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ARTES VISUAIS FOTOGRAFIA Suzana Barretto Ribeiro Talita Roberta Turatti Braga http://unar.info/ead2 FOTOGRAFIA Suzana Barretto Ribeiro / Talita Roberta Turatti Braga APRESENTAÇÃO Caro aluno, Seja bem-vindo ao módulo de Fotografia. Espero neste período em que estaremos caminhando juntos, fornecer o prazer pela produção e pela análise de imagens. A imagem que introduz este texto nos conduz a reflexão sobre a possibilidade de colecionar retratos, paisagens e lugares. A fotografia, entendida desta maneira, permite a ampliação do conhecimento sobre o mundo e a manutenção da memória. Outra questão fundamental que a fotografia nos apresenta é sintetizada pelo fotógrafo Edward Weston: O trabalho mais importante e, possivelmente, mais difícil do fotógrafo não é aprender a manejar sua câmera, a revelar ou copiar. É aprender a ver fotograficamente – aprender a ver seu assunto nos termos das capacidades de seus instrumentos e processos, de tal forma que ele possa, instantaneamente, transpor os elementos e valores da cena para dentro da fotografia que ele quer fazer. Considerando tais questões, neste módulo serão apresentadas referências teóricas, técnicas e práticas sobre o fazer fotográfico, porém instigando, sempre que possível, a reflexão sobre a fotografia. Procuro ainda, apresentar a fotografia numa perspectiva interdisciplinar, ou seja, como resultado de diálogo constante entre a ciência e as demais artes visuais, como a pintura e o cinema. Bons estudos e boa prática! PROGRAMA DA DISCIPLINA Ementa História, teoria e prática da Fotografia, introdução aos conhecimentos da técnica, máquina fotográfica e seu funcionamento, tipos de filmes e equipamentos. Introdução ao laboratório: técnicas, tecnologias, materiais e equipamentos. Sistemas óticos. Linguagem e estilo fotográfico. A iluminação e os seus conceitos básicos, luz artificial (flash). Fotografia Digital. A fotografia e suas várias aplicações: estúdio e a fotografia da moda. Objetivos Proporcionar o domínio da produção e manipulação de imagens técnicas analógicas e digitais. Propiciar o controle dos equipamentos de fotográfica analógica e digital. Propiciar o controle da fotografia com luz artificial em estúdio. Pensar fotograficamente, ou seja, entender e solucionar as questões relacionadas à composição: enquadramento, fotometria, foco, profundidade de campo e controle do registro de movimento. Estar apto a desenvolver um trabalho de pesquisa em fotografia. Conteúdo 1. HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA 2. HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA- A INVENÇÃO DA FOTOGRAFIA: OS PRECURSORES 3. HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA: IMPACTOS DA FOTOGRAFIA 4. FOTOGRAFIA ANALÓGICA 5. FOTOGRAFIA DIGITAL 6. FUNDAMENTOS – DIAFRAGMA E VELOCIDADE DO OBTURADOR 7. FUNDAMENTOS - TIPOS DE LENTES 8. FUNDAMENTOS – DISPOSITIVOS DA EXPOSIÇÃO 9. FUNDAMENTOS – COMPOSIÇÃO 10. LINGUAGEM FOTOGRÁFICA – ELEMENTOS 11. LINGUAGEM FOTOGRÁFICA – GÊNEROS FOTOGRÁFICOS 12. LINGUAGEM FOTOGRAFICA – PERSPECTIVA 13. FORMATOS DE IMAGENS DIGITAIS 14. TIPOS DE CARTÃO DE MEMÓRIA NA IMAGEM DIGITAL 15. CONJUNTO PARA ESTUDIO 16. ILUMINAÇÃO EM ESTÚDIO – FLASH 17. ILUMINAÇÃO PARA FOTOGRAFIA DE PRODUTO (STILL) 18. ILUMINAÇÃO PARA FOTOGRAFIA 19. COMEÇANDO UM PROJETO 20. REVELAÇÃO E AMPLIAÇÃO DE FILME PRETO E BRANCO Avaliação No sistema EAD, a legislação determina que haja avaliação presencial, sem, entretanto, se caracterizar como a única forma possível e recomendada. Na avaliação presencial, todos os alunos estão na mesma condição, em horário e espaço pré-determinados. A avaliação a distância, no entanto, permite que o aluno realize as atividades avaliativas no seu tempo, respeitando-se, obviamente, a necessidade de estabelecimento de prazos. A avaliação terá caráter processual e, portanto, contínuo, sendo os seguintes instrumentos utilizados para a verificação da aprendizagem: 1) trabalhos individuais; 2) provas bimestrais realizadas presencialmente; 3) Ensaio fotográfico acompanhado de texto. Metodologia Disciplina oferecida na modalidade a distância (EAD). Incentiva-se a formação de grupos de estudo autônomos, orientados pelo professor tutor. As estratégias de recuperação incluirão: 1) retomada eventual dos conteúdos abordados nos módulos, quando não satisfatoriamente dominados pelo aluno; 2) elaboração de trabalhos com o objetivo de auxiliar a vivência dos conteúdos. BIBLIOGRAFIA Bibliografia Básica: HEDGCOE, J. O Novo manual de fotografia. SP: Senac, 2005. HOPPE, A. Fotografia digital sem mistérios. Balneário Camboriú: Editora Photos, 2005 JANSON H. W. & e JANSON, A. F. Introdução à história da arte. SP: Martins Fontes, 1999. TRIGO, Thales. Equipamento Fotográfico: Teoria e Prática. São Paulo. Ed. Senac. 2002. Bibliografia Complementar: DUBOIS, P. O ato fotográfico. Campinas: Papirus, 2003. KUBRUSLY, C.A. O que é a fotografia. SP; Brasiliense, 2003. FOTOGRAFIA UNIDADE 1 - História da Fotografia 1 CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Conhecer a história da fotografia, sua relação com o contexto histórico e o impacto causado na sociedade, nas artes e nas ciências. ESTUDANDO E REFLETINDO A PRÉ HISTÓRIA NA FOTOGRAFIA A fotografia teve origem na união de conhecimentos adquiridos em diversos lugares e em diferentes épocas. Seu surgimento está intimamente ligado ao desenvolvimento de duas disciplinas cientificas: a ótica e a química. Existem experiências realizadas, em vários locais e distintos períodos da Historia, que podem ser consideradas precursoras da invenção da fotografia. Árabes - século XIII Utilização da câmera obscura – um quarto escuro com um pequeno orifício em uma parede por onde a luz atravessava, para formar uma imagem invertida na parede oposta. A pesquisa foi realizada para estudar fenômenos óticos. FOTOGRAFIA UNIDADE 1 - História da Fotografia 2 Descrição de um eclipse solar observado com uma câmera escura. Constantinopla - 1038 Grécia antiga (384-322 A.C.) Aristóteles descreveu o mecanismo da câmara escura intuitivamente ao observar um eclipse solar através de um minúsculo furo de uma folha. Renascimento (século XV) Leonardo da Vinci utilizou a câmera obscura, tendo estabelecido as relações físicas entre as proporções da imagem formada e as propriedades da imagem da câmera. Giovanni Baptista Della Porta, artista e cientista, desenvolveu uma câmera escura, na qual adaptou uma lente no lugar do orifício. Essa técnica passou a ser utilizada por pintores e desenhistas que, com o auxilio de um espelho, projetavam num vidro despolido a imagem que queriam desenhar. Na imagem ao lado, a câmera escura é adaptada para reprodução com maior nitidez e controle da cena registrada. FOTOGRAFIA UNIDADE 1 - História da Fotografia 3 Num quarto escuro a luz atravessa um pequeno orifício na parede frontal e projeta uma imagem invertida da vista exterior, numa parede ao fundo. Estética renascentista O sonho da ciência e da arte nascia ao capturar a realidade com objetividade. Ainda restava conquistar, a forma, o movimento, a cor, a expressão dos sentimentos humanos. A objetividade da representação passa a ser o grande desejo da arte visual. O Homem como medida para todas as coisas. Leonardo da Vinci Conceitos da perspectiva FOTOGRAFIA UNIDADE 1 - História da Fotografia 4 Proporção e perspectiva para representação do homem. Daí a sugestão de profundidade, regras de perspectiva e um novo código cultural para interpretar o mundo tridimensional numa tela bidimensional. Escolhia-se o ponto de vista e reorganizava-se os outrosobjetos com dimensões proporcionais a sua distância em relação à figura principal, dando a ilusão de profundidade numa tela plana. Descobertas científicas No séc. XVIII foram realizadas as primeiras experiências com substâncias químicas capazes de registar as imagens na câmara escura, sem ter que as desenhar à mão. FOTOGRAFIA UNIDADE 1 - História da Fotografia 5 - 1727 o alemão Johann Heinrich Shullze, professor de medicina, ao explorar a foto e a sensibilidade do nitrato de prata, conseguiu obter uma imagem, ainda que pouco definida e momentânea. - 1777 o químico sueco Carl Wilhelm Scheele constatou que o cloreto de prata, não submetido à ação da luz, se dissolvia no amoníaco. Esta descoberta será utilizada posteriormente para tornar permanentes as imagens fotográficas. - 1802 o inglês Thomas Wedgwood, associado ao químico Humphry Davy, reproduziram imagens sobre couro e papel embebidos numa solução de nitrato de prata. As suas experiências demonstraram que era possível obter quimicamente através da luz, não somente imagens indefinidas, mas também o contorno de objetos como folhas de árvore e tecidos. BUSCANDO CONHECIMENTO Experimente um passeio pela história da fotografia. Conheça o contexto social, político, econômico e das artes, visitando os links: http://www.itaucultural.org.br/fotografia http://vimeo.com/24449569 http://www.youtube.com/watch?v=VUsqS8Ena14 FOTOGRAFIA UNIDADE 2 - HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA- A INVENÇÃO DA FOTOGRAFIA: OS PRECURSORES 6 CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Conhecer a história da invenção da fotografia e seus precursores. ESTUDANDO E REFLETINDO OBTENDO A IMAGEM 1.1 Joseph Nicéphore Niépce (1765–1833) França Desde o final do séc. XVIII Niépce tenta fixar imagens da câmera escura. Em 1826 