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Possuem a mesma função das câmeras fotográficas terrestres, mas possuem exigências diferentes: Lentes mais rápidas; Alta velocidade; Filme com emulsão para alta velocidade. Desta forma, pode ser considerada como um instrumento de observação de grande precisão. As câmeras podem ser caracterizadas por: Formato do negativo = ao positivo = 23 x 23 cm (ou 18 x 18 cm). Distância focal da objetiva: 88 mm, 100 mm, 131 mm – de ângulo largo, utilizadas na produção de fotografias para instrumentos estereoplotadores 153 mm, 210 mm, 305 mm – mais comumente utilizados nas fotografias aéreas. Ângulo de campo da objetiva: 75º e e100o – ângulo normal; >100º - grande angular - Câmera Fotogramétrica Digital de Sistema FRAME – Quadro-a-quadro; - 8 sensores CCDs: Pancromática, RGB e Infravermelho; - Obtêm imagens pancromáticas com 17.310 x 11.310 pixels e RGB e infravermelho com 5.770 x 3.770 pixels; - Unidade de processamento para avaliação da qualidade da imagem durante a execução do vôo; C â m e r a a n a l ó g i c a : Os vôos de fotografia aérea analógica continuam a ter o seu espaço e os resultados comprovados deste tipo de equipamento, associados a cadeias produtivas muito afinadas na utilização deste processo, muito contribuem para a sua permanência em atividade. Leica Wild RC30 Características: Resolução: 114 pl/mm Forward Motion Compensation – para eliminar efeitos de arraste Lentes: 153 mm Plataforma PAV30 – para compensar os movimentos normais de altitude da aeronave Marcas fiduciais ou marcas de colimação São marcações presentes nos vértices das fotografias aéreas ou nos lados e se prestam a localizar o ponto central – Mínima distorção; O eixo X da fotografia usualmente representa a linha de vôo, sendo o eixo Y perpendicular a esta linha; O formato mais difundido é o de 23 x 23 cm (= ao negativo) As fotografias aéreas não podem ser consideradas como mapas. Mas por meios fotogramétricos, usando-se a geometria sólida e plana, pode-se fazer mapas planimétricos e topográficos a partir delas, o que não ocorre com as fotografias normais (oblíquas). A geometria de aquisição dos dados através das fotografias aéreas, é diferente da dos mapas planialtimétricos, pois possuem um centro ótico, o que distorce os dados presentes nela. Desta forma, quanto mais distante do ponto central da fotografia, mais distorcido será o objeto. Os mapas possuem uma projeção Ortográfica – onde a visão de todos os objetos da superfície são visto do topo, sem distorções. Possuem também escala constante e não há o chamado deslocamento do relevo. Nas fotografias aéreas, devido à projeção de ponto central, existe o chamado deslocamento do relevo, onde, quanto mais alto for o objeto e quanto mais alto ele estiver no relevo, maior será o seu deslocamento. Nas fotografias também existe uma variação de escala. Deslocamento de paralaxe ou do relevo: fenômeno mais visível em fotos em que aparecem chaminés, edifícios e outras estruturas verticais altas, aparecendo deitadas nas fotografias. As fotografias são obtidas através de câmaras quadro-a-quadro ao longo de linhas de vôo, seguindo uma linha chamada nadir. Nadir é uma linha imaginária perpendicular entre a câmera aérea e o terreno. A linha nadir, também conecta o centro das imagens das fotografias aéreas verticais consecutivas. Sobreposição Frontal: entre 55% e 65% - Garante a estereoscopia Sobreposição Lateral: entre 25% e 35% - Garante o recobrimento total do terreno. É expressa em unidades de distância na fotografia por unidade de distância no terreno (p.ex.: 1/30000) varia ao longo da fotografia, de acordo com a elevação do relevo fotografado. É dependente da distância focal f, da altura de vôo sobre o datum (normalmente o nível do mar) - H, da altitude média do terreno h, e da altitude de vôo sobre o terreno H’ A cobertura do solo por uma fotografia é, entre outras coisas, função do formato do filme, que normalmente possui um padrão de 23x23cm f = 152,4mm Altitude: 18.300m E = 1/240 000 Altitude: 3.050m Altitude: 915m Bikini Atoll Aerial photography of a nuclear weapons test at Bikini Atoll on July 25, 1946 (copyright Smithsonian Inst., Washington, D.C.). Jensen, 2000 The first known aerial photograph was obtained by Gaspard Felix Tournachon (Nadar) from a tethered balloon 1,700-ft. above Paris, France in 1858. This is an oblique photograph obtained from the Hippodrome Balloon using a multiband camera. Jensen, 2000 Oblique aerial photograph of a European castle obtained from a camera mounted on a carrier pigeon. The pigeon’s wings are visible (copyright Deutsches Museum, Munich, Germany). Pigeons Jensen, 2000 In 1903, Julius Neubronner patented a breast-mounted camera for carrier pigeons that weighed only 