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Introdução à Farmacobotânica Conceitos básicos Farmacobotânica 2º módulo Prof.ª Clelia Rocha Picinin cleliapicinin@novafaculdade.com.br WS.: 988216434 Conteúdo da disciplina Farmacobotânica Unidade 1: Noções sobre taxonomia botânica e sistemas de classificação Raiz, caule, folhas, inflorescência, flores, frutos, sementes de plantas medicinais: morfologia externa e anatomia de plantas vasculares, com ênfase em plantas medicinais. Unidade 2: Plantas medicinais Ação farmacológica e princípios ativos das plantas das principais famílias Unidade 3: Controle de qualidade de drogas vegetais e fitoterápicos Principais técnicas empregadas na análise de drogas vegetais e fitoterápicos Principais problemas relacionados à qualidade da matéria prima Farmacopéias Unidade 4: Plantas tóxicas Estudo das principais espécies no Brasil Estudo dos sinais e sintomas de intoxicação DISCIPLINA: Farmacobotânica Avaliações 35 pontos – Prova I – 04/10 35 pontos – Prova II – 29/11 10 pontos – Exame de proficiência – 25/10 20 pontos – Atividades avaliativas – estudos dirigidos, herbário, estudos de caso e seminário – ao longo do período, até 13/11. Conceitos Importantes Farmacobotânica – estudo das matérias primas de origem vegetal Farmacobotânica Farmacomorfologia Farmacoanatômia Fitoterapia Farmacoquímica Toxicidade Farmacoergasia Farmacognosia (Schmidt – 1811 e Seydler – 1815) Phamakon = droga, medicamento, remédio, veneno. + Gnosis = conhecimento O conceito de farmacognosia aplica-se exclusivamente a drogas de origem vegetal ou animal. Conceitos Importantes Farmacobotânica e farmacognosia - Importância Os produtos sintéticos desempenham papel importante na terapêutica moderna, porem isso não faz da farmacognosia e da farmacobotânica ciências ultrapassadas. Existem substâncias naturais, usadas no tratamento de enfermidades, cuja síntese ainda não foi conseguida ou tem custo muito alto. Ex.: digitálicos (digixina ou digitixina), extraídos de plantas do gênero Digitalis Digitalis purpúrea Porque estudar farmacobotânica? Conhecimentos sobre anatomia vegetal são imprescindíveis para o bom exercício da farmacognosia no campo das matérias primas de origem vegetal. Botânica Ramo da biologia que tem por objetivo o conhecimento dos vegetais. Botânica Pura Morfologia vegetal Fisiologia vegetal Taxonomia e sistemática Fitogeografia Fitoecologia palinologia Aplicada Plantas sob o ponto de vista utilitário: Agrícola Farmacêutica Fitobromatologia Conceito de droga no contexto da farmacobotânica Todo vegetal ou uma parte ou órgão vegetal, ou ainda, produtos derivados diretamente deles, que após sofrerem processos de coleta, preparo e conservação, possuam composição e propriedades tais que possibilitem seu uso como forma bruta de medicação ou como necessidade farmacêutica. Estrutura celular presente Óleo essencial de pinheiro Droga vegetal Estrutura celular ausente Terebintina ou exsudado do pinheiro Droga derivada vegetal Conceito de droga no contexto da farmacobotânica Para uma matéria prima ser considerada droga, nos princípios da farmacobotânica e farmacognosia, deve preencher as seguintes condições: Ser de origem vegetal; Ter sido submetida à processos de coleta, preparo e conservação; Não ser obtida através de processos extrativos delicados; Encerrar propriedades farmacodinâmicas, ter uso terapêutico, ou ser considerada como necessidade farmacêutica. Conceito de droga no contexto da farmacobotânica Principio Ativo Corresponde a uma substância ou a um conjunto de substâncias quimicamente bem definidas, responsável pela atividade farmacodinâmica da droga. Principio ativo primário é o responsável pelo uso terapêutico principal de uma droga. Ex.: Alcaloides da Beladona (Atropa belladonna L.) Principio ativo secundário é responsável por efeitos terapêuticos secundários. Ex: o principio terapêutico do ruibarbo (Rheum palmatum L.)