consegue fixar a primeira imagem fotográfica da natureza, a partir da gravação em metal sobre uma chapa de vidro. Vista do quarto 1826 FOTOGRAFIA UNIDADE 2 - HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA- A INVENÇÃO DA FOTOGRAFIA: OS PRECURSORES 7 Note que ambos os lados do pátio estão iluminados, resultado de uma exposição de oito horas. Câmera Heliografica FOTOGRAFIA UNIDADE 2 - HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA- A INVENÇÃO DA FOTOGRAFIA: OS PRECURSORES 8 Niépce usa betume da Judéia para sensibilizar placas metálicas como nesta heliografia impressa sobre uma placa de zinco. Consegue fixar parcialmente a imagem sobre um papel sensibilizado com cloreto de prata, usando como fixador o ácido nítrico. Passa a utilizar lâminas de cobre prateada e alcança melhorias de contraste. Para decepção do autor, constata que o tempo de exposição continua muito longo e as partes que deveriam ser claras, apareciam escuras. Cardeal D’Amboise – 1826 Niépce continuava tentando elaborar uma placa de impressão para litografia, porém, o resultado apresentava pouco contraste e pouca definição. Louis Jacques Mandé Daguerre (1787–1851) França Como pintor e empresário do ramo de espetáculos, inventou o Diorama, uma tela apresentada em sala de espetáculos com efeitos obtidos pela luz de velas. Sociedade Niépce & Daguerre Na tentativa de aperfeiçoar o método heliográfico procura por Louis Jacques Mandé Daguerre. Com o avanço da invenção e a morte de Nièpce, Daguerre alcança grande popularidade em seu tempo com a não-duplicável imagem invertida sobre uma placa de metal. FOTOGRAFIA UNIDADE 2 - HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA- A INVENÇÃO DA FOTOGRAFIA: OS PRECURSORES 9 Boulevard 9u Temple, Paris, 1838. Esta imagem foi resultado dos primeiros testes de Daguerre, antes de anunciar seu sucesso. Provavelmente, foi o primeiro registro de um anônimo, engraxando os sapatos na esquina, pois, em função do longo tempo paralisado a câmera registrou sua presença. Daguerreótipo Dois anos após a morte de Nièpce, Daguerre descobre que uma imagem latente podia ser revelada com vapor de mercúrio, reduzindo o tempo de exposição para 20 ou 30 minutos. O resultado foi uma imagem em positivo protegido com vidro e fechada em estojo. Daguerre patenteia a invenção e a vende para a Academia de Ciências de Paris que, em 19 de agosto de 1939, faz a divulgação para a humanidade. Apesar do sucesso do Daguerreótipo, que se popularizou por mais de 20 anos, sua fragilidade, a dificuldade de ser vista a cena devido à reflexão do fundo polido do cobre e a impossibilidade de se fazer várias cópias do mesmo original, motivou novas tentativas com a utilização da fotografia sobre o papel com o uso do negativo. Estojo, moldura, daguerreótipo, passepatout e vidro. FOTOGRAFIA UNIDADE 2 - HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA- A INVENÇÃO DA FOTOGRAFIA: OS PRECURSORES 10 Willian Henry Talbot (1800–1877) Inglaterra Homem de múltiplos interesses pesquisava a fixação da imagem há tempos. Começa seus experimentos fazendo contatos fotográficos diretamente sobre papel. No ano de 1835, Talbot fez a primeira fotografia com sua pequena câmera de madeira, com somente 6,30 cm2. Tornou-se necessário de meia a uma hora de exposição e a imagem negativa, fixada com sal de cozinha e submetida a um contato com outro papel sensível. Desse modo, a imagem surgia em positivo. Antoine Hercules Romuald Florence (1804 –1879) França-Brasil Hercules Florence veio para o Brasil em 1824. Logo após sua chegada, participou como desenhista da expedição científica comandada pelo Barão de Langsdorff. Desenvolveu uma série de invenções relacionadas à captação da imagem. Seguindo a meta de um sistema de reprodução, pesquisou a possibilidade de se reproduzir a imagem pela luz do sol e, por esse princípio, descobriu, em 1832, um processo fotográfico que denominou Photographie. Toda a sua trajetória de pesquisa pode ser comprovada pela descrição em seus diários da época. Em 1833, Florence fotografou através da câmera escura com uma chapa de vidro e usou um papel sensibilizado para a impressão por contato. Câmara Escura portátil, tipo usada por Talbot e Daguerre FOTOGRAFIA UNIDADE 2 - HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA- A INVENÇÃO DA FOTOGRAFIA: OS PRECURSORES 11 BUSCANDO CONHECIMENTO http://pt.slideshare.net/isisnogueira/histria-da-fotografia-pioneiros-e-suas-contribuies- 6120353 http://pt.wikipedia.org/wiki/Fotografia_no_Brasil FOTOGRAFIA UNIDADE 3 - HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA: IMPACTOS DA FOTOGRAFIA 12 CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Conhecer a história da fotografia e os impactos proporcionados. .ESTUDANDO E REFLETINDO IMPACTOS DA FOTOGRAFIA Fotografia no século XIX A partir dessa fase, o aparato para fotografar é rapidamente simplificado possibilitando que o fotógrafo saia de seu laboratório ou de sua casa para registrar um número significativamente maior de paisagens e objetos que só se conheciam pela referência oral. Enquanto na Europa o progresso da invenção estava associado ao retrato, o paisagismo era o grande tema nos Estados Unidos. Em meados do século XIX, Felice Beato viaja ao Oriente e fotografa os primeiro contatos da cultura europeia com a oriental. Registra a China, o Japão, a Guerra da Criméia, etc. Em 1888, George Eastman dá importante contribuição para a popularização da fotografia, fabricando câmeras pequenas, que eram vendidas com filme já colocado. As pessoas compravam as câmeras, fotografavam e as devolvia à Empresa, onde o filme era revelado. Neste momento, nascia a Kodak. A busca pelo aperfeiçoamento técnico prossegue modificando a fotografia e acompanha o surgimento dos gêneros, das linguagens e das correntes estéticas. Na virada do século e nas primeiras décadas do século XX surgem vários fotógrafos que trabalham os inúmeros materiais fotográficos:novos modelos de câmera, objetivas e filmes industrializados, inclusive coloridos. As conquistas das revoluções Francesa e Industrial trazem uma nova forma de ser e estar no mundo. FOTOGRAFIA UNIDADE 3 - HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA: IMPACTOS DA FOTOGRAFIA 13 O Retrato e os estúdios fotográficos Em 1843, David Octavius Hill e Roberto Adamson inauguram, na Inglaterra, o primeiro estúdio comercial para retratos. Em 1854, André Disdéri introduz na França a carte-de-visite feita com albúmen e numa produção em série FOTOGRAFIA UNIDADE 3 - HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA: IMPACTOS DA FOTOGRAFIA 14 que barateia o custo final do retrato. A fotografia no século XIX por um lado é entendida pelo poeta Baudelaire com a função de “enriquecer o álbum do viajante e devolver a seus olhos a precisão que falta à sua memória, ornar a biblioteca do naturalista, exagerar os animais microscópicos, fortalecer até com algumas informações as hipóteses do astrônomo; enfim, ter o papel de secretária e caderno de notas de alguém que tenha a necessidade em sua profissão como de uma exatidão material absoluta.” Assim, vimos como foi atribuída à fotografia a função de comprovar a realidade. No entanto, por outro lado, muitos artistas se sentiram liberados para compreender o mundo, sem ter que reproduzi-lo fielmente. Rapidamente os grandes centros urbanos da época ficaram repletos de fotógrafos, a ponto de vários pintores figurativos como Dellaroche, exclamarem com desespero: "a pintura morreu"! Foi nesse contexto cultural que artistas/fotógrafos buscaram na própria fotografia uma forma de expressão artística e os artistas, já liberados, puderam mostrar sua impressão sobre a realidade, gerando o movimento Impressionista. Fotografia de viagem FOTOGRAFIA UNIDADE 3 - HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA: IMPACTOS DA FOTOGRAFIA 15 Pesquisas sobre o andar do homem ou o vôo dos pássaros, em 1887, levam ao desenvolvimento da fixação fotográfica de várias fases de um corpo em movimento, que será a base para desenvolvimento do cinema. FOTOGRAFIA UNIDADE 3 - HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA: IMPACTOS DA FOTOGRAFIA 16 1.3 Entre a arte e a técnica BUSCANDO CONHECIMENTO Experimente um passeio pela história da fotografia. Conheça o contexto social, político, econômico e das artes, visitando os links: http://www.itaucultural.org.br/fotografia http://vimeo.com/24449569 http://www.youtube.com/watch?v=VUsqS8Ena14 http://www.cotianet.com.br/photo/hist/ FOTOGRAFIA UNIDADE 4 - FOTOGRAFIA ANALÓGICA 17 CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Conhecer os mecanismos básicos da câmera fotográfica analógica que servirão para compreender também a câmera digital. ESTUDANDO E REFLETINDO FOTOGRAFIA ANALÓGICA 1. Tipos de Câmeras A primeira classificação que se faz das câmeras analógicas está relacionadas com o formato de filme que utilizam. Formatos Formato 120: essas câmeras trabalham com filmes em rolos de 6 cm de largura. Dependendo do modelo produzem fotogramas de 6 x 4,5 cm, 6 x 6, 6 x 7 cm, 6 x 9 cm, 6 x 12 cm e eles são mais utilizados na produção profissional. Formato 4 x 5: câmeras essencialmente utilizadas em estúdio profissional produzem uma imagem de 4 x 5 polegadas, a partir de filmes em chapa. Elas são máquinas pesadas e de difícil manejo. Apesar de terem aparência antiga, são equipamentos muito sofisticados. Formato 135: é a câmera mais versátil e popular, produz fotogramas de formato de 24x 36 mm, dispondo de vários recursos, que analisaremos a seguir: Câmeras 135 mm e seus componentes 1.1 Visor direto FOTOGRAFIA UNIDADE 4 - FOTOGRAFIA ANALÓGICA 18 Modelo amador e caracteriza-se por dispositivo de visão independente da objetiva. Esse modelo carreta o erro de paralaxe: diferença de ângulo de visão do visor, em que é enquadrada a cena, e da objetiva que leva a imagem ao filme. O enquadramento de cenas mais próximas aumenta a diferença, esse problema é responsável, às vezes, por alguns cortes de imagens não intencionais. Essas câmeras têm as seguintes características: Telêmetro: sistema de foco que faz aparecer duas imagens no visor; girando-se o anel e colocando na objetiva, as imagens deslocam-se até se sobreporem, indicando o foco correto. Foco fixo: nesses modelos normalmente se pode focar objetos numa distancia de 2 metros até o infinito. Foco variável: algumas câmeras desse tipo apresentam escala de distância do motivo fotografado, representada por símbolos ou grafada em metros. 