70 grams. A squadron of pigeons is equipped with light-weight 70- mm aerial cameras. Pigeons Jensen, 2000 Copyright Deutsches Museum, Munich, Germany Balloon Photography Oblique aerial photograph of downtown Boston obtained by Samuel A. King and J. W. Black from a balloon at an altitude of 1,200 ft. on October 13, 1860. First aerial photograph taken from a captive balloon in the United States (copyright Smithsonian Institution, Washington, D.C.). Jensen, 2000 Boeing B-29 and Photogrammetric Equipment Getting ready to obtain aerial photography of the nuclear weapons test at Bikini Atoll on July 25, 1946 (copyright Smithsonian Inst., Washington, D.C.). Jensen, 2000 1. Finalidade das fotografias aéreas e produto final desejado 2. Distância focal da câmera 3. Formato da câmera e do negativo 4. Escala da fotografia 5. Tamanho da área a ser fotografada: a) Utilização de mapas de escalas pequenas e aerolevantamentos anteriores b) Delimitação dos limites da área e pontos de interesse e apoio c) Determinação das direções e cálculo das linhas de vôo 6. Cálculo da média das elevações a serem cobertas, posição do Sol, condições do vento, etc. 7. Recobrimento frontal e lateral desejados Uma área de estudo possui 10Km no sentido L-O e 16Km no sentido N-S. A câmera possui lentes com distância focal (f) de 152.4mm e um filme com formato de 230mm de lado. A fotoescala desejada é de 1/25000 e os recobrimentos frontal e lateral são, respectivamente, de 60% e 30%. O início e o fim das linhas de vôo estão programadas para os limites da área. O único mapa disponível está na escala de 1/62500. Este mapa indica que a média de elevação do terreno é de 300m sobre o Datum. Faça os cálculos necessários para o desenvolvimento de um plano de vôo e desenhe o esquema. f (lentes)= 152,4mm L (filme Lado)= 230mm S = 1/25000 Cf = 60% Cl = 30% hméd. = 300m f H = ------- x hméd. E H = 0,1524m / 1:25000 + 300m = 4 110m tamanho da foto C = ------------------------- escala da foto 0,23m C = ------------------------- 1/25 000 C = 5.750m Base aérea (B) = (1 – Cf) x C Base aérea (B) = 0,4 x 5.750m = 2.300m NFL = CLV / B + 1 NFL 16.000m / 2.300m + 1 = 7,95 fotos = 8 fotos por linha Base aérea (entre linhas) = (1 – Cf) x CTBase aérea (entre linhas) = 0,7 x 5.750m = 4.025m NFV = Largura da área (L) / BL NFL 10.000m / 4.025m + 1 = 3,48 linhas = 4 linhas 8 fotos/linha x 4 linhas = 32 fotos Quanto maior a altitude de vôo, menor o deslocamento do terreno. Na escolha da escala, devem-se considerar os fatores de ordem técnica e econômica, onde os critérios e limitações para sua escolha são: Teto do vôo (altitude de cruzeiro) e distância focal da lente Precisão planialtimétrica desejada Deslocamento do terreno Número de fotografias a serem manuseadas Custo do vôo Tipo e características do avião •Boa visibilidade frontal, lateral e vertical; •Velocidade de cruzeiro entre 250 e 960Km/h •Autonomia de vôo entre 3h e 6h •Sol deve estar de 30 a 45o acima do horizonte •As condições atmosféricas devem ser normais • no seu regime normal, dentro de suas margens A forma dos alvos registrados nas imagens de sensoriamento remoto é um elemento muito objetivo e essencial na fotointerpretação. É função da escala da fotografia. Sua maior ou menor significação depende de uma escala que permita a visualização das características morfológicas na imagem. Sua principal vantagem é que ela delimita a classe de objetos, além de ser fator importante nos trabalho de interpretação vinculados a fenômenos urbanos, geomorfológicos e outros. São fenômenos comuns nas imagens fotográficas e normalmente oferecem meios para julgar o tamanho e forma dos alvos pela observação das sombras projetadas (altura de edifícios, árvores, etc.). As sombras presentes em fotografias aéreas auxiliam também na caracterização do perfil dos alvos de interesse. Entretanto, o efeito da sombra mascara também certos detalhes a serem julgados na análise de determinados estudos. A tonalidade fotográfica é uma resposta da quantidade relativa da luz refletida ou da radiação emitida por um determinado alvo que é registrada em uma emulsão fotográfica. Tem importância especial na identificação de tipos de vegetação, tipos de solo, natureza da sedimentação, etc. É um elemento essencial na interpretação de imagens, especialmente quando se trata das pancromáticas ou no infravermelho preto e branco. Panchromatic Black and White Infrared Tivoli North Bay on the Hudson River, NY Aerial Photography Normal Color False-color Infrared Using Wratten #12 filter Jensen, 2000 A cor é uma propriedade que os materiais possuem de refletir raios de luz de um comprimento de onda particularmente dominante. Croma, saturação e brilho são as três variáveis que a constituem, tais variáveis podem ser diferenciadas