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FLUIDO DE PERFURAÇÃO Material elaborado em parceria PrOMinP e Petrobras. Autor: Francisco Aldemir Teles Belem FLUIDO DE PERFURAÇÃO Programa Alta Competência Este material é resultado do trabalho conjunto de muitos técnicos da área de Exploração & Produção, da Universidade Petrobras e representantes do PrOMinP (Programa de Mobilização da indústria nacional de Petróleo e gás natural). Ele se estende para além dessas páginas, uma vez que traduz, de forma estruturada, a experiência de anos de dedicação e aprendizado no exercício das atividades profissionais da Companhia. É com tal experiência, refletida nas competências do seu corpo de empregados, que a Petrobras conta para enfrentar os crescentes desafios com os quais ela se depara no Brasil e no mundo. nesse contexto, o E&P através do Programa Alta Competência, visando prover os meios para adequar quantitativa e qualitativamente a força de trabalho às estratégias do negócio E&P. realizado em diferentes fases, o Alta Competência tem como premissa a participação ativa dos técnicos na estruturação e detalhamento das competências necessárias para explorar e produzir energia. O objetivo deste material é contribuir para a disseminação das competências, de modo a facilitar a formação e reciclagem dos empregados. A concepção pedagógica dos cursos, além de contemplar os aspectos tecnológicos tem uma preocupação constante com os aspectos relacionados à preservação da Saúde, Meio Ambiente e Segurança de todos os envolvidos em seus processos produtivos. Trabalhar com o bem mais precioso que temos – as pessoas – é algo que exige sabedoria e dedicação. Este material é um suporte para esse rico processo, que se concretiza no envolvimento de todos os que têm contribuído para tornar a Petrobras a empresa mundial de sucesso que ela é. SumárioSumário Capítulo 1. Introdução 1. introdução 13 Capítulo 2. Histórico 2. Histórico 17 Capítulo 3. Circulação do fluido 3. Circulação do fluido 23 Capítulo 4. Fluido de perfuração 4. Fluido de perfuração 29 4.1. Definição 29 4.2. Funções do fluido de perfuração 30 4.2.1. Limpar, resfriar e lubrificar a broca e a coluna no poço 30 4.2.2. Transportar os detritos cortados pela broca até a superfície 30 4.2.3. Transmitir potência hidráulica à broca 31 4.2.4. Manter sob controle as pressões existentes no poço 32 4.2.4.1. Pressões atuantes em um poço de petróleo 32 4.2.5. Prevenir o desmoronamento das paredes do poço 34 4.2.6. Manter em suspensão os detritos presentes no fluido 34 4.2.7. Permitir a obtenção do maior número possível de informações sobre as camadas perfuradas 35 4.2.8. Suportar uma parte do peso das colunas de perfuração e de revestimento, devido ao empuxo 37 4.2.9. Formar um reboco ao longo das paredes do poço 38 Capítulo 5. Dano à formação 5. Dano à formação 41 Capítulo 6. Tipos fluidos de perfuração 6. Tipos fluidos de perfuração 45 6.1. Fluido à base de água 45 6.1.1. Fluidos iniciais 45 6.2. Fluidos inibidos 48 Capítulo 7. Problemas causados 7. Problemas causados 55 7.1. Perda de circulação ou perda de retorno 55 7.2. Prisão da coluna 57 Capítulo 8. Fluidos não-aquosos 8. Fluidos não-aquosos 61 8.1. Fluido à base de óleo 61 Capítulo 9. Fluidos aerados 9. Fluidos aerados 67 Capítulo 10. Aditivos - fluido à base de água 10. Aditivos - fluido à base de água 71 Capítulo 11. Aditivos para fuidos não-aquosos 11. Aditivos para fuidos não-aquosos 77 Capítulo 12. Propriedades físico-químicas 12. Propriedades físico-químicas 81 12.1. Massa específica (peso do fluido) 81 12.1.1. Problemas relacionados ao peso do fluido 82 12.2. Viscosidade funil (marsh) 82 12.3. Propriedades reológicas 83 12.4. Filtrado e reboco 84 12.5. Teor de sólidos 86 12.6. Teor de areia 87 12.7. Salinidade 87 12.8. Alcalinidades: Pm, Pf e Ph 88 12.9. Teste do MBT (Methilene Blue Test) 88 Exercícios 89 Bibliografia 93 Gabarito 94 Figura 4.1 - Fluido armazenado no tanque 29 Figura 4.2 - Limpeza, resfriamento e lubrificação 30 Figura 4.3 - Transporte de detritos pelo fluido 30 Figura 4.4 - Fórmula para o cálculo da máxima potência na broca 32 Figura 4.5 - Gráficos da pressão de poros e da de fratura 33 Figura 4.6 - Detritos em suspensão no fluido 35 Figura 4.7 - Amostras de calhas armazenadas em caixas 35 Figura 4.8 - Equipamentos para acompanhamento geológico 36 Figura 4.9 - Sistema de circulação de uma sonda 36 Figura 4.10 - Fórmula empuxo 37 Figura 4.11 - Cálculo do fator de flutuação 37 Figura 4.12 - Esquema de reboco 38 Figura 5.1 - Exemplo de alguns mecanismos causadores de dano 42 Figura 6.1 - Estrutura da formação argilosa do grupo das montmorilonitas 49 Figura 7.1 - Perda de circulação 56 Figura 12.1 - (a) Balança densimétrica, (b) Visor de nível 81 Figura 12.2 - (a) Escala de densidade em lb/gal, (b) Marcação para densidade da água 81 Figura 12.3 - Teste para viscosidade em funil (marsh) 82 Figura 12.4 - Viscosímetro FAnn - Modelo 35 A 83 Figura 12.5 - Características do viscosímetro FAnn modelo 35 A 83 Figura 12.6 - Filtro Prensa APi 85 Figura 12.7 - Filtrado prensa HTHP 85 Figura 12.8 - Kit retorta 87 Figura 12.9 - Kit para determinação do teor de areia 87 Figura 12.10 - Teste do BMT 88 Lista de Figuras C ap ít u lo 1 Introdução 12 Alta Competência 13 Capítulo 1. Introdução 1. Introdução Os fluidos de perfuração e completação são formulados segundo critérios que garantam uma operação segura a um custo mínimo. As propriedades desses fluidos são estabelecidas na fase de projeto do poço, a fim de: garantir uma remoção de cascalhos eficiente, manter a estabilidade das formações perfuradas, conter os fluidos das formações, garantir a segurança do poço, prevenir corrosão da coluna e do revestimento, lubrificar e refrigerar a broca e a coluna e minimizar torque e arraste. Além disso, as propriedades dos fluidos devem ser tais que otimizem a taxa de penetração, evitem dano à formação e atendam aos requisitos de perfilagem. Os fluidos de completação são fluidos limpos (normalmente salmouras) formulados de forma a evitar dano à formação produtora e a corrosão dos materiais de fundo de poço. Segurança pessoal e preservação ambiental são outros fatores determinantes na escolha de um fluido. Os fluidos são normalmente preparados na locação e descartados ou reaproveitados após a perfuração do poço. Durante a operação, as propriedades reológicas, de gelificação, filtração, o pH e a massa específica são monitoradas e controladas dentro dos limites pré-estabelecidos no programa. Os descartes (fluidos e cascalhos) gerados durante a perfuração são tratados para atender à legislação ambiental vigente. Os aditivos utilizados no preparo e no tratamento dos fluidos são testados segundo normas técnicas elaboradas para garantir sua qualidade e também em conformidade com os padrões