1.2 Monoreflex (SLR) São câmeras mais sofisticadas e a ela que daremos ênfase, pois dispõem de inúmeros recursos, que possibilitam maior controle do resultado. A denominação reflex refere se à utilização de um espelho no interior do corpo da câmera, que reflete a imagem captada pela objetiva de um visor situado atrás da câmera. A grande vantagem desse sistema, com relação ao visor direto, é que a imagem enquadrada no visor é a mesma que será gravada no filme, isto é, não há erro de paralaxe. FOTOGRAFIA UNIDADE 4 - FOTOGRAFIA ANALÓGICA 19 1. Objetiva 2. Espelho 3. Plano focal 4. Pentaprisma 5. Visor 6. Filme / Sensor Como vimos no esquema acima, o obturador e o diafragma controlam a quantidade de luz que entra na câmera. A luz proveniente das cenas que fotografamos varia de intensidade, por isso é preciso quantificar essa luz para determinar uma exposição correta do filme. Nas câmeras mais simples, são utilizados símbolos para situações de luzes comuns, normalmente indicadas no anel da objetiva. As câmeras com mais recursos incorporam um mecanismo medidor da quantidade de luz que entra na câmera, chamado fotômetro. Na maioria das câmeras, a leitura do fotômetro é indicada no interior do visor, por ponteiros, pontos de luz ou pela própria indicação em números da abertura e velocidades corretas. Existem vários tipos de leituras: Leitura automática: combina velocidade e abertura automaticamente. Leitura semi-automática: a abertura é determinada pelo fotógrafo; a máquina encontrará a velocidade correspondente à condição de luz. Leitura manual: a velocidade e a abertura são controladas manualmente; este tipo de leitura possibilita explorar os efeitos de diafragma e de obturador. Medição integrada: o fotômetro calcula a quantidade de luz proveniente do objeto enquadrado e faz a média da luminosidade em todos os pontos da imagem. Medição pontual: atende só a luz que incide numa pequena zona central do visor. FOTOGRAFIA UNIDADE 4 - FOTOGRAFIA ANALÓGICA 20 2. O filme fotográfico O filme absorve a luz por fotossensibilidade, transformando os sais de prata, em prata metálica após a revelação. 2.1 Fotografia colorida Reprodução de qualquer cor, a partir das três cores primárias aditivas. Similar ao processamento preto e branco, o revelador converte a imagem latente em prata metálica negra para posteriormente ativar os acopladores corantes. As cores refletidas pelo modelo são decompostas em cores primárias. A imagem latente é registrada em suas respectivas camadas. Cada uma das cores primárias é registrada sob sua forma complementar FOTOGRAFIA UNIDADE 4 - FOTOGRAFIA ANALÓGICA 21 No papel, a luz branca atravessa o negativo formando a imagem latente na emulsão. Se o negativo está em sua cor complementar, o resultado será positivo. FOTOGRAFIA UNIDADE 5 - FOTOGRAFIA DIGITAL 22 CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Proporcionar o domínio da produção e manipulação de imagens digitais. Propiciar o controle dos equipamentos de fotografia digital. ESTUDANDO E REFLETINDO FOTOGRAFIA DIGITAL A câmera SRL (single lens reflex) digital Fotografia digital - imagemfotográfica obtida por meio de um sensor óptico associado a um processador eletrônico que a transforma em um arquivo de computador. Na câmera digital a captação da imagem ocorre pela sensibilização de sensores chamados fotodiodos; são componentes eletrônicos que convertem luz (fótons) em sinais elétricos (elétrons) formando o pixel (picture element). Os sensores são de dois tipos: FOTOGRAFIA UNIDADE 5 - FOTOGRAFIA DIGITAL 23 CCD – registradores de carga acoplados entre si, transferem a carga um para o outro para que sejam lidas, linha por linha, coluna por coluna, a partir de um dos cantos do sensor, onde atua um amplificador e um conversor para voltagem. CMOS – fotodiodos individualmente associados a amplificadores, conversores e transístores, permitem a leitura e decodificação a partir das bordas do sensor. São mais rápidos e energeticamente mais eficientes que os CCDs. A captação da imagem pode ser realiza da por dois processos: Em Mosaico – filtros de cor em apenas uma camada de fotodetectores. Cada pixel captura apenas uma cor. Captura Foveon X3 – filtros de cor em três camadas separadas dos fotodetectores combinados ao silício. Superpostas criam o pixel colorido. A maneira de capturar imagens é praticamente a mesma da fotografia analógica, mas em vez de um filme fotossensível, há uma superfície eletrônica que recebe a informação luminosa e a converte em código digital. FOTOGRAFIA UNIDADE 5 - FOTOGRAFIA DIGITAL 24 Recursos da câmera As câmeras digitais possuem ícones que facilitam o trabalho do fotógrafo. Vamos conhecê-los: Seleção e modo de disparo: P - Programada Auto – exposição automática permite interferência para selecionar velocidade ou abertura. TV - Prioridade de velocidade (S) AV - Prioridade de abertura (A) M - Manual (M) - para obter efeitos de velocidade e diafragma é necessário utilizar o modo manual ISO – Fotossensibilidade A-DEP – modo automático que prioriza a nitidez entre dois planos Programas no Menu FOTOGRAFIA UNIDADE 5 - FOTOGRAFIA DIGITAL 25 Seletor de foco: Qualidade de imagem: • Normal AF • HI (TIFF) • Paisagem - Infinito • FINE (4:1 JPEG) • Macro • NORMAL (8:1 JPEG) • BASIC (16:1 JPEG) • Full (2048 x 1536) • UXGA (1600 x 1200) • SXGA (1280 x 960) • XGA (1024 x 768) • VGA (640 x 480) • 3:2 (2048 x 1360) White Balance O olho humano tem a capacidade de ver cores reais em qualquer condição de luz. No entanto, a variação de luz produz cores diferentes. A dificuldade para fotógrafos é que o sensor digital da câmera não se ajusta como o nosso cérebro; em função desta condição é, necessário definir no menu qual é a temperatura de cor. Para isso usamos o recurso do Balanço de Branco (WB). • Automático • Ajuste de balanço de brancos – condições de luz pouco habituais. • Luz do sol. • Incandescente. • Fluorescente. • Céu nublado. • Flash. BUSCANDO CONHECIMENTO http://www.mochileiros.com/conhecendo-sua-maquina-digital-t36460.html FOTOGRAFIA UNIDADE 6 - FUNDAMENTOS – DIAFRAGMA E VELOCIDADE DO OBTURADOR 26 CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Conhecer o procedimento do diafragma e do obturador na câmera digital e analógica. ESTUDANDO E REFLETINDO Abertura do Diafragma Conjunto de lâminas situado na objetiva; é responsável pela regulagem da intensidade de luz que atinge o filme. É composto por várias lâminas sobrepostas que abrem e fecham, determinando o diâmetro da abertura através da qual a luz passa. Número f/ ou número de abertura Diafragma é o indicativo da quantidade de luz que passa através do diâmetro de abertura do diafragma. Os números f/ mais comuns das objetivas são 2, 2.8, 4, 5.6, 8, 11, 16, 22. Quanto menor é o número, maior é abertura do diafragma, permitindo assim maior incidência de luz sobre o filme da câmera analógica, ou o sensor das cameras digitais, para produzir imagens. A relação existente entre esses números é sempre proporcional. A abertura representada por um número f/ posterior admite metade da luz da abertura anterior. Exemplo: f/2.8 admite metade da luz f/2. FOTOGRAFIA UNIDADE 6 - FUNDAMENTOS – DIAFRAGMA E VELOCIDADE DO OBTURADOR 27 f 22 16 11 8 5.6 4 2.8 2 1.4 1.4 2 2.8 4 / 5.6 8 / 11 16 22 pequena profundidade intermediária grande profundidade de campo de campo Efeitos de abertura do diafragma: Pequena e grande profundidade de campo FOTOGRAFIA UNIDADE 6 - FUNDAMENTOS – DIAFRAGMA E VELOCIDADE DO OBTURADOR 28 Pequena profundidade de campo Grande profundidade de campo Usando a Profundidade de Campo Uma Profundidade de campo extensa (pequena abertura de objetiva grande- angular) pode ser usada para: Paisagens, como vistas gerais ou ângulos abertos; Arquitetura, quando as áreas diante de edifícios são importantes; Interiores, quando se incluem móveis próximos e janelas; Obtendo melhores resultados, pois a abertura pequena tende a diminuir a incidência de reflexos na lente e assim melhorar seu desempenho. Uma profundidade de campo pequena (grande abertura) cria uma área nítida pequena na imagem e pode ser usada: Focar a atenção do observador em retratos; Reduzir a distração criada por elementos que não são desejados na imagem e não podem ser removidos do campo visual das lentes; Destacar o elemento principal; Velocidade do obturador FOTOGRAFIA UNIDADE 