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Outubro| 2012 Capacitação em Gestão de Processos 2 Módulo 2 – Parte 2 Técnica de Análise e Priorização de Problemas Aplicados a Processo de Negócio § Estabelecimento de Relações de Causa e Efeito § Método da “Espinha de Peixe” (Foco em processos) § Método dos 5 “Porquês” § ARA § Matrizes 2x2 § Matriz GUT(Foco em processos, complementar) § Combinação e ponderação de vários critérios § Diagrama de Pareto (Foco em processos, complementar) § Decisão Gerencial § Exercícios 3 Métodos de Identificação, Análise e Priorização de Problemas Identificação • Levantamento de Processos • Brainstorming Análise • Estabelecimento de Relações de Causa e Efeito • Método da “Espinha de Peixe” • Método dos 5 “Porquês” • ARA Priorização • Matrizes 2x2 • Matriz GUT • Combinação e ponderação de vários critérios • Diagrama de Pareto • Decisão Gerencial • ARA 4 Método de Análise de Problema: Estabelecimento de Relações de Causa e Efeito § Levantamento dos efeitos indesejados: o que incomoda a organização na condução das suas a8vidades? § Desenho da árvore de causalidade entre os efeitos indesejados § Definição da causa-‐base § Definição do foco de atuação: proposição de ações! Perda de Market share Atraso no Atendimento dos clientes Alto índice de devolução dos produtos Não-cumprimento Dos prazos pelos Fornecedores Não- conformidades na execução das tarefas Má especificação do insumo Referência: Kaplan e Norton, 1997 5 Exemplo de Relações de Causa e Efeito na Indústria: Desdobramento de Problemas para a Produção (I/II) Recebimento de insumos com má qualidade Produção Embalagem Controles de Produção e Materiais Recebimento de materiais Liquidação Apr opriação Gestão de Almoxarifado Liberação de materiais Re-trabalho e descumprimentos dos tempos-padrão 6 Recebimento de produtos com má qualidade Não há pré-qualificação de fornecedores Compras nacionais Recebimento de materiais Importação LiquidaçãoEmpenho Apr opriação Gestão de Almoxarifado Liberação de materiaisAcompanhamento da execução contratos Aplicação de Penalidades em Fornecedores Exemplo de Relações de Causa e Efeito na Indústria: Desdobramento de Problemas para a Produção (II/II) 7 Critério de Análise de Problema: Método da “Espinha de Peixe” Referência: Shiba, 1997 § Diagrama de Ishikawa § Qual efeito? § Quais são as causas? § 6M 8 Exemplo Método da “Espinha de Peixe” Setor Farmacêutico Mão de Obra Falta de Materiais Problema no Equipamento Ambiente Faltou caminhão Suprimentos não disponibilizou a tempo Fornecedor não entregou o material programado CQ não liberou o material Setor não pediu material a tempo Suprimentos não pediu Problemas de origem externa (greve, falta de segurança...) Problemas nas instalações/equipamento s auxiliares Mudanças nas prioridades de entrega Operador não capacitado Número de operadores insuficiente Operador faltou Operador desviado para outra atividade Não há material no Almoxarifado Compra atrasada Falta de peça de reposição Em manutenção Falta de equipe de manutenção Máquina quebrada Máquina com problemas de funcionamento Falta de manutenção preventiva Problema nas utilidades Material reprovado Pedido emergencial Falta de capacidade Aguardando fornecedor Problemas de Preparação/ limpeza do ambiente Operador atrasado Diferenças em relação à programação Operador afastado Falta de cronograma de manutenção Falta de contrato de manutenção Falta de pessoal capacitado Material ruim Fornecedor não qualificado Problemas na formulação Nº insuficiente de salas para operação Falta de padronização das atividades (ex: setup) Máquina alocada para testes (Farmotecnia e P&D) Comunicação falha entre áreas Falta de equipamento Falta de pessoal 9 Exemplo Método da “Espinha de Peixe” Setor Farmacêutico Mão de Obra Falta de Materiais Problema no Equipamento Ambiente Faltou caminhão Suprimentos não disponibilizou a tempo Fornecedor não entregou o material programado CQ não liberou o material Setor não pediu material a tempo Suprimentos não pediu Problemas de origem externa (greve, falta de segurança...) Problemas nas instalações/equipamento s auxiliares Mudanças nas prioridades de entrega Operador não capacitado Número de operadores insuficiente Operador faltou Operador desviado para outra atividade Não há material no Almoxarifado Compra atrasada Falta de peça de reposição Em manutenção Falta de equipe de manutenção Máquina quebrada Máquina com problemas de funcionamento Falta de manutenção preventiva Problema nas utilidades Material reprovado Pedido emergencial