al. Importância da fisioterapia no pré e pós-operatório de
cirurgia cardíaca pediátrica. Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular/Brazilian Journal
of Cardiovascular Surgery [en linea] 2009, 24 (Julio-Septiembre). Disponível em:
<https://www.redalyc.org/pdf/3989/398941872021.pdf>. Acesso em 13 jun. 2019.
7. CONCEIÇÃO, Elinaldo dos Santos da, et al. Atendimento pediátrico humanizado,
reação da criança e satisfação dos pais no serviço público e privado de fisioterapia
respiratória. Estação Científica (UNIFAP). Macapá, v. 1, n. 2, p. 69-84, 2011. Disponível em:
<https://periodicos.unifap.br/index.php/estacao/article/view/242/elinaldov1n2.pdf> Acesso
em 13 jun. 2019.
8. SILVA, MEM, et al. - Cirurgia cardíaca pediátrica: o que esperar da intervenção
fisioterapêutica? Rev Bras Cir Cardiovasc vol.26 no.2 São José do Rio Preto Apr./June 2011.
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbccv/v26n2/v26n2a18>. Acesso em 13 jun. 2019.
13
9. COSTA, Talita Moreira da. Atuação da fisioterapia respiratória no pré e pós
operatório de cirurgia cardíaca em pediatria: uma revisão bibliográfica. Ribeirão Preto, SP,
2013. Disponível em : <ses.sp.bvs.br/lildbi/docsonline/get.php?id=3880> . Acesso em 14 jun.
2019.
10. FACULDADE INSPIRAR. Fisioterapia neurofuncional pediátrica. Disponível em:
<https://www.inspirar.com.br/cursos/pos-graduacao/fisioterapia-neurofuncional-pediatrica/>.
Acesso em 14 jun. 2019.
11. OLIVEIRA, Letícia S. de. Fisioterapia em pediatria e neuropediatria. Folha Saúde,
2014. Disponível em:
<http://www.jornalfolhadosul.com.br/noticia/2014/09/02/fisioterapia-em-pediatria-e-neurope
diatria>. Acesso em 14 jun. 2019.
12. TRABALHOS FEITOS, 2012. Fisioterapia ortopédica na pediatria. Disponível em:
<https://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Fisioterapia-Ortop%C3%A9dica-Na-Pediatria/227
929.html>. Acesso em 15 jun. 2019.
13. ALBERT EINSTEIN, Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa. Fisioterapia aplicada a
patologias ortopédicas no população pediátrica. São Paulo, SP, 2019. Disponível em:
<https://www.einstein.br/ensino/atualizacao/fisioterapia_aplicada_a_patologias_ortopedicas_
na_populacao_pediatrica>. Acesso em 15 jun. 2019.
14. VOLL Pilates Group, 2017. Tudo o que Você Precisa Saber Sobre Fisioterapia
Oncológica. Disponível em: <https://blogfisioterapia.com.br/fisioterapia-oncologica/>.
Acesso em 15 jun. 2019.
15. CREFITO 15. Fisioterapia aquática: prevenção e reabilitação através da água.
Disponível em:
<http://www.crefito15.org.br/fisioterapia-aquatica-prevencao-e-reabilitacao-atraves-da-agua>
. Acesso em 16 jun. 2019.
14

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