é representado por um conjunto de substâncias antraquinônica, responsável pela ação purgante da droga. Já o ácido reotânico, apresenta ação adstringente secundária a ação purgativa, funcionando como modulador da atividade. Os princípios ativos secundários podem ser classificados em: Farmaceuticamente ativos – ocasionam mudanças químicas desvantajosas ou moduladoras. Farmaceuticamente inativos. Princípio Inativo (Necessidade farmacêutica, adjuvantes, excipientes)- Substâncias que não apresentam atividade farmacodinâmica, mas que apresentam importância complementar nas formulações fitoterápicas, não interferindo no efeito de princípios ativos. Fitocomplexo Conjunto de princípios ativos e inativos de uma droga Outras definições: Fitocomplexo é uma entidade bioquímica complexa polimolecular que representa a unidade farmacológica integral de uma droga vegetal Fitocomplexo é um conjunto de substâncias que interagem entre si, modulando a atividade farmacológica, toxicológica e terapêutica de uma droga vegetal. Fitocomplexo é uma entidade bioquímica dinâmica unitária, formada através de uma mistura de moléculas e da relação de interação entre elas na expressão das atividades farmacológicas e terapêuticas. Definições de Efeitos Farmacológicos Anti-flogístico – Anti-inflamatório Béquico – antitussígeno Carminativo – Facilita a eliminação de gases, antiespasmódico Catártico – Laxativo drástico ou purgativo. Colagogo – Aumenta o fluxo de bile. Colerético – Aumenta a produção de bile. Constipante – Dificulta a evacuação. Demulcente – Protetor de mucosas. Diaforéticos – Aumenta a sudorese (antifebril). Emenagogo – Facilita o fluxo menstrual. Eupéptico – Estimula a secreção gástrica, digestivo. Rubefaciente – Causa a vermelhidão, ativa a circulação. Uterotônico – Induz contrações uterinas. Vesicantes – Irritante da pele. Classificação e Nomenclatura A classificação é o processo básico da taxonomia. Define os conceitos de taxon Agrupa os conceitos A nomenclatura é secundária a classificação Define as regras dos nomes dos taxa e grupos Taxonomia A ciência da classificação dos organismos Proporciona nomes universais dos organismos Proporciona uma referencia para identificar os organismos Sistemática O estudo científico da diversidade biológica e sua historia evolutiva Sistemas de Classificação Sistemas Artificiais – baseiam-se em um único caractere ou em poucos caracteres para sua ordenação. Ex.: presença ou ausência de flor. Sistemas Naturais – baseiam-se em diversos tipos de caracteres relacionados que definem a afinidade natural das plantas. Sistemas Filogenéticos - baseiam-se na evolução, considerando que um ancestral comum deu origem a diferentes ramos ou clados. Sistema de Classificação de Eichler 1. Cryptogamae – plantas sem flores • Thallophyta • Briophyta • Pteridophyta - vasculares 2. Phanerogamae – plantas com flores Gymnospermae – plantas sem frutos Angiospermae – plantas com frutos • Monocodyledoneae • Dicotyledoneae avasculares Obs.: Na Classificação moderna as Thalophytas foram excluídas do Reino Plantae, sendo classificadas no Reino Protista Sistemática Vegetal A sistemática vegetal tem por objetivo agrupar plantas dentro de um sistema. Para isso utiliza princípios da morfologia, fisiologia, fitopaleontologia, química, genética, ecologia, fitogeografia, evolução e taxonomia. Categorias taxonômicas dos vegetais (segundo o Código de Nomenclatura Botânica): Divisão – sulfixo PHYTA (SpermatóPHYTA) Classe – sulfixo AE (GymnospermAE) Ordem – sulfixo ALES (MyrtALES) Familia – sulfixo ACEAE (AsalepiadACEAE) Gênero Espécie Nomenclatura binomial • Atribuição de nomes científicos às espécies. • Formado por duas palavras – a primeira corresponde ao nome do gênero e a segunda o nome restritivo específico (adjetivo que qualifica o gênero) Ex: Coffea arábica L. Nome do autor que descreveu o vegetal pela primeira vez Nome Específico ou epíteto científico Nome Genérico Regra específica da nomenclatura em botânica Quando uma espécie muda de gênero, o nome do autor do basinônimo (primeiro nome dado a uma espécie) deve ser citado entre parênteses, seguido pelo nome do autor que fez a nova combinação. Ex.: Tabebuia alba (Cham.) Sadw.; Basinônimo: Tecoma alba Cham
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