Falta de capacidade Aguardando fornecedor Problemas de Preparação/ limpeza do ambiente Operador atrasado Diferenças em relação à programação Operador afastado Falta de cronograma de manutenção Falta de contrato de manutenção Falta de pessoal capacitado Material ruim Fornecedor não qualificado Problemas na formulação Nº insuficiente de salas para operação Falta de padronização das atividades (ex: setup) Máquina alocada para testes (Farmotecnia e P&D) Comunicação falha entre áreas Falta de equipamento Falta de pessoal 10 Método de Análise de Problema: Método da “Espinha de Peixe” O método da "Espinha de Peixe" também conhecido como diagrama de Causa e Efeito sofre alterações de nomenclatura, dependendo da área de atuação. Por ser adaptado para: § Diagrama 6M (Industrias de Transformação): Máquinas, Mão-‐de-‐obra, Materiais, Métodos, Medição e Meio-‐Ambiente; § Diagrama 8P (Industrias de Serviços): Preço, Promoção, Pessoas, Processos, Planta, Polí8cas, Procedimentos e Produto § Diagrama 4S (Industrias de Serviços): Arredores (surroundings), Fornecedores (suppliers), Sistemas, Habilidades (skills) § Diagrama de Níveis Neurológicos: Iden8dade, Crenças e Valores, Capacidade, Comportamento, Ambiente. Somente Leitura 11 Método de Análise de Problema: O Método dos “5 Porquês” Nível do problema Nível correspondente de solução Há uma poça de óleo no chão de fábrica Limpar o óleo Porque a máquina está vazando Consertar a máquina Porque a vedação está gasta Substituir a vedação Porque compramos vedações de material inferior Mudar as especificações da vedação Porque conseguimos um bom preço com estas vedações Mudar política de compras Porque o agente de compras é avaliado segundo a economia de custos a curto prazo Mudar política de avaliação dos agentes de compras 12 Método de Análise de Problema: ARA A proposta da ARA é diagnosticar uma organização, extraindo desta análise as verdadeiras causas (causas-raiz) responsáveis pela maioria dos problemas observados (efeitos indesejáveis). É uma ferramenta utilizada para explicitar as causas principais dos problemas identificados nos processos, para descobrir “o que mudar”. E deve ser entendida como um retrato do momento presente dos Efeitos Indesejados (EIs) na organização, possibilitando o planejamento de ações que tenham como objetivo a redução dos EIs em um ponto específico ou na organização como um todo. Exemplo de ARA Causa- raiz 13 Método de Análise de Problema: ARA § A partir dos processos, é possível construir uma visão sistêmica dos problemas relacionados. Ao ser construída, a ARA fornece mecanismos para: • Identificar os impactos causados por cada um dos problemas na organização; • Comunicar de forma clara as relações de causa e efeito entre eles; • Identificar os principais problemas, ou seja, aqueles que são a origem dos demais; • Facilitar o direcionamento de ações para a solução desses problemas centrais. • Ao permitir a identificação das causas-raiz, a ARA produz uma priorização, pois as ações de melhoria serão direcionadas para essas causas, por elas serem geradoras dos demais problemas. Somente Leitura 14 Método de Análise de Problema: ARA § A Árvore da Realidade Atual baseia-se na relação chave: SE ... ENTÃO. Na figura abaixo, tem-se a forma de se fazer a leitura da árvore. Somente Leitura 15 Métodos de Identificação, Análise e Priorização de Problemas Identificação • Brainstorming Análise • Estabelecimento de Relações de Causa e Efeito • Método da “Espinha de Peixe” • Método dos 5 “Porquês” • ARA Priorização • Matrizes 2x2 • Matriz GUT • Combinação e ponderação de vários critérios • Diagrama de Pareto • Decisão Gerencial • ARA 16 Método de Priorização de Problema: Matrizes 2 x 2 1 3 Complexidade Va lo r Baixa Alta Baixo Alto 2 5 4 Exemplo: Matriz Valor vs. Complexidade u8lizada para priorização em projeto § Matrizes u8lizadas para comparar os problemas em relação a fatores relevantes para a priorização § Podem u8lizar tanto critérios qualita8vos quanto quan8ta8vos Exemplos: § Matriz Valor vs. Complexidade § Matriz Facilidade de Intervenção vs. Complexidade 17 Método de Priorização de Problema: Matrizes 2 x 2 A lógica de análise e priorização de problemas foi baseada em uma matriz 2 x2, qualita8va, com foco nos seguintes aspectos: ‘cri8cidade’ e ‘facilidade de intervenção’ Os critérios u8lizados para iden8ficação de problemas prioritários (problemas que se resolvidos geram valor) foram: § Temas com alto potencial de geração de Impacto e Valor – independente da facilidade para intervenção. § Problemas que