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UNISUL VIRTUAL DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO 1 JURISDIÇÃO INTERNACIONAL JURISDIÇÃO JURISDIÇÃO NACIONAL JURISDIÇÃO INTERNACIONAL Jurisdição arbitral Jurisdição jurisdicional Jurisdição judiciária 2 JURISDIÇÃO Foro especializado e independente que examina os litígios à luz do direito e profere decisões obrigatórias. ESPAÇO DE PODER EM QUE O ESTADO SOBERANAMENTE DIZ O DIREITO 3 JURISDIÇÃO NACIONAL Se impõe pela ação cogente do Estado a indivíduos, empresas e entidades de direito público. 4 JURISDIÇÃO INTERNACIONAL Só se exerce equacionando conflitos entre soberanias, quando estas previamente deliberam submeter-se à autoridade das Cortes. 5 JURISDIÇÃO INTERNACIONAL ARBITRAGEM No plano internacional foi ao longo dos séculos a única jurisdição conhecida. JURISDIÇÃO JUDICIÁRIA É recente na cena internacional. Corte Internacional de Justiça – CIJ = Tribunal da ONU = 1945 Palácio da Paz – Haia - Holanda 6 NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL NCPC Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 7 LEX FORI NCPC – Artigo 13: A jurisdição civil será regida pelas normas brasileiras, ressalvadas as disposições específicas previstas em tratados, convenções ou acordos internacionais de que o Brasil seja parte. 8 FUNDAMENTO CÓDIGO BUSTAMANTE [Decreto nº 18.871/1929] Art. 398. A lei que rege o delicto ou a relação de direito, objecto de acção civel ou commercial, determina a quem incumbe a prova. Art. 399. Para decidir os meios de prova que se podem utilizar em cada caso, é competente a lei do lugar em que se realizar o acto ou facto que se trate de provas, exceptuando-se os não autorizados pela lei do lugar em que corra a acção. Art. 400. A forma por que se ha de produzir qualquer prova regula-se pela lei vigente no lugar em que fôr feita. Art. 401. A apreciação da prova depende da lei do julgador . 9 CÓDIGO BUSTAMANTE Convenção de Direito Internacional Privado - 20/02/1928 Incorporada ao Direito Brasileiro pelo Decreto n. 18.871, de 13/08/1929 SANTIAGO – CUBA, 1928 Código de DIPr Antonio Sánchez y Bustamante ENVOLVE: Direito Civil Internacional Direito Comercial Internacional Direito Penal Internacional Direito Processual Internacional PROBLEMA: Não deu uniformidade à lei que deva reger o estado e a capacidade das pessoas, ao dispor: Artigo 7º - Cada Estado contratante aplicará como leis pessoais as do domicílio, as da nacionalidade ou as que tenha adotado ou adote no futuro a sua legislação interna. 10 Competência Internacional Concorrente/Relativa [Art. 21-22, NCPC] Ex: O REU qualquer que seja sua nacionalidade estiver domiciliado no Brasil. Exclusiva/Absoluta [Art. 23, NCPC] Ex: Ações relativas a imóveis situados no Brasil. Litispendência [Art. 24, NCPC] Quando duas nações distintas se declararem competentes para julgar ação com as mesmas partes, a mesma causa de pedir e os mesmos pedidos e fizerem tramitar referidas ações de forma concomitante, não haverá litispendência. Cláusula de Eleição de Foro [Art. 25, NCPC] Em contrato internacional havendo cláusula exclusiva de eleição de foro estrangeiro a autoridade judiciária brasileira não será competente para julgar e processar a ação. 11 COOPERAÇÃO JURÍDICA INTERNACIONAL NCPC – Artigos: 26,27,37,38,39,40,41 CARTAS ROGATÓRIAS NCPC – Artigos: 36,237, 256, 260, 377, 515, 960, 961, 962, 963, 964 SENTENÇA ESTRANGEIRA NCPC – Artigos: 515, 516, 960, 961, 962, 963, 964, 965 AUXÍLIO DIRETO NCPC – Artigos: 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34,69,377 12 ARBITRAGEM 13 Processo pelo qual uma controvérsia é submetida à decisão (julgamento) de um terceiro imparcial. Há decisão. As partes ficam vinculadas à decisão do árbitro. 14 NEGOCIAÇÃO 15 PARTE PARTE ACORDO MEDIAÇÃO 16 MEDIADOR ACORDO PARTE PARTE CONCILIAÇÃO 17 CONCILIADOR ACORDO PARTE PARTE ARBITRAGEM 18 ÁRBITRO PARTE PARTE SENTENÇA ARBITRAGEM 01. DE DIREITO PÚBLICO INTERNACIONAL Entre países Parte de acordos entre Estados para discutir questões de soberania É uma via jurisdicional, porém não judiciária de solução pacífica de litígios internacionais (jurisdição AD-HOC) 19 ARBITRAGEM 02. DE DIREITO PRIVADO Não encerra, mas previne a jurisdição estatal. Pode ser: (a) Voluntária Contratada livremente entre as partes para decidir controvérsias envolvendo direitos patrimoniais disponíveis – aqueles livres e desembaraçados passíveis de alienação ou negociação entre civilmente capazes. (b) Obrigatória Imposta pela lei. Justiça do Trabalho Art. 114, § 1°, CF 20 EVOLUÇÃO DA ARBITRAGEM NO PLANO INTERNACIONAL Década de 50 = Convenção de Nova Iorque = Grande propulsora. 