6 - FUNDAMENTOS – DIAFRAGMA E VELOCIDADE DO OBTURADOR 29 Mecanismo incorporado ao corpo da câmera responsável pelo controle do tempo em que o filme ficará exposto á luz. Número de velocidade O número de velocidade determina o tempo de ação do obturador, isto é, a velocidade em que ele abre e fecha. Os números situados no anel do obturador são determinados por frações de segundo. Exemplo: 1s, 1/2s, 1/4s,1/60s, etc. os números são representados inteiros. Exemplo: velocidade 60 significa 1/60s. É importante observar que quanto maior for o número de velocidade, menor será o tempo em que o obturador ficará aberto. Se o obturador abre e fecha num tempo muito curto, menor será a incidência de luz sobre e película. Quanto menor o tempo de exposição, menos luz é absorvida no interior da máquina, maior a abertura do diafragma necessária para se obter uma exposição correta. Exemplo: Efeitos de velocidade do obturador: Movimento congelado ou registrado B 1 2 4 8 15 30 / 60 125 / 250 500 1000 2000 4000 movimento registrado movimento congelado FOTOGRAFIA UNIDADE 6 - FUNDAMENTOS – DIAFRAGMA E VELOCIDADE DO OBTURADOR 30 BUSCANDO CONHECIMENTO Saiba mais em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Velocidade_do_obturador FOTOGRAFIA UNIDADE 7 - FUNDAMENTOS - TIPOS DE LENTES 31 CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Conhecer a função da lente na câmera fotográfica. ESTUDANDO E REFLETINDO Tipos de objetiva Como vocês viram no módulo de história da fotografia, na descrição de Leonardo da Vinci, a câmara consistia num quarto escuro com apenas um orifício por onde passavam raios de luz, que tinham como origem um objeto iluminado. Por um processo de seleção dos raios de luz, mediante esse orifício, forma-se a projeção da imagem na parede oposta. Essa imagem projetada apresentava-se com pouca nitidez. No século XVII, os usuários da câmera escura começaram a usar lentes para corrigir alguns defeitos provocados pelo orifício; posteriormente,ocorreu um esforço por parte de físicos para obter melhorias na qualidade ótica. Assim, foi criado um conjunto de lentes denominado objetiva. Classificação das objetivas Grande angular Normal Tele objetiva As objetivas distinguem-se pela distancia focal que é a menor distancia entre a objetiva e o plano do filme dentro do qual é possível produzir uma imagem nítida de um objeto distante. A distância focal de uma objetiva determina o ângulo de visão, e dá a impressão de aproximação ou de distanciamento em relação aos objetos visualizados. O aumento da distância focal torna o objeto da imagem maior, diminui o número de objetos na cena e estreita o ângulo de visão. Com relação à profundidade de campo, as objetivas têm maior ou menor capacidade de produzi-la. Em geral, a objetiva grande angular pode produzir maior profundidade de campo; as tele objetivas só podem reproduzir pequenas regiões do espaço em foco. FOTOGRAFIA UNIDADE 7 - FUNDAMENTOS - TIPOS DE LENTES 32 Gráfico ilustrado das principais distâncias focais e seus respectivos ângulos de visão Fonte: Guia Prático Fotografe Melhor FOTOGRAFIA UNIDADE 7 - FUNDAMENTOS - TIPOS DE LENTES 33 Objetiva Normal Teleobjetiva São objetivas com distância focal maior; proporcionam um pequeno ângulo de visão. Possibilitam registrar detalhes a longa distancia e se caracterizam pelo achatamento da perspectiva das imagens e produzem pequena profundidade de campo. Grande angular São objetivas com distância focal menor, abrangem um ângulo de visão maior, distorção arredondada nas bordas, mais próximo, mais intenso o efeito; apresentam grande profundidade de campo, mesmo em pequenas aberturas de diafragma. Macro As câmeras de formato 135 mm são consideradas objetivas normais e as de 50 mm são objetivas que não distorcem a perspectiva da cena e se assemelham ao olhar. FOTOGRAFIA UNIDADE 7 - FUNDAMENTOS - TIPOS DE LENTES 34 Zoom BUSCANDO CONHECIMENTO Para obter dicas, exemplos e aprofundar o conhecimento sobre questões técnicas consulte o link: http://iniciarfotografia.blogspot.com.br/ Para obter informações sobre equipamentos fotográficos consulte: http://www.dpreview.com/ São objetivas que contem num único corpo várias distâncias focais; são práticas e próprias para trabalhos que necessitam de agilidade. No entanto, são pouco luminosas em função do grande número de lentes que contribuem para a dispersão interna da luz e na redução da definição da imagem. São objetivas para registro de detalhes; apresentam pequena profundidade de campo. FOTOGRAFIA UNIDADE 8 - FUNDAMENTO – DISPOSITIVOS DA EXPOSIÇÃO 35 CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Conhecer os princípios da exposição na imagem fotográfica. ESTUDANDO E REFLETINDO DISPOSITIVOS DA EXPOSIÇÃO 1. CONTROLE DE EXPOSIÇÃO Controle de Exposição refere-se ao ato de expor o sensor ou o filme fotográfico a uma quantidade exata de luz, de forma a excitá-lo plenamente e sem excesso, para obter o resultado desejado. Caso falte luz (subexposição), as áreas mais escuras da imagem vão se esmaecendo, proporcionalmente à falta de luz, chegando sequer ser registrada. Do contrário, caso haja excesso, as partes mais claras são sacrificadas, até que cause um quadro completamente branco. Abertura do Diafragma FOTOGRAFIA UNIDADE 8 - FUNDAMENTO – DISPOSITIVOS DA EXPOSIÇÃO 36 Várias câmeras digitais são capazes de modificar a sensibilidade do sensor para que trabalhe com ajustes mais práticos, de modo diferenciado da fotografia com filme. É importante controlar a exposição com cuidado e precisão para garantir o melhor resultado. O obturador e o diafragma controlam a quantidade de luz que entra na câmera. A luz proveniente das cenas que fotografamos varia de intensidade, por isso é preciso quantificar essa luz para determinar uma exposição correta. Câmeras com mais recursos possui um medidor da quantidade de luz, chamado fotômetro. 2. Fotômetro Fotômetro é o dispositivo destinado a medir a quantidade de luz proveniente da cena fotografada. Agregado à câmera, esse mecanismo indica a exposição correta, ou seja, ele combina a abertura do diafragma com uma determinada velocidade de obturador, denominando a fotometria. A fotometria é realizada pelo fotômetro (interno), ao se pressionar levemente (na maioria das câmeras) o botão do obturador (disparo). Os resultados da medição dependerão da sensibilidade de ISO ajustada. Com o diafragma e a velocidade trabalhando nas mesmas relações quantitativas de luz, é possível operar diversas variações entre eles, mantendo a mesma exposição indicada pelo fotômetro. Encontramos o fotômetro no visor da nossa máquina fotográfica onde temos a indicação dos valores da velocidade, da abertura do ISO e uma escala entre os -2 e +2 que nos mostra como está a nossa exposição. Para conseguirmos a exposição correta, é necessário ajustar a “agulha” da escala no zero (valores meramente ilustrativos), para isso temos que baixar ou aumentar os valores da Abertura, da Velocidade ou do ISO. FOTOGRAFIA UNIDADE 8 - FUNDAMENTO – DISPOSITIVOS DA EXPOSIÇÃO 37 3. SENSIBILIDADE ISO ou ASA Sensibilidade é o que calibra a leitura do fotômetro (dispositivo que mensura a quantidade de luz do ambiente), em função da sensibilidade à luz desejada. Em câmeras que usam filmes fotográficos, a sensibilidade é definida em ASA ou ISO e depende da quantidade de prata que foi aplicada neles, já no caso de equipamentos digitais, trata-se de um ajuste eletrônico que regula o quanto sensível à luz ficará o sensor. Quanto maior a sensibilidade à luz, menos luz precisará para o registro da imagem e, em compensação, mais “granulada”. A cada valor de ISO que aumentamos, a sensibilidade do sensor à luz dobra. Por exemplo, em ISO 200, o sensor é duas vezes mais sensível à luz do que em ISO 100. Em ISO 400, o sensor é duas vezes mais sensível do que em ISO 200, e assim por diante. O mesmo vale para o contrário, só que dividindo a luz pela metade. Por exemplo, em ISO 1600, o sensor é duas vezes menos sensível a luz do que em ISO 3200. Em ISO 800, o sensor é duas vezes menos sensível do que em ISO 1600, e assim por diante. Escala geral: ..., 25, 50, 100, 200, 400, 800, 1600... FOTOGRAFIA UNIDADE 8 - FUNDAMENTO – DISPOSITIVOS DA EXPOSIÇÃO 38 Fonte: http://www.cursodefotografia-gratis.com/ BUSCANDO CONHECIMENTO Amplie seu conhecimento em: http://www.cursodefotografia-gratis.com/ http://pt.kioskea.net/faq/9613-principios-basicos-da-exposicao FOTOGRAFIA UNIDADE 9 - FUNDAMENTOS - COMPOSIÇÃO 39 CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Conhecer a proposta da composição na fotografia. ESTUDANDO E REFLETINDO COMPOSIÇÃO FOTOGRÀFICA Composição fotográfica, em geral, é o modo mais efetivo de garantir uma imagem de qualidade, levando em consideração os principais elementos da cena. Muitos conselhos sobre composição tendem a ser tanto prescritivo (enquadre o elemento principal) quanto proscritores (não centralize o elemento principal), como se a observância de umas poucas “regras” pudesse, de algum modo, garantir uma composição satisfatória. A composição fotográfica não é apenas o modo em que a cena está sendo enquadrada, mas também como a abertura da lente é utilizada a fim de controlar o foco para extrair ou neutralizar os elementos que arruinariam a fotografia. A atenção deve estar voltada à estrutura geral da cena, em vez de se concentrar em detalhes. Feche um pouco os olhos ao avaliar uma cena, isso ajuda