não requerem / não seriam impactados pela revisão dos processos. Esses problemas são de alta facilidade de intervenção, ainda que não tenham alta cri8cidade. Facilidade de Intervenção Im pa ct o e Va lo r Problemas priorizados pelo critério 2 Problemas priorizados pelo critério 1 18 Método de Priorização de Problema: Matriz GUT É uma ferramenta que tem como objetivo facilitar a priorização dos problemas a serem tratados. Para isso, utiliza 3 parâmetros principais: Gravidade Está relacionado ao impacto do problema sobre as pessoas, os processos, prazos e a organização como um todo. A longo prazo, os efeitos poderão se tornar críticos. Urgência Tendência Obs: A matriz GUT pode ser complementada com outros critérios como facilidade / dificuldade para solucionar o problema, investimentos necessários à solução, dentre outros. É importante ressaltar que alguns aspectos são “invertidos”, como investimento, que quanto maior o valor do investimento necessário à solução, menor deve ser o valor atribuído a ele na escala de avaliação. Está relacionado ao tempo possível para solucionar o problema. Está relacionado ao potencial de crescimento do problema, sua redução ou desaparecimento. 19 O primeiro passo para a aplicação da metodologia proposta pela Matriz GUT é a identificação e geração da lista dos problemas. Em seguida, deve-se atribuir uma nota de 1 a 5 para cada uma das categorias de acordo com as definições propostas na tabela a seguir. Posteriormente, as 3 notas são multiplicadas (GxUxT), chegando-se à nota final de cada problema. Os problemas são então listados em ordem decrescente, possibilitando a elaboração de um Plano de Ação que leve em consideração a ponderação entre esses critérios, no momento que multiplica cada um dos valores, ou seja, aqueles problemas com notas mais altas terão maior prioridade. Para que sejam atribuídas as notas a cada um dos atributos para cada um dos elementos da lista, pode-se fazer uma reunião de priorização com os principais envolvidos com o tema, de forma a gerar uma pontuação com maior nível de consenso entre os colaboradores. Método de Priorização de Problema: Matriz GUT 20 Método de Priorização de Problema: Matriz GUT § A atribuição das notas pode se dar de duas formas: § O grupo discute e chega a um consenso da nota mais apropriada; § Cada participante faz sua votação da nota mais adequada e a nota “média” será a nota considerada na análise. Neste caso, pode ser que haja notas com casas decimais, o que não traz nenhum tipo de impacto negativo à análise. § Quando da definição da escala e da condução da aplicação, o responsável deve ter a sensibilidade da necessidade de maior detalhamento para que haja uma uniformidade de entendimento dentre os participantes. § Para alguns cenários, pode ser pertinente a definição clara do que é “curto prazo”, atribuindo um período em que se entende o que seja curto. Isto se fará necessário sempre que as discussões em torno dos critérios estiver mais focada no instrumento de medição – a matriz GUT – que no problema de fato. § Também podem ser acrescentados critérios aos já presentes na matriz GUT, sendo o mais usual destes o critério investimento. Deve-se atentar para o fato de que este critério tem uma escala inversa: quanto mais cara for a implementação da solução, mais baixo deve ter o valor do critério para o problema analisado. Somente Leitura 21 Método de Priorização de Problema: Matriz GUT As colunas devem ser preenchidas da seguinte forma: • Lista de problemas: partindo-se de um grupo de problemas já identificados, preencha cada problema a ser analisado em uma das linhas da planilha. • Gravidade (G): atribua um valor de 1 a 5, conforme a tabela apresentada anteriormente. Urgência (U): atribua um valor de 1 a 5, conforme a tabela apresentada anteriormente. • Tendência (T): atribua um valor de 1 a 5, conforme a tabela apresentada anteriormente. • G x U x T: nesta coluna, deve-se colocar o valor da multiplicação entre os três valores (G,U, e T) atribuídos nas colunas anteriores. Pode-se programar o Excel pra que realize a conta automaticamente. • Priorização: ao final do preenchimento dos problemas e de suas respectivas análises, faz-se necessária a ordenação da pontuação obtida, de forma decrescente, da coluna G x U x T. Após sua ordenação, preencha esta coluna com a numeração sequencial e crescente para que se tenha a lista final analisada e priorizada dos problemas. O modelo ao lado é um exemplo estruturado em E x c e l s e r v e c o m o ferramenta de apoio à elaboração de uma