pré-estabelecidos. Um item a ser destacado é a garantia da remoção de cascalhos. Durante o projeto do poço, essa garantia leva à otimização das propriedades físicas do fluido e dos parâmetros hidráulicos de perfuração, tais como: vazão de bombeio, taxa de penetração e rotação da coluna. Durante a perfuração, é realizada a monitoração dos parâmetros - indicadores de problemas relacionados à má remoção de cascalhos, quais sejam: torque e drags anormais, repasses frequentes, pequeno retorno de sólidos nas peneiras e aumento das pressões na superfície, como exemplos. C ap ít u lo 2 Histórico 16 Alta Competência Capítulo 2. Histórico 17 2. Histórico não existem registros a respeito do primeiro poço perfurado. no entanto, o primeiro processo utilizado para perfurar poços foi o método de percussão. Esse processo apareceu na China, durante a dinastia Chou (1122 - 256a.C.) e os documentos chineses registram dados sobre poços com centenas de pés de profundidade - perfurados na fronteira com o Tibet - para exploração de gás, água ou sal, pelo processo spring pole. Este processo consistia em utilizar uma peça de madeira que - apoiando-se sobre outra vertical, na forma de forquilha - era utilizada à maneira de uma alavanca do primeiro gênero. Com ele, os chineses perfuraram mais de 10.000 poços para sal, alcançando profundidades de até 457 m (1500 pés) aproximadamente, à razão de dois pés por dia. Durante a perfuração - vez por outra - era adicionada água a fim de amolecer as rochas perfuradas e de facilitar sua remoção até a superfície. O método chinês de perfuração, por percussão, experimentou poucas alterações durante cerca de 22 séculos, porém contribuiu para estabelecer a base técnica da perfuração. Segundo os historiadores, foram os irmãos David e Joseph ruffner os primeiros a perfurar no continente americano. Eles perfuraram um poço ao oeste do estado da Virgínia através de rochas inconsolidadas, entre os anos 1806 a 1808. Em 1833, na França, o engenheiro Fauvelle estava acompanhando a perfuração de um poço artesiano pelo método percussivo, quando observou um fluxo intenso de água em torno da coluna perfuratriz, trazendo para a superfície uma grande quantidade de detritos perfurados. Fauvelle raciocinou que o transporte de cascalhos do fundo do poço para a superfície poderia ser feito de modo semelhante, se fosse injetada água através de uma coluna oca, ao mesmo tempo em que a perfuração prosseguisse. Fauvelle, então, pôs a sua ideia em prática e desenvolveu uma série de equipamentos que - em resumo - consistia de uma coluna de tubos de ferro forjado, oca, que podiam ser enroscados nas extremidades. na extremidade inferior dessa coluna, era enroscada uma broca - cujo diâmetro era maior do que o da coluna tubular - formando-se, portanto, um espaço 18 Alta Competência anular através do qual a água injetada e os fragmentos perfurados alcançavam a superfície. na extremidade superior da coluna eram conectados tubos flexíveis, alimentados por uma bomba. Em 1859, o Coronel E.L. Drake perfurou o primeiro poço para exploração de petróleo no continente americano. no entanto, esse primeiro poço representa - na verdade - o clímax de uma época iniciada pelos irmãos ruffner. Parece que foi na década de 1880 que os perfuradores começaram a se convencer da importância do fluido de perfuração. Um dos primeiros registros desse fato está contido em uma patente requerida por M.T.Chapman no ano de 1887. nesse requerimento, Chapman menciona o "uso de um fluxo de água e uma quantidade de material plástico, com o qual é formada uma camada impermeável ao longo do anular do poço". Em outubro de 1900, foi então iniciada a perfuração do poço de Spindletop - nas proximidades de Beaumont, Texas, nos EUA - o qual representa o maior marco na história dos fluidos de perfuração. Logo no início, foram encontradas câmaras de areia inconsolidada e, então, Curt Hamil lembrou-se de que, ao aumentar a viscosidade da água mediante a adição de argila, o fluido de perfuração ajudava a calafetar as paredes do poço, estabilizando-o. A circulação do fluido era intermitente, em intervalos regulares de tempo. Esse poço de Spindletop alcançou a profundidade aproximada de 317 m, em 10/01/1901, quando entrou em fluxo com uma produção diária em torno de 100.000 barris por dia. O sistema de perfuração rotativo hidráulico alcançava assim o primeiro sucesso, consolidando esse processo como técnica de perfuração. Claro que o poço de Spindletop não foi o primeiro a usar o processo rotativo, como também não foi o primeiro a empregar um fluido de perfuração. O sucesso alcançado naquela oportunidade representa, entretanto, o ponto culminante de um esforço desenvolvido de forma contínua, visando a aperfeiçoar os métodos de perfuração. O processo de aperfeiçoamento dos sistemas e dos fluidos de perfuração foi lento e gradual. Atualmente, admite-se que a história dos fluidos de perfuração passou por três períodos: Capítulo 2. Histórico 19 O primeiro período, das tentativas, abrange os trabalhos • realizados até a perfuração do poço de Spindletop - considerado como o primeiro poço comercial de petróleo; O segundo período, das experiências isoladas, durante o qual • a prática adquirida era aplicada sem maiores preocupações com os fundamentos científicos, abrange os trabalhos desenvolvidos entre 1901 e 1930; O terceiro período começa em 1930 e vai até os dias atuais, • observando-se que os trabalhos desenvolvidos no domínio dos fluidos de perfuração é eminentemente científico. Os melhoramentos introduzidos contribuíram de forma decisiva para que o processo rotativo hidráulico se afirmasse no sentido de serem alcançadas maiores profundidades, a custos mais baixos, num menor intervalo de tempo. Como visto no resumo histórico acima, os fluidos de perfuração foram usados pela primeira vez no processo da perfuração rotativa há algum tempo, entre 1887 e 1901. no início, o objetivo primário do fluido de perfuração era o de remover continuamente os detritos perfurados pela broca, também denominados cascalhos. Com o desenvolvimento da perfuração rotativa e a evolução tecnológica dos fluidos, aquilo que se tinha iniciado como um simples fluido, tornou-se hoje uma complexa mistura de líquidos, sólidos, produtos químicos e, às vezes, até do próprio ar. De resultados obtidos com testes de laboratório e de campo, concluiu-se que a combinação de dois grandes fatores - o fluido e a hidráulica de perfuração - exercem um efeito bem maior sobre a taxa de penetração do que qualquer outro parâmetro controlável no processo de perfuração rotativa. A inter-relação entre o fluido e a hidráulica de perfuração tornou- se clara na década de 30. A partir daí, com a melhor compreensão sobre a hidráulica nos jatos da broca, observou-se que a potência na