a eliminar detalhes e destacar o elemento principal. Vejamos alguns exemplos:MARCA DE PARALAXE - EQUIPAMENTOS AMADORES Nas câmeras compactas ou amadoras, a imagem formada na ocular não passa pela objetiva, por este motivo podem ocorrer cortes na imagem.Esse erro, chama-se erro de paralaxe. Para evitar que isto ocorra, essas câmeras possuem marcas para marcação do quadro, chamadas de Marcas de Paralaxe. FOTOGRAFIA UNIDADE 9 - FUNDAMENTOS - COMPOSIÇÃO 40 REGRA DOS TERÇOS Regra dos Terços é uma técnica utilizada na fotografia, obtendo-se melhores resultados. Para utilizá-la deve-se dividir a fotografia em 9 quadros, traçando 2 linhas horizontais e duas verticais imaginárias, e posicionando nos pontos de cruzamento o assunto que se deseja destacar para se obter uma foto equilibrada. DINÂMICA DA DIREÇÃO FOTOGRAFIA UNIDADE 9 - FUNDAMENTOS - COMPOSIÇÃO 41 Trata-se de uma técnica que consiste na descentralização do objetivo principal da fotografia. Note que, nas fotos à esquerda, a fotografia causa certo desconforto e um ar de amadorismo. No caso da serpente, observador não consegue visualizar o que esta pela sua frente. No caso do piloto, a falta de espaço no sentido do movimento dificulta a imaginação, tanto da altura, quanto para seu destino. Uma ligeira descentralização, vide imagens à direita, corrige bem a fotografia. ÂNGULOS DE ABORDAGEM Durante a fotografia, tenha em mente que, ângulos de abordagem superiores ao assunto principal, inferiorizam o assunto. Ao nivelar com o olhar, estabelece-se um de mesmo nível, o que pode inspirar respeito. Ângulos inferiores ao assunto aumentam a importância do assunto, deixando-os imponentes e realçados. FOTOGRAFIA UNIDADE 9 - FUNDAMENTOS - COMPOSIÇÃO 42 ENQUADRAMENTO A seguir, serão expostos alguns enquadramentos muito populares para as técnicas de cinema e de produção de vídeo: Geral, Médio, Americano, Portrait, Close e Big Close. O corte do enquadramento leva em consideração o elemento humano. No Plano Geral, o que interessa é captar o máximo possível da cena. No Plano Médio, limita-se à altura da pessoa. No Americano, da cintura ao final da cabeça. No Portraitou retrato, enquadra-se a partir do peito. No Plano de Close, limita-se o quadro na cabeça e no Big Close, praticamente, só a expressão. ELEMENTOS DA COMPOSIÇÃO FOTOGRAFIA UNIDADE 9 - FUNDAMENTOS - COMPOSIÇÃO 43 Apresentaremos alguns elementos que podem ser explorados na composição: 1. FORMA Para realçar o objetivo principal da composição, busque criar contrastes entre o objetivo principal e o fundo, de sorte a valorizar a forma. A clareza da intenção do autor conduz o olhar de quem observar a obra. 2. LINHA Há situações que se pode descentralizar o assunto principal e, mesmo assim, chamar a atenção para o objetivo da foto. Alinhamentos, retas e curvas conduzem o olhar para o ponto central do assunto. 3. TEXTURA Enquanto que, no primeiro elemento, o destaque é feito pela forma, em outras situações pode-se não conseguir essa composição, como o caso de objetos de mesmas cores, por exemplo, a natureza morta ao lado. Uma solução de realce pode se dar na diferença de texturas. Em geral, aguçam a curiosidade e ornamentam o quadro. 4. DIMENSÃO E ESPAÇO Se você olhar bem a foto à esquerda, tampando a foto da direita, por se tratar de um objeto desconhecido, percebe-se que não seria possível ao observador inferir quanto à sua real dimensão. Objetos desconhecidos ou fractais (cachoeiras, árvores, insetos desconhecidos, trincas emparedes etc.) precisam de alguma referência conhecida no enquadramento, para que se tenha noção de proporcionalidade de dimensão. FOTOGRAFIA UNIDADE 9 - FUNDAMENTOS - COMPOSIÇÃO 44 BUSCANDO CONHECIMENTO Amplie seu conhecimento em: http://revistafotomania.com.br/index.php/2012-05-14-09-54-23/item/130-13-regras-de- composicao-fotografica-fundamentais-que-deveria-conhecer http://www.fotografia-dg.com/composicao-fotografica/ http://www.netomacedo.com/apostilas/apostila_fotografia_teoria_tecnica_netomacedo.c om.pdf Fonte das imagens: http://www.hspro.com.br/cortesia/apostila%20fotografia.pdf FOTOGRAFIA UNIDADE 10 - LINGUAGEM FOTOGRÁFICA - ELEMENTOS 45 CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Pensar fotograficamente, ou seja, entender e produzir fotografias com linguagem fotográfica. ESTUDANDO E REFLETINDO Ao entendermos a fotografia como linguagem, sua leitura pressupõe o conhecimento e a capacidade de identificação de seus elementos compositivos. Numa fotografia, é preciso compreender os recursos técnicos e o olhar do fotógrafo. A justaposição entre a escolha dos recursos técnicos, ou seja, o tipo de máquina fotográfica, as lentes, o processo de revelação e ampliação etc., e a escolha do fotógrafo pelo tema, cenário, ângulo, enquadramento, luz, plano etc. é que constituirá o que se denomina. LINGUAGEM FOTOGRÁFICA. Ser capaz de ler uma fotografia, observá-la com um olhar produtivo é, portanto, ser capaz de elaborar perguntas que levem em conta quais recursos e como eles foram utilizados pelo fotógrafo. Algumas dessas informações encontram-se na ficha técnica da obra e outras dependerão do exercício de observação que levará ao domínio da habilidade de leitura dessa linguagem. Elementos da Linguagem Visual A fotografia é o resultado simultâneo, numa mesma fração de segundo, do significado de um fato e da organização rigorosa das formas percebidas visualmente para expressar este fato. (Bresson, 1976) Cada elemento compositivo configura o espaço de um modo diferente, articulado por sua dimensão espacial e permeado pelo tempo. Vamos refletir agora sobre algumas formas de organizar o campo visual, ou seja, os infinitos recortes de uma realidade. Ponto FOTOGRAFIA UNIDADE 10 - LINGUAGEM FOTOGRÁFICA - ELEMENTOS 46 É o catalisador por onde o olho chega. Sua posição, determinada pelos ângulos e lados (limite), trabalha a relação de equilíbrio. Coexistência de dois pontos Provoca o movimento de constante dos olhos. Ponto e linha Sensação de equilíbrio; o ponto pelo movimento ótico pode mudar o eixo de uma reta vertical, desequilibrar uma forma horizontal, formar uma linha ou superfícies FOTOGRAFIA UNIDADE 10 - LINGUAGEM FOTOGRÁFICA - ELEMENTOS 47 óticas. Linha Cadeia de pontos ou um ponto em movimento. Elemento visual inquieto e inquiridor, portadora de movimento. Linhas oblíquas Liberdade. Introduz elemento de desordem, necessitando da referência horizontal/vertical, em harmonia com as geométricas dão vida e equilíbrio à fotografia. FOTOGRAFIA UNIDADE 10 - LINGUAGEM FOTOGRÁFICA - ELEMENTOS 48 Círculo Linha da perfeição e da harmonia - infinito, calor, proteção. Proporção áurea Dinâmica e harmoniosa integra as noções aparentemente opostas de permanência e transformação, calma e movimentação. Não é estática, nem dinâmica, FOTOGRAFIA UNIDADE 10 - LINGUAGEM FOTOGRÁFICA - ELEMENTOS 49 apresenta um equilíbrio clássico. BUSCANDO CONHECIMENTO http://www.olhar.com.br/dicas/linguagemfotografica.htm http://www.girafamania.com.br/montagem/fotografia-composi.htm FOTOGRAFIA UNIDADE 11 - LINGUAGEM FOTOGRÁFICA – GÊNEROS FOTOGRÁFICOS 50 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Pensar fotograficamente, ou seja, entender e produzir fotografias, com linguagem fotográfica e gêneros fotográficos. ESTUDANDO E REFLETINDO Simétrica 1:1; 2:2; 4:4 – relativamente estática, faz com que o conjunto das partes adquira certa solenidade. Assimétricas 1:2 ou 2:1 – O eixo central divide as partes ao meio, onde a direção do espaço é acentuada acima da outra. O ritmo é estabelecidopela sequencia de linhas horizontais, verticais e diagonais. FOTOGRAFIA UNIDADE 11 - LINGUAGEM FOTOGRÁFICA – GÊNEROS FOTOGRÁFICOS 51 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” O estudo sobre a linguagem fotográfica exige um aprofundamento em questões estéticas e filosóficas. Sobre este assunto, ler A Ilusão Especular, de Arlindo Machado. A fotografia como linguagem, como fonte de conteúdos e informações e recurso dos mais acessíveis, garante, a um só tempo, a democratização dessa tecnologia e a apropriação de uma linguagem que habilita o sujeito a analisar criticamente parte significativa da produção social de imagens. 1. Agora veremos um pouco sobre os gêneros fotográficos 1.1 Fotojornalismo Essa modalidade de registro fotográfico irá se dedicar aos fatos de interesse jornalístico. A qualidade desse gênero fotográfico, de um fato que se refere a questões naturais/ambientais ou a questões sociais, está relacionada ao conteúdo de valor informativo. No fotojornalismo, existem três gêneros principais: Fotografia documental (política, econômica e social); Fotografia esportiva Fotografia cultural A leitura desse gênero fotográfico implica na ampliação da própria habilidade FOTOGRAFIA UNIDADE 11 - LINGUAGEM FOTOGRÁFICA – GÊNEROS FOTOGRÁFICOS 52 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” de leitura da matéria jornalística, uma vez que a notícia é o resultado da associação entre o texto e a imagem. 1.2 Fotografia Publicitária Caracteriza-se pela fotografia produzida para divulgação de um produto com finalidade comercial. Na fotografia publicitária existe uma organização pré-definida, de modo que a concepção inicial é definida pelo diretor de arte da agência de publicidade; em seguida, entre em cena a atuação do produtor que irá reunir o material necessário para produção da fotografia. Neste sentido, estes profissionais são parceiros do fotógrafo na realização da fotografia e, com frequência interferem no resultado final. 