Matriz GUT. Obs: Caso a atribuição de valores aos critérios seja estabelecida através de votação, o valor incluído na tabela deve ser a “nota média” obtida, não há problemas caso não seja um número inteiro. Somente Leitura 22 Método de Priorização de Problema: Matriz GUT Caso haja a opção pela votação das notas ao invés do consenso, utilize outra planilha ou aba como suporte. Nesta, será possível selecionar um item a ser analisado e coletar cada um dos votos dos participantes. Abaixo segue um modelo estruturado em Excel para exemplificação. Cada participante vota no valor que considera razoável em cada critério e o no fim o valor que deve ser preenchido na tabela anterior é a média entre os valores votados. No caso da utilização do Excel, é recomendável média seja calculada automaticamente. Somente Leitura 23 Método de Priorização de Problema: Combinação e ponderação de vários critérios Processos Consistência com a estratégia Potencial de melhoria global Importância Interna e Externa Facilidade para Mudar Total Processo de exoneração 4 5 4 5 18 Processo de Troca 5 5 5 4 19 Processo Licitatório 5 5 5 2 17 Processo Administrativo de Pessoal 3 3 3 3 12 § A seleção de processos e problemas prioritários pode ser feita com base em uma combinação de vários critérios distintos. § Exemplo de caso no setor de Saúde: Referência: Paim, 2002 Somente Leitura 24 Método de Priorização de problema: Decisão Gerencial Atividade de Pré-Venda Ordem de Venda Mudança de Estoque Entrega Fatura- mento Pagamento do Cliente Planejamento de Vendas e Operaci onal SOP Plano Mestre de Produção MPS Planejamento das Necessidades de Material MRP Ordem Planejada Ordem de Produção Controle de Chão-de-Fábrica Requisição de Compra Seleção do Vendedor Ordem de Compra Recebimento de Mercadorias Verificação de Fatura Pagamento de Vendedor SFC Referência: Cameira, 2003 A partir de análise de informações compiladas e do levantamento dos processos, o gerente prioriza o problema ou processo que deve ser abordado primeiro. 25 Método de Priorização de problema: Gráfico ou Diagrama de Pareto Baseado no princípio de Pareto que afirma “20% das causas são responsáveis por 80% dos efeitos”, a ferramenta permite a classificação de itens em três classes (A,B e C). Assim, viabiliza a priorização dos itens “classe A”, geradoras dos maiores efeitos possíveis. O Diagrama de Pareto pode ser usado para: § Classificar dados de problemas por região e verificar qual a região que apresenta mais problemas; § Comparar dados de defeitos por 8po, e verificar qual o defeito mais comum; § Comparar problemas por dia da semana (ou mês ou hora do dia) para determinar o período durante o qual os problemas ocorrem com mais frequência § Classificar reclamações de clientes por 8po, para determinar quais as reclamações mais comuns. 26 § PAIM, R. Engenharia de Processos: Análise do Referencial Teórico-Conceitual, Instrumentos, Aplicações e Casos. COPPE-UFRJ, Rio de Janeiro, Brasil – 2002 (www.gpi.ufrj.br, .pdf) § KAPLAN, R. S., NORTON, D. P. A estratégia em ação: Balanced Scorecard. 6. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1997. § DETTMER, H.W., 1997, Goldratt´s theory of contraints: a systems approach to contínuos improvement. Wisconsin, ASQC Quality Press. § CAMEIRA, R. Hiper-Integração: Engenharia de Processos, Arquitetura Integrada de Sistemas Componentizados com Agentes e Modelos de Negócios Tecnologicamente Habilitados. COPPE-UFRJ, Rio de Janeiro, Brasil – 2003 (www.gpi.ufrj.br, .pdf) § SHINGO, S. O Sistema Toyota de Produção do ponto de vista da Engenharia de Produção, Bookman, Porto Alegre, 1996. § GOLDRATT, E. M., COX, J. The goal. Avraham Y. Goldratt Institute, 1989 § GOLDRATT, E. M. Critical Chain. Setembro, 1997. § ANTUNES, J., CAULLIRAUX, N. A Organização por Processos. SAP Universe, São Paulo, 1998. § SHIBA, S., GRAHAN, A. WALDEN, D. TQM: quatro revoluções na gestão da qualidade. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. Textos básicos e bibliografia utilizada nesta aula 27 www.enjourney.com.br Rio de Janeiro Av. Nilo Peçanha, 50 Grupo 2701 Ed. Rodolpho de Paoli Centro - Rio de Janeiro / RJ +55 21 2215.9629 São Paulo Alameda Santos, 905 Conjuntos 71 e 72 Ed. Santos Dumont Cerqueira César - São Paulo / SP +55 11 3285.5634 OBRIGADO! Rafael Paim rafaelpaim@enjourney.com.br André Luis andre.luis@enjourney.com.br Paula Chalhoub paula.chalhoub@enjourney.com.br /company/enjourney /enjourney @enjourney 28 PÁGINA INTENCIONALMENTE DEIXADA EM BRANCO 28
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