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Princípios
São normas que fornecem coerência e ordem a um conjunto de elementos, sistematiza-o. Fazendo com que exista um sistema.
Normas Fundamentais (art.1° CPC/15)
O novo código de Processo Civil traz um status de direito fundamental aos princípios do processo. Este artigo 1° estabelece que as interpretações feitas de todos os demais artigos do código devem ser de acordo com as normas e princípios constitucionais que regem o processo civil. A esse fenômeno dar-se o nome de Neoprocessualismo, ou seja, a constitucionalização do Processo. Essa nomenclatura é de suma importância para o processo, porque quando a Constituição de 1988 foi promulgada já existia o Código de Processo Civil de 1973, então, as normas prevista nesse código nem sempre passavam de modo adequado pela constituição. Com advento do novo código o processo deixa de ser um instrumento apenas de positivar direito fundamental, porque o processo, também, é um direito fundamental.
Exemplo: Direito ampla defesa é um princípio fundamental. 
Princípios x regras
Colisão - quando houver conflito entre princípios prevalece o princípio da proporcionalidade
Princípio da Proporcionalidade 
Esse princípio constitui um método que permite ao operador do direito trabalhar com os princípios jurídicos, de modo a dar-lhes efetivo rendimento, mesmo na hipótese em que eles estejam em conflitos. Trata-se de reconhecer que não é possível uma hierarquização prévia e abstrata, em termos absolutos, de todos os princípios de um mesmo grau normativo (constitucional ou infraconstitucional). Diante disso, quando há conflito entre dois ou mais princípios do mesmo grau normativa, cumpre considerar, no caso concreto, qual deles está protegendo os bens jurídicos mais sensíveis, que mereçam maior proteção, e tal princípio apenas prevalecerá na exata medida da necessidade de proteção do bem mais sensível. É composto por três etapas: 
Adequação: é preciso traçar meios adequados a atingir uma finalidade, para fins de soluções do problema. A primeira solução é o princípio de presunção de inocência. A segunda, é priorizar o princípio da moralidade e manter o projeto de ficha limpa. E a terceira, é um duplo grau de jurisdição. 
Necessidade: busca-se as possíveis soluções encontradas, entre os possíveis meios adequados, na qual será analisado qual destes meios lesiona em menor proporção os princípios constitucionais do conflito. 
Proporcionalidade em sentindo estrito: questiona-se a finalidade do princípio para ser tomada a decisão.
Princípios fundamentais do processo
Princípio do acesso à justiça (art. 5° XXV, CF)
A todos é assegurado o acesso ao Judiciário para a defesa de seus direitos. A expressão “acesso à Justiça” determina duas finalidades do sistema jurídico: (1) o sistema deve ser igualmente acessível a todos e (2) ele deve produzir resultados que sejam individual e socialmente justos.
Diante da morosidade, o novo CPC entendeu que este acesso não só está ligado ao acesso ao Poder Judiciário, precisa-se de meios garantidores para ter o acesso. Ex: defensoria pública. Dessa forma, é necessário a ordem jurídica de justiça justa, relacionado ao princípio da duração razoável do processo e eficácia do processo. (Art. 4° CPC/15). Por outro lado, a garantia do acesso à justiça não implica o dever de o jurisdicionado sempre submeter-se à jurisdição. Pode haver um consenso entre as partes para resolver o conflito de outro modo, na qual não é obrigatória a intervenção judicial. Conforme o novo CPC, a mediação, conciliação e arbitragem são novos meios de acesso à justiça. Que não limitam este direito, ao contrário, garante-o de uma forma prática. 
Em regra, para dar entrada em um processo, não é preciso provar a violação do direito. Precisa-se, apenas, 
de uma afirmação da detenção desse direito violado,
 desde que narre os fatos na petição inicial com fundamentos destes fatos na própria legislação. 
Mas ocorre uma exceção, mandato de segurança
 
sob condição que prove que o direito existe e foi violado por autoridade de poder público ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuição de Poder Público (reitor de faculdade privada). Deve-se ter um capacitado postulatório para fins de requisitar proteção do
 
direito. 