1.3 Fotografia de Moda Fotografia produzida com o objetivo de divulgar coleções e tendências no vestuário, mas é também uma forma de arte contemporânea. A fotografia de moda também acompanha tendências. O grande mercado da fotografia de moda é fornecido pelas revistas especializadas e também por outros veículos como os catálogos produzidos pelos próprios fabricantes e, os chamados books empregados pelos modelos, como forma de registro de seus trabalhos. 1.4 Fotografia no contexto da Arte Contemporânea “É difícil explicar o que é a fotografia contemporânea. Alguma coisa parece ter se transformado e se consolidado nos últimos 20 ou 30 anos, mas o adjetivo “contemporâneo” não poderia ser mais problemático. Primeiro, aponta para uma fotografia que se define pelo diálogo com a arte contemporânea, conceito este que não explica quase nada. Segundo, tenta dar conta de um FOTOGRAFIA UNIDADE 11 - LINGUAGEM FOTOGRÁFICA – GÊNEROS FOTOGRÁFICOS 53 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” processo que está em construção e que, no entanto, já possui uma história. Terceiro, torna absoluto um conceito que deveria se referir ao presente de qualquer momento: tudo é contemporâneo a seu devido tempo, mas às vezes parece que, daqui a cem anos, leremos nos livros que a “fotografia contemporânea” foi um movimento ocorrido do século XX para o XXI. Por fim, diz respeito a uma situação tão maleável que, com frequência, incorpora aspectos da tradição aos quais parecia se opor. Como poderíamos olhar para a produção recente e dizer que tal coisa é ou não é contemporânea? Com contornos escorregadios, resta apreender que, mais do que um procedimento, uma técnica, uma tendência estilística, a fotografia contemporânea é uma postura. Algo que se desdobra em ações diversificadas, mas cujo ponto de partida é a tentativa de se colocar de modo mais consciente e crítico diante do próprio meio.” Ronaldo Entler A questão apresentada pelo autor acima traduz a dificuldade em se produzir e conceituar a arte e a fotografia nos dias de hoje. As experiências recentes apresentam variáveis como a fotografia construída, híbrida, contaminada ou expandida. Vivemos um momento no qual a produção fotográfica enfatiza a importância do processo de criação e os procedimentos utilizados pelo artista, para, desta maneira, justificar a tese de que a fotografia também expandiu seu repertório e o formato convencional. A fotografia expandida, neste sentido, se constitui pela adoção de procedimentos e poéticas que buscam ousar no processo de criação. Os artistas/fotógrafos que trabalham na direção FOTOGRAFIA UNIDADE 11 - LINGUAGEM FOTOGRÁFICA – GÊNEROS FOTOGRÁFICOS 54 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” da fotografia expandida se nutrem de potencialidades esquecidas e constantemente subvertem o código natural da fotografia convencional e utilizam o equipamento, seus acessórios – o material sensível e os softwares com procedimentos contrários aos estabelecidos pelo mercado. Eustáquio Neves, negativo construído. BUSCANDO CONHECIMENTO O estudo sobre a linguagem fotográfica exige um aprofundamento em questões estéticas e filosóficas. Sobre este assunto, ler A Ilusão Especular, de Arlindo Machado, Editora Brasiliense e assista o documentário: www.lixoextraordinario.net/filme-sinopse.php http://artescaup.blogspot.com.br/2009/04/generos-fotograficos.html FOTOGRAFIA UNIDADE 12 - LINGUAGEM FOTOGRAFICA - PERSPECTIVA 55 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Pensar fotograficamente, ou seja, entender e produzir fotografias com linguagem fotográfica e perspectiva. ESTUDANDO E REFLETINDO INFLUENCIANDO A PESRPECTIVA Nessa aula, iremos estudar a busca da perspectiva. O exercício para isso consiste na apreensão da imagem em forma de paisagem pelo observador. Tendo pouca possibilidade do fotógrafo intervir na paisagem, não há como mudar uma montanha de lugar, nem prédios ou árvores, portanto, o segredo para fotografar paisagens é prospectar, descobrir detalhes interessantes, observar como os elementos estão arranjados. E então as linhas, curvas, padrões, texturas e cores vão se revelando ao olhar cuidadoso. Você pode controlar a perspectiva de uma foto mudando a posição da câmera, pois a perspectiva é a visão que se tem do objeto a partir do lugar que deseja fotografar. Podemos observar que o Pergolado (estrutura de madeira) é o elemento principal da composição, pois é nele que está a perspectiva, através das suas linhas que produzem Fonte: http://www.entreculturas.com.br/ FOTOGRAFIA UNIDADE 12 - LINGUAGEM FOTOGRAFICA - PERSPECTIVA 56 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” um aprofundamento na imagem. Um dos mais poderosos elementos de composição na fotografia são as linhas, especialmente linhas de fuga, que criam uma perspectiva. LINHAS INCLINADAS Na perspectiva, encontramos linha do horizonte, ponto de vista, ponto de fuga e linhas de fuga, são os quatro elementos que determinam o nível e o ângulo visual do espectador no contexto do desenho e da fotografia. Numa paisagem é a linha do horizonte que separa o Céu e a Terra. Vista ao longe, ela está na base das montanhas e risca horizontalmente o nível do mar. Na representação gráfica da perspectiva, é comum o ponto de vista ser identificado por uma linha vertical perpendicular a linha do horizonte. Ponto de Fuga é o ponto localizado na linha do horizonte, para onde todas as linhas paralelas convergem, quando vistas em perspectiva. As linhas de fuga é o afunilamento em direção ao ponto que geram a sensaçãovisual de profundidade das faces em escorço dos objetos em perspectiva. FOTOGRAFIA UNIDADE 12 - LINGUAGEM FOTOGRAFICA - PERSPECTIVA 57 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” Fonte: http://www.sobrearte.com.br/desenho/perspectiva/elementos_da_perspectiva.php FOTOGRAFANDO COM PERSPECTIVA Fique atento quanto aos pontos de vista que deem uma nova orientação na imagem a ser fotografada. Não ignore os recursos simples, como fotografar do alto de um prédio em vez de fotografá-lo de baixo para cima. FOTOGRAFIA UNIDADE 12 - LINGUAGEM FOTOGRAFICA - PERSPECTIVA 58 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tema-livre/fotos-com-perspectiva- diferente-cidades-do-mundo-vistas-do-alto/ Com a câmera em nível baixo é possível ver os objetos no meio da multidão ou entre as folhas do gramado, explore o seu ponto de vista. Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tema-livre/fotos-com-perspectiva- diferente-cidades-do-mundo-vistas-do-alto/ FOTOGRAFIA UNIDADE 12 - LINGUAGEM FOTOGRAFICA - PERSPECTIVA 59 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” BUSCANDO CONHECIMENTO Amplie seu conhecimento em: http://www.ipb.pt/~luiscano/Perspectivalinear/Nocoesbasicas.pdf http://home.fa.utl.pt/~lmmateus/1213_1_sem/Perspectiva_1213.pdf FOTOGRAFIA UNIDADE 13 - FORMATOS DE IMAGENS DIGITAIS 60 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Conhecer os formatos de imagens digitais. ESTUDANDO E REFLETINDO FORMATOS DE IMAGENS 1. Formato JPEG (JPG) O formato JPEG, cuja sigla significa Joint Photographic Experts Group, é um formato que utiliza compressão de imagens. Em poucas palavras, compressão consiste na eliminação de dados redundantes nos arquivos. No caso de imagens, é possível fazer a compressão de forma que a retirada de informações não prejudique a qualidade, assim como é possível utilizar níveis maiores de compressão que causam perdas visíveis. Neste formato, quanto maior o nível de compressão, menor será o tamanho do arquivo, porém pior será a qualidade da imagem. O nível de compressão pode ser determinado em programas de tratamentos de imagens. Fonte: http://www.infowester.com/imagens.php JPEG com menor taxa de compressão FOTOGRAFIA UNIDADE 13 - FORMATOS DE IMAGENS DIGITAIS 61 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” Fonte: http://www.infowester.com/imagens.php A mesma imagem, mas com maior compressão 1.1 Formato GIF Sigla para Graphics Interchange Format, o GIF é outro formato bastante popular na internet. Foi criado pela CompuServe em 1987 e, assim como o JPEG, gera arquivos de tamanho reduzido, no entanto, seu uso não é muito comum em fotografias, já que é capaz de trabalhar com apenas 256 cores (8 bits). Por este motivo, sua utilização é muito frequente com ícones, ilustrações ou qualquer tipo de imagem que não necessite de muitas cores. Há, no entanto, uma característica que faz o formato GIF ser conhecido até os dias de hoje: graças a uma revisão realizada em 1989, o padrão passou a ter a capacidade de suportar animações. Em outras palavras, o GIF passou a permitir a inserção de uma sequência de imagens em um único arquivo. Assim, quando um GIF nesta condição é exibido, cada uma das imagens inseridas é mostrada seguindo uma ordem, dando ao usuário a sensação de movimento. FOTOGRAFIA UNIDADE 13 - FORMATOS DE IMAGENS DIGITAIS 62 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” 1.2 Formato PNG O formato PNG, sigla para Portable Network Graphics, é um dos padrões mais recentes, com a sua primeira especificação tendo surgido em 1996. O PNG reúne, portanto, as características que tornaram o GIF tão bem aceito: animação, fundo transparente e compressão sem perda de qualidade, mesmo com salvamentos constantes do arquivo. Porém, conta com um grande diferencial: suporta milhões de cores, não apenas 256, sendo, com isso, uma ótima opção para fotos. 