1976 – UNCITRAL = Comissão da ONU para o Direito Comercial Internacional = Edição de Regulamento de Arbitragem. 1985 – Aprovação de Lei Modelo sobre Arbitragem. 21 ARBITRAGEM NO BRASIL Lei 9.307, DE 23/09/96 CLAÚSULA COMPROMISSÓRIA Promessa de futura contratação da arbitragem sobre conflitos ainda não definidos. COMPROMISSO ARBITRAL Litígio já existente é submetido à arbitragem. 22 CONTEXTO DA PROMULGAÇÃO DA LEI 9.307/96: PORQUE VOLTOU-SE A FALAR DE ARBITRAGEM NO BRASIL? Razões Econômico-Sociais ● Processo de abertura econômica do país (Collor em 1990); ● Plano Real (1994): Necessidade de captação de investimentos estrangeiros, estabilização monetária, privatizações 23 Razões Jurídico-Legais ●Excesso de ações no Poder Judiciário – reflexo muito da CF/88 e do CDC/90; ● Movimento no mundo jurídico brasileiro para gerar uma Justiça mais rápida, mais eficaz (reformas processuais, antecipação de tutela, etc.) A LEI 9.307/96 AS PRINCIPAIS MUDANÇAS INTRODUZIDAS PELA NOVA LEI DE ARBITRAGEM Equiparação entre os efeitos da sentença arbitral e a sentença proferida pelo Poder Judiciário (art. 31), com a criação de um título executivo judicial, não sendo mais cabível recurso ao Poder Judiciário. Definição mais clara de como deve ser processada a arbitragem: quem pode ser árbitro, diferença entre cláusula arbitral e o compromisso arbitral, que regras poderão ser usadas na arbitragem, etc. 24 COMO FICAM AS ARBITRAGENS FEITAS NO EXTERIOR? Tem plena validade no Brasil, desde que homologadas pelo STJ – Superior Tribunal de Justiça (EC 45/2004). Elas somente não valem, de regra, se na arbitragem do exterior ocorreu alguma das causas de nulidade de uma arbitragem feita no Brasil (partes incapazes, sentença extrapolou do litígio, etc.) Além destas, mais duas causas: (i) se pela lei brasileira o objeto da discussão não era passível de arbitragem (Direito de Família, Penal, Falimentar, Previdenciário) e (ii) se a decisão ofender a ordem pública nacional (soberania nacional, bons costumes, etc.) 25 VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DA ARBITRAGEM Rapidez Sigilo Especialização dos julgadores Escolha das regras Preços 26 RAPIDEZ As partes podem estabelecer em quanto tempo o juízo arbitral deve dar sua decisão. Se não estipularem nada, terá o prazo de 06 (seis) meses. Nada impede, por exemplo, que se fixe em 30 (trinta) ou 60 (sessenta) dias. Comparativamente ao Poder Judiciário, a diferença é enorme. 27 SIGILO Diferentemente do processo judicial que é público, na arbitragem ninguém (concorrentes, mercado) tem acesso à discussão, exceto as partes e seus advogados. Deve ser destacado que, mesmo quando o processo judicial corre em segredo de justiça, ainda assim – na prática – várias pessoas têm acesso aos autos (cartorários, escrivão, secretários, etc.) 28 JULGADORES ESPECIALIZADOS As questões serão decididas não por um juiz, que de regra possui o conhecimento do Direito mas não de outras áreas. Evita-se, assim, os usuais processos em que os juízes, sem ter conhecimento técnico específico, acabam por normalmente seguir o que estabelece o perito do juízo. Com a arbitragem, as partes podem escolher um “expert” no assunto, para resolver a causa. Evita a surpresa, o receio das partes que a causa seja apreciada sem o necessário conhecimento técnico. 29 ESTIPULAÇÃO DAS REGRAS As partes não ficam sujeitas à lei brasileira, ao Código Civil, ao Código Comercial, podem escolher por qual regra será regida a arbitragem. Pode ser a “lex mercatoria”, podem ser utilizados os usos e costumes, pode ser por um critério de equidade (justiça). 30 DECISÕES DOS TRIBUNAIS Declaração de Constitucionalidade pelo STF: não há ofensa ao texto constitucional, que declarara que é direito de todos ter suas causas apreciadas pelo Poder Judiciário (a renúncia à jurisdição é parcial e pontual, não absoluta e genérica). Invalidade da arbitragem em contratos de adesão e, em qualquer contrato, sempre que haja um grande desequilíbrio entre as partes. 31 GRATO PELA ATENÇÃO E BONS ESTUDOS! 32
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