Princípio Devido Processo Legal (direito fundamental)
Determina o modo do ser do processo que estabelece como o procedimento deve ocorrer, ou seja, conforme determina a lei. Fundamenta-se no art. 5°, LIV da CF “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”. É um direito fundamental devido (justo, equitativo). Subdivide-se em dois aspectos: 
Formal: se preocupa com a formalidade do processo. Exemplo: PETIÇÃO INICIAL AUDIÊNCIA SUCESSIVAMENTE. 
Material (substancial): atrelado ao conteúdo do ato do processo. 
Princípio do contraditória e Ampla defesa 
Contraditório
Significa manifestar o direito de resposta ao adversário através de alegação e produção de provas (toda alegação deve necessariamente ser seguida por uma prova). Este princípio basicamente garante à pessoa o direito de se defender. Caso este princípio não seja observado, o processo será declarado nulo. No art. 9° do CPC/ 15 é estabelecido que o Juiz “não proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.” Porém, existe uma exceção, à tutela provisória (será analisada depois) de urgência. Na qual o advogado da autora peticiona uma petição de urgência que é fundamentada pelo perigo da demora, que significa dizer que se demorar perde-se o objeto do processo. Existe também, a fumaça do bom direito quer dizer, que todos os indícios levam a crer que a pessoa que requer o direito temporário terá seu direito a ele de forma permanente quando a causa for julgada de forma definitiva. Exemplo para aplicar à tutela: Maria tá com crise de apendicite entre a vida e a morte e dá entrada no hospital, mas a atendente informa que o plano não cobre o devido tratamento. O seu advogado entra com uma PETIÇÃO DE URGENCIA para que o Juiz conceda liminar para Maria. Segundo o art. 10° do CPC “O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício”. 
Ampla defesa
Assegura ao réu o direito de ser ouvido pelo Judiciário, formando alegações, produzindo provas daquilo que se alega utilizando-se de todos os meios lícitos disponíveis (incluindo objetos). A prova da alegação deve ser sempre lícita. Quando não for, precisará de autorização judicial para ser coletada. Ex: a gravação de uma conversa entre terceiros para utilização como prova precisa de autorização judicial. Toda ampla defesa é feita a partir de um contraditório. Mas nem todo contraditório é ampla defesa. Contraditório é gênero da qual a ampla defesa é espécie. 
Princípio da Isonomia 
Se baseia no art. 5º, caput, CF/88: “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”. No processo, a igualdade das partes perante o juiz é a mesma assegurada por este artigo. Vale ressaltar também o § 11: “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei”. Segundo o art. 139, I, CPC: “o juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste código, competindo-lhe assegurar às partes igualdade de tratamento”. As partes devem receber tratamento igualitário para que tenham as mesmas oportunidades de fazer valer suas razões em juízo. 
Igualdade material - Tratar os diferentes de forma diferente (equidade).
Igualdade processual - Tratar os diferentes de forma igual (igualdade): as partes do processo têm os mesmos direitos processuais.
Princípio do Juiz Natural (art. 5°, LIII, XXXVII, CF/88)
De acordo com os artigos destacados na constituição, que preveem, que não poderá haver juízo ou tribunalde exceção e que nenhuma pessoa poderá ser processada ou sentenciada sem que o seja pela autoridade competente. É indispensável que a autoridade judiciária julgadora já exista ao fato que a ela será submetido para julgamento, bem como que seja competente para tanto, a fim de buscar boa qualidade da prestação jurisdicional e a imparcialidade do órgão julgador sejam assegurados. 
Instrumentalidade das formas 
Originado a partir da junção da duração razoável do processo e da eficiência do processo. O primeiro assegura a todos, tanto no âmbito judicial quanto do processo administrativo, o direito à razoável duração do processo, bem como meios que garantam que sua tramitação se dará de modo ligeiro. O segundo destaca que para o processo ser devido, há de ser eficiente. 