2. Comparativo entre JPEG, PNG As imagens a seguir são oriundas da mesma foto e estão, respectivamente, nos formatos JPEG, PNG: Imagem em JPEG Imagem em PNG Note que a imagem em JPEG tem qualidade aceitável para uma simples observação, mas se você observar bem, perceberá que a figura em PNG exibe detalhes com mais nitidez. FOTOGRAFIA UNIDADE 13 - FORMATOS DE IMAGENS DIGITAIS 63 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” Isso porque a primeira passou por um processo de compressão que reduziu bem o seu tamanho, mas comprometeu um pouco a sua qualidade. A segunda figura, em PNG, também passou por compressão, mas não perdeu qualidade. BUSCANDO CONHECIMENTO http://www.infowester.com/imagens.php#exif http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem_digital FOTOGRAFIA - UNIDADE 14 TIPOS DE CARTÃO DE MEMÓRIA NA IMAGEM DIGITAL 64 CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Conhecer o funcionamento do cartão de memória para fotografia digital. ESTUDANDO E REFLETINDO TIPOS DE CARTÃO DE MEMÓRIA SD, miniSD, microSD, xD, Memory Stick e MMC. Esses são apenas alguns dos tipos de cartão de memória que você pode encontrar. A quantidade de formatos é imensa. Antes de adquirir de um modelo, diversos fatores devem ser levados em consideração. Desde o aparelho que você utiliza até a finalidade de armazenamento. Cada item deve ser analisado com cuidado para que você possa ter a melhor experiência possível com o equipamento que você tem em mãos. PRINCIPAIS TIPOS DE CARTÕES Infelizmente, a padronização de formatos não é uma das características desse segmento de mercado. Por conta disso, existem dezenas de tipos de cartão de memória. Cada um deles tem tamanho diferenciado e características específicas de velocidade de transferência de dados e capacidade de gravação. (Fonte da imagem: Reprodução/Cartão de Memória) FOTOGRAFIA - UNIDADE 14 TIPOS DE CARTÃO DE MEMÓRIA NA IMAGEM DIGITAL 65 Secure Digital (SD) Um dos formatos mais conhecidos dos consumidores, os SD acabaram se destacando por estarem presentes em tablets, smartphones e câmeras digitais de mais de 400 marcas. Embora existam mais tipos, eles estão disponíveis basicamente em três formatos, sendo que os menores são compatíveis com os slots maiores por meio de adaptador. Se a questão do tamanho entre o SD (32 mm x 24 mm), o miniSD (21,5 mm x 20 mm) e o microSD (15 mm x 11 mm) é fácil de ser percebida, outros itens importantes devem ser levados em consideração: os dois principais são espaço de armazenamento e velocidade de gravação. Espaço de armazenamento Basicamente, há três tipos de definição entre os cartões SD: o modelo-padrão, conhecido como SD Standard, alcança apenas 2 GB de armazenamento. Já o SDHC (siga para Secure Digital High Capacity) consegue armazenar até 32 GB de conteúdo. Por fim, o SDXC, padrão mais recente entre os cartões, já pode ser encontrado em versões de até 256 GB. (Fonte da imagem: Reprodução/SDCard) Velocidade de gravação FOTOGRAFIA - UNIDADE 14 TIPOS DE CARTÃO DE MEMÓRIA NA IMAGEM DIGITAL 66 Este é um dos itens em que os consumidores menos prestam atenção, mas, se você pretende fazer um uso profissional do seu cartão, é de extrema importância ficar ligado a ele. A indicação de velocidade de leitura de um cartão é mensurada por classes. Existem cinco padrões de velocidade e cada um deles diz respeito a um uso ideal. Classe 2: atinge velocidade mínima de 2 Mb/s e é ideal para gravação de vídeos em definições-padrão. Se a qualidade final da imagem não é um problema para você, essa solução mais barata pode suprir as suas necessidades. Classe 4: atinge velocidade mínima de 4 Mb/s eé o modelo mais indicado para gravação de vídeos em HD (resolução de 720p). Classe 6: atinge a velocidade mínima de 6 Mb/s e também é indicado para a gravação de vídeos em HD. O ganho real em relação à Classe 4 é pequeno, mas na prática a versão garante um pouco mais de segurança para o usuário. Classe 10: atinge a velocidade mínima de 10 Mb/s, sendo o formato mais apropriado para vídeos em Full HD (1080p). UHS SpeedClass1: atinge a velocidade mínima de 10 Mb/s, mas seu uso é mais restrito. Ideal para quem pretende gravar vídeos de longa duração ou pretende fazer transmissões em tempo real. Antes de escolher o cartão com mais espaço e maior velocidade de gravação, é preciso ficar de olho no equipamento que vai recebê-lo. É comum, por exemplo, que um aparelho não seja compatível com as classes mais altas ou com os modelos de maior espaço de armazenamento. Por conta disso, preste atenção às instruções do fabricante. (Fonte da imagem: Reprodução/Cartão de Memória) FOTOGRAFIA - UNIDADE 14 TIPOS DE CARTÃO DE MEMÓRIA NA IMAGEM DIGITAL 67 Da mesma forma, alguns aparelhos indicam requisitos mínimos com relação ao cartão de memória que vão receber. Ou seja, para não acabar comprando um produto e inutilizá-lo depois, siga as orientações do manual de instruções. CompactFlash (CF) Subdivididos em tipo 1 e tipo 2, os CompactFlash são fabricados pela SanDisk e podem armazenar até 256 GB de conteúdo. Você pode identificar a diferença entre eles pelo tamanho: o tipo 1 é mais fino, com 3,3 mm de espessura. Já o tipo 2 tem espessura de 5 mm e, por conta disso, não é compatível com os slots do tipo 1. (Fonte da imagem: Reprodução/TMCNet) Memory Stick e outros formatos Além desses dois formatos, que podem ser considerados os principais, o mercado de cartões de memória ainda conta com outros tipos, alguns exclusivos de fabricantes específicos. A Sony, por exemplo, utiliza o formato Memory Stick em muitos dos seus produtos. (Fonte da imagem: Reprodução/Cartão de Memória) BUSCANDO CONHECIMENTO Amplie o seu conhecimento buscando o site indicado abaixo: http://www.tecmundo.com.br/cartoes-de-memoria/31521-tudo-o-que-voce-precisa- saber-sobre-cartoes-de-memoria.htm FOTOGRAFIA UNIDADE 15 - CONJUNTO PARA ESTUDIO 68 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Conhecer os principais equipamentos utilizados em estúdio fotográfico. ESTUDANDO E REFLETINDO Conjunto para estúdio Tipos de Fundo fotográfico O fundo é um item da produção que deve ser pensado em conjunto fotógrafo/diretor de arte. O fotógrafo deve ser criativo para propor fundos interessantes e que dialoguem com a situação fotografada FOTOGRAFIA UNIDADE 15 - CONJUNTO PARA ESTUDIO 69 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” FOTOGRAFIA UNIDADE 15 - CONJUNTO PARA ESTUDIO 70 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” FOTOGRAFIA UNIDADE 15 - CONJUNTO PARA ESTUDIO 71 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” FOTOGRAFIA UNIDADE 15 - CONJUNTO PARA ESTUDIO 72 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” FOTOGRAFIA UNIDADE 16 - ILUMINAÇÃO EM ESTÚDIO - FLASH 73 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Propiciar o domínio e o controle da fotografia em estúdio. ESTUDANDO E REFLETINDO ILUMINAÇÃO EM ESTÚDIO FLASH ACESSÓRIO É importante ter em mente que o trabalho desenvolvido em estúdio requer um conhecimento avançado, pois se trata de uma produção de caráter profissional. Neste sentido, teremos aqui o conhecimento básico, objetivando apenas introduzir esta modalidade fotográfica. Não pretendemos um estudo profundo sobre iluminação. Uma boa fotografia produzida em estúdio se dá pela soma de diferentes fatores: iluminação, composição, pose, direção de arte e a qualidade de técnica. Cada um destes fatores traz a sua contribuição. Por qualidade técnica, devemos considerar os aspectos que dependem do controle técnico, tais como as gradações nas partes de alta luminosidade, os detalhes nas sombras, a gama tonal e cromática de luz e sombra, a densidade e contraste geral, o equilíbrio cromático entre outros aspectos relacionados com a cenografia proposta por quem faz a direção de arte ou produção. Quando mais se conhece os equipamentos, maior capacidade se tem para obter o resultado desejado. FOTOGRAFIA UNIDADE 16 - ILUMINAÇÃO EM ESTÚDIO - FLASH 74 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” T IPOS DE FLASHS FOTOGRAFIA UNIDADE 16 - ILUMINAÇÃO EM ESTÚDIO - FLASH 75 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” O flash compacto, também conhecido como “flash da sapata”. USO DO FLASH O flash é usado para produzir uma luz instantânea com uma temperatura de cor por volta dos 5500ºK para ajudar a iluminar a cena. Porém, é preciso tomar alguns cuidados, pois o mal uso do flash pode arruinar a foto, fazendo as imagens apresentarem efeitos artificiais. FOTOGRAFIA UNIDADE 16 - ILUMINAÇÃO EM ESTÚDIO - FLASH 76 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” Para usar qualquer tipo de flash externo, seja portátil, acoplado à câmara, de estúdio e outros, temos que primeiramente observar a sua velocidade de sincronismo, que se refere ao intervalo de tempo entre a abertura do obturador e o disparo do flash. Ambos devem acontecer exatamente no mesmo momento. Para isto, necessitamos de uma velocidade específica que dispare o flash no exato momento em que o obturador esteja totalmente aberto para atingir o pico máximo de luz. Fotógrafos profissionais, principalmente os de estúdio, raramente usam o flash diretamente para iluminar uma pessoa em um retrato, pois o resultado não é natural, nem atrativo, deixando o primeiro plano muito claro e o fundo muito escuro. BUSCANDO CONHECIMENTO Saiba mais sobre flash nos sites mencionados abaixo: http://www.youtube.com/watch?v=LUmQMhyAfsM http://forum.mundofotografico.com.br/index.php?topic=1629.0 http://www.fotografiaonline.xpg.com.br/bflash.html FOTOGRAFIA UNIDADE 17 - Iluminação para Fotografia de Produto (still) 77 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Conhecer como é realizada a fotografia de produto. ESTUDANDO E REFLETINDO Iluminação para Fotografia de Produto (still) O que é fotografia still? Still é uma expressão que se refere à fotografia de temas inanimados, fotografia parada, sem movimento. O termo é bastante usado por fotógrafos para fotografias de produtos e embalagens. Esse tipo de fotografia é muito usado em campanhas publicitárias e comércio varejista. Fotografia de jóia 1. 