pelo ser humano através de 1.000 unidades coloridas (American Society of Photogrammetry, 1975). Nas imagens orbitais normalmente são associadas a aquisição de imagens de pelo menos 3 regiões do EEM diferentes Padrão ou arranjo espacial dos objetos caracteriza- se pela união ou extensão de formas reproduzidas nas imagens fotográficas e dão uma importante pista de sua origem e/ou função. Padrões de afloramentos fornecem indícios sobre a estrutura geológica e os de drenagem são associados com estrutura, litologia e textura do solo (Anderson, 1979). Alguns padrões são facilmente reconhecidos como aspectos retilíneos e ortogonais – cidades, estruturação de ruas. Textura é o padrão de arranjo dos elementos tonaise representa a imagem do conjunto, dado pela disposição das menores feições que conservam sua identidade na escala da imagem fotográfica. Assim, textura ou elemento textural é a menor superfície contínua e homogênea distinguível na imagem fotográfica e passível de repetição. Na análise de imagens fotográficas pode-se separar diferentes graus de densidade de textura, ou seja, zonas com maior ou menor número de elementos texturais por unidade de área. A textura é a impressão visual da rugosidade ou uniformidade originada por alguns objetos na superfície. Em imagens de escalas muito pequenas, a textura é a combinação dos elementos de reconhecimento ou de interpretação: tonalidade, forma, tamanho e padrão. A localização é o entendimento ou familiarização com a região geográfica fotografada. Tal entendimento pode ser feito através da literatura ou em visitas à área de estudo. Por exemplo: sabendo-se que as imagens fotográficas são de uma zona de cerrado, a vegetação desta área não será confundida com a que aparece em imagens de outras áreas – cerrado x mata galeria x floresta equatorial A interpretação visual de imagens é basicamente um processo dedutivo, com critérios de subjetividade em alguns aspectos. Feições que podem ser reconhecidas e identificadas diretamente conduzem o intérprete à identificação e localização de outras feições. Mesmo que todos os aspectos de uma área estejam irreversivelmente interrelacionados, o fotointérprete deve começar por um deles. Assim, para cada terreno, o intérprete deve achar um ponto de partida e então considerar cada um dos seus vários aspectos de uma maneira lógica. Resolução é a capacidade de um sistema de imageamento (incluindo lentes, filtros, detetores, emulsão, exposição, processamentos, etc.) de gravar ou registrar detalhes de maneira distinta. é a fase de reconhecimento e identificação dos elementos na imagem. Assim, o intérprete dedica-se ao estudo dos objetos e características claramente visíveis em uma imagem – depende muito do grau de familiaridade com a área em estudo. inicia-se com a escolha das características a serem analisadas. Por exemplo: o geólogo pode observar direções de camadas, falhamentos, fraturas, etc.. Assim, a análise deve correlacionar-se o quanto possível, com elementos e padrões diretamente visíveis de serem quantificáveis. esta fase implica numa descrição das imagens fotográficas dentro de uma margem de raciocínio lógico, valendo-se das técnicas auxiliares, do exame cuidadoso dos elementos de interpretação e de uma avaliação dedutiva e indutiva destes elementos. PERCEPÇÃO DE PROFUNDIDADE: Método Monoscópico – Visão monocular Método Estereoscópico – Visão binocular É o fenômeno natural resultante da aplicação dos princípios da visão binocular à apreciação de duas fotografias de um mesmo objeto obtidas a partir de pontos de vista distintos. Vendo cada foto com um olho, o observador poderá ver o objeto em três dimensões. Condições: Os eixos óticos devem ser coplanares; A diferença de escala deve ser de, no máximo, 15% ESTEREOSCÓPIOS: São instrumentos que procuram manter a convergência dos eixos ópticos no infinito sem esforço para o observador. Os principais tipos de estereoscópios são: Estereoscópios de lente ou de bolso: Possuem lentes plano- convexas montadas sobre um suporte que permite ajustar a distância entre as lentes em função da distância interpupilar do observador. Suas principais vantagens são o baixo custo, portabilidade e simplicidade de manutenção e operação. Suas principais desvantagens são: zona de sobreposição entre as fotos no instante da observação, necessidade de utilização de óculos para observador míope, dificuldade de realizar anotações sobre as fotografias. Estereoscópios de espelho: Possui dois espelhos grandes e dois pequenos, ambos em 45o com a horizontal. Possui também duas lentes plano-convexas. É também dotado de binóculos que além de permitirem focalização individual, podem fornecer uma ampliação deaté 8 vezes.
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