Conforme o art. 188, CPC/15 os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizado de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial. Ou seja, se for possível atingir a finalidade desse ato, ainda que não seja da forma prevista em lei ele é valido. Ex: o oficial de justiça vai citar o réu, essa citação tem que acontecer de forma pessoa, ou seja, o oficial tem que entregar pessoalmente ao réu, objetivo dessa citação é para que o réu se manifeste no processo. Mas o oficial não encontra o réu em casa e deixa a citação embaixo da porta, ou seja, não foi feito na formalidade da lei, mas o réu viu a citação, tomou ciência e se manifestou no processo, ou seja, foi alcançada a finalidade do processo. É importante destacar que essa e qualquer formalidade não pode violar norma dispositiva, caso contrário não será válida. E se não for alcançar a finalidade não se aplica a instrumentalidade das formas. .
Princípio da Publicidade
Processo devido é processo público. O direito fundamental à publicidade dos atos processuais está garantindo pelo art. 5°, LX, CF/88. Os arts. 8° e 11 do CPC reafirmam essa exigência, “Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade.” O princípio da publicidade gera o direito fundamental à publicidade. Trata-se de direito fundamental que tem, basicamente, duas funções: proteger as partes contra juízos arbitrários e secretos e permitir o controle da opinião pública sobre os serviços da justiça, principalmente sobre o exercício da atividade jurisdicional. Essas duas funções revelam que a publicidade processual tem duas dimensões: interna, restrita as partes e aos seu procuradores e a externa, publicidade para os terceiros, que pode ser restringidas em alguns casos, como se verá. A CF estabelece possibilidade de restrição da publicidade externa “a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais, quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem” (art. 5°, LX, CF/88). Conforme o art. 189 do CPC/15, alguns processos devem tramitar em segredo de justiça, mas esse artigo não é uma exceção do princípio da publicidade, são ele: I- em que o exija o interesse público ou social ex: lava jato; II - quando o direito versa sobre situações de direito de família (divórcio, alimentos, guarda); III - os processos em que a publicidade externa viole o direito à intimidade; IV - o cumprimento de decisão arbitral com deferimento do requisito da confidencialidade. Nos casos de segredo de justiça, pode ser autorizada a presença somente das partes, de seus advogados, de defensores públicos ou do Ministério Público. O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da sentença, bem como de inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação. 
Princípio da motivação
Conforme o art. 93, IX, CF/88, todas as decisões proferidas em processo judicial ou administrativo devem ser motivadas, sendo obrigatória aos julgadores a tarefa de exteriorização das razões de seu decidir, com demonstrações concreta do raciocino fático e jurídico que desenvolveu para chegar às soluções contidas na decisão. Também consagra expressamente esse princípio o art. 11. CPC/15 Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade.
A fundamentação controla as decisões judiciais, garantido a imparcialidade, evitando assim, a arbitrariedade no processo. Possibilitando a impugnação das partes (o recurso). As exigências formais da fundamentação das decisões judiciais estão no art. 489°, do CPC. 
É vedado ao juiz transcrição ou paráfrase do texto da lei sem fazer sua conexão com caso concreto. 
É vedada a utilização apenas de conceitos jurídicos indeterminados (cláusula geral) que poderiam ser utilização a justificar qualquer processo. Ex: decisão do juiz com fundamento nos bons costumes. 
Terceiro, é vedado e por isso é um dever do juiz enfrentar todos os pontos suscitados pelas partes no processo, ou seja, o juiz necessariamente deve se manifestar e fundamentar sobre todos os pedidos na petição seja para deferir ou não. 
E por fim, o juiz não pode apenas reproduzir súmula ou precedente sem fazer a conexão com o caso concreto, assim como, não pode ainda, deixar de utilizá-las sem justificar o motivo da não aplicação. Ex: copiar a súmula sem fazer a conexão com caso concreto. Se estiver uma súmula ou precedente que se enquadre no caso concreto e juiz não aplicar ele deve explicar o motivo da não aplicação.

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