2. Iluminação FOTOGRAFIA UNIDADE 17 - Iluminação para Fotografia de Produto (still) 78 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” 1. hazy light; 2. rebatedores de isopor Para fotografar jóias requer técnicas adequadas, além de muita experiência para que fique perfeita. Envolve conhecimentos de iluminação para materiais reflexivos como os metais. Uma das principais dificuldades é o produto ser pequeno e estar sendo observado bem de perto e em grande detalhe dessa forma, qualquer detalhe ou imperfeição se faz notar com facilidade. É de grande importância a representação fiel das cores, texturas ou características, sendo assim cada joia será fotografada com um determinado esquema de luz, dado seu design característico. A maioria dos catálogos usa fundo preto, muito embora a fotografia geralmente seja feita com fundo branco. Quando se utiliza diretamente o fundo preto, o melhormaterial é o veludo, por ter grande absorção de luz. Um detalhe importante é afastar a jóia do fundo, apoiando- a sobre uma superfície de vidro. O fundo escolhido ainda pode ser contextualizado, como madeira ou pedra. As fotos ainda podem ser realizadas com a presença de modelos, proporcionando ao consumidor uma maior identificação com o produto. http://focusfoto.com.br/estudio-fotografico- fotografando-joias-e-relogios/ Prof. Dr. Enio Leite Alves Como improvisar um mini estúdio caseiro para Still - 01 (uma) caixa de Papelão - 02 (dois) metros de TNT - 02 (duas) folhas de EVA para fundo infinito (branco e preto, para uso de acordo com a característica do assunto a ser fotografado - 01 (um) frasco pequeno de cola branca comum Para ter um efetivo rendimento de boa e equilibrada luminosidade, é necessário o uso de 03 (três) pontos de luz fria fluorescente, que pode ser aquela lâmpada caseira de 25w, os quais se limitam ao teto do mini estúdio e nas laterais. A forma como se vai estruturar a colocação das lâmpadas, deixo a critério da criatividade de cada um, mas é importante que cada lâmpada respeite uma distância mínima de 20cm das laterais e teto do mini FOTOGRAFIA UNIDADE 17 - Iluminação para Fotografia de Produto (still) 79 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” estúdio, pois se colocada muito próximo, ou seja, rente ao TNT das paredes, a sombra aparecerá de forma inevitável, salvo se você reduzir a potência da lâmpada (tipo 15w), o que não é aconselhável. Não use lâmpada incandescente, porque ela produz um tom amarelo que interferirá na cor do assunto a ser fotografado, além de possuir baixo poder de difusão mesmo utilizando o TNT, provocando também o aparecimento de sombras duras, que não é o correto para essa finalidade fotográfica. FOTOGRAFIA UNIDADE 17 - Iluminação para Fotografia de Produto (still) 80 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” http://www.marcosmattos.net/blog/?p=129 Como utilizar contra-luz FOTOGRAFIA UNIDADE 17 - Iluminação para Fotografia de Produto (still) 81 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” Com o contra-luz é possível obter efeitos inesperados. BUSCANDO CONHECIMENTO Amplie os seus conhecimento, buscando os sites abaixo: http://www.fotografia-dg.com/caixa-de-luz/ http://www.techtudo.com.br/artigos/noticia/2012/12/confira-como-fotografar-objetos- que-refletem-improvisando-equipamentos.html http://www.marcosmattos.net/blog/?p=129 http://www.netomacedo.com/apostilas/apostila_fotografia_teoria_tecnica_netomacedo.c om.pdf FOTOGRAFIA UNIDADE 18 - Iluminação para Fotografia 82 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Conhecer a melhor maneira para utilização da luz na fotografia. ESTUDANDO E REFLETINDO FOTOGRAFIA DE ALIMENTO FOTOGRAFIA UNIDADE 18 - Iluminação para Fotografia 83 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” Luz principal -spot de flash acima da geleia. Luzes secundárias- caixas difusoras sobre e a esquerda do modelo snoot à direita da câmera. Dicas para fotografia de alimento • Óleo nas frutas as deixam mais atraentes • Borrifar água deixa a verdura com aspecto “fresco” • Molhos a base de shoyu ou caramelo deixam a carne mais dourada • Os alimentos devem ser preparados pouco antes do trabalho fotográfico. • Além de aparência impecável, frutas e verduras devem ser conservados em recipiente com água e gelo. • O tempo de cozimento e fritura deve ser muito menor que o usual. • O uso do contra-luz ressalta as cores, textura e torna o alimento mais apetitoso. Iluminação para retrato FOTOGRAFIA UNIDADE 18 - Iluminação para Fotografia 84 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” Tipos de iluminação Luz de fundo – Geralmente, a luz de fundo é uma lâmpada pequena com suporte curto; deve ser colocada na metade da distância entre modelo e o fundo. Alguns fotógrafos iniciam a preparação da iluminação ajustando a posição da luz do fundo. A colocação desta luz pode ser determinada mais facilmente quando o seu efeito pode ser observado. Luz Principal – Geralmente é uma lâmpada localizada acima da cabeça do modelo e aproximadamente a 45 graus de um lado do eixo da câmera ao modelo, usualmente na posição de luz curta. A luz principal geralmente fica a 90 cm acima da cabeça do modelo. A distância depende de diversos fatores, tais como o tamanho e o tipo de refletor e a área ocupada pelo modelo. Um método eficiente para posicionar essa luz adequadamente é observar os pontos brilhantes da luz refletidos nos olhos do modelo. É importante que a luz principal cause pontos brilhantes nos olhos. A redução desta luz é obtida, naturalmente, movimentando-se a luz principal um pouco a mais para trás do modelo. Este é um ajuste delicado. O seu efeito pode ser avaliado com precisão somente do ponto de vista da objetiva da câmara. A luz principal pode ser colocada mais para trás do modelo de forma que somente metade do rosto seja iluminado com altas luzes. Este tipo de iluminação “dividida” pode ser usado para produzir efeitos sombreados e ligeiramente dramáticos, esconder defeitos faciais do lado sombreado do rosto e também afinar um nariz muito largo. A iluminação ampla, usada com menos frequência que a iluminação curta, requer maior cuidado e habilidade. A posição ampla da luz principal significa que uma parte de um lado mais próxima do rosto, incluindo a orelha, receberá luz em excesso. Para manter esta área na sombra, alguns meios de controlar a distribuição da luz devem ser empregados. Este sombreamento pode ser obtido através da obstrução da luz com tapadeiras (superfícies planas que cortam a luz) FOTOGRAFIA UNIDADE 18 - Iluminação para Fotografia 85 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” . Luz de enchimento - Geralmente, a luz de enchimento é difusa, usada perto da objetiva da câmara e colocada do lado oposto à luz principal. A posição lateral da luz é determinada até certo ponto pelo grau de reflexos de altas luzes. Este efeito deve ser observado pela objetiva. Por exemplo, o reflexo da luz de enchimento em uma pessoa de pele clara pode ser reduzido, afastando-se ligeiramente a luz de enchimento da câmara. Muitas vezes, este ajuste lateral é crítico no controle do grau de brilho das altas luzes e, como foi mencionado antes, o efeito deve ser observado com muita atenção do ponto de vista da objetiva. Outra consideração na posição lateral da luz de enchimento é que sombras indesejáveis, causadas pelas linhas do sorriso, podem ser criadas se esta luz for empregada muito longe da câmara. Luz Delineadora – É muito usada para delinear os ombros de uma pessoa com roupa escura, separando-a de um fundo escuro. Para esta iluminação, geralmente é utilizado um “Spotlight” acima da cabeça do modelo, do mesmo lado da luz principal. Luz natural – Também deve ser estudada a possibilidade de aproveitá-la. Os rebatedores circulares (é possível improvisar utilizando placa de isopor ou encampá-lo com papel alumínio) são importantes para rebater a luz. BUSCANDO CONHECIMENTO Sobre questões gerais relacionadas a fotografia em estúdio consultar: http://ellenfazevedo.blogspot.com.br Sobre como improvisar um estúdio em casa: http://www.youtube.com/watch?v=8z522UwfcyM Sobre iluminação de estúdio para retrato: http://www.youtube.com/watch?v=XWAiiAZholo&feature=related FOTOGRAFIA UNIDADE 19 - COMEÇANDO UM PROJETO 86 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ARARAS “DR. EDMUNDO ULSON” – UNAR” CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE Objetivos: Apresentar maneiras de definir um projeto em fotografia. ESTUDANDO E REFLETINDO COMEÇANDO UM PROJETO 1. ESCOLHENDO O PROJETO
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