broca está relacionada com os parâmetros fundamentais de perfuração rotativa: peso sobre a broca, velocidade de rotação da coluna e taxa de penetração. C ap ít u lo 3 Circulação do fluido Alta Competência 22 Alta Competência Capítulo 3. Circulação do fluido 23 3. Circulação do fluido A circulação de fluidos de perfuração teve um avanço significativo no início do século XX, com o aperfeiçoamento das bombas de alta pressão. A bomba de lama é o coração de um sistema de circulação. Sua função é transferir energia para o fluido, de forma que este possa circular dos tanques até a broca, na qual a potência é consumida no jateamento do fluido. Daí o fluido ascender à superfície através do espaço anular e retornar aos tanques. Usualmente, existem duas bombas de lama por sonda, que são associadas em paralelo para perfurar poços na fase inicial, cujos diâmetros são superiores a 12 1/4". na perfuração de poços com diâmetros iguais ou inferiores a 12 1/4", pode-se fazer uso de apenas uma bomba de lama. O mercado atual dispõe de bombas de lama triplex de até 1750 HP de potência capazes de bombear grandes volumes de fluido a pressões que se situam, normalmente, entre 1500 a 3500 psi, e podem ser impulsionadas por motores a diesel, elétrico ou a gás. As perdas na transmissão de potência, entre o eixo de saída do motor e o eixo de ataque da bomba de lama, são da ordem de 15%. A parte hidráulica (fluid end) da bomba de lama recebe o fluido através de uma linha de sucção conectada ao tanque de sucção. As perdas volumétricas da bomba de lama podem variar de 0 a 15%, dependendo do modo como ela está instalada e das condições mecânicas das peças que compõem a sua parte hidráulica. Algumas bombas de lama recebem fluido de uma bomba menor - do tipo centrífuga - chamada de bomba de alimentação (pré-carga),a qual é usada para aumentar a eficiência volumétrica da bomba de lama. O fluido de perfuração é, portanto, bombeado sob pressão através da linha de recalque e de superfície, do tubo bengala, da mangueira de lama, da cabeça de injeção e do kelly. Esses componentes são conhecidos como conexões de superfície. A mangueira de lama e a cabeça de injeção, juntos, permitem os movimentos alternativos e de rotação da coluna dentro do poço. A partir do kelly, uma haste quadrada ou hexagonal com a função de transmitir o movimento de rotação à coluna, o fluido segue através dos tubos de perfuração, dos comandos e da broca. A energia rotacional é transmitida à broca pela coluna de perfuração, e o peso sobre a broca é fornecido pelos Alta Competência 24 Alta Competência comandos. na broca, a energia - na forma de pressão - é transformada em energia cinética, quando o fluido passa através de três orifícios (ou jatos) de pequeno diâmetro, fabricados com material resistente (carbeto de tungstênio). Quando o programa hidráulico é projetado de modo correto, a perda de carga na broca varia de 50 a 66% da pressão disponível na superfície. Após passar pela broca, o fluido de perfuração começa a subir através do espaço anular, transportando consigo os fragmentos de rocha arrancados pelos dentes da broca. A habilidade do fluido em transportar os cascalhos até a superfície depende do regime e da velocidade de fluxo nessa região e das propriedades dos fluidos, os quais determinam a capacidade de carreamento dos sólidos. no interior de um fluido estático, sem movimento, as partículas sólidas caem mais rapidamente quando esse fluido é pouco viscoso ou "fino' do que quando é muito viscoso ou "grosso". Portanto, no transporte de cascalhos para a superfície, a velocidade do fluido deve ser maior do que a velocidade de queda do cascalho. Se a vazão da bomba de lama é insuficiente para fornecer uma velocidade anular do fluido necessária a esse transporte, pode-se aumentar a viscosidade do fluido de perfuração com o intento de reduzir a velocidade de queda dos cascalhos. Ao atingir a superfície, o fluido deve facilitar o descarte dos cascalhos ou fragmentos de rocha para evitar a sua recirculação no poço. Por isso, na superfície, deve ser projetado um sistema equipado para: ( 1 ) remover sólidos; ( 2 ) resfriar; ( 3 ) Misturar; ( 4 ) Adicionar produtos químicos; ( 5 ) remover ar ou gás do fluido de perfuração. Capítulo 3. Circulação do fluido 25 Consequentemente, os seguintes equipamentos, ou alguns deles, são necessários ao sistema de circulação para garantir o bom desempenho do fluido de perfuração: ( 1 ) Peneiras; ( 2 ) Tanques de lama; ( 3 ) Degaseificador; ( 4 ) Desareiador; ( 5 ) Desiltador; ( 6 ) Centrifugador; ( 7 ) Pistolas de lama, misturadores e funil de mistura. A separação dos fragmentos grosseiros (cascalhos) é processada através de uma peneira vibratória, que deve estar equipada com telas adequadas ao tipo de rocha perfurada. As telas usadas possuem aberturas que variam de 10 a 80 mesh. Os sólidos que passam são removidos por decantação, num tanque próprio. O desareiador remove partículas sólidas com diâmetro superior a 74 microns (areia), e as mais finas - com diâmetro maior do que 30 microns - são eliminadas pelo desiltador. Após esse processo, o fluido retorna à bomba para reiniciar o ciclo de circulação. C ap ít u lo 4 Fluido de perfuração 28 Alta Competência Capítulo 4. Fluido de perfuração 29 4. Fluido de perfuração 4.1. Definição O fluido de perfuração é uma dispersão coloidal composta de uma fase contínua - que normalmente é água doce ou salgada -, e uma fase dispersa - composta de produtos químicos, tais como: argila, amido, soda cáustica, polímeros, materiais adensantes, bactericidas etc. Tipo de dispersão Diâmetro do disperso Exemplo Solução menor que 1 m µ sal + água Dispersão coloidal 1 m µ a 1 µ argila + água Suspensão grosseira maior que 1 µ sílica + água Tabela 4.1 - Fluidos obtidos durante a perfuração Figura 4.1 - Fluido armazenado no tanque 30 Alta Competência 4.2. Funções do fluido de perfuração 4.2.1. Limpar, resfriar e lubrificar a broca e a coluna no poço Figura 4.2 - Limpeza, resfriamento e lubrificação 4.2.2. Transportar os detritos cortados pela broca até a superfície Figura 4.3 - Transporte de detritos pelo fluido Capítulo 4. Fluido de perfuração 31 Fatores que afetam a limpeza do poço: Taxa de penetração;• Estabilidade do poço;• Velocidade no espaço anular;• Propriedades reológicas do fluido;• Tempo de circulação;• inclinação do poço.• 4.2.3. Transmitir potência hidráulica à broca Através da velocidade de saída do fluido pelos jatos da broca, • determinada pela pressão de bombeio; A pressão de bombeio é a soma das perdas de carga na • tubulação, no espaço anular e nos jatos da broca. As perdas de carga são divididas em: Perda de carga útil - nos jatos da broca;• Perda de carga parasita - perda por atrito. • As perdas de carga parasitas estão assim distribuídas:• 32 Alta Competência Perda de carga na circulação PBombeio = ΔPDP + ΔPDC + ΔPJatos + ΔPDC/ANN + ΔPDP/ANN + ΔPSuperf Q = 280 gal/min ρ = 12.5 ib/gal PBombeio Figura 4.4 - Fórmula para o cálculo da máxima potência na broca 4.2.4. Manter sob controle as pressões existentes no poço Condição: Pporos < Phidrostática < Pfratura• 4.2.4.1. Pressões atuantes em um poço de petróleo • Pressão hidrostática: pressão exercida por uma coluna de fluido. Para líquidos, essa pressão é dada por:• Ph = 0,17 x D x H Sendo: Ph = pressão hidrostática do líquido, em psi; D = massa específica do fluido, lb/gal; H = altura do líquido, m. Capítulo 4. Fluido de perfuração 33 • Gradiente de pressão: razão entre a pressão que age num determinado ponto e a profundidade desse ponto. Está relacionado à massa específica do fluido de perfuração pela seguinte expressão: • Massa específica ou densidade equivalente: pressão em determinado ponto expressa em termos da massa específica equivalente, como segue: • Pressão de poros, pressão da formação ou pressão estática: pressão dos fluidos contidos nos poros de uma determinada formação. As formações são classificadas de acordo com a variação do seu gradiente, a saber: Gf < 1,42 psi/m - Pressão anormalmente baixa 1,42 psi/m < Gf < 1,53 psi/m - Gradiente normal Gf > 1,53 psi/m - Pressão anormalmente alta Kicks Lost circ. s�'RADIENTE�DE� ���PRESSÎO�DE�POROS� ���E�SAPATA s�'RADIENTE�DE�FRATURA s�0ROFUNDIDADE�DE� ���ASSENTAMENTO�SAPATE� ���DO�REVESTIMENTO Figura 4.5 - Gráficos da pressão de poros e da de fratura 34 Alta Competência 4.2.5. Prevenir o desmoronamento das paredes do poço A pressão hidrostática exercida pelo fluido de perfuração ao longo do poço ajuda a manter, no seu lugar, as formações perfuradas. • Fatores que favorecem a ocorrência de desmoronamento: Massa específica do fluido;• Falta de inibição do fluido (tipo de fluido, salinidade etc);• Filtrado do fluido elevado (máximo 5 ml / 30 min);• Presença de folhelhos intercalados por argilas;• Perda de circulação (presença de cavernas).• • Problemas gerados devido ao desmoronamento: Limpeza do poço nos trechos alargados;• Prisão da coluna; • Dificuldade na avaliação dos perfis de poço aberto;• Consumo excessivo de cimento e aditivos.• 4.2.6. Manter em suspensão os detritos presentes no fluido Por ocasião das paralisações da circulação durante a manobra, a conexão ou o reparo da bomba, tanto os cascalhos a serem removidos do poço quanto os sólidos inertes presentes no fluido de perfuração devem permanecerem suspensão para que não haja decantação deles sobre a broca. Um indicativo de que está havendo sedimentação pode ser observado durante uma conexão, visto que, ao se quebrar a haste quadrada, observa-se um retorno contínuo de fluido pelo interior da coluna, podendo acarretar um entupimento dos jatos da broca. recomenda-se, nesse caso, uma leitura de no mínimo 3 rpm. Capítulo 4. Fluido de perfuração 35 Figura 4.6 - Detritos em suspensão no fluido A propriedade do fluido responsável pela manutenção dos detritos em suspensão é a força gel, determinada nos tempos de 10 seg e 10 min. Para a determinação da força gel, utiliza-se um viscosímetro rotativo. 4.2.7. Permitir a obtenção do maior número possível de informações sobre as camadas perfuradas Saco de pano Caixa com amostra de calha Figura 4.7 - Amostras de calhas armazenadas em caixas 36 Alta Competência • Amostras de calha: amostras de cascalhos cortados pela broca que são transportados pelo fluido de perfuração até a superfície, onde são coletadas conforme indicação abaixo: Peneira de amostras de calha Detector de gás Figura 4.8 - Equipamentos para acompanhamento geológico • Coletas de amostra: Poço pioneiro: de 3 em 3 metros;• Poço de desenvolvimento: de 6 em 6 metros.• Top Drive Rig Floor Blow out Preventors Varius casing Points Drill Pipe Open Hole Annulus Drill collar Reserve Pit System Active Pit System Mud PumpsStand Pipe Stand pipe Manifold Header Tank Shale Shaker Sand Trap Figura 4.9 - Sistema de circulação de uma sonda Capítulo 4. Fluido de perfuração 37 4.2.8. Suportar uma parte do peso das colunas de perfuração e de revestimento, devido ao empuxo • Teorema de Arquimedes: todo corpo mergulhado em um fluido recebe uma força vertical - orientada de baixo para cima, igual ao peso do volume de líquido deslocado pelo corpo. E=µ*g*V (u) SI: N [Newton] 1-P=E 2-P>E 3-P<E µCorpo = µliq. µcorpo > µliq. µliq.<µcorpo Empuxo = Peso E = m x g E E E E PPP P Conclusões Figura 4.10 - Fórmula empuxo Fator de flutuação We = Peso da coluna no fluido, lb W = Peso da coluna no ar, lb ρf = Densidade do fluido, lb/gal ρs = Densidade do aço, lb/gal Obs: A densidade do aço é 65,4lb/gal we = wx We = W - Fb We = W - ρfV We = W - ρf ρs ( )ρs ρf1 - W Figura 4.11 - Cálculo do fator de flutuação 38 Alta Competência 4.2.9. Formar um reboco ao longo das paredes do poço Esse reboco deve ter uma consistência conveniente a fim de reduzir a infiltração da fase líquida do fluido de perfuração na frente das zonas permeáveis existentes no poço. Fluxo de lama Poço Torta de filtração externa Zona invadida pelo jato de lama Formação não-contaminada Figura 4.12 - Esquema de reboco C ap ít u lo 5 Dano à formação 40 Alta Competência Capítulo 5. Dano à formação 41 5. Dano à formação Dano à formação: significa redução da permeabilidade do reservatório próximo às paredes do poço. O dano à formação ocorre durante: Perfuração: fluido de perfuração (sólidos finos e filtrados);• Cimentação: pasta de cimento (filtrado);• Completação: fluido de completação; • Operação de canhoneio (processo de canhoneio).• Mecanismos causadores de dano à formação: Migração de finos;• inchamento de argilas;• Formação de emulsão;• inversão de molhabilidade;• Tamponamento; • Bloqueio por água;• incrustação (• scale); Depósitos orgânicos;• Depósitos bacterianos.• 42 Alta Competência Migração de finos Invação de finos Bloqueio na entrada do poro Bloqueio do poro dentro da rocha Desestabilização das argilas no interior da rocha Figura 5.1 - Exemplo de alguns mecanismos causadores de dano C ap ít u lo 6 Tipos de fluidos de perfuração 44 Alta Competência Capítulo 6. Tipos de fluidos de perfuração 45 6. Tipos de fluidos de perfuração À base de água;• À base orgânica (não-aquoso); • Espuma;• Ar comprimido.• 6.1. Fluido à base de água Os fluidos à base de água são mais utilizados por serem: Mais baratos;• Mais abundantes na natureza;• Menos agressivos ao meio ambiente.• Os tipos de fluidos à base de água são os fluidos iniciais e os inibidos. 6.1.1. Fluidos iniciais São fluidos não-inibidos utilizados no início dos poços, quando as exigências em relação as suas propriedades são mínimas, em função da não-interação do fluido com os minerais das rochas. • Principais fluidos iniciais: Fluido convencional;• Fluido nativo;• Fluido de baixo teor de sólidos;• Água doce ou água do mar.• 46 Alta Competência • Fluido convencional a) Composição: Água doce QSP Argila ativada 12 a 15 lb/bbl Soda cáustica 0,5 lb/bbl b) Propriedades: Peso específico 8,8 a 9,0 lb/gal Viscosidade 60 a 90 seg c) Aplicações: Perfuração de poços de grandes diâmetros;• Perfuração de areias e calcários;• Confecção de tampões viscosos.• d) recomendações: Misturar os produtos na sequência indicada;• Utilizar água com salinidade de no máximo 5.000 mg/l;• Verificar dureza e teor de cálcio da água de preparo;• Verificar a validade da argila – prazo: 06 meses.• Capítulo 6. Tipos de fluidos de perfuração 47 • Fluido nativo É o que utiliza a argila presente nas formações atravessadas pela broca, sendo necessária apenas a adição de água para manutenção da viscosidade e do peso. É um fluido de baixo custo, visto não ser necessária a adição de produtos químicos. • Fluido de baixo teor de sólidos a) Composição: Água doce QSP Polímero doador de viscosidade 0,5 a 1,0 lb/bbl Argila ativada 4,0 a 6,0 lb/bbl Soda cáustica 0,5 lb/bbl b) Propriedades: Peso específico 8,5 a 8,7 lb/gal Viscosidade 45 a 60 seg c) Aplicação: Perfuração em zonas de baixo gradiente de pressão (frágeis);• Perfuração em zonas com perda de circulação parcial. • d) recomendações: semelhantes às do fluido convencional. Obs: Em função do custo desse tipo de fluido, utilizá-lo somente nas situações nas quais o peso do fluido deva ser o mais baixo possível. 48 Alta Competência • Água doce ou salgada: Água doce: perfuração na área terrestre;• Água salgada: perfuração na área marítima em função da • abundância desse fluido. Aplicação: perfuração em poços com ocorrência de perda total de circulação. nesse caso, injeta-se fluido viscoso nas conexões para evitar sedimentação de detritos sobre a broca. 6.2. Fluidos inibidos São fluidos que têm pouca ou nenhuma interação com as argilas presentes nas formações atravessadas pela broca durante a perfuração. Essa inibição pode ser de natureza química ou física. Os fluidos inibidos são divididos em: Fluidos à base de água; • Fluidos à base orgânica.• Obs: A inibição dos fluidos à base de água é sempre menor do que a inibição dos fluidos à base de óleo. Quando se têm argilas muito sensíveis à presença de água, problemas na perfuração são frequentes e a continuidade da operação só é possível com a utilização dos fluidos à base de óleo. Os tipos de argilas mais comuns são: Esmectita - elevado grau de inchamento em presença de água;• ilita;• Clorita;• Capítulo 6. Tipos de fluidos de perfuração 49 Caolinita - pouca reatividade com água, porém desprende-se • da rocha com facilidade, causando obstrução dos poros desta; Camada mista.• Me Me - OH - Si +;2+ 2+,3+ o o 4+OO2 n - H O2 Figura 6.1 - Estrutura da formação argilosa do grupo das montmorilonitasObs: Formações argilosas tornam-se instáveis na presença de alguns tipos de fluidos de perfuração à base de água, causando sérios problemas durante a perfuração, principalmente quando essa argila é do grupo das montmorilonitas. • Os principais problemas são: Enceramento da broca;• Anéis de obstrução no espaço anular;• Fechamento do poço;• Desmoronamento; • Prisão da coluna de perfuração;• Alargamentos do poço.• 50 Alta Competência • Principais fluidos inibidos à base de água: Fluido à base de cloreto de sódio tratado com polímero;• Fluido à base de cloreto de potássio tratado com polímero;• Fluido à base de cloreto de potássio com poliacrilamida;• Fluido à base de cloreto de potássio com polímero catiônico.• • Fluidos salgados: São fluidos cuja inibição é proveniente dos cátions fornecidos pelos sais. Classificação em função da salinidade: Baixa salinidade de 10.000 até 40.000 ppm Média salinidade de 40.000 até 70.000 ppm Alta salinidade de 70.000 até 311.300 ppm Saturado salinidade de 311.300 ppm Os sais mais utilizados na confecção dos fluidos salgados são: o cloreto de sódio (naCl) e o cloreto de potássio ( KCl ). O cloreto de sódio, em função do seu preço mais baixo e da sua disponibilidade na natureza; e o cloreto de potássio, em função do grande poder de inibição apresentado por ele. • Fluido à base de cloreto de sódio tratado com polímero O sal comum (cloreto de sódio) - de fórmula química naCl - em presença de água, dissocia-se em: Na+ e CI- O cátion Na+ é o responsável pela inibição das argilas presentes nas formações perfuradas. Capítulo 6. Tipos de fluidos de perfuração 51 a) Aplicação: Perfuração de formações argilosas;• Perfuração marítima, na qual o abastecimento de água • industrial é difícil e oneroso; Perfuração de formações com presença de sal.• b) Composição X Concentração Composição básica Concentração Água doce QSP Argila ativada 5,0 a 8,0 lb/bbl Soda cáustica 1,0 a 1,5 lb/bbl Amido 6,0 a 8,0 lb/bbl Polímero de baixa viscosidade 2,0 a 2,5 lb/bbl Cloreto de sódio (NaCl - sal comum ) 14,0 a 16 lb/bbl Bactericida 5,0 gal / 100 bbl Baritina em função do peso desejado • Fluidos à base de cloreto de potássio tratado com polímero a) Conceito São fluidos não-dispersos, com inibição física fornecida pelos polímeros e inibição química fornecida pelo sal. O íon potássio atua como um eficiente inibidor de inchamento e dispersão de argilas. O sal de potássio, de fórmula química KCl , em presença de água, dissocia-se em: K+ e CI- sendo o cátion K+ o principal responsável pela inibição das argilas presentes no poço. 52 Alta Competência b) Composição X Concentração Composição básica Concentração Água doce QSP Óxido de magnésio 0,8 a 1,0 lb/bbl Amido 6,0 a 8,0 lb/bbl Polímero de baixa viscosidade 2,0 a 2,5 lb/bbl Polímero catiônico 6,0 a 8,0 lb/bbl Cloreto de potássio ( KCl ) 18,0 a 20,0 lb/bbl Bactericida 5,0 gal/ 100 bbl Calcário fino 10,0 a 15,0 lb/bbl Baritina em função do peso desejado C ap ít u lo 7 Problemas causados 54 Alta Competência Capítulo 7. Problemas causados 55 7. Problemas causados 7.1. Perda de circulação ou perda de retorno É a perda do fluido de perfuração ou da pasta de cimento para os espaços porosos, fraturas ou cavernas da formação, durante as operações de perfuração. • Tipos de perda de circulação: Parcial - quando, em condições normais de bombeio, retorna • somente uma parte do fluido de perfuração que foi injetado; Total - quando, em condições normais de bombeio, não há • retorno do fluido de perfuração que foi injetado. • Causas das perdas de circulação: Naturais: Presença de cavernas;• infiltração em rochas de alta permeabilidade;• Ocorrência de fraturas naturais. • Induzidas: Peso do fluido superior ao gradiente de fratura da rocha;• Bloqueio do espaço anular por argilas. • 56 Alta Competência Lost cirkulation Mud flow in Figura 7.1 - Perda de circulação • Métodos de combate: Tampão de material de perda;• Tampão de cimento;• Tampão de cimento com bentonita;• Tampão de silicato com cloreto de cálcio;• Aumento da viscosidade do fluido; • redução do peso do fluido. • Capítulo 7. Problemas causados 57 7.2. Prisão da coluna Durante a operação de perfuração, a coluna de perfuração pode ficar presa, ocasionalmente, o que impede o seu movimento para cima e/ ou para baixo. A coluna de perfuração poderá ficar presa por: Acunhamento;• Desmoronamento;• Prisão por diferencial de pressão;• Chaveta.• Quando ocorre: Durante descida da coluna após troca de broca;• Durante queda de objetos estranhos no poço;• Quando há desmoronamento; • Durante o fechamento do poço; • Durante a retirada da coluna com arraste elevado (• Drag); Quando ocorre pressão hidrostática elevada.• • Desmoronamento - queda das paredes do poço: Areia;• Folhelho.• 58 Alta Competência • Fechamento - redução do diâmetro na parte superior do poço: inchamento de argila;• Presença de sal.• • Diferencial de pressão - consiste na fixação da coluna à parede do poço devido a uma força causada pela diferença de pressão entre a coluna hidrostática do fluido e a pressão de poros da formação. Ocorre geralmente em frente a formações porosas e permeáveis (arenitos) e em fluidos com alto filtrado e espessura de reboco. C ap ít u lo 8 Fluidos não-aquosos 60 Alta Competência Capítulo 8. Fluidos não-aquosos 61 8. Fluidos não-aquosos Os fluidos não aquosos também são conhecidos como fluidos de emulsão inversa, e são classificados em: Fluido à base de óleo diesel – fora de uso;• Fluido à base de parafina;• Fluido à base de éster;• Fluido à base de glicol. • 8.1. Fluido à base de óleo Os fluidos são ditos à base de óleo quando a fase contínua ou dispersante é constituída por óleo e a fase dispersa é água salgada adicionada sob forma de minúsculas gotículas, emulsionadas pela ação tensoativa de um surfactante específico. Esses fluidos são também conhecidos como fluidos de emulsão inversa. Os demais componentes dos fluidos à base de óleo são: emulsificantes (primário, secundário), saponificantes e alcalinizantes, redutores de filtrado, agentes de molhabilidade, dispersantes e gelificantes e adensantes. • Composição básica: Óleo sintético, óleo mineral ou parafina; • Emulsificante primário; • Emulsificante secundário;• Agente de molhabilidade;• Controlador de filtrado;• 62 Alta Competência Óxido de cálcio; • Salmoura (água + sal);• Argila organofílica;• Adensante.• • Principais características dos fluidos à base de óleo: Baixíssima solubilidade das formações de sal, tais como: halita, • silvita, taquidrita, carnalita e anidrita; Atividade química controlada pela natureza e pela concentração • do eletrólito dissolvido na fase aquosa; Alta capacidade de inibição em relação às formações argilosas • hidratáveis; Alto índice de lubricidade ou baixo coeficiente de atrito;• resistência a temperaturas elevadas até 400 ºF;• Baixa taxa de corrosão;• Amplo intervalo para variação do peso específico, isto é: 7,0 lb/• gal até 18,0 lb/gal. • Aplicação: Poços profundos com elevados gradientes geotérmicos, cujas • temperaturas superam 300 ºF; rochas solúveis em água, tais como os evaporitos e domos •salinos; Poços direcionais e horizontais;• Capítulo 8. Fluidos não-aquosos 63 rochas hidratáveis e plásticas, como folhelhos e argilitos; • Poços com baixa pressão de poros ou baixo gradiente de • fratura; Formações produtoras danificáveis por fluidos à base de • água; Poços que geram ambientes corrosivos;• Liberação de coluna.• • Limitações do uso: Poço com perda de circulação;• Sondas que não possuam sistema de remoção de sólidos • adequados; Descarte dos cascalhos em locais projetados especificamente • para esse fim. • Principais contaminantes: Água; • Sólidos.• C ap ít u lo 9 Fluidos aerados 66 Alta Competência Capítulo 9. Fluidos aerados 67 9. Fluidos aerados Conceito - É o fluido cujo ar atmosférico ou gás inerte é utilizado em parte ou no todo como fluido de perfuração. • Tipos de fluidos aerados: Ar puro ou um gás tipo n2, CO• 2; Espuma.• • Principais características: Baixo peso específico (0,3 lb/gal até 7 lb/gal);• Uso de ar ou gás como componente.• Obs: O uso de equipamentos especiais, tais como: compressores, booster, medidores de vazão e outros tornam muito restrita a utilização desses fluidos, em função dos custos elevados desses equipamentos. • Composição: Água;• Argila ativada;• KCl;• Soda cáustica;• inibidor de corrosão espumante;• Polímero.• 68 Alta Competência • Aplicação: Perdas de circulação severas;• Minimização de danos à formação;• Aumento da taxa de penetração.• C ap ít u lo 1 0 Aditivos - fluido à base de água 70 Alta Competência Capítulo 10. Aditivos - fluido à base de água 71 10. Aditivos - fluido à base de água a) Doadores de viscosidade Argila ativada (nome comercial: bentonita);• Polímero de alto peso molecular (CMC – AVAS);• Goma xantana;• b) Doadores de alcalinidade (Ph) Soda cáustica;• Potassa cáustica;• Cal viva / cal hidratada.• c) Redutores de filtrado Amido de mandioca, amido de milho;• Polímero de baixo peso molecular (CMC - ADS);• Hidroxipropilamido (HPA).• d) Inibidores de argila Polímeros catiônicos; • Cloreto de sódio (naCl);• Cloreto de potássio (KCl);• Poliacrilamida. • 72 Alta Competência e) Adensantes Sais diversos;• Baritina;• Hematita;• Calcário. • f) Dispersantes Lignossulfonato;• Polímeros de baixo peso molecular. • g) Liberadores de coluna - ácidos graxos Pipe lax• ; Free pipe• ; Ez-spot• . h) Preventor de enceramento de broca Detergente. • i) Antiespumante j) Bactericida Triazina;• Guaternário de amônio.• Capítulo 10. Aditivos - fluido à base de água 73 k) Sequestrador de gás sulfídrico Esponja de ferro;• Óxido de zinco.• l) Redutor de fricção Lubrificante.• C ap ít u lo 1 1 Aditivos para fluidos não-aquosos 76 Alta Competência Capítulo 11. Aditivos para fluidos não-aquosos 77 11. Aditivos para fuidos não- aquosos Parafina, biodiesel e óleo diesel (em desuso);• Ácidos graxos;• Surfactantes;• redutores de filtrado;• Argila organofílica;• Baritina e hematita; • Cloreto de cálcio ou cloreto de sódio; • Calcários fino e médio; • Óxido de cálcio (cal viva). • C ap ít u lo 1 2 Propriedades físico-químicas 80 Alta Competência Capítulo 12. Propriedades físico-químicas 81 12. Propriedades físico-químicas 12.1. Massa específica (peso do fluido) Fisicamente, é a massa de fluido por unidade de volume. Usualmente, é expressa em lb/gal (libra por galão). Obs: no campo, é conhecida como peso do fluido. Equipamento para medição: balança densimétrica. (a) (b) Figura 12.1 - (a) Balança densimétrica, (b) Visor de nível (a) (b) Figura 12.2 - (a) Escala de densidade em lb/gal, (b) Marcação para densidade da água Obs: É muito importante a verificação da calibração da balança. 82 Alta Competência 12.1.1. Problemas relacionados ao peso do fluido a) Peso do fluido insuficiente: Desmoronamento das paredes do poço;• Kick• ; Fechamento do poço. • b) Peso do fluido excessivo: Prisão de coluna por diferencial de pressão; • Perda de circulação parcial ou total;• redução na taxa de penetração.• 12.2 Viscosidade funil (marsh) É uma medida prática da variação da viscosidade do fluido. Essa medida consiste na determinação do tempo gasto pelo fluido para escoar através de um orifício existente na parte inferior do funil e preencher um caneco até a marca de ¾ de galão (950 ml) ou 1000 ml. Meassured Orifice (3/16º ID) One Quart Line12º 2º 6º FUNNEL CUP Figura 12.3 - Teste para viscosidade em funil (marsh) Capítulo 12. Propriedades físico-químicas 83 12.3 Propriedades reológicas A reologia trata da deformação e do escoamento dos fluidos quando submetidos à ação de uma força. Estuda as relações entre a tensão de cisalhamento e a razão de deformação que definem as condições de escoamento de um fluido. Figura 12.4 - Viscosímetro FAnn - Modelo 35 A BOB Sleeve Fluid Figura 12.5 - Características do viscosímetro FAnn modelo 35 A 84 Alta Competência Classificação reológica dos fluidos: Fluidos newtonianos: existe uma relação linear entre a tensão • cisalhante e a taxa de deformação; Fluidos não-newtonianos: são aqueles cuja viscosidade varia • de acordo com a taxa de deformação. no grupo dos fluidos não-newtonianos, destacam-se: Fluidos plásticos: caracterizados pela existência de um limite • de escoamento, isto é, torna-se necessário um mínimo de tensão de cisalhamento para que o escoamento seja iniciado; Fluidos pseudo-plásticos: são aqueles cuja viscosidade aparente • diminui à medida que aumenta a taxa de deformação; Fluidos dilatantes: são aqueles cuja viscosidade aparente • aumenta à medida que aumenta a taxa de deformação. 12.4. Filtrado e reboco Filtrado APi;• Filtrado HTHP.• Filtrado API• : volume de líquido (filtrado) coletado numa proveta durante 30 min, a uma pressão de 100 psi. recomendado para fluidos à base de água; Reboco• : material que fica depositado na parede do poço devido à perda do fluido em frente às formações permeáveis Capítulo 12. Propriedades físico-químicas 85 Water Loss Test CO Cartridge Wall Cake 2 LID Fluid container Filter Paper Screen Filtrate Graduated Cylinder 100 psi Figura 12.6 - Filtro Prensa APi Filtrado HPHT• : volume de líquido (filtrado) coletado numa proveta durante 30 min, a uma pressão de 500 psi e a uma temperatura de 300 ºF. Figura 12.7 - Filtrado prensa HTHP 86 Alta Competência 12.5. Teor de sólidos O teste de retorta consiste na destilação de um volume de 10 ml de fluido, no período de 30 min, obtendo-se as frações de água, óleo e sólidos. Classificação dos sólidos perfurados: Sólidos Exemplo inertes de baixa densidade areia, calcário, siltes inertes da alta densidade baritina, hematita ativos da baixa densidade argilas plásticas • Problemas causados pelos sólidos incorporados ao fluido de perduração durante a perfuração: Baixas taxas de penetração;• redução da potência hidráulica na broca;• redução da vida útil da broca; • redução da vida útil dos componentes do sistema de • circulação; Pouca eficiência dos tratamentos químicos do fluido;• Probabilidade de prisão por diferencial de pressão;• Probabilidade de perda de circulação por aumento da • densidade do fluido; Maior custo na manutenção das bombas.• Capítulo 12. Propriedades físico-químicas 87 Figura 12.8 - Kit retorta 12.6. Teor deareia Figura 12.9 - Kit para determinação do teor de areia 12.7. Salinidade Está diretamente relacionada à inibição do fluido;• Serve de contraste entre zonas de água doce e zonas de óleo • identificadas através do perfil de resistividade. 88 Alta Competência 12.8. Alcalinidades: Pm, Pf e Ph Pm = alcalinidade do fluido; Pf = alcalinidade do filtrado; pH = potencial de hidrogênio. 12.9. Teste do MBT (Methilene Blue Test) Figura 12.10 - Teste do BMT Exercício 89 Exercicios 1) Qual a função da bomba de lama? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ________________________________________________________________ 2) Durante a perfuração, é necessário que haja na superfície um sis- tema equipado para tratar o fluido. Que procedimentos fazem parte deste tratamento? _______________________________________________________________ ________________________________________________________________ 3) Quais equipamentos são necessários ao sistema de circulação para garantir o bom desempenho do fluido de perfuração? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ________________________________________________________________ 4) Diferencie fluido de perfuração de fluido de completação: _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ________________________________________________________________ 5) Quais os fatores podem afetar a limpeza do poço? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ________________________________________________________________ 90 Alta Competência 6) O reboco tem a função de reduzir a infiltração da fase líquida do fluido de perfuração na frente das zonas permeáveis existentes no poço. identifique essas zonas correlacionando a numeração do es- quema com os parênteses. ( ) Zona invadida pelo jato de lama Fluxo de lama 1 2 3 4 ( ) Torta de filtração externa ( ) Poço ( ) Formação não contaminada 7) Cite quatro mecanismos que podem causar dano à formação por redução de permeabilidade. _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ________________________________________________________________ 8) Cite os diferentes tipos de fluidos de perfuração: ________________________________________________________________ Exercício 91 9) Correlacione os diferentes tipos de fluidos na coluna da esquerda com suas definições na coluna da direita: ( A ) Fluidos iniciais ( ) É o que utiliza a argila presente nas formações atravessadas pela broca, sendo necessária apenas a adição de água para manutenção da viscosidade e do peso. É um fluido de baixo custo, visto não ser necessária a adição de produtos químicos. ( B ) Fluido nativo ( ) Têm pouca ou nenhuma interação com as argilas presentes nas forma- ções atravessadas pela broca durante a perfuração. Essa inibição pode ser de natureza química ou física. ( C ) Fluido inibidos ( ) São fluidos não inibidos, utilizados no início dos poços, quando as exigências em relação às suas propriedades são mínimas, em função da não interação do fluido com os minerais das rochas. 10) Classifique as causas das perdas de circulação como naturais ( N ) ou induzidas ( I ): ( ) Presença de cavernas. ( ) Peso do fluido superior ao gradiente de fratura da rocha. ( ) infiltração em rochas de alta permeabilidade. ( ) Bloqueio do espaço anular por argilas. ( ) Ocorrência de fraturas naturais. 11) Cite as situações em que a coluna de perfuração poderá ficar presa: _______________________________________________________________ ________________________________________________________________ 92 Alta Competência 12) Classifique os aditivos de fluidos à base de água segundo o código a seguir: ( A ) Doadores de viscosidade ( B ) Doadores de alcalinidade ( C ) redutores de filtrado ( ) Soda cáustica. ( ) Argila ativada. ( ) Potassa cáustica. ( ) Amido de mandioca, amido de milho. ( ) Polímero de alto peso mole- cular (CMC – AVAS). ( ) Cal viva/cal hidratada. ( ) Polímero de baixo peso mo- lecular (CMC - ADS). ( ) Hidroxipropilamido (HPA). ( ) Goma xantana. 13) Cite quatro exemplos de aditivos para fluidos não aquosos: _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ________________________________________________________________ 14) Correlacione os fluidos não-newtonianos da coluna da esquerda com a sua definição na coluna da direita: ( A ) Fluidos plásticos ( ) São aqueles cuja viscosidade aparente aumenta à medida que aumenta a taxa de de- formação. ( B ) Fluidos pseudo-plásticos ( ) São aqueles cuja viscosidade aparente diminui à medida que aumenta a taxa de de- formação. ( C ) Fluidos dilatantes ( ) Caracterizados pela existên- cia de um limite de escoa- mento, isto é, torna-se neces- sário um mínimo de tensão de cisalhamento para que o escoamento seja iniciado. DrESSEr DO BrASiL. Manual de engenharia dos fluidos de perfuração. rio de Janeiro, 1983. MACHADO, José C. V. Reologia e escoamento de fluidos. rio de Janeiro: interciência, 2002. MAnUAL AMOCO. Technology & Training. 3.ed. 1996. MOOrE, Preston L. Drilling practices manual. 2. ed. Tulsa, Oklahoma: PennyWell, 1986. nL Baroid. Manual Drilling Fluids Technology. Taxas, USA: Houston, 1979. PETrOGUiA. Petrobras. 1 ed. rio de Janeiro, 1989. STEFAn, Petrus. Manual de fluidos de Perfuração. Salvador: Petrobrás, 1982. THOMAS, José Eduardo. Fundamentos de Engenharia de Petróleo. rio de Janeiro: interciência, 2001. Bibliografia Bibliografia 93 94 Alta Competência Gabarito 1) Qual a função da bomba de lama? Sua função é transferir energia para o fluido, de forma que ele possa circular dos tanques até a broca, na qual a potência é consumida no jateamento do fluido. 2) Durante a perfuração, é necessário que haja na superfície um sistema equipado para tratar o fluido. Que procedimentos fazem parte deste tratamento? Remover sólidos; resfriar; misturar; adicionar produtos químicos e remover ar ou gás do fluido de perfuração. 3) Quais equipamentos são necessários ao sistema de circulação para garantir o bom desempenho do fluido de perfuração? Peneiras; tanques de lama; degaseificador; desareiador; dessiltador; centrifugador; pistolas de lama, misturadores e funil de mistura. 4) Diferencie fluido de perfuração de fluido de completação: O fluido de perfuração é uma dispersão coloidal composta de uma fase contínua - que normalmente é água doce ou salgada, e uma fase dispersa - composta de produtos químicos, tais como: argila, amido, soda cáustica, polímeros, materiais adensantes, bactericidas etc. Os fluidos de completação são fluidos limpos (normalmente salmouras) formulados de forma a evitar dano à formação produtora e a corrosão dos materiais de fundo de poço. 5) Quais os fatores podem afetar a limpeza do poço? Taxa de penetração; estabilidade do poço; velocidade no espaço anular;propriedades reológicas do fluido; tempo de circulação; inclinação do poço. 6) O reboco tem a função de reduzir a infiltração da fase líquida do fluido de perfuração na frente das zonas permeáveis existentes no poço. identifique essas zonas correlacionando a numeração do esquema com os parênteses. ( 3 ) Zona invadida pelo jato de lama ( 2 ) Torta de filtração externa ( 1 ) Poço ( 4 ) Formação não contaminada Fluxo de lama 1 2 3 4 7) Cite quatro mecanismos que podem causar dano à formação por redução de permeabilidade. Migração de finos; inchamento de argilas; formação de emulsão; inversão de molhabilidade; tamponamento; bloqueio por água e incrustação. Gabarito 95 8) Cite os diferentes tipos de fluidos de perfuração: À base de água; à base orgânica; espuma e ar comprimido. 9) Correlacione os diferentes tipos de fluidos na coluna da esquerda com suas definições na coluna da direita: ( A ) Fluidos iniciais ( B ) É o que utiliza a argila presente nas formações atravessadas pela broca, sendo necessária apenas a adição de água para manutenção da viscosidade e do peso. É um fluido de baixo custo, visto não ser necessária a adição de produtos químicos. ( B ) Fluido nativo ( C ) Têm pouca ou nenhuma interação com as argilas presentes nas formações atravessadas pela broca durante a perfuração. Essa inibição pode ser de natureza química ou física. ( C ) Fluido inibidos ( A ) São fluidos não inibidos, utilizados no início dos poços, quando as exigências em relação às suas propriedades são mínimas, em função da não interação do fluido com os minerais das rochas. 10) Classifique as causas das perdas de circulação como naturais ( N ) ou induzidas ( I ): ( N ) Presença de cavernas. ( I ) Peso do fluido superior ao gradiente de fratura da rocha. ( N ) infiltração em rochas de alta permeabilidade. ( I ) Bloqueio do espaço anular por argilas. ( N ) Ocorrência de fraturas naturais. 11) Cite as situações em que a coluna de perfuração poderá ficar presa: Acunhamento, desmoronamento, prisão por diferencial de pressão ou chaveta. 12) Classifique os aditivos de fluidos à base de água segundo o código a seguir: ( A ) Doadores de viscosidade ( B ) Doadores de alcalinidade ( C ) redutores de filtrado ( B ) Soda cáustica. ( A ) Argila ativada. ( B ) Potassa cáustica. ( C ) Amido de mandioca, amido de milho. ( A ) Polímero de alto peso molecular (CMC – AVAS). ( B ) Cal viva/cal hidratada. ( C ) Polímero de baixo peso molecular (CMC - ADS). ( C ) Hidroxipropilamido (HPA). ( A ) Goma xantana. 96 Alta Competência 13) Cite quatro exemplos de aditivos para fluidos não aquosos: Poderia ter citado um dos seguintes: parafina, biodiesel e óleo diesel (em desuso); ácidos graxos; surfactantes; redutores de filtrado; argila organofílica; baritina e hematita; cloreto de cálcio ou cloreto de sódio; calcários fino e médio e óxido de cálcio (cal viva). 14) Correlacione os fluidos não-newtonianos da coluna da esquerda com a sua definição na coluna da direita: ( A ) Fluidos plásticos ( C ) São aqueles cuja viscosidade aparente au- menta à medida que aumenta a taxa de deformação. ( B ) Fluidos pseudo-plásticos ( B ) São aqueles cuja viscosidade aparente di- minui à medida que aumenta a taxa de deformação. ( C ) Fluidos dilatantes ( A ) Caracterizados pela existência de um limite de escoamento, isto é, torna- se necessário um mínimo de tensão de cisalhamento